Estudando para o TJ BA no pré-edital

O concurso do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ BA) está com edital prestes a ser publicado. Com a Fundação Carlos Chagas (FCC) definida como banca, o certame deve ofertar vagas imediatas e também cadastro reserva, para os níveis médio e superior. A melhor maneira de estar preparada(o) no dia da prova é estudando para o TJ BA no pré-edital.

Autorização

A Lei Orçamentária do ano de 2023 (LOA 2023) do Estado da Bahia prevê a despesa para realização de concurso público para o TJ BA, conforme visto abaixo:

Depois disso, no final do mês de Janeiro, foi publicado o Instrumento de Contrato de Prestação de Serviços a serem fornecidos pela FCC. Assim, a banca será responsável por organizar o certame que trará 280 vagas distribuídas entre as de provimento efetivo e também cadastro reserva. Os cargos serão de Serventias da Justiça e da área administrativa.

Por isso, a hora de focar nos estudos para o TJ BA é essa: no pré-edital. Do momento de publicação do edital até o dia da prova você já terá adiantado boa parte das disciplinas previstas, podendo direcionar mais o seu tempo disponível para aquelas que você ainda não viu, ou que precisa reforçar. Daqui a pouco, vamos ver o que fazer para ir estudando para o TJ BA no pré-edital.

Requisitos e salários

O último edital, de 2014, visava ao preenchimento de 200 vagas para Analista e Técnico Judiciário. As remunerações iniciais variaram de R$ 3.091,21 a R$ 5.117,24, para uma carga horária de 30 horas semanais. No ano de 2022, o menor dos salários, para um servidor Técnico Judiciário de nível médio, podia passar dos R$ 6.000, conforme o Portal da Transparência do TJ BA:

Além disso, para os cargos de Analista Judiciário, houve a separação por especialidades. Ou seja, as(os) candidatas(os) precisavam ter o diploma de conclusão de curso de graduação de nível superior, de acordo com as especialidades previstas no edital. As áreas foram:

• Administração
• Arquitetura
• Biblioteconomia
• Comunicação com habilitação em Jornalismo
• Contabilidade
• Economia
• Enfermagem
• Engenharia (Civil, Elétrica e Mecânica)
• Estatística
• Medicina
• Odontologia
• Psicologia
• Serviço Social
• Tecnologia da Informação

Já para os cargos de Técnico Judiciário, foi exigido o diploma de conclusão de curso de nível médio completo. Entretanto, para a especialidade de Tecnologia da Informação (TI), dos dois cargos, foi preciso ter também um diploma de conclusão de curso técnico com, no mínimo, 120 horas/aula, ou graduação nesta área.

Etapas

Adiante, veremos que as etapas do último concurso, tanto para Analista quanto para Técnico Judiciário, foram as seguintes:

• 1ª etapa: Prova Escrita Objetiva
• 2ª etapa: Prova Escrita Discursiva

Entretanto, para os Analistas Judiciários, aconteceu ainda a etapa de Avaliação de Títulos, de caráter classificatório. As fases acima foram de caráter eliminatório e classificatório.

Ademais, as(os) concurseiras(os) puderam concorrer aos dois cargos do edital, já que as provas (objetiva e discursiva, de cada cargo) foram realizadas em turnos diferentes. Assim, o turno matutino foi para Técnico, e o vespertino para Analista.

Disciplinas comuns e diferentes

Dessa vez, vamos fazer algumas comparações sobre os conhecimentos básicos e específicos exigidos para a última prova. Observe o quadro abaixo:

Nesse contexto, repare que as disciplinas cobradas no Módulo de Conhecimentos Básicos, para os dois cargos, são praticamente as mesmas. É importante destacar que a Legislação Específica inclui o Estatuto dos Servidores Civis Públicos do Estado da Bahia, o Regimento dos Órgãos Auxiliares e de Apoio Técnico Administrativo da Justiça e o Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.

Para Língua Portuguesa, o edital trouxe conhecimentos sobre gêneros e tipos textuais; morfologia, sintaxe e semântica; linguagem figurada; norma culta; ortografia; acentuação gráfica; formação de palavras e reescritura de frases. Todos vistos sob o ponto de vista textual, ou seja, sua participação em um contexto, na estrutura dos textos.

As Noções de Informática abrangiam basicamente: componentes de um computador, arquivos digitais, sistemas operacionais, pacotes Microsoft Office e LibreOffice, conexão de computadores em rede, navegadores, e-mail etc.

No entanto, existem diferenças nos conteúdos programáticos dos dois cargos da especialidade de TI (Técnico e Analista), entre as especialidades para Analista, e entre as áreas de Técnico Judiciário. Compare a seguir.

Diferenças entre as disciplinas

Primeiro, para Analista Judiciário especialista em TI, o edital requisitou conhecimentos sobre Banco de Dados, Engenharia de Software, Metodologias de desenvolvimento de software, Linguagens de Programação etc. Já para o Técnico Judiciário especialista em TI, a prova veio tratando sobre sistemas operacionais, pacotes Microsoft Office e LibreOffice, redes de computadores, segurança da informação etc. Logo, foram assuntos bem diferentes entre os cargos.

Segundo, os especialistas de cada área precisaram saber dos assuntos de suas respectivas áreas: Arquitetura, Contabilidade, Psicologia, Enfermagem etc. E, em terceiro, as áreas administrativa e judiciária de Técnico Judiciário também tiveram conteúdos programáticos diversos.

Por exemplo, para a área administrativa, a prova tratou sobre:

• Raciocínio Lógico Matemático
• Noções de Administração
• Noções de Direito Administrativo
• Noções de Direito Constitucional

Em seguida, para a área judiciária, a prova veio com:

• Noções de Direito Processual Civil
• Noções de Direito Processual Penal

Apesar de a quantidade de conteúdo parecer desigual entre as duas áreas, os assuntos de Direito Processual são extensos e demandam tanta atenção para estudar tais assuntos quanto para estudar os da área administrativa. Muitos aspectos podem influenciar sua escolha quanto a uma vaga ou outra, e a quantidade de conteúdo é um deles; mas seu domínio ou facilidade com os assuntos também podem influir muito.

Assim, procure avaliar o seu nível de “afinidade” com as disciplinas que você já vem colocando em sua rotina diária, e já comece a ir estudando para o TJ BA no pré-edital. Leia as teorias, mas sem deixar de fazer questões, ainda mais agora com a banca FCC definida. Dessa forma, é possível filtrar as questões de acordo com o nível de formação, com a banca, com a carreira etc.

Se preparando para a discursiva

Ademais, geralmente as provas discursivas são direcionados aos conhecimentos específicos. E, segundo a Resolução publicada em setembro de 2022, que dispunha sobre a realização do concurso, haverá prova discursiva no que vem por aí!

No último certame, o de 2014, o texto foi da modalidade dissertativo-argumentativo, devendo ser redigido com no mínimo 20 e, no máximo, 30 linhas. A pontuação foi de 10 pontos, contudo, se a(o) candidata(o) fizesse 6 ou mais, já seria considerada(o) aprovada(o). Ademais, a maior pontuação nessa prova era um dos critérios de desempate para todos os cargos.

As provas aplicadas em 2014 não exigiram conhecimentos específicos para redigir o texto. Os temas eram variados e correspondentes a cada área de Analista (só caiu para esse cargo). Porém, os enunciados traziam um texto motivador e em seguida solicitavam sua opinião sobre determinada situação. Por exemplo, para o cargo de Analista especialista em Arquitetura, o comando foi:

Você sabe que o curso universitário de formação de arquitetos é um dos de maior índice de desistência dos alunos? Quais os prováveis motivos desse fato? O que pode causar desilusão aos estudiosos de Arquitetura? Exponha sua opinião em texto…

Para a área de Engenharia Civil foi perguntado sobre a imagem da profissão diante de tantos desabamentos acontecendo no Brasil. Para os profissionais de Enfermagem, pediu para que você opinasse se o Brasil conseguiria enfrentar uma epidemia de Ebola.

Atenção! Parece ter sido uma prova razoavelmente tranquila, mas não deixa de ser desafiadora. Afinal, você pode se sentir confiante demais a ponto de negligenciar as especificidades e exigências que seu texto pede. É aí que você pode acabar fugindo dos requisitos do edital e também do tema proposto. Assim, não é porque você conhece o tema que não deva obedecer a um comando, uma estrutura, um tema.

Estudando no pré-edital do TJ BA

Portanto, inclua o treino de redação de textos em sua rotina de estudos. A progressão textual, que mostra a coerência e a coesão entre os parágrafos, demanda uma certa prática. E mais, a regência, a concordância, a acentuação, a ortografia e, inclusive, a adequação das palavras que você usa são os principais alvos de avaliação da banca examinadora.

Por fim, a relevância de estudar no pré-edital é um fato: traz mais segurança, tranquilidade e tempo! Afinal, está previsto que, entre a publicação do edital e a data da prova, haverá um espaço de apenas 45 dias, já previsto em Resolução. Ou seja, é uma verdadeira corrida contra o tempo para dar conta das disciplinas, e sabemos que não é o cenário ideal.

Aqui você encontra uma análise ainda mais detalhada do certame anterior, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Há, inclusive, informações sobre nota de corte, acesso às provas, convocações, atribuições dos cargos, cargos vagos etc.

Enfim, tenho certeza que você estará bem preparada(o) com os materiais do Estratégia, já contendo o que você precisa para garantir uma boa pontuação.

Senta e estuda!

Boa sorte!

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