Dicas para concurso em enfermagem: Diabetes Mellitus
Nesse artigo descrevo os principais tópicos que os examinadores trazem nas provas sobre o diabetes mellitus, vamos lá!
Fisiopatologia: O DM1 ou diabetes imunomediado, é uma situação onde ocorre uma destruição de células β, usualmente levando à deficiência absoluta de insulina. Os marcadores da destruição imune incluem os autoanticorpos contra as células das ilhotas, contra a insulina e contra a descarboxilase do ácido glutâmico, sendo uma doença crônica que resulta do ataque autoimune órgão específico. Quando os linfócitos T autorreativos destroem as células beta pancreáticas, ocorre a absoluta deficiência da produção de insulina.
Os principais autoanticorpos encontrados no soro dos pacientes são:
Sintomas: O quadro do DM tipo1 na criança vem acompanhado de sinais clássicos como a poliúria, a polidipsia e o emagrecimento. Devido ao aumento significativo da incidência em crianças menores de cinco anos, especial atenção nessa faixa etária devido a dificuldade de evidenciar a sintomatologia. A perda de peso, a irritabilidade, a desidratação, são alguns dos sinais e sintomas que devem despertar a atenção médica para o diagnóstico do diabetes. A descompensação em cetoacidose ainda é, infelizmente, uma realidade da maior parte dos diagnósticos de diabetes.
O diabetes mellitus pode ser diagnosticado pelo exame simples da glicemia e o diagnóstico na infância segue os mesmos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) das demais faixas etárias, ou seja, pacientes com sintomas presentes, associados a glicemia aleatória igual ou superior a 200 mg/dl. A glicemia de jejum igual ou maior de 126 mg/dL, em duas ocasiões, sendo o jejum superior a 8 horas e inferior a 16 horas
Não há necessidade na grande maioria dos casos, da realização do Teste Oral de Tolerância a Glicose (TOTG) para o diagnóstico.
A avaliação da gasometria arterial e de eletrólitos como o sódio e potássio, assim como a determinação de cetonas são úteis para excluir a descompensação cetoacidótica. O exame de urina pode auxiliar no diagnóstico ao evidenciar a presença de glicosúria e eventualmente de cetonúria.
Recentemente, uma discussão com prós e contras propôs a utilização da Hemoglobina Glicada (HbA1C) como critério diagnóstico, sendo o valor maior ou igual a 6,5% adotado como critério, porém esse marcador ainda possui limitações para o diagnóstico do diabetes tipo 1, como por exemplo em recém diagnosticados, e ainda sofre muitas variações metodológicas e falta de padronização que nos permita adotá-lo com segurança para o diagnóstico da criança com diabetes.
Como exemplo desse critério diagnóstico recentemente a banca FUNCAB no órgão EMSERH/ Prova: Enfermeiro/ 2016, explorou essa questão, pois o examinador é consciente que a maioria dos concurseiros se atem apenas ao principal deixando os detalhes se houver tempo, veja os itens:
Fisiopatologia: O pâncreas secreta insulina normalmente, mas sobra insulina e glicose no sangue e células com pouca glicose. O pâncreas libera muita insulina levando as células β a se deteriorarem. Células β destruídas não têm produção de insulina e o indivíduo passa a ter a necessidade de tomar insulina e medicamentos para aumentar a sensibilidade à insulina. O diabetes mellitus tipo 2 é uma síndrome heterogênea que resulta de defeitos na secreção e na ação da insulina, sendo que a patogênese de ambos os mecanismos está relacionada a fatores genéticos e ambientais. “O diabetes (DM1 e DM2) está associado ao aumento da mortalidade e ao alto risco de desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares, quando não manejada de forma adequada.”
Os fatores de risco estabelecidos para o desenvolvimento do diabetes tipo 2 em geral, aumentam com a idade, obesidade e a falta de atividade física. Outros fatores importantes de risco incluem hipertensão, dislipidemias e doenças vasculares.
-Idade 45 anos -Obesidade (IMC 30 kg/m2); Histórico familiar de diabetes; -Inatividade física habitual; Raça/ etnia; Glicemia de Jejum e Triglicérides total alterados anteriormente; Histórico de diabetes gestacional; Hipertensão; Colesterol da lipoproteína de alta densidade; Síndrome do ovário policístico; Histórico de doença vascular.
Sintomas
Como os rins produzem um excesso de urina, o indivíduo com diabetes mellitus elimina grandes volumes de urina (poliúria), o que acarreta uma sede anormal (polidipsia). Como ocorre uma perda excessiva de calorias pela urina, o indivíduo perde peso. Para compensar o individuo frequentemente sente uma fome excessiva (polifagia). Outros sintomas incluem a visão borrada, a sonolência, a náusea e a diminuição da resistência durante o exercício.
Apesar da concentração sérica elevada de glicose, a maioria das células não consegue utilizá- la e, consequentemente, são transformadas em outras fontes de energia. As células adiposas começam a se decompor, produzindo cetonas, as quais são compostos químicos tóxicos que podem tornar o sangue ácido (cetoacidose). Os sintomas iniciais da cetoacidose diabética incluem a sede e a micção excessivas, a perda de peso, a náusea, o vômito, a fadiga e, sobretudo nas crianças, dores abdominais. A respiração tende a tornar-se profunda e rápida à medida que o organismo tenta corrigir a acidez do sangue.
Os indivíduos com diabetes tipo 2 podem permanecer assintomáticos durante anos ou décadas. Quando a deficiência de insulina progride, os sintomas podem ocorrer. No início, a poliúria e a polidpsia são discretos e pioram gradualmente ao longo de semanas ou meses.
A cetoacidose é rara, quando a concentração sérica de açúcar torna-se muito alta (freqüentemente excedendo 1000 mg/dl), normalmente decorrente da sobreposição de algum estresse (p. ex. infecção) ou de drogas, o indivíduo pode apresentar uma desidratação grave, a qual pode acarretar confusão mental, sonolência, convulsões e uma condição denominada coma hiperglicêmico hiperosmolar não-cetótico.
Critérios de Acompanhamento
Cuidados com os pés: é recomendado que toda pessoa com DM realize o exame dos pés anualmente, identificando fatores de risco para úlcera e amputação (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2013). A consulta de acompanhamento de pessoas com DM deverá incluir uma rotina sistemática de avaliação da sensibilidade protetora e da integridade dos pés com vistas a prevenir danos.
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obrigada a todos pelo enorme apoio.