Aprovado em 19° lugar no concurso BRB para o cargo de Analista de Tecnologia da Informação
Concursos Públicos“A jornada de estudos para concurso é árdua e nem sempre teremos a compreensão, o apoio e ajuda dos que estão ao nosso lado, mas busque sempre lembrar porque começou, aonde quer chegar […]”
Confira a nossa entrevista com Willian de Santana Angola, aprovado em 19° lugar no concurso BRB, para o cargo de Analista de Tecnologia da Informação:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Willian de Santana Angola: Meu nome é Willian de Santana, tenho 34 anos e sou formado em Sistemas de Informação, pela Universidade Católica de Brasília, com Pós-Graduação em Desenvolvimento de Software. Sou natural de Brasília, a nossa capital dos concursos, rs.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Willian: Em 2015, quando finalizei a universidade, estava prestando serviços para a Universidade De Brasília (UnB) como bolsista e atuava no Ministério das Comunicações. Durante essa fase, eu entrei em contato com muitos servidores que me inspiraram a galgar uma posição melhor no mercado de trabalho. Sendo assim, pedi dispensa do projeto em que trabalhava (ganhando uma remuneração até “ok” para um recém-formado – cerca de R$ 3.200) e fui estudar para concursos. Vejo que esse foi o meu ponto de inflexão, onde realmente virou a chave.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Willian: Durante esse hiato entre UnB/MC e minha primeira posse, eu somente estudava: 8h ou 9h por dia, sem muita técnica e somente na força bruta.
Nos concursos pós 2017, sempre foi conciliando trabalho e estudos. Já estudei em biblioteca pós trabalho, já experimentei acordar bem mais cedo para estudar – e isso é o que tem funcionado para mim.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Willian: Estudei de 2015 a 2017, conseguindo ser aprovado em:
5º Colocado no CFP – Analista de Sistemas
2ª Colocado na Dataprev para o cargo de Análise de Negócio – que é o cargo que exerço até hoje.
Já no retorno aos estudos:
19º BRB (provisório).
Tenho a pretensão de continuar estudando. Existem alguns “Everests que ainda não foram escalados!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Willian: Durante essa primeira fase (2015 a 2017), realmente me dediquei para o estudo. Brincava com a minha família que só iria em velório e se fosse o meu. Estava muito focado em melhorar de vida e fazer valer o sacrifício que tinha sido largar uma renda garantida para me aventurar no mundo dos concursos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Willian: De 2015 até 2017, eles não tiveram muita opção, a não ser entender. Expliquei o que começaria a fazer e pedi que compreendessem e buscassem me ajudar na medida do possível.
Hoje, minha esposa me apoia bastante e entende que é um esforço que faço pela nossa família.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Willian: Não estudei direcionado para o concurso do BRB. No período dessa prova, eu estava focado no concurso do Banco Central e me inscrevi e fiz a prova do BRB, por causa das possibilidades: um regime mais tranquilo de trabalho (30h) – que me permitiria ter mais tempo livre e a possibilidade de migrar para a área de desenvolvimento. Fui encorajado também pelo meu mentor, a me expor ao máximo de provas possível, até para praticar as recomendações e técnicas que ele me passa na mentoria.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Willian: Estudei basicamente, no núcleo básico, pelo material do Estratégia. Fiz uso dos cursos do Professor Gleyson Azevedo (meu mentor) nas áreas de Segurança da Informação e Redes de Computadores – quem é aqui de Brasília conhece o tanto que ele manja dessas disciplinas. Não só ele, mas todos os professores do “finado” DominandoTI no qual fiz alguns cursos de TI para concursos.
Não abro mão de ver as aulas do Raphael Lacerda para Desenvolvimento e do Fernando Pedrosa para Gestão – sumidades nessas áreas os dois!
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Willian: Conheci o Estratégia quando me desliguei da UnB/MC para estudar para concurso. Adquiri o material para o concurso do TCU de 2015 se não me engano e gostei bastante da qualidade dele.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Willian: O Estratégia facilitou ao condensar uma grande quantidade de informação em PDFs. Estudo sempre quando posso por PDFs, pois sinto que consigo render mais e avançar mais rápido nas disciplinas dessa forma. O Livro Eletrônico Simplificado é a ferramenta que mais uso e mais tem me ajudado.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Willian: Conto com o apoio de um mentor para fazer o meu planejamento e realizar o acompanhamento da execução. Geralmente, o meu ciclo detém diversas matérias e sempre busco um mínimo de 3h líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Willian: Sempre fiz a confecção de resumos à mão para fixar melhor o conteúdo. Na reta final, sempre executo pelo menos um simulado. Tenho usado o app Anki para fixar alguns “decorebas” também e é uma ferramenta excepcional!
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Willian: Resolução de exercícios é essencial! É ali que você consegue conhecer as peculiaridades da banca, o que ela mais gosta de cobrar e o que ela não dá tanta importância assim. Facilmente creio que, entre todas as bancas e concursos que prestei, devo ter feito mais de 40 mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Willian: Banco de Dados sempre foi o meu “calcanhar de Aquiles”, principalmente SQL. Queria dizer que superei, mas ainda é uma seara controversa. A gente acha que sabe SQL, mas vem a FGV ou a Cesgranrio e te dá um choque de realidade, rs.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Willian: Na semana de prova, não busco tentar aprender nada novo, apenas revisar. A pressão de passar por um edital, tentando preencher lacunas, é terrível. Invariavelmente, você vai achar que não sabe de nada, que faltou aprofundar em A ou B e acaba perdendo tempo que deveria estar usando para revisar o que estudou.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Willian: O ideal é eleger alguns tópicos do edital que acha que são mais passíveis de cobrança (geralmente eu tento olhar as mídias sociais/páginas institucionais para ver se identificar alguma tecnologia que esteja em voga) e busque praticar uma discursiva sobre eles. Praticar não somente a escrita, mas o tempo de execução da prova discursiva. A definição de tópicos, rascunho e folha definitiva – caso não seja bem planejada, essa execução pode te deixar com uma redação incompleta ou aquém do que seria possível fazer.
Sempre treine o ato de fazer redações e tente sempre se tornar mais eficiente na confecção para que no dia da prova seja uma parte natural e não amedrontadora.
Uma dica: SEMPRE veja o tema da prova discursiva ANTES de começar a fazer a prova. Muita gente tem medo de olhar o tema e ver que é algo que não sabe/domina. Se você não sabe o tema, o seu cérebro vai buscando informações no background e talvez você até ache informações importantes na prova objetiva que podem te ajudar na discursiva. Caso saiba, garanto que terá uma prova mais tranquila pela frente.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Willian: Os meus principais acertos: escolher um bom material e escolher a ajuda de um mentor especialista em concurso (outro ponto de inflexão na minha caminhada). Muito do que eu aplico e vem dando certo hoje, foram ensinamentos desse mentor.
Os meus erros: achar que mais horas de estudo são garantia de melhor resultado. Muitas vezes negligenciei o sono, não prestava atenção aos sinais que meu corpo me dava – fadiga, pouco aprendizado. Negligenciar a importância da atividade física para o estudo também foi um erro muito grande.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Willian: É fácil manter o entusiasmo quando se está “na crista da onda”. A cada resultado negativo, sempre bate a sensação de “será que vale a pena continuar?”. O pior foi ficar pelo caminho em concursos excepcionais como SEF/MG por 4 pontos de 80 na discursiva, te faz pesar tudo o que você fez até aquele dia e se realmente vale a pena o esforço.
Sempre busco relembrar porque comecei a estudar, o que já consegui proporcionar para a minha família com o cargo que tenho hoje e com o que posso proporcionar caso consiga uma posição melhor. A chegada da minha segunda filha também contribui para que eu não desista, não importa o quão ruim as coisas estejam.
Existem alguns textos que gosto de ler sempre que bate o desânimo: “Minha Preparação para o Fiscal de ICMS de SP”, do Alexandre Meirelles e “Minha História até a aprovação no TCU”, do Jetro Coutinho – esses são textos que sempre reacendem a chama de buscar mais uma vez aquele 1% de melhora.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Willian: A jornada de estudos para concurso é árdua e nem sempre teremos a compreensão, o apoio e ajuda dos que estão ao nosso lado. Mas busque sempre lembrar porque começou e aonde quer chegar. Como diz o Alexandre Meirelles nesse texto citado, “no final, tudo compensa” e todo o esforço e dor, serão uma vaga lembrança quando você chegar no seu cargo dos sonhos.