Diabetes Mellitus: dicas para concurso em enfermagem
Dicas para concurso em enfermagem: Diabetes Mellitus
Olá caro concurseiro, meu nome é Regina de Souza Barros, sou especialista em Enfermagem Clínica, pós graduada em Docência Superior. Sou servidora pública da SES/DF em duas matrículas, docente da Escola Superior das Ciências da Saúde (ESCS), nas quais sou muito feliz e realizada, como desejo a vocês. Iniciei minha vida de concurseira em 2005, tendo êxito em cinco concursos nos quais fui nomeada, com a gratidão de ter sido empossada em em quatro deles. já que me conhecem um pouco agora vamos ao que interessa.
Nesse artigo descrevo os principais tópicos que os examinadores trazem nas provas sobre o diabetes mellitus, vamos lá!
O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença genética (poligênica) metabólica autoimune de caráter multifatorial, caracterizada pelo excesso de glicose no sangue, devido a alterações no metabolismo normal dos carboidratos, proteínas e lipídeos.
Fisiopatologia: O DM1 ou diabetes imunomediado, é uma situação onde ocorre uma destruição de células β, usualmente levando à deficiência absoluta de insulina. Os marcadores da destruição imune incluem os autoanticorpos contra as células das ilhotas, contra a insulina e contra a descarboxilase do ácido glutâmico, sendo uma doença crônica que resulta do ataque autoimune órgão específico. Quando os linfócitos T autorreativos destroem as células beta pancreáticas, ocorre a absoluta deficiência da produção de insulina.
Os principais autoanticorpos encontrados no soro dos pacientes são:
- anti-insulina (IAA)
- anti-ilhota pancreática (ICA512)
- antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD)
- antitirosinafosfatase (IA2)
- antitransportador do Zinco.
Sintomas: O quadro do DM tipo1 na criança vem acompanhado de sinais clássicos como a poliúria, a polidipsia e o emagrecimento. Devido ao aumento significativo da incidência em crianças menores de cinco anos, especial atenção nessa faixa etária devido a dificuldade de evidenciar a sintomatologia. A perda de peso, a irritabilidade, a desidratação, são alguns dos sinais e sintomas que devem despertar a atenção médica para o diagnóstico do diabetes. A descompensação em cetoacidose ainda é, infelizmente, uma realidade da maior parte dos diagnósticos de diabetes.
O diabetes mellitus pode ser diagnosticado pelo exame simples da glicemia e o diagnóstico na infância segue os mesmos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) das demais faixas etárias, ou seja, pacientes com sintomas presentes, associados a glicemia aleatória igual ou superior a 200 mg/dl. A glicemia de jejum igual ou maior de 126 mg/dL, em duas ocasiões, sendo o jejum superior a 8 horas e inferior a 16 horas
Não há necessidade na grande maioria dos casos, da realização do Teste Oral de Tolerância a Glicose (TOTG) para o diagnóstico.
A avaliação da gasometria arterial e de eletrólitos como o sódio e potássio, assim como a determinação de cetonas são úteis para excluir a descompensação cetoacidótica. O exame de urina pode auxiliar no diagnóstico ao evidenciar a presença de glicosúria e eventualmente de cetonúria.
Recentemente, uma discussão com prós e contras propôs a utilização da Hemoglobina Glicada (HbA1C) como critério diagnóstico, sendo o valor maior ou igual a 6,5% adotado como critério, porém esse marcador ainda possui limitações para o diagnóstico do diabetes tipo 1, como por exemplo em recém diagnosticados, e ainda sofre muitas variações metodológicas e falta de padronização que nos permita adotá-lo com segurança para o diagnóstico da criança com diabetes.
Como exemplo desse critério diagnóstico recentemente a banca FUNCAB no órgão EMSERH/ Prova: Enfermeiro/ 2016, explorou essa questão, pois o examinador é consciente que a maioria dos concurseiros se atem apenas ao principal deixando os detalhes se houver tempo, veja os itens:
Fisiopatologia: O pâncreas secreta insulina normalmente, mas sobra insulina e glicose no sangue e células com pouca glicose. O pâncreas libera muita insulina levando as células β a se deteriorarem. Células β destruídas não têm produção de insulina e o indivíduo passa a ter a necessidade de tomar insulina e medicamentos para aumentar a sensibilidade à insulina. O diabetes mellitus tipo 2 é uma síndrome heterogênea que resulta de defeitos na secreção e na ação da insulina, sendo que a patogênese de ambos os mecanismos está relacionada a fatores genéticos e ambientais. “O diabetes (DM1 e DM2) está associado ao aumento da mortalidade e ao alto risco de desenvolvimento de complicações micro e macrovasculares, quando não manejada de forma adequada.”
Os fatores de risco estabelecidos para o desenvolvimento do diabetes tipo 2 em geral, aumentam com a idade, obesidade e a falta de atividade física. Outros fatores importantes de risco incluem hipertensão, dislipidemias e doenças vasculares.
-Idade 45 anos -Obesidade (IMC 30 kg/m2); Histórico familiar de diabetes; -Inatividade física habitual; Raça/ etnia; Glicemia de Jejum e Triglicérides total alterados anteriormente; Histórico de diabetes gestacional; Hipertensão; Colesterol da lipoproteína de alta densidade; Síndrome do ovário policístico; Histórico de doença vascular.
Sintomas
Como os rins produzem um excesso de urina, o indivíduo com diabetes mellitus elimina grandes volumes de urina (poliúria), o que acarreta uma sede anormal (polidipsia). Como ocorre uma perda excessiva de calorias pela urina, o indivíduo perde peso. Para compensar o individuo frequentemente sente uma fome excessiva (polifagia). Outros sintomas incluem a visão borrada, a sonolência, a náusea e a diminuição da resistência durante o exercício.
Apesar da concentração sérica elevada de glicose, a maioria das células não consegue utilizá- la e, consequentemente, são transformadas em outras fontes de energia. As células adiposas começam a se decompor, produzindo cetonas, as quais são compostos químicos tóxicos que podem tornar o sangue ácido (cetoacidose). Os sintomas iniciais da cetoacidose diabética incluem a sede e a micção excessivas, a perda de peso, a náusea, o vômito, a fadiga e, sobretudo nas crianças, dores abdominais. A respiração tende a tornar-se profunda e rápida à medida que o organismo tenta corrigir a acidez do sangue.
Os indivíduos com diabetes tipo 2 podem permanecer assintomáticos durante anos ou décadas. Quando a deficiência de insulina progride, os sintomas podem ocorrer. No início, a poliúria e a polidpsia são discretos e pioram gradualmente ao longo de semanas ou meses.
A cetoacidose é rara, quando a concentração sérica de açúcar torna-se muito alta (freqüentemente excedendo 1000 mg/dl), normalmente decorrente da sobreposição de algum estresse (p. ex. infecção) ou de drogas, o indivíduo pode apresentar uma desidratação grave, a qual pode acarretar confusão mental, sonolência, convulsões e uma condição denominada coma hiperglicêmico hiperosmolar não-cetótico.
Critérios de Acompanhamento
Cuidados com os pés: é recomendado que toda pessoa com DM realize o exame dos pés anualmente, identificando fatores de risco para úlcera e amputação (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2013). A consulta de acompanhamento de pessoas com DM deverá incluir uma rotina sistemática de avaliação da sensibilidade protetora e da integridade dos pés com vistas a prevenir danos.
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