Jimmy Paiva Gomes, aprovado em 1° lugar no ISS Cuiabá/MT para Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal - Tecnologia da Informaçãoo
Concursos Públicos“[…] Existem vários conselhos e acho que outros aprovados podem tê-los melhor desenvolvidos. Contudo, deixo uma mensagem aqui: disciplina e constância. Esse é o segredo […]”
Confira a nossa entrevista com Jimmy Paiva Gomes, aprovado em 1° lugar no concurso ISS Cuiabá/MT para o cargo de Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal – Tecnologia da Informação:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Jimmy Paiva Gomes: O meu nome é Jimmy, tenho 29 anos, sou formado em Ciências Navais pela Escola Naval e sou do Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Jimmy: Após sair da Marinha, fiquei por 1 ano e meio como Auditor Fiscal de Tributos Estaduais em Roraima, tendo tomado a decisão de voltar a estudar para, dentre outros motivos, conseguir um órgão que me permitisse uma melhor infraestrutura, principalmente para acompanhar a evolução da IA e conseguir migrar de área (para TI).
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Jimmy: Sim. Eu trabalhava já como Auditor Fiscal de Tributos Estaduais de Roraima e, graças a Deus, o contexto de já ser concursado na área fiscal, me ajudou a me permitir conciliar.
Agora, como AFTE-RR, pude manter os estudos na parte da tarde e noite, trabalhando sempre na parte da manhã e recuperando o tempo de estudos aos finais de semana.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Jimmy: Por enquanto, fui aprovado para AFTE-RR em 8º lugar (2021), ISS Cuiaba para Auditor Fiscal Municipal de TI (1º lugar – ainda não finalizado), CAGE RS – Auditor do Estado (8º lugar – ainda não finalizado) e Auditor Fiscal Municipal de Porto Alegre (possível 23º lugar, após resultado “definitivo”).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Jimmy: Raramente. O processo de estudo para um concurso é um sacrifício e eu o executei dessa maneira. As únicas exceções eram algumas (não frequentes) noites em que eu dedicava à minha noiva (para ir em algum restaurante) ou em alguns treinos de motovelocidade em Autódromo (normalmente, aos sábados ou domingos).
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Jimmy: Posso dizer que tive dois momentos de estudos para concurso (pré-Roraima e pós-Roraima).
No primeiro (pré-Roraima), a minha família não compreendeu e, por isso, tampouco me apoiou no caminho. Na época, entendiam que o custo era muito alto para um benefício incerto e que eu deveria me manter na Marinha. Foi uma época bem difícil para mim, mas tomei a decisão de estudar, independentemente, do contexto familiar.
Já no segundo período, já como Auditor Fiscal, pude demonstrar todas as vantagens que o cargo possui. Nessa fase, a minha família já tinha plena ciência de que o sacrifício seria válido, então, recebi todo o apoio possível.
Esse apoio veio de diversas formas, desde as mais simples (a minha noiva fazia o café e me entregava na sala de estudos) até as mais marcantes: a minha mãe, que tem doença autoimune, adoeceu por pneumonia durante o mês de dezembro e janeiro (momentos das provas de ISS Cuiabá, CAGE RS e ISS Porto Alegre), chegando a ficar internada. Ela forçou o meu pai a não me contar, para que não me atrapalhasse durante as provas. Eu só fui saber quando ela já estava melhorando o quadro de saúde, depois da prova de ISS POA. Esse gesto, apesar de eu não querer ficar à par da vida deles, mostrou o quanto eles se propuseram a me apoiar, mesmo distante fisicamente de mim.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Jimmy: Eu não estudei direcionado aos concursos que fiz recentemente. Mantive focado em formar uma base para, posteriormente, fazer as provas de São Paulo (SEFAZ SP).
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Jimmy: Basicamente, só utilizei PDF. Eu tenho sérios problemas em manter a atenção e captar informações de vídeos e creio que a velocidade de leitura me permite aprender de forma muito mais eficiente.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Jimmy: Digamos que seja impossível não conhecer o Estratégia quando se está estudando para concurso público. É a melhor plataforma, então, acabei conhecendo tanto pela consultoria que faço, quanto por amigos que me indicaram.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Jimmy: Não houve diferença relevante, porque eu já comecei diretamente pelo Estratégia. Mas, no material, creio que a organização e o alto nível das aulas em PDF me ajudaram bastante. Basicamente, eu tenho acesso a todos os materiais necessários, de todas as disciplinas, então sempre que tenho alguma necessidade de aperfeiçoamento em alguma matéria, basta ir no portal e encontrar as aulas.
Além disso, sempre que há algum edital ou prova específica, o Estratégia já recolhe todas as aulas necessárias. Isso, junto com a confiança que tenho do Estratégia, me facilita demais ao não me preocupar em ficar analisando se a aula está ou não no edital.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Jimmy: Eu contratei consultoria, mas estudei entre 3 a 5 horas líquidas por dia, tendo aumentado para 6 horas durante o período prévio à prova do ISS Cuiabá (mesmo sem fazer o “pós-edital”), revezando entre 3 a 6 matérias por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Jimmy: Majoritariamente por questões, com revisões pontuais em casos de dificuldade e revisões completas próximo às provas.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Jimmy: A minha base de revisão são as questões. Elas possuem uma importância estratégica na minha preparação. Não me recordo de quantas questões fiz, mas costumo colocar como meta as 20-30 questões escolhidas pela consultoria mais cerca de 20-30 questões adicionais de toda a matéria da disciplina que a consultoria me recomendava estudar. Então, acredito que tenha sido na faixa de 240 a 360 questões por dia.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Jimmy: Acredito que o estudo para concurso, tenha semelhança a um cobertor curto e quanto mais investir em alguma disciplina (puxar o cobertor), mais outra parte ficará “difícil” (fora do cobertor).
Diante disso, ao longo da jornada, tive dificuldade em Contabilidade Geral, em Economia, em Tecnologia da Informação em geral, em Gestão de TI, em Estatística, entre vários.
A cada dificuldade que eu enfrentava, solicitava apoio da consultoria para aumentar a quantidade de atividades relacionadas à matéria, até que eu pudesse estar num nível bom (acertos em questões acima de 80-90%). E, em cada atividade adicional, se fosse o caso, adicionava a leitura de PDF e questões adicionais.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Jimmy: Eu tenho uma filosofia de considerar que o trabalho deve ser feito durante a preparação, não no final.
Assim, na semana que antecedeu o concurso do ISS Cuiabá, considerando que eu não havia focado nele, decidi inserir algumas revisões gerais da matéria (leitura dos resumos) e aumentei levemente a quantidade de questões.
No último dia, já em Cuiabá, decidi ver a Legislação Tributária apenas para conseguir fazer o mínimo e não ser reprovado, mas tentando não me forçar demais.
Por fim, no dia pré-prova, como de costume, considero como o dia de descanso. Já havia cumprido o que deveria, então, fiquei apenas me descontraindo com celular e aguardando a prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Jimmy: O meu principal acerto, foi manter uma constância e forjar a base (estudar as matérias básicas muito bem). Foi graças à base que pude passar em 2 concursos (dentro das vagas) sem ter estudado matérias específicas.
O meu principal erro, foi não ser constante da forma como eu deveria. Em muitos momentos, notícias de concurso me fizeram aumentar o ritmo e a ausência delas me fez reduzir. Hoje, eu entendo que, se eu mantivesse um ritmo constante de 5h líquidas por dia, teria sido ainda melhor e mais preparado. Hoje, ainda tenho lacunas na base, por isso.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Jimmy: Acredito que quase todo concurseiro com capacidade real de ser aprovado é ansioso. E eu me encaixo nesse grupo. Então, pensei em desistir em diversos momentos. É da natureza humana refletir se vale a pena ou não continuar, principalmente a cada dificuldade. Mas, a minha motivação, vinha pela vida que eu estava vivendo. Eu queria a mudança, eu queria uma infraestrutura melhor, então, tomava a decisão de continuar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Jimmy: Existem vários conselhos e acho que outros aprovados podem tê-los melhor desenvolvidos. Contudo, deixo uma mensagem aqui: disciplina e constância. Esse é o segredo!
Muitos vão querer “cortar caminho” e o “passar rápido”, reforça isso. Não se engane. Os estudos são constantes e longos. Apenas seja consistente, disciplinado e continue estudando todos os dias.
Reduza ao máximo a variância dos seus estudos. Não estudei hoje 8h e amanhã 2h. Estude 5h em ambos os dias. Isso ajudará a manter a disciplina e a adestrar a sua mente a sentir necessidade de cumprir a meta.