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Guedes reconhece que servidores devem se aposentar e que não prevê concursos no curto prazo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na manhã desta sexta-feira, 15 de março, que mais da metade dos servidores públicos devem se aposentar nos próximos anos. Segundo o ministro, o Governo Federal pretende investir na digitalização dos serviços públicos. A declaração foi dada durante um evento que aconteceu na Fundação Getúlio Vargas.

De acordo com o gestor, “cerca de 40% a 50% do funcionalismo federal irá se aposentar nos próximos anos,e a ideia é não contratar pessoas para repor. Vamos investir na digitalização”, afirmando que o Governo Federal descarta a realização de novos Concursos Públicos em 2019.

ADRIANO MACHADO / REUTERS

Paulo Guedes não é o primeiro gestor a dizer que este ano não vai ter concursos. Logo no fim do mês de fevereiro, o secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, informou que “não haverá novos concursos públicos em 2019”.

Como já explicamos, não é uma exclusividade do governo Bolsonaro falar que os concursos não vão acontecer. Em 2015, por exemplo, o então Ministério do Planejamento havia anunciado na época a suspensão de concursos públicos, o que afetaria mais de 40 mil vagas. E O que a gente viu foram vários concursos acontecendo, entre eles o do INSS.

É normal que o ministro Paulo Guedes esteja preocupado em arrumar a casa e ajustar as contas para fechar o ano no verde. Uma das medidas econômicas foi aplicada esta semana quando o Governo Federal publicou um decreto extinguindo 21 mil cargos e funções comissionados. A medida, segundo o governo, deve gerar uma economia de mais de R$ 195 milhões por ano aos cofres públicos.

Mas quem acompanha sabe que o discurso de que não haverá mais concursos vem sendo difundido há alguns anos. Nos anos de 2015 e 2016, quando o governo anunciou a suspensão de concursos por conta do agravamento da crise econômica no país, o Planejamento afirmou que não abriria concurso.

Só para você ter uma ideia, em 2017 foram mais de 35 mil vagas e 176 editais publicados. Para 2018, foram previstas mais de 50 mil vagas entre autorizadas e solicitadas em concursos distribuídos entre órgãos do executivo federal, estadual, municipal e o judiciário. Além, é claro, das autorizações que previram vagas para a AGU, PRF, Iphan e MAPA, que tiveram editais publicados naquele ano.

De acordo com Guedes, a recuperação econômica do país depende da aprovação de um pacote de medidas efetivas, como a reforma da Previdência, e a revisão do pacto federativo com estados e municípios. Sobre a dificuldade financeira enfrentada por governadores e prefeitos, o ministro afirmou que, sem aprovação da reforma, não haverá possibilidade de ajuda da União.

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Veja os comentários
  • Estudo para concurso, mas se for para o bem de todos, que seja. Não me importo apenas com a minha pessoa. Há outros modos de sobreviver, aliás, sobrevivo até hoje sem nunca ter sido funcionário público.
    Mendelmar em 04/06/19 às 19:20
  • Esse ministro não tem interesse nas questões sociais, pois é um acionista e banqueiro, tendo em vista que todas as reformas que ele propõe tem objetivo agradar o mercado, principalmente os banqueiros, que são os responsáveis pela crise econômica que o país atravessa. A reforma da previdência não passa de uma palhaçada que o governo alega que é deficitária, pois deficitário são os cérebros desses políticos puxa sacos e bolsolixos. Basta ler a tese de mestrado da Denise Gentil da UFRJ, em que ela explana, de maneira fantástica, a falácia e mentira sobre a previdência social no Brasil.
    andralls em 19/03/19 às 16:43
  • Impressionante como ainda tem concurseiro que defende o atual governo. Já deu pra avaliar como está sendo.. e não tá bom... "4000 tá bom pra se viver". Limitando sonhos, salário, qualidade de vida só pra concordar com o guru do presidente. Aff
    Nat em 19/03/19 às 06:11
  • Reforma da Previdência, onde pespectiva é se trabalha mais e se aposentar com menos, deveria-se falar seriamente também em se ter um pouco mais de qualidade de vida se reduzindo a carga horaria semanal pra pelo menos os deslocamentos de casa pra o trabalho e do trabalho pra casa serem um pouco menos corridos e estressantes, pois as pessoas moram muito longe de onde trabalham, e praticamente só se volta pra casa pra dormir, essa rotina se já é pesada pra quem é jovem imaginem pra é mais velho e será obrigado a trabalhar (se arrumar emprego) até a idade minima ?! Os políticos deviam ser mais sensíveis as necessidades reais da população pois é um absurdo se viver pra trabalhar quando a proposta do capitalismo era " Trabalhar para viver" mas na pratica vem sendo o contrario!
    Daniel Santana em 18/03/19 às 10:29
  • Eu quero ver até quando os funcionários públicos (especialmente INSS) vai aguentar se 50% dos servidores vão aposentar haverá sobre carga de serviço independente de ter digitalização ou não a perícia ainda é presencial e requer funcionários para fazê-la e não são poucos os casos disso quero ver até quando os funcionários vão aguentar pq o governo liberalista de bolsonaro acha q funcionários são robôs mas não são vai ter mt greve e o governo vai ter q fazer o concurso querendo ou não vamos ver se eles conseguem segurar esse ano todo eu duvido muito, existem agências q estão funcionando com 2 servidores e 1 médico para quase 50 pessoas por dia quero ver aguentar isso
    Hamilton em 18/03/19 às 02:27
  • Alguém comentou que funcionário público tem que ganhar R$ 4.000? A começar pelo presidente que ganha R$ 10.000 do exército, R$ 30.000 da presidência e vai levar mais R$ 30.000 como deputado aposentado. E ficou rico como deputado, ou seja, como funcionário público. R$ 4.000 pra ser presidente, ministro, governador, juiz, prefeito, deputado. Os do topo dando exemplo e aceitando, tá tudo certo.
    lfsan em 17/03/19 às 18:38
  • Tem um xingador nos comentários que nunca deve ter passado em concurso, por isso a única maneira de se sentir melhor é ofendendo os outros. Talvez seja um frustrado, incapaz de conseguir alguma coisa estudando, pra dar opinião em site de preparação para concursos é porque tinha ou tem interesse no assunto.
    Eu mesmo em 16/03/19 às 18:57
  • Estudando ou não, o tempo vai passar... E quero estar preparado para quando a oportunidade chegar.
    Rafael em 16/03/19 às 17:11
  • Até aqui nesse respeitado espaço os petralhas não dão sossego, esse pessoal é muito xarope, pelo amor de Deus!
    Machado em 16/03/19 às 16:30
  • Acredito que não é o salário de 8000 de um técnico que irá fazer grande diferença nas contas públicas. Também acredito que esse Paulo Guedes quer agradar ao mercado, por isso ele diz essas coisas, mas na verdade, vão continuar ocorrendo concursos públicos, mas agora com menos vagas! Só fera pra passar!
    Debora em 16/03/19 às 15:00
  • Concordo com Marcelo e o Victor Hugo. A ideia é menos a participação do Estado no mercado. A ideia é transformar o Brasil no neo liberalismo. Isso implica em uma redução bem considerável de concursos públicos. Isso é Fato! Mas foi feita a vontade do povo!
    Lucimara Cruz em 16/03/19 às 14:54
  • O que Paulo Guedes não explica é como se fará o processo de contratação de especialistas da área informática, que não são funcionários de salário mínimo. Qualquer medida não resolve o problema de um país paquidérmico como o Brasil. Duvido que os problemas da economia brasileira se resolvem reduzindo gastos importantes. Você pode aumentar a receita para cobrir os gastos, com aumento de empregos, reforma tributária que alcance os mais ricos, cobrança das dívidas ao Estado, mas reduzir despesas em plataformas estratégicas será apenas perder uma despesa aqui para criar outra ali. Eu perco um servidor público e ganho um informático. Eu reduzo as despesas com saúde e aumento o gasto em medicamentos, diminuo os gastos com a segurança pública e construo mais cadeias. Irrelevantes as medidas do Paulo Guedes. Pode conferir que esse novo "Célio Cardoso de Melo" ou "novo Delfin Neto", não vai a lugar algum. É um FHC ou Themer piorado.
    Rolembergue Cruz em 16/03/19 às 13:33
  • Previsível, embora não desejável. Agora é torcer para que não haja efeito dominó em relação a estados e municípios.
    JOSÉ CARLOS em 16/03/19 às 10:21
  • Uma amiga minha, bolsonarista, bradou que eu estava errado quando disse que o governo faria exatamente isso, logo depois que foi aprovado o orçamento prevendo concursos. Disse a ela que aquilo era uma mera aprovação do que o governo anterior havia proposto, sem implicar necessariamente na abertura de concursos. Pelo contrário, o discurso do atual presidente na época da campanha já era do estado mínimo e da retirada de direitos dos trabalhadores. Apesar do dito acima, continuamos na luta... Desistir jamais.
    JOSÉ CARLOS em 16/03/19 às 10:16
  • Cara, eu vibro quando sai declarações desse tipo do Alto Escalão do Governo porque sei que um monte de gente babaca e fracassada vai desistir, gente que só espera uma oportunidade para legitimar a sua preguiça. Se for um esquerdista, pior ainda. Difícil entrar na cabeça dessa gente que a democracia sugere alternância de poder. Aceita a derrota nas urnas que dói menos, engula o choro, pois você foi tão incompetente que nos 13 anos de governo com viés estatizante não foi suficiente para ser aprovado em um bom concurso.
    Julio Ewerton em 16/03/19 às 08:13
  • O próprio Paulo Guedes disse, essa semana, q considera q os servidores públicos federais ganham pouco pela qualificação que possuem e q, para aumentar suas remunerações, seria necessário reduzir o número de funcionários. Não deixaremos de ter concursos, mas serão menos vagas. Não dá pra informatizar o trabalho da PF e da PRF, nem é possível, com toda a informatização do mundo, ficar sem concursos para o INSS e Receita Federal, pois os órgãos estão bastante desfalcados (principalmente o primeiro). Creio q os Ministérios devem ficar parados esses próximos anos, já q houve uma redistribuição de servidores com o enxugamento realizado.
    Rafael Morena em 16/03/19 às 08:04
  • Eu que estou começando a estudar agora, depois dessa noticia, comecei a me perguntar: Será que não vale mais a pena eu me concentrar nos fiscos estaduais e municipais do que para a Receita Federal depois dessa noticia ?
    Átila Oliveira em 15/03/19 às 21:45
  • Não é uma boa notícia, mas sinceramente já era esperada. O caminho, em minha opinião é seguir em frente, sem ser pautado por notícias. Força, foco e fé!!!
    CLEBER COSTA em 15/03/19 às 20:39
  • O ministro tá certo, tem que enxugar o Estado, temos que ter o mínimo de servidores e com salários mais baixos, dá pra viver muito bem com um salário de R$ 4000,00...Que ficar rico monte uma empresa e vá correr risco do empreendimentos.
    Osama em 15/03/19 às 20:34
  • O ministro tá certo, tem que enxugar o Estado, temos que ter o mínimo de servidores e com salários mais baixos, dá pra viver muito bem com um salário de R$ 4000,00...Que ficar rico monte uma empresa e vá correr risco do empreendimentos.
    Osama em 15/03/19 às 20:33
  • Acontece que em 2015,o governo era essencialmente estatizante e o atual é liberal, então pode esperar medidas no sentido de igualar o servidor público à iniciativa privada,a primeira e mais importante delas é a reforma da previdência,em seguida será a regulamentação da exoneração por ineficiência e por fim a reestruturação das carreiras, reduzindo significativamente a remuneração inicial do funcionalismo. Com isso,o que tinha de atrativo nessas carreiras desaparecerá, fazendo com que muitos mudem de planos e a concorrência e a qualidade de pessoal diminuam.
    Marcelo em 15/03/19 às 20:18
  • Toma, seus coxinhas safados, toma!!!!!!
    Tiago Miguel em 15/03/19 às 19:58
  • Rezo todos os dias pelo Presidente Bolsonaro afinal de contas votei nele ,dei um voto de confiança mas infelizmente enquanto ele não botar para correr este teórico neo liberar ,o Brasil continuará afundando
    Carneiro em 15/03/19 às 19:12
  • Fernando, existe uma diferença entre afirmar que "haverá concursos" e afirmar que os servidores serão substituídos por capital. No primeiro caso, se adia os concursos em função de alguma coisa (crise econômica, problemas políticos etc) e, eventualmente, eles são retomados. Já no segundo, a ideia é de reduzir o papel do Estado. É não fazer concurso nem agora ou depois. Seja porque suas atividades serão repassadas à atividade privada ou seja porque elas serão mantidas sob o Estado, mas com enxugamento de pessoal. O primeiro caso foi o que os governos trabalhistas do PT e social-democratas do PSDB fizeram ao longo de seus governos (o próprio ministro havia reclamado dessa hegemonia social-democrata). O segundo caso é o liberalismo bruto do atual governo federal, que tem um projeto totalmente diferente dos dois governos anteriores. Então, não se trata de uma mera suspensão, é a desconstrução do Estado brasileiro, como o Mourão já havia anunciado. Se os próximos governos federais tiverem o mesmo comportamento, a tendência é a redução dos concursos. Abs.
    Victor Hugo em 15/03/19 às 18:30
  • Obrigada pelas informações. Continuarei na luta. Já fiz dois concursos esse ano e farei mais 3. É ter foco e muita força. Porque sempre existirá essa frase: "Nunca mais haverá concurso". E, enquanto isso, diversos concursos abrindo e andando. Continuarei seguindo. Provavelmente, já estou na segunda fase de um dos concursos que fiz. Estou muito ansiosa para o resultado. Manter o foco e sentar! Abraço à equipe.
    Ma em 15/03/19 às 18:29