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Estudar sozinho para o ENEM… É possível? SIM! (SEIS DICAS)

Estudar sozinho para o ENEM; não deixe de aplicar a sexta dica

Frequentar um curso preparatório presencial (com uma extensa grade de horários, que normalmente dura um turno do dia, ao longo de quase 10 meses) deixaria você mais preparado para o ENEM? Muita gente acredita que sim, mas muita gente está errada.

Não há pesquisa nem dados consolidados que mostrem que essa é a maneira mais eficaz de estudar – o que há, apenas, é um costume social, que vê em um modelo tradicional de aprendizagem a única forma de alcançar a aprovação em um exame como o ENEM.

Estudar sozinho para o ENEM e em casa (seja por uma decisão pessoal ou imposta pelas circunstâncias) pode até parecer uma loucura, uma aventura, mas é algo que tem muito mais a ver com planejamento e foco, do que delírio. E é isso que este artigo pretende mostrar a você.

1. Escolha onde colocar sua força de vontade

Há um autor chamado Gary Keller que, em 2013, aproveitou sua experiência como um bem-sucedido empresário norte-americano para lançar o livro “A única coisa”. Na obra, Keller fala sobre a importância do foco e traz um conceito interessante: a força de vontade é como uma bateria de celular que, quando você usa de forma errada, ela vai embora sem que você tenha conseguido fazer o que pretendia.

É como se, todos os dias, começássemos com 100% da nossa carga de força de vontade e, com o decorrer das horas (após conversas, atividades, sentimentos e impulsos), essa carga fosse se esvaindo.

Pode parecer óbvio, mas, se você pretende estudar sozinho para o ENEM, a sua força de vontade – em outras palavras, a sua energia – deve estar focada em estudar. Essa será sua prioridade durante o dia, ao longo de alguns meses, e todo o resto estará abaixo disso. A força de vontade em estudar sozinho para o ENEM deve vir apenas de você.

Isso implica em um aspecto fundamental: o seu estudo precisa contar com sua carga de força de vontade em níveis altos – e evitar desperdiçar essa carga com o que não vale a pena, com o que você não conseguirá mudar ou com o que não te levará ao seu objetivo é um ponto fundamental.

2. Estudar sozinho para o ENEM não significa estudar sem material

Não é por que você deixará de frequentar um curso preparatório para o ENEM que o seu aprendizado acontecerá sem ajuda de algo ou alguém. Trancar-se em um quarto e esperar que o conhecimento simplesmente aconteça não funcionou para Einstein e, provavelmente, não funcionará para você.

Estudar sozinho exige autoconhecimento (qual é o seu nível em determinada matéria?) e, a partir daí, exige a sabedoria de escolher o material mais adequado. Esse material pode ser uma boa apostila disponível gratuitamente, um livro de referência ou mesmo um bom curso online (seja em PDF ou vídeo).

Vamos supor que sua maior dificuldade seja matemática e redação. O foco, então, deve recair sobre essas disciplinas e a escolha do material deve suprir essa dificuldade – com um bom curso em vídeo, mais básico e introdutório, por exemplo.

Por outro lado, se história e geografia são matérias que você tem uma boa bagagem ou domina, pode buscar materiais mais rebuscados – como livros de referência.

Realizar um diagnóstico do seu nível em cada disciplina, com base em sua vivência de ensino médio, vai ajudar você a encontrar o melhor material para cada uma dessas disciplinas. E poder mesclar materiais diferentes, atacando deficiências pontuais, é uma excelente vantagem que estudar sozinho para o ENEM garantirá a você.

3. Um plano de estudos evita desperdício de tempo

Pense comigo: onde está a inteligência de se estudar sem um plano? Quem estuda sozinho para o ENEM tem uma prova em um horizonte definido, certo? Ela acontece todos os anos, em um determinado mês. E é essa prova que deve orientar a sua vida de estudos.

Algo muito comum de acontecer com candidatos que estudam em casa é a falta de planejamento e organização, que leva ao baixo desempenho. Planejamento é saber exatamente o que você irá fazer de segunda a segunda, desde o estudo até o descanso.

Ter um cronograma é um fator importante para conseguir regularidade nos estudos. Quando não se tem planos e metas, é difícil perceber a evolução e as suas dificuldades. Estudar aleatoriamente pode maquiar os seus pontos fracos, porque você será guiado pelo gosto por uma matéria, pela distração momentânea e pela sensação que o tempo é infinito.

A fixação de metas, no entanto, deve envolver sempre uma realidade palpável, atingível. Isso será fundamental para mantê-lo motivado, já que a frustração está ligada ao objeto do desejo. Por mais que você queira vencer de forma definitiva a prova do ENEM, é preciso pequenas vitórias graduais: a aprovação nada mais é do que o conjunto de pequenas vitórias diárias, de sucessivas e pequenas metas vencidas.

Um exemplo: digamos que você seja muito ruim em redação. Pouco adianta começar querendo escrever uma redação por semana. No primeiro mês de estudo, leia redações de aprovados, assista a videoaulas sobre a estrutura de uma boa redação, busque ficar familiarizado com termos como coesão e coerência. E, então, estabeleça como meta, no segundo mês de estudo, a escrita de uma redação a cada 15 dias. O estudo irá evoluir conforme as pequenas metas forem sendo batidas e o planejamento for sendo cumprido.

Quando as atividades não são planejadas, começamos a relativizar os estudos e, ao final, perdemos o foco. O objetivo é estudar como algo programado. Todos os dias. Dói no começo, fica mais fácil quando a dor cede lugar para o hábito e será gratificante quando o hábito for convertido em aprovação.

4. A prática faz o mestre

Todos nós temos medo de fracassar. Não deveríamos. Fracassos tem uma dupla função: diagnóstico e treinamento. No caso de quem estuda sozinho, essa é uma dupla fundamental para saber se o planejamento inicial deve ser mantido, alterado ou reescrito. E como enfrentar o fracasso? Resolvendo questões. Muitas.

A resolução de questões te permite ver onde estão suas maiores dificuldades. Ela te permite entender quais conteúdos foram bem fixados e quais ainda precisam de reforço. Trata-se de uma obrigação do estudante sério, que precisa saber (antes da prova!) como está indo.

Mais importante: resolver questões irá treinar sua capacidade de… resolver questões. Uma prova como o ENEM possui especificidades, um estilo, uma “gramática” própria, conteúdos mais cobrados e outros menos cobrados. E o mapeamento disso tudo ocorre através da resolução de questões. O melhor caminho para ser reprovado no ENEM é deixar para fazer questões no dia da prova do ENEM.

5. Tornando-se um mestre

A pergunta que surge é: quando e como fazer questões? Existem, basicamente, duas formas de fazer isso. As duas são importantes e não se anulam, mas se complementam.

A primeira forma de fazer questões é logo após a teoria ser vista. Nessa forma, seu foco não é saber se você vai lembrar da matéria no dia da prova do ENEM, não é testar a absorção de minúcias das disciplinas. Nessa modalidade, seu objetivo é observar se você, agora, tem alguma noção da matéria – se conseguiu reter o conteúdo passado pela videoaula, pela apostila ou pelo livro.

Para testar sua memorização e, também, o conhecimento mais profundo das matérias é que existe a segunda modalidade de realização de questões: os simulados. Nessa modalidade, você deve sempre se testar nas condições da prova (o tempo para resolver um caderno de questões será o tempo que você terá no dia da prova do ENEM). Nessa modalidade, vale dividir as questões em blocos/cadernos, da mesma forma como o ENEM costuma cobrar:

  • Caderno de Matemática
  • Caderno de Ciências Humanas e suas Tecnologias (aqui aparecem as matérias de História, Geografia, Filosofia e Sociologia)
  • Caderno de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (aqui estão as matérias de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira – Inglês ou Espanhol -, Literatura e Artes)
  • Caderno de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (aqui aparecem Física, Química e Biologia).

A primeira modalidade, ou seja, de questões logo após o conteúdo ser estudado, deve ser feita desde de o início dos estudos. Quanto aos simulados, é recomendado que você já tenha uma vivência de estudo, senão acaba por ser um verdadeira loteria. Pense em começar a fazê-los quando já tiver percorrido entre 65% e 70% do conteúdo previsto no ENEM.

6. Quem economiza tempo tem tempo

Acontece com muita gente: o início dos estudos é marcado por uma grande energia, 8 horas consecutivas de estudo e leituras que atravessam a noite. Qual a chance de isso dar certo? Basicamente, zero.

Estabeleça um cronograma de estudos que não pese em sua rotina e permita que sua semana não seja ocupada 100% com o estudo – a diversão, o lazer e os exercícios físicos ajudam a oxigenar o cérebro e você precisa dele inteiro para reter a quantidade de conteúdo que virá pela frente.

Estudar sozinho para o ENEM deve haver compreendido como uma maratona e a maior carga de energia do estudante deve ser reservada para o “sprint final”, aquela acelerada que o corredor maratonista dá, faltando 15 minutos para acabar a prova, e que faz toda a diferença no resultado.

Um ponto a seu favor: estudar sozinho para o ENEM permitirá a você a gestão do tempo. Você não terá um curso presencial ocupando grande parte do seu dia, não terá o deslocamento e o estresse provocado por ele, não precisará encarar uma grande sala de aula com alunos de diferentes níveis (o que, quase sempre, obriga o professor a dedicar boa parte da aula a atender demandas e dúvidas muito diferentes). Você terá o seu plano, dentro do seu tempo. Isso, na vida de um estudante, é ouro.

CURSO ENEM

https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/como-estudar-filosofia-e-sociologia-para-o-enem/
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/como-estudar-faltando-3-meses-para-prova-do-enem/
Daniel dos Reis Lopes

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