“Meu maior erro foi o primeiro ano de preparação. Isso acontece com muitos. Não conhecia amigos que tinham passado por essa jornada, então estudava e me organizava achando que era o certo. Com o tempo, você vai trocando experiências e percebe uma maneira melhor de estudo”
Há mais de três anos dedicando-se aos estudos para concurso público, Diego Cerqueira é um exemplo de que a melhor forma para conseguir a tão sonhada a aprovação é ter foco, dedicação e organização. Apesar de dedicar um terço do seu dia para os estudos, o bacharel em Direito e em Ciências Contábeis, nunca deixou de lado sua paixão pela música, que começou como hobby e acabou tornando-se uma profissão.
Conheça um pouco mais da história de Diego que, entre erros e acertos, altos e baixos, desafios e dificuldades, conseguiu chegar ao seu objetivo: a aprovação!
Estratégia Concursos (Estratégia): Conte-nos um pouco sobre você, para que nosso leitor possa te conhecer melhor. Você é formado em que área? Trabalhava e estudava, ou se dedicava inteiramente aos estudos? Em quantos e quais concursos já foi aprovado(a)? Qual o último?
Diego Cerqueira (Diego): Sou formado em direito pela UNIFACS e em Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Bahia/UFBA. Recentemente fui aprovado nos concursos de Auditor Fiscal ICMS/PA; Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado da Bahia e Analista da Procuradoria Geral do Estado da Bahia.
Terminei minha faculdade de direito em 2009 e, naquela época, advogava na área tributária. Em 2010, sai do escritório e comecei meus estudos para concurso público sempre com o desejo de ser Auditor Fiscal. Ainda naquele ano e durante o ano de 2011, fui conciliando um estudo inicial, mais encerramento da graduação de contábeis, mais a advocacia.
Já em 2012, com os preparativos do concurso da Receita Federal, comecei a dar um foco maior nos estudos. De lá pra cá, passei a dedicar uma rotina forte e diária, além de cursinhos nos finais de semana.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?
Diego: A vida social é muito importante pra quem tem uma rotina pesada de estudos. Falo isso porque a pressão é muito grande. Passar o dia inteiro grudado nos livros chega uma hora que cansa, estressa. Aí vem a família…cobrança pessoal…complicado!
Sempre conciliei o lazer com os estudos. Sou músico também e, entre idas e vindas, me apresentava em Salvador e em outras capitais. Adotei isso como forma de lazer e descanso da mente.
Antes que me perguntem, como você conseguiu conciliar tudo isso?!, abro um breve parêntese aqui.
Sempre tive projetos relacionados à música. Além de ser um desejo desde cedo, isso acabou se tornando também um trabalho como outro qualquer. Como optei por prosseguir com dois dos meus grandes sonhos, a música foi sendo inserida dentro dos meus momentos de lazer, adequada às circunstâncias do momento. Em épocas de pico de edital, logicamente que meu foco era 100% em estudos. Já em épocas de marasmo, dava esse descanso realizando alguns editais de música a fora.
Estratégia: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho? Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Diego: Meu foco sempre foi concurso da área Fiscal. No início ficava sem querer fazer outros concursos, porque não dava pra estudar todo o edital (ex: área jurídica) e me desanimava, porque acabava sendo mais um concurso na conta que não dava certo.
Depois comecei a perceber que só o fato de ir fazer a prova, passar 4h ou 5h sentado, se concentrando, tendo o desgaste mental, aquilo já era um bom teste de resistência. Além disso, sempre tem algumas matérias em comum como português, matemática, constitucional, administrativo, isso também já valia.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação? Durante este tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos mesmo naqueles períodos em que não havia edital na mão?
Diego: Como comentei, comecei os estudos em 2010 até 2013 agora. Então lá se vão quase quatro anos nessa brincadeira. Costumo dizer que o primeiro ano é, para maioria, ano de ajuste. Aprender a estudar, se concentrar, organizar rotina, estabelecer foco, isso leva tempo! E quem consegue fazer isso o mais rápido possível, acaba economizando no final.
Depois que você se habitua, ai as coisas começam a andar. E aqui, vale dizer que um ciclo de estudo é fundamental. Dividir as matérias, estabelecer as prioridades do edital, vê aquilo que tem mais dificuldade, tudo isso faz diferença.
Com um ciclo na mão, tentava estudar todas as matérias dentro da semana, sempre bem dividido, intercalando as matérias para não cansar a mente e tentar alcançar todo o edital. Com o passar do tempo, as matérias que você vai dominando você acaba dando um tempo menor, sempre intercalando com exercícios. Fundamental!
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Diego: Eu fazia um TriMix (rsrs), usando pdf, vídeo e caderno. Na verdade, quando você começa a estudar, vai descobrindo quais são os melhores professores em determinadas matérias e vai seguindo. Ricardo Vale em Comércio Internacional, Heber em Economia, Fernando em Português, Silvio Sande em Contabilidade, Mário Pinheiro em SST/Direito do Trabalho e por ai vai. O grande lance é não ficar pingando toda vez que for estudar. A não ser que seja um material para um concurso específico, parte nova…
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria?
Diego: Montava sempre meu ciclo de estudos com base nas matérias, no peso de cada uma, quantas vezes precisaria estudar tudo sempre dentro de uma rotina semanal. Por exemplo, o professor Ricardo Vale, no curso regular, tinha umas 18 aulas em Comércio Internacional. Como essa matéria é forte, colocava ela 3 vezes na semana, 2h. Em cada dia matava um pdf.
Meu ciclo sempre foi tentar encaixar todas as matérias do edital dentro da semana. Como tinha média 8h de estudo, dava para estudar quatro matérias por dia, em 5 dias, dando um total de 20 matérias por semana, que é o que normalmente temos na área fiscal. No sábado e domingo fazia um estudo mais light, meio que ajustando algo que ficou em aberto durante a semana.
Não costumava fazer resumos. Na verdade, aproveitava um material teórico mais compilado que tinha, juntava com anotações e foco em muitos exercícios. Com o tempo você começa a perceber qual é o material de estudo para cada matéria, e isso vai ajudando na economia de tempo.
E revisão, sempre! Depois que você fechar um edital de determinada matéria, vai percebendo que muitos exercícios mais a revisão já serão suficientes para cada matéria. Não vai ficar precisando ler a teoria toda novamente. Ela é fundamental no início, como base.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Diego: Minha dificuldade não era com uma matéria específica, mas as vezes com algum assunto de alguma matéria. As provas de matemática, por exemplo, conseguir fazer todas as questões eram quase que impossíveis. Passei a usar a estratégia das questões mais rápidas, por que nem sempre as mais fáceis valiam a pena. Com isso, dava para conseguir o mínimo em cada e seguir para aquelas que tinha domínio e um peso maior.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Você se concentrava nas matérias de maior peso ou distribuía seus estudos de maneira mais homogênea? Focava mais na re-leitura, em resumos, em exercícios, etc ?
Diego: Matérias de maior peso sempre! Isso é custo/benefício. As matérias que ia dominando, passava a fazer revisões por temas e foco nos exercícios.
Estratégia: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos concurseiros que preferem desalecerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?
Diego: Difícil essa pergunta. Algo muito pessoal! As duas semanas antes da prova eram de revisão, e muita revisão com exercícios. Adotava essa estratégia para conseguir pegar o detalhe e lembrar daquelas questões repetidas que sempre cai em prova.
Na semana da prova minha rotina era normal. E aqui não sigam o meu conselho! Mas eu adorava revisar na sexta ou no sábado antes da prova. Bater um olho na CF, no CTN….. Ahhh toda prova olhava para a questão e pensava, ainda bem que fiz isso! Teve uma vez que deixei de ler a Constituição antes e errei questões bobas, por causa do detalhe da lei seca. Mas isso é algo muito pessoal! Vai de cada um.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Diego: O maior erro foi o primeiro ano de preparação. Já falei isso, mas acontece com muitos. Não conhecia amigos que tinham passado por essa jornada, então estudava e me organizava achando que era o certo. Com o tempo, você vai trocando experiências e percebe uma maneira melhor de estudo. Isso me custou um ano.
O maior acerto foi o ciclo semanal de estudo e o uso da música e do lazer como descanso da mente.
Estratégia: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem se preparar para concursos?
Diego: Um dos maiores erros é não preparar um ciclo de estudo e tentar estudar toda a matéria, depois pegar outra e quando terminar tudo voltar para matéria inicial. Revisão sempre, senão você esquece dos detalhes, da lei seca, das pegadinhas.
Além disso, muitos se isolam nos estudos. Não trocam experiências com outros colegas. Isso é ruim! Quem mais sabe aquilo que você está passando são justamente essas pessoas que vivem o que você estão vivendo. A família é fundamental, mas ela nunca vai compreender a fundo o que é estudar para concurso.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação?
Diego: A ansiedade! Chega uma hora que começa a atrapalhar. Principalmente com as “bolas na trave”. Bati na trave na AFRFB, no ICMS/SP, no AFT e essa sensação que está perto e longe ao mesmo tempo é dose.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para um concurso de alto nível. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Diego: O principal é, antes de começar a estudar, converse com alguém que já viveu isso e pode passar uma experiência para você. Isso vai ajudar a você começar forte, disciplinado e com foco para seu objetivo.
Não deixe de formar grupos para ajudar no estudo. Saber que o colega está estudando forte, concentrado, isso também te motiva a estudar! O grupo não necessariamente é para estudar junto. Mas, para conversar sobre materiais, concursos em vista, melhores professores, desabafos, opiniões, enfim… Para lhe ajudar a estudar, levantar a cabeça na derrota e continuar estudando.
No mais é isso pessoal! Um abraço a todos, e obrigado ao Estratégia pela atenção que tem com seus alunos!
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Assessoria de Comunicação
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