Economia Concursos – Prova da CGM/RJ Comentada!
Fala galera! Tudo bem com vocês?
Seguinte, domingo passado foi a prova de Técnico de COntrole Interno da CGM-RJ, cuja banca examinadora foi a FJG.
Banca super desconhecida, o que deixou muitos alunos (e professores) com o cabelo em pé, por não saberem o que esperar da banca.
Felizmente, em Economia, não tivemos surpresa. No nosso curso aqui no Estratégia, vimos todos os assuntos que foram cobrados. Dava para acertar, de boa, 4 de 5 questões ou até mesmo ter gabaritado a prova de Economia.
A prova foi bem simples, objetiva e certeira. Por isso, não vi possibilidade de recursos, ok?
Bom, segue a prova comentada aí embaixo.
56. Seguem as informações de elasticidade-preço da demanda de dois produtos diferentes: Estas informações permitem concluir que uma elevação de preço de ambos os bens determinará:
(A) uma redução da quantidade demandada de Y proporcionalmente menor que a elevação do seu preço
(B) um comportamento inelástico da demanda para ambos os bens
(C) uma elevação da receita maior de um dos vendedores
(D) uma redução da receita de ambos os vendedores
Comentários:
Questão que versa sobre elasticidade, assunto que vimos na aula 00, a partir da página 23.
Pois bem, reparem que tanto o bem X quanto o bem Y apresentam elasticidade-preço da demanda (Epd) maior que 1, o que nos diz que ambos os bens possuem Epd elástica.
A) Incorreta. Como o bem Y é elástico, uma redução da quantidade demandada de U será proporcionalmente MAIOR que a elevação do seu preço.
B) Incorreta. Ambos os bens são elásticos.
C) Incorreta. Vimos a relação da Epd com a receita total da firma na aula 00, página 30. Quando os bens são elásticos, um aumento no preço do bem REDUZIRÁ a receita das firmas.
D) Correta.
Gabarito: D
57. É compatível com um deslocamento para a esquerda da curva de demanda de um determinado bem, o aumento:
(A) dos preços dos insumos necessários para se produzir o bem
(B) do preço dos bens complementares a este bem
(C) da preferência do consumidor induzida pela propaganda
(D) do preço do próprio bem
Comentários:
Outro assunto que vimos na aula 00!!
A) Incorreta. O preço dos insumos é característica que afeta a curva de oferta, não a curva de demanda.
B) Correta. Bem complementar é um bem que possui um consumo associado com outro bem, ou seja, são bens que são consumidos juntos (pizza e refrigerante, queijo e goiabada, arroz e feijão, etc).
Vamos imaginar dois bens complementares X e Y. Se o preço de um bem complementar Y aumentar, a demanda pelo bem Y diminuirá. Portanto, as pessoas estão demandando menos Y e como Y é complementar a X, também demandarão menos do bem X.
Ao ter sua demanda diminuída, a curva de demanda do bem X será deslocada para a esquerda.
C) Incorreta. Após uma propaganda é de se esperar que as pessoas aumentem a demanda pelo bem. Um aumento da demanda desloca a curva a direita (e não para a esquerda).
D) Incorreta. Se o preço do próprio bem aumentar, teremos deslocamento AO LONGO DA CURVA ( e nao o deslocamento DA CURVA, para a esquerda).
Gabarito: B
58. A função custo médio de um fazendeiro é c(q)= q^2/20 +q, na qual q representa a quantidade. Pode-se, portanto, afirmar
que:
(A) o custo médio de produzir 20 unidades é de 1 unidade monetária (B) o custo fixo de produzir é q
(C) o custo fixo de produzir é zero
(D) o custo marginal é constante
Comentários:
Vimos e fizemos várias questões parecidas com essa na nossa aula 02, que versou sobre os custos da produção.
A) Incorreta. Para sabermos o custo médio de produzir 20 unidades, basta fazermos q = 20 na função custo médio que o enunciado nos deu. Ficará assim:
c(q)= q^2/20 +q
Fazendo q = 20:
c(q)= 〖(20)〗^2/20 +20
c(q)= 400/20 +20=40
Assim, o custo médio de produzir 20 unidades é de 40 unidades monetárias.
B) Incorreta. O custo fixo é o custo que existe independente do nível de produção. Ou seja, é o custo que a empresa terá mesmo que não produza nada. Dizendo ainda de uma terceira forma, é o custo independente da variável q.
Perceba que na função que o enunciado nos deu, todas as variáveis são dependentes de q. Assim, não temos custo fixo, o que significa dizer que o CF é igual a 0.
C) Correta.
D) Incorreta. Custo marginal é o custo de produzir uma unidade a mais. Este tipo de custo varia conforme o nível de produção. Ele inicialmente decresce e depois se torna crescente.
Gabarito: C
59. Em uma economia hipotética que produz apenas dois bens, têm-se os seguintes dados:
Ano Quantidade do bem X Preço de X (em R$) Quantidade do bem Y Preço de Y (em R$)
2012 200 2,00 100 3,00
2013 250 3,00 150 4,00
2014 300 6,00 200 6,00
Pode-se afirmar que o deflator do PIB de 2014 (Ano-Base de 2012) é:
(A) 250
(B) 100
(C) 150
(D) 200
Comentários:
O PIB é a soma de tudo que foi produzido em um país durante o período de tempo. O PIB pode ser calculado de duas formas: O PIB nominal e o PIB real.
O PIB nominal leva em consideração os preços do ano atual, do ano corrente. Já o PIB real leva em consideração os preços no ano anterior ao atual.
Já o Deflator do PIB é a divisão do PIB nominal pelo PIB real. A questão pediu o deflator do PIB de 2014, no ano base de 2012, isto é, calculamos o PIB nominal de 2014 e o PIB real com os preços de 2012.
O PIB nominal de 2014 será:
Qx.Px + QyPy; ou seja, a quantidade produzida de X vezes o preço de X e a quantidade produzida de Y vezes o preço de Y.
PIBnominal de 2014 = 300.6 + 200.6 = 3.000
Já para calcular o PIB real ano base 2012, usaremos as quantidades de 2014, mas os preços de 2012.
PIBreal (ano-base 2012) = 300.2 + 200.3 = 1.200
O deflator do PIB é o PIB nominal dividido pelo PIBreal. Nessa questão, o deflator será 3.000/1.200 = 2,5.
Multiplicando 2,5 por 100 (para passar para a grandeza dada pela banca examinadora), temos 250.
Gabarito: A
60. Um instrumento importante da política fiscal é o nível de tributação. Quando o governo aumenta os impostos, ele diminui a renda disponível das famílias. Considere-se que as famílias poupam parte desta renda perdida, mas também gastam parte em bens de consumo. Como o aumento dos impostos diminui a despesa dos consumidores, ocorre um deslocamento da curva de demanda agregada para a esquerda. A magnitude desse deslocamento da demanda agregada, como se sabe, depende do efeito multiplicador. Considerando-se uma propensão marginal a consumir de 60%, o efeito multiplicador de uma unidade a menos de consumo sobre o produto nacional é:
(A) 2,5
(B) 0,4
(C) 0,6
(D) 1,0
Comentários:
Vimos a questão do multiplicador keynesiano na nossa aula 09, parte II.
Lá na aula, dissemos que a fórmula do multiplicador é:
K = 1/(1-c), onde K é o multiplicador e c é a propensão marginal a consumir.
Bom, agora já ficou fácil, pois o enunciado já nos deu a propensão marginal a consumir, que é 60% (0,6). É só substituir na fórmula.
K = 1/(1-0,6)= 1/0,4=2,5
Assim, gabarito letra A.
Gabarito: A