Aprovado em 3° lugar no concurso TCE-BA para o cargo de Auditor Estadual de Controle Externo
Tribunais de Contas (TCU, TCE, TCM)“[…] O que importa é sua própria decisão de entender que o processo é difícil, que nada vai cair do céu, mas que para chegar lá tem que se mover, tem que começar e se sentir capaz desde o início.”
Confira nossa entrevista com Saulo Emanoel de Lima Brito, aprovado em 3° lugar no concurso TCE-BA para o cargo de Auditor Estadual de Controle Externo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Saulo Emanoel de Lima Brito: Meu nome é Saulo, sou formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Cariri (UFCA) e sou natural de Iguatu-CE. Atualmente ocupo cargo de Perito Criminal na Perícia Forense do Estado do Ceará (PEFOCE)
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Saulo: Essa decisão veio desde cedo. Eu tive familiares que conseguiram vencer as dificuldades através do estudo para concursos, então desde cedo já muito ouvi falar sobre concursos. Portanto, iniciei minha trajetória nos concursos logo aos 18 anos, lá por volta de 2011/2012. Desde então, prestei vários concursos. Reprovei em muitos, mas consegui ser aprovado e nomeado em alguns.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Saulo: De 2012 a 2014 conciliava o estudo para concursos com estudo para graduação em Engenharia. A partir de 2015, dei uma pausa no estudo para concursos, até o ano de 2019, período em que conciliava o trabalho com a graduação. Ao me formar, em 2019, passei a prestar concursos de nível superior e, a partir de então, sempre conciliando o estudo com trabalho. Especificamente no estudo para o TCE-BA, havia dias que não estudava devido aos plantões no meu cargo atual, mas sempre tentava manter o ritmo de estudo nos dias de folga.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Saulo: Aos 18 anos fui aprovado em um processo seletivo do IBGE para um cargo temporário, mas não tomei posse para poder iniciar uma graduação. Em 2013 fiquei no CR em uma seleção do BB, mas não cheguei a ser nomeado. Em 2015 fui aprovado em um concurso para cargo de Técnico Administrativo em Educação – Assistente em Administração no IFCE, em que fui nomeado e tomei posse. Em 2021 fui aprovado em concurso para cargo de Perito Criminal na Perícia Forense do Estado do Ceará (PEFOCE), no qual fui nomeado e tomei posse (cargo que ocupo atualmente). E agora, em 2023, fiz prova para o TCE-BA, estando neste momento no 3º lugar com o resultado preliminar da prova discursiva. Confirmando-se aprovação, nomeação e posse, não penso em continuar estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Saulo: Saía pouco, mas já sou normalmente bem “caseiro”. Tentava de vez em quando sair um pouco da rotina, sem perder o foco por muitos dias, especialmente neste último pós-edital.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Saulo: Poucos sabiam que eu ainda estudava para concursos, basicamente minha esposa e amigos que também estavam nessa caminhada de concursos. Somente pessoas que de fato entendiam a caminhada dos estudos para concursos e claramente apoiavam.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Saulo: Direcionado para o TCE-BA, estudei somente a partir do pós-edital (pouco mais de 3 meses). Antes disso estava estudando há 6 meses para concursos da área fiscal. No pós-edital do TCE-BA acredito que juntei alguma bagagem e experiências dos concursos prestados anteriormente, dos conhecimentos obtidos na graduação e deste período de estudos para área fiscal. Para manter a disciplina, tentava não me desesperar no meio do processo, buscava otimizar os estudos e achar minha própria maneira de estudar para torná-lo mais proveitoso.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Saulo: Utilizei basicamente PDFs, Excel (para exportar meus grifos e manter meus resumos) e uma consultoria de estudos que contratei.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Saulo: Através das redes sociais e pessoas que me indicavam.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Saulo: Sim, também usei material de outros cursos em matérias avulsas. Não me incomodava tanto, ao menos nas matérias que utilizei. Mas por indicação decidi conhecer também o Estratégia. E pelo que vi os materiais são bem completos e sempre atualizados, o que torna um diferencial no estudo para concursos.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Saulo: Sim, no meu cargo atual fui aprovado utilizando, em partes, esse outro material. Mas também utilizei materiais próprios (da época da graduação) e alguns livros.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Saulo: Sim, acredito que os PDFs são bem completos e suficientes para as diversas matérias. Acredito que conseguem direcionar muito bem os estudos em todas as disciplinas.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Saulo: Contratei uma consultoria à parte, que me indicava as atividades a serem realizadas, com base nos materiais do Estratégia, e resolução de cadernos em site de questões. No pós-edital estudava todas as matérias (11). Minha média de horas líquidos por dia no pós-edital acredito que ficou por volta de 3h30min.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Saulo: Eu costumava exportar meus grifos nos PDFs para formato de tabela no excel, mantendo todos os assuntos do edital em um único arquivo .xlsx. Fazia isso utilizando as próprias ferramentas do software leitor de PDF. Portanto, minhas revisões eram nesta planilha, em que eu lia ali os grifos exportados, ao mesmo tempo em que melhorava formatações e inseria novas informações, imagens e bizus a cada nova revisão.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Saulo: É uma parte muito importante do processo. Sem resolver questões de forma massiva, o candidato nunca vai compreender na prática como os assuntos são abordados pelas bancas. No pós-edital do TCE-BA fiz pouco mais de 7 mil questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Saulo: Pela densidade de conteúdos, tive mais dificuldade com Direito Constitucional e Contabilidade Geral. Tentei otimizar os estudos, especialmente sem perder muito tempo elaborando os resumos, sempre exportando meus grifos para a minha “planilha geral de revisão”. Além disso, tentava empregar um tempo maior durante a resolução de questões nessas disciplinas, buscando entender completamente cada item das questões.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Saulo: Na última semana tentei focar mais nos “temas quentes” para a prova discursiva, mas ainda resolvia algumas questões também em disciplinas que eu estava com menor rendimento. Na véspera, boa parte do dia foi em viagem para Salvador, para realização da prova. Mas, quando cheguei, tentei novamente dar uma leitura rápida pelos diversos temas que poderiam ser cobrados na prova discursiva.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Saulo: Minha preparação era basicamente realizando atividades com temas de discursivas cobrados anteriormente pela banca, tentando explorar o que de fato a banca costumava abordar e os possíveis “temas quentes” para o TCE-BA. Como seriam duas questões discursivas sobre assuntos do conteúdo específico do edital e, sabendo que FGV costuma levar muito em consideração a resposta objetiva ao comando, tentei focar no entendimento daqueles conteúdos “mais quentes”, de forma a garantir que conseguiria responder as questões de forma bem objetiva.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Saulo: Entre os acertos, considero que um deles foi o de dar a devida atenção à resolução de questões durante o processo. Tentei otimizar também o estudo da teoria, com a metodologia simples que me adaptei a utilizar. Um erro foi ter negligenciado um pouco a questão do tempo de prova, não ter feito um simulado, considerando aquele tempo de prova disposto no edital, pois foi uma prova com um tempo muito curto. Outro erro foi realizar a viagem até Salvador já na véspera. Foi uma viagem de carro um pouco longa e me vi ainda um pouco cansado no momento da prova. Creio que seja mais prudente viajar na antevéspera, quando a viagem até a cidade de realização de prova for longa.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Saulo: Em diversos momentos do meu estudo para concurso, sim. A motivação foi a de pensar que aquilo não era impossível e que eu só deveria suportar o processo e não desistir. Já no estudo para o TCE-BA em nenhum momento pensei em desistir. Quando decidi encarar a prova fiz todas as ponderações em relação aos conteúdos a serem estudados, ao meu tempo disponível para estudos, ao que poderia acontecer em caso de reprovação. Sabia também que, se eu me esforçasse e estudasse de forma organizada e eficiente, conseguiria chegar competitivo até a data da prova. Acredito que uma das primeiras coisas que tentei colocar na mente ao encarar concursos nessa área foi de que: não vai ser fácil, mas é possível, tenho capacidade e vontade para isso.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Saulo: Acredito que cada um tem uma realidade diferente, uma motivação diferente para estudar para concursos. Minha própria realidade e consequentemente meus motivos foram mudando ao longo dos anos. Um conselho importante é não se comparar com a realidade de outros: se alguém passou ou mais ou menos tempo de estudo, se outro passou mais jovem ou mais velho, se fulano optou ou não por estudar para concursos. No fim das contas, nada disso importa. O que importa é sua própria decisão de entender que o processo é difícil, que nada vai cair do céu, mas que para chegar lá tem que se mover, tem que começar e se sentir capaz desde o início.