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ENTREVISTA: Alex Nunes Bastos – Aprovado em 2º lugar no concurso TRF 2 cargo AJAA (Sem especialidade)

"Sugiro aos iniciantes que, primeiramente, definam um cargo público como referência para seus estudos, busquem o último edital e, sobretudo, façam uma autoavaliação, para identificar, com clareza, seus pontos fortes e fracos. Essa autoavaliação deve ser feita com imparcialidade, sem otimismos ou pessimismos. Caso alguém não se sinta seguro o suficiente para fazer essa autoanálise, busque ajuda profissional, pois o conhecimento de seus pontos fortes e fracos lhes permitirá explorar suas virtudes (ganhando, com isso, confiança e tranquilidade), bem como trabalhar para superar as dificuldades com mais efetividade. Tendo isso claro em mente, o passo seguinte é conhecer e verificar quais são as técnicas de estudos que são mais produtivas para cada um, adotá-las, e estudar com dedicação, organização, continuidade e estratégia. Fazendo isso, bons resultados chegarão no momento certo".

Confira nossa entrevista com Alex Nunes Bastos, aprovado em 2º lugar no concurso do Tribunal Regional Federal da 2ª Região – cargo Analista Judiciário/Área Administrativa (sem especialidade). 

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nosso leitor possa te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Alex Nunes Bastos: Sou formado em Engenharia Elétrica (com ênfase em Sistemas Eletrônicos), tenho 42 anos e sou natural do Rio de Janeiro. 

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos?

Alex: No caso do concurso para o cargo de AJAA do TRF da 2ª Região, dedicava-me exclusivamente aos estudos.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último?

Alex: Fui aprovado em seis concursos, ao longo de minha vida de concurseiro, para os seguintes cargos: Secretário de Promotoria e Curadoria do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro(2002); Agente Executivo da Superintendência de Seguros Privados(2006); Analista Executivo da Secretaria de Planejamento do Estado do Rio de Janeiro(2013); Oficial de Fazenda da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro(2013); Técnico de Controle Externo do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro(2016); e, por último, o de Analista Judiciário – Área Administrativa (sem especialidade) do Tribunal Regional Federal da 2ª Região(2017).

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?

Alex: Embora já tivesse sentido a satisfação de passar por isso anteriormente, a aprovação para o cargo de AJAA do TRF2 foi especial, pois, desde quando comecei a minha vida de concurseiro – que teve muitos sobressaltos –, desejava passar para um cargo de nível superior e com boa remuneração.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc.? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar no concurso o mais rápido possível?

Alex: Preferi ser mais radical, avisando a amigos sobre isso, pois a data da prova do TRF2 já estava marcada e o edital publicado, quando iniciei a preparação focada para o cargo de AJAA. Tive de me abdicar, também, de viajar, algo que adoro fazer, pois era hora de estudar, estudar e estudar.  

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Alex: Sou solteiro, sem filhos, e, no momento, não estou namorando e moro com meus pais. Eles sempre me apoiaram a estudar, deixando-me tranquilo, sem fazer cobranças e compreendendo bem que o esforço que fazia era necessário para alcançar o objetivo pretendido.

Estratégia: Ao longo de sua jornada, você tentou outros concursos, para treinar e se manter com uma alta motivação ou decidiu manter o foco apenas naquele concurso que era o seu sonho?

Alex: Durante essa jornada, prestei o concurso para Técnico de Controle Externo do TCM-RJ, após ser incentivado por amigos que estavam estudando para esse certame. Vi que o concurso para o TCM-RJ serviria como ótimo treinamento (independentemente do resultado que viesse a alcançar), sobretudo, porque poderia aproveitar em minha preparação para o TRF2 o conteúdo estudado de algumas disciplinas exigidas para o TCM-RJ. Por isso, decidi prestá-lo e posso dizer que foi bastante útil em minha aprovação no concurso para o TRF2.

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Alex: Bom, acho que vale a pena se houver critério na escolha dos concursos. Nos últimos anos, o acirramento da disputa por uma vaga aumentou bastante. Os candidatos estão cada vez mais bem preparados. Considerando esse fato, é fundamental que o candidato estude de forma estratégica, ou seja, procurando aproveitar ao máximo o conteúdo estudado para um concurso em outro. Assim, se o conhecimento cobrado no concurso “A” é parecido com o do concurso “B” (meu objetivo maior), não vejo problema em fazer o concurso “A”, ainda que este seja da área de gestão e aquele da área de tribunais, por exemplo.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo, contando toda a sua preparação? Durante este tempo de estudo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos mesmo naqueles períodos em que não havia edital na mão?

Alex: Considerando o tempo que estudei para o TCM-RJ, no qual já vinha me dedicando a algumas disciplinas também exigidas no concurso para o TRF2, foram 8 meses de estudo intensivo, aproximadamente. Se levar em conta o tempo de estudo focado, exclusivamente, para o TRF2, foram cerca de 3 meses. Nunca tive problemas com disciplina e organização. Quando comecei a estudar focado para o TRF2, o edital já havia sido publicado. Assim que participei da segunda fase do TCM-RJ, concentrei-me somente no concurso para o TRF2, aumentando, gradativamente, meu ritmo de estudos.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Alex: Basicamente, usei as aulas em pdf e vídeo do Estratégia para algumas disciplinas (incluindo os aulões ao vivo, em vídeo, ministrados de forma gratuita) e o material do TECConcursos para outras. Essas foram as duas fontes principais de estudo durante minha preparação para o TRF2. Além disso, em caráter complementar, adquiri dois livros do Prof. Paludo (Administração Pública e Administração Financeira e Orçamentária). Prefiro estudar pelo material escrito (em pdf), pois apresenta conteúdo mais detalhado que as aulas em vídeo. A desvantagem das aulas em pdf, a meu ver, é que demandam mais tempo para sua conclusão, e isso pode causar certa ansiedade em algumas pessoas. As vídeoaulas, por sua vez, tiveram uma função importante para mim: antes de iniciar o estudo de uma nova aula escrita, assistia aos vídeos correspondentes àquela aula (de preferência, em uma velocidade acelerada) para ter o primeiro contato com o novo assunto a ser estudado. Desse modo, algumas dúvidas que teria com a leitura do pdf já eram esclarecidas no vídeo, fazendo com que ganhasse tempo nos estudos das aulas em pdf.   

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Alex: Conheci o Estratégia por acaso, há uns 4 anos. Na época, estava no site de outro curso, lendo informações sobre concursos que poderiam sair, quando vi um link do Estratégia. Resolvi, então, acessar a página do Curso. Desde então, tenho acompanhado as notícias sobre novos concursos, lido artigos dos professores e, mais recentemente, assistido aos aulões gratuitos ministrados pelo Estratégia, algo que me ajudou bastante na preparação para o TCM-RJ e para o TRF2.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e re-leitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?

Alex: De fato, a memorização do conteúdo necessário para conquistar uma das vagas é o maior desafio do concursando a meu ver. Não consegui estudar todo o conteúdo do Concurso, por ser muito grande. No entanto, consegui cobrir cerca de 80% de todo o Programa, com qualidade no estudo. Para tanto, fiz uma planilha de estudos, na qual distribuí todas as disciplinas do Programa no período de uma semana (incluindo os domingos). No início, a distribuição da carga horária semanal por matéria teve como referência a quantidade de assuntos previstos no Edital. Ao fim de 2 semanas, fazia um balanço da evolução dos meus estudos para cada disciplina. Para aquelas matérias que tinha avançado pouco nos estudos, aumentava a carga horária na Planilha. Para compensar, diminuía a carga horária daquelas cuja evolução foi boa. Com isso, mantive o ciclo semanal de estudos de todas as matérias. Cheguei a fazer alguns resumos e mapas mentais, mas percebi que isso estava me tomando um tempo considerável, motivo pelo qual decidi revisar as aulas de 2 maneiras: fazer a leitura dinâmica da parte teórica dos pdfs e muitos exercícios comentados. Por meio da leitura dinâmica, identificava, com precisão e rapidez, as passagens do texto que não tinham sido bem assimiladas em cada aula antes estudada. Nelas, fazia redução na velocidade da leitura a fim de reter as informações ali constantes. Nas demais passagens (aquelas bem assimiladas), apenas fazia o reforço com a leitura dinâmica em muito pouco tempo. Quando estudava um assunto novo, fazia a primeira leitura lenta, pausada; no dia seguinte, procedia à leitura dinâmica como revisão. Quanto aos exercícios, não fazia todos de uma só vez. Resolvia parte da lista de exercícios do pdf e, após, conferia meu desempenho, bem como lia o comentário das respectivas questões. Feito isso, começava o estudo teórico da aula seguinte, realizando o mesmo procedimento. Quando fazia parte dos exercícios da aula seguinte, reservava um tempo para fazer mais alguns exercícios das aulas anteriores, conferir meu desempenho e ler os comentários respectivos. Essa era outra forma de revisar o conteúdo estudado. Segui tal sistemática até a semana da Prova.      

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Alex: A disciplina em que tive mais dificuldade foi “Noções de Administração Geral e Pública”, mais precisamente, na parte relativa à Administração Geral. Assimilar a grande quantidade de teorias, definições e classificações diferentes, apresentadas pelos diversos autores sobre um mesmo assunto, foi o maior dificultador. Levando em conta isso, reservei para essa matéria, em minha planilha de estudos, a maior carga horária entre todas, chegando a estudá-la em 6 dos 7 dias na semana, além de fazer muitos exercícios.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Você se concentrava nas matérias de maior peso ou distribuía seus estudos de maneira mais homogênea? Focava mais na re-leitura, em resumos, em exercícios, etc. ?

Alex: À medida que a data da Prova se aproximava, focava mais nos exercícios que faltavam em cada um dos pdfs já lidos (além daqueles em outras fontes de estudo) e na leitura dos respectivos comentários. Assim, revisava todos os conteúdos dos assuntos até então estudados de maneira bem objetiva. Na reta final, como estava tranquilo e bem condicionado, intensifiquei os estudos, chegando a 10 horas líquidas por dia, nas últimas 3 semanas, concentrando-me nas disciplinas de maior peso. Não tive problemas com estresse, pois tinha a consciência de que estava fazendo o melhor que podia e, justamente por isso, não recebia cobranças da família.

Estratégia: Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos (estudando intensamente dia e noite). Por outro lado, também vemos concurseiros que preferem desacelerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?

Alex: Isso vai depender de cada pessoa. No meu caso, intensifiquei os estudos, porque me encontrava bem condicionado e sereno. Desacelerando ou não, o que importa é ter a mente tranquila quanto ao esforço empreendido até aquele momento; saber que fez o seu melhor. O resultado desse esforço na prova – positivo ou não – é, também, uma consequência do emocional do candidato. De nada adianta o concursando intensificar os estudos na última semana, se estiver se sentindo muito pressionado. Toda a dedicação ficará comprometida. É nesse tipo de situação que surgem os chamados “brancos” na hora da prova. Por outro lado, se a pessoa estiver bem, física e emocionalmente, poderá manter o ritmo de estudos ou até mesmo aumentá-lo na reta final.

Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, a redação. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Alex: No concurso para o cargo de AJAA, tive de fazer uma redação. Durante minha preparação, elaborei alguns textos dissertativos com base em assuntos da atualidade, revisando-os e reescrevendo trechos que achava inadequados. Também assisti a um aulão do Prof. Décio Terror, no qual explicou como deveria ser a estrutura da redação (quantidade de parágrafos do texto, emprego de palavras e expressões no início dos parágrafos de desenvolvimento, etc.), o que me ajudou a ser mais objetivo na hora da Prova. Com base nesse treinamento, consegui 19,5 pontos de 20 na redação. Assim, sugiro, antes de tudo, que o concursando conheça bem a estrutura exigida pela banca e as técnicas usadas na redação, para, depois, iniciar seu treinamento, que deve ser feito mediante o acompanhamento dos fatos atuais.   

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Alex: O erro foi não ter empregado a leitura dinâmica na revisão das aulas, logo no início de minha preparação. Como disse, comecei fazendo resumos e parei depois, visto que isso tomou significativo tempo nesse começo de preparação. Os maiores acertos foram a escolha dos materiais de estudo e a metodologia que utilizei para alcançar, em pouco tempo, a competitividade necessária para a aprovação no Concurso.

Estratégia: Pela sua experiência e contato com outros concurseiros, diga-nos quais são os maiores erros que as pessoas cometem quando decidem se preparar para concursos?

Alex: Os principais erros que tenho visto são: o imediatismo nos resultados, que leva muitos à instabilidade emocional e ao estresse; e a falta de foco, que faz com que concursandos estudem para todos os certames que aparecem, sem uma perspectiva estratégica, ou seja, sem que haja bom grau de correspondência entre as disciplinas cobradas nos respectivos concursos.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? E qual foi sua principal motivação?

Alex: O mais difícil, sem dúvida, foi ter de assimilar grande quantidade de informações em pouco tempo, haja vista ter começado a me dedicar exclusivamente para o TRF2, logo após ter feito a prova da segunda fase do concurso para o TCM-RJ, ou seja, três semanas depois da publicação do Edital do TRF2. Minha principal motivação foi saber que a metodologia de estudos que adotei estava dando certo (a julgar pelo meu bom desempenho no concurso para o TCM-RJ) e que era questão de tempo minha aprovação para um cargo de nível superior e com boa remuneração. Tive muita fé em Deus, e Ele me ajudou quando mais precisei.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou.

Alex: Sugiro aos iniciantes que, primeiramente, definam um cargo público como referência para seus estudos, busquem o último edital e, sobretudo, façam uma autoavaliação, para identificar, com clareza, seus pontos fortes e fracos. Essa autoavaliação deve ser feita com imparcialidade, sem otimismos ou pessimismos. Caso alguém não se sinta seguro o suficiente para fazer essa autoanálise, busque ajuda profissional, pois o conhecimento de seus pontos fortes e fracos lhes permitirá explorar suas virtudes (ganhando, com isso, confiança e tranquilidade), bem como trabalhar para superar as dificuldades com mais efetividade. Tendo isso claro em mente, o passo seguinte é conhecer e verificar quais são as técnicas de estudos que são mais produtivas para cada um, adotá-las, e estudar com dedicação, organização, continuidade e estratégia. Fazendo isso, bons resultados chegarão no momento certo.

 

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  • Só lembrando que o concurso não foi homologado ainda. Portanto, seria recomendado divulgar a matéria após finalizado o certame. Mas, de qualquer forma, parabéns pelo esforço e dedicação.
    Thiago em 03/06/17 às 00:04
  • Estratégia, qual a expectativa de nomeações para esse cargo? Tb sou aluno de vocês, fiquei em 30º nesse cargo. Há alguma novidade sobre a PL 8132/2014 ?
    hugo em 31/05/17 às 18:10