[DPERJ] Alunos aguardam posicionamento de banca sobre possíveis falhas na aplicação de provas do concurso da Defensoria Pública/RJ

Há quase dez dias do relato de problemas ocorridos na aplicação da prova da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, a Fundação Getúlio Vargas, responsável pela organização do concurso, ainda não se posicionou sobre o assunto.

A Assessoria de Comunicação do Estratégia Concursos entrou em contato com a FGV que, por telefone, informou que a central de atendimento possuiu informações somente sobre o edital e sobre o que já foi divulgado em seu site e que, até o momento, não há nada publicado sobre o ocorrido ou sobre uma possível anulação das provas. A Fundação informou ainda que qualquer notícia relacionada a esse concurso será postada em sua página eletrônica para que todos os interessados possam ter acesso, mas que é preciso acompanhar e aguardar.

Ainda de acordo com a instituição, assim como nos demais locais de aplicação, os responsáveis pela prova na Escola Técnica Visconde de Mauá, em Marechal Hermes, também eram funcionários contratados e devidamente preparados pela FGV.

Enquanto a Fundação não se manifesta sobre as possíveis falhas na aplicação das provas do concurso público da Defensoria, os candidatos seguem sem saber se haverá ou não mudanças no andamento deste certame.

Leia a matéria a seguir, publicada pela Folha Dirigida no dia 06 de abril, e entenda melhor o que aconteceu.

Candidatos querem anulação da prova de técnico superior

Um grupo de candidatos a técnico superior jurídico do concurso para a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro cobra a anulação das provas aplicadas no último domingo, dia 6 de abril, em virtude de falhas na organização, ocorridas na Escola Técnica Visconde de Mauá, em Marechal Hermes. Segundo relatos, ocorreram diversos problemas durante a aplicação das provas, sendo que o principal deles foi que o cartão resposta de vários participantes não coincidia com o modelo de prova distribuído aos candidatos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora da seleção. A Polícia Miltar foi chamada ao local para controlar o problema e um grupo de candidatos registrou um boletim de ocorrência na 30ªDP, em Marechal Hermes.

“Houve total desorganização por parte da FGV. Cheguei ao local de prova e não fui recepcionado por nenhum fiscal para me ajudar a chegar em minha sala de prova. Ao adentrar, fui orientado a sentar em qualquer carteira e, em momento algum, fui identificado pelos fiscais, assim com outras candidatos, pois não havia lista de presença no local. Não nos disponibilizaram saquinhos para guardar nossos pertences, celulares e aparelhos eletrônicos. Atrasaram o início da prova por cerca de 20 minutos, até que um senhor ligado à FGV pediu que iniciássemos a prova sem qualquer identificação e com todos os nosso pertences sem identificação. Passados cerca de dez minutos, nos entragaram os cartões respostas que, para nossa surpresa, era diferente da referência indicada no caderno de questões. Nesse momento, começou uma grande confusão”, relatou o candidato Leonardo Moreira, que estava alocado na sala 8 da Escola Técnica Visconde de Mauá.

Ainda segundo Leonardo Moreira, alguns candidatos deixaram a sala com as provas em mãos. “Disseram que um pessoa do sexo femino saiu da sala após constatar que recebeu a prova de técnico superior jurídico, quando, na verdade, ela faria a prova de técnico médio, que seria aplicada no turno da tarde. No meio dessa confusão, outros cinco candidatos saíram de sala com as provas nas mãos com a intenção de fazê-las em outro lugar. Então, após esses acontecimentos, ficou inviável a realização dos exames. Vários candidatos ligaram seus celulares e discaram para o 190 para chamar a polícia”, disse. 

Lyn Damas, que estava na sala 8, também confirmou o ocorrido. “Fui uma confusão total após os candidatos perceberem que a cor do caderno de questões não era o mesmo do cartão resposta. Tudo ficou mais complicado ainda quando uma candidata que teria que fazer prova para técnico médio, que seria aplicada à tarde, percebeu que errou o seu horário quando recebeu o caderno de questões de técnico superior jurídico”, afirmou. Segundo Lyn Damas, com a confusão, diversos candidatos passaram a utilizar o celular e muitos fotografaram as provas. “Foi uma grande confusão. As pessoas iam aos banheiros, passaram a se comunicar e perdeu-se total controle de tudo. Realmente foram muitas falhas. Não tinha sequer uma lista de presença para identificar os candidatos”, afirmou.

Um outro candidato, que não quis se identificar, relatou que toda a confusão também afetou quem fazia provas nas salas 6 e 7, onde também as provas começaram com atraso e não havia lista de presença. “A bagunça generalizada na sala 8 afetou também a minha sala e a de número 6. Muitos candidatos passaram a falar em celulares, utilizar câmeras e a conversar entre si. Muitos foram ao banheiro, onde não havia detectores de metais. Após a confusão, quem permaneceu no local fez as provas, porém era um entra e sai de policiais e de pessoas em minha sala. Houve a presença de dois defensores, mas que não deram nenhuma posição do que iriam fazer. Deram mais uma hora além do horário normal para fazermos as provas, mas não havia mais condições psicológicas para isso. Enfim, a prova precisa ser anulada”, cobrou. 

Assessoria de Comunicação

Coordenação

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