Dicas finais de Português para INSS
Olá, guerreiros!!!
Em véspera de prova, quero deixar aqui as últimas dicas sobre o que vocês devem esperar da prova do INSS 2016 e quais assuntos merecem ser revisados antes da hora “H”!! São dicas finais de Português para INSS!!
É sempre de extrema importância ir para uma prova elaborada pelo Cespe esperando por questões que reescrita. Aquelas nas quais a banca testa os seus conhecimentos dos candidatos sobre sintaxe, morfologia, semântica… Ufa!
Querem um exemplo?
Trecho base:
No Brasil, pode-se considerar marco da história da assistência jurídica, ou justiça gratuita, a própria colonização do país, ainda no século XVI. O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas — já dava início a situações em que constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas.
(DPU – 2016 – Analista Técnico Administrativo – CESPE) Sem prejuízo para a correção gramatical do período e para o sentido original do texto, o vocábulo “existentes” (l.5) poderia ser flexionado no singular, caso em que passaria a concordar com o antecedente “relação jurídica”.
Comentário: caso fosse flexionado no singular, geraria erro gramatical, uma vez que o termo “existentes” é um adjetivo e está concordando com o substantivo “formas”, assim como o termo “inúmeras”. Não há a possibilidade de esse termo concordar com “relação jurídica” porque esta expressão, apesar de ser formada por um substantivo e um adjetivo, também é especificadora da palavra “formas”. A afirmação está incorreta.
GABARITO: Errado
Mais uma de reescrita que envolve CONCORDÂNCIA (O Cespe gosta desse conteúdo! Revise!):
(DPU – 2016 – Analista Técnico Administrativo – CESPE) Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava” (l.6) fosse flexionada no plural, escrevendo-se davam.
Comentário: a flexão do verbo “dava” para o plural geraria erro gramatical porque o sujeito desse verbo é simples, a saber: “O surgimento de lides provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes”. O trecho entre travessões: “— e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas —“ é um aposto e não pode ser encarado como componente de um sujeito composto.
GABARITO: Errado
Outro assunto que vale revisar antes da prova é o uso da CRASE!
Exemplo:
(DPU – 2016 – Analista Técnico Administrativo – CESPE) No trecho “Anteriormente à primeira Constituição pátria”, o emprego do acento indicativo de crase é facultativo.
Comentário: a afirmativa está incorreta porque o uso da crase é obrigatório nesse caso. Assim como o termo “antes” exige preposição de, o advérbio “anteriormente” exige preposição a. A crase é formada a partir da junção desse “a” com o “a” que determina o substantivo feminino “Constituição”. Regra Geral!
GABARITO: Errado
Apenas em dois casos a crase é facultativa:
a) Antes de nome próprio de pessoa (feminino, é óbvio):
Entregarei o livro a Carmem amanhã (ou à Carmem).
Escrevi a Martha Medeiros, autora do meu livro preferido (ou à Martha Medeiros).
b) Antes de pronome possessivo feminino singular:
Diga a sua mãe que ligarei mais tarde (à sua mãe).
Oferecemos gratidão a nossa professora (ou à nossa professora).
Mais um assunto “quente” é o uso das VÍRGULAS ligado ao sentido que elas estabelecem. Vejam:
Trecho base:
Ao pensarmos o mundo medieval e o papel dessa mulher, o quadro de exclusão se agrava ainda mais, pois, além do silêncio que encontramos nas fontes de consulta, os textos, que muito raramente tratam o mundo feminino, estão impregnados pela aversão dos religiosos da época por elas.
(ANTAQ – 2014 – Conhecimentos básicos / cargos 5 e 6 – CESPE) As vírgulas que isolam a oração “que muito raramente tratam o mundo feminino” (l.7) poderiam ser suprimidas, sem prejuízo do sentido original e da correção gramatical do texto.
Comentário: se as vírgulas forem retiradas, a oração deixará de ser explicativa e passará a ser restritiva, o que alteraria o sentido original.
MACETE:
ExpliCatiVa-> Com Vírgulas
ReStritiVa-> Sem Vírgulas
GABARITTO: ERRADA.
Mais uma e da mesma prova:
(ANTAQ – 2014 – Conhecimentos básicos / cargos 5 e 6 – CESPE) O emprego das vírgulas que isolam “de 1940” (l. 19) é facultativo, de modo que a supressão dessas vírgulas não prejudicaria o sentido original ou a correção gramatical do texto.
Comentário: No trecho ” O atual código penal, de 1940, abrevia…” há um pronome relativo “que” e um verbo implícitos: “O atual código penal, que é de 1940, abrevia…”. O “que” é um pronome relativo, pois retoma o termo anterior. Sendo assim, temos uma oração subordinada adjetiva explicativa – pois está entre vírgulas – “que é de 1940”. Ao retirar as vírgulas, teríamos uma oração subordinada adjetiva restritiva, implicando, assim, em alteração do sentido do texto!
GABARITO: ERRADA
ATENÇÃO!! Assunto com 100% de certeza de aparecer na prova no próximo domingo é REDAÇÃO OFICIAL!! Sabem o que é mais cobrado sobre esse assunto? Vejam:
(TRT/10 – 2013 – Assistente Judiciário – CESPE) O emprego de linguagem simples e vocabulário acessível denota coloquialidade, razão por que deve ser evitado em correspondências oficiais.
Comentário: o erro da questão está em afirmar que o emprego de linguagem simples e vocabulário acessível denota coloquialidade, isso é um erro! Não necessariamente linguagem simples é sinônimo de coloquialidade. O próprio Manual de Redação da presidência da república comprova isso no item 1.2: “Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com pobreza de expressão”. O texto oficial deve ser compreendido por todos. Desde que a mensagem não perca o seu conteúdo, é recomendado sim o uso de linguagem simples, acessível e não rebuscada.
GABARITO: ERRADO
(PC/BA – 2013 – Investigador – CESPE) Embora as redações oficiais devam ser redigidas, em regra, de forma clara e objetiva, há situações em que se recomenda a prolixidade, como nas exposições de motivos, nas quais a redundância é necessária.
Comentário: Um texto prolixo é um texto demasiadamente longo. Tal característica, que é o oposto da concisão e da clareza, deve ser evitada. Lembre-se de que toda e qualquer comunicação oficial deve ser redigida de forma clara e objetiva, não há exceção.
GABARITO: ERRADO
TEXTO BASE PARA AS DUAS PRÓXIMAS QUESTÕES:
Goiânia, 15 de janeiro de 2015.
Ao Senhor Chefe do Setor de Documentação
Assunto: Oficinas de apresentação do novo sistema operacional
Atenciosamente,
(espaço para assinatura)
[nome do signatário]
Chefe do Setor de Tecnologia
(TRE/GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) Dada a presença, no texto, do pronome de tratamento “Vossa Senhoria”, estaria adequada a substituição, no segundo parágrafo da correspondência em apreço, da forma verbal “libere” por libereis e do trecho “todos os funcionários do seu setor” por todos os funcionários do vosso setor.
Comentário: as duas substituições propostas pela questão são inviáveis. Isso porque os pronomes de tratamento fazem concordância sempre em terceira pessoa, sendo assim, o verbo “libereis”, conjugado em 2ª pessoa, e o pronome “vossa”, de segunda pessoa, são inadequados para substituição no trecho que usa o pronome de tratamento “Vossa Senhoria”.
GABARITO: ERRADO
(TRE/GO – 2015 – Analista Judiciário – CESPE) De acordo com as informações apresentadas, é correto afirmar que essa comunicação é um memorando. Por esse motivo, em lugar de “Xxx.”, no início do expediente, deveria constar a abreviação Mem.
Comentário: confirmamos que a comunicação em análise é um memorando por alguns motivos: o destinatário é denominado pelo cargo que ocupa (Ao Senhor Chefe do Setor de Documentação), os parágrafos são numerados, está no padrão Ofício e denota agilidade. Sendo assim, o que se afirma no enunciado está correto.
GABARITO: CERTO
Meus caros, o momento agora é de revisão e de tranquilidade! Com essas dicas finais de Português para INSS, espero ter contribuído! Desejo boa prova para todos aqueles que foram meus alunos e também para aqueles que não foram!
Contem com o nosso apoio! Sucesso!
Abraço.
Profª Rafaela Freitas.
Contato: professorarafaelafreitas@gmail.com
Periscope: @Rafaela190619
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Valeu,Profª Rafaela.Excelentes Dicas.
Ei professora,
A crase na verdade é em três casos e não apenas dois. Tem o caso do "Até"
Passei na prova, corri até a praia pra comemorar - Correto
Passei na prova, corri até à praia pra comemorar - Correto (Facultativo)
Maravilhaaa . Muitíssimo bom .
Obrigadooooo Professora ! .