Aprovado em 3º Lugar no Concurso do TJ RJ para o cargo de Técnico Judiciário (2ª Região)
Tribunais“Os PDFs abordam todos os tópicos do edital com clareza e profundidade exigida para passar em concursos. Muitas vezes, os cortes têm girado em torno de 85% e, por isso, qualquer questão faz diferença. Outro ponto que merece elogio é as questões comentadas ao final do PDF”.
Confira nossa entrevista com Romulo Matheus Vieira, aprovado em 3º Lugar no Concurso do TJ RJ para o cargo de Técnico Judiciário (2ª Região):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Romulo Matheus Vieira: Sou formado em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, tenho 26 anos e sou natural de São Gonçalo – RJ.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Romulo: Estabilidade, definitivamente. Ter a certeza de que não seria demitido de uma hora para outra, poder planejar a vida sem tantas preocupações com o emprego.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Romulo: Atualmente, sou escrevente judiciário do TJ SP com uma rotina fixa de 8h diárias. Eu sempre buscava bater a meta ou grande parte dela antes de iniciar a jornada de trabalho, pois rendo mais na parte da manhã. Também tem um fator motivacional: se você deixa para bater toda a meta pós-expediente, é capaz de se sentir desmotivado por ter um longo período de estudo após o trabalho, principalmente nos dias mais cansativos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Romulo: Fui aprovado no concurso de técnico judiciário do TJ SP em 2017. Pretendo continuar estudando para as carreiras jurídicas/fiscais.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Romulo: A rotina para este concurso foi um tanto quanto sui generis. Tivemos um longo período de suspensão, praticamente todo ele foi um pós-edital. Eu costumava sair aos sábados à noite e domingo após o almoço para manter a sanidade e renovar as energias.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Romulo: Sou casado, mas não tenho filhos e minha esposa apoia integralmente meus estudos. Meus pais, apesar de não mais morar com eles, sempre me incentivaram em qualquer coisa que me propusesse fazer e o concurso público não foi diferente. Quanto aos amigos, praticamente todos são desse nicho de concursos públicos ou tem noção do que é a preparação. Então, não tive problemas quanto a isso.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Romulo: Entre 5 – 6 meses. A disciplina é um hábito, você tem que lutar inicialmente para inserir os estudos no seu dia a dia. Uma vez adquirido este hábito, tudo se torna mais fácil. Além disso, eu estava muito motivado para voltar para perto da minha família. A pandemia nos ensinou que é importante estar cercado das pessoas que a gente ama para enfrentar os momentos mais difíceis.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Romulo: A minha preparação foi baseada principalmente na leitura de PDFs e resolução de exercícios. Utilizei videoaula para português e costumo usar para raciocínio lógico, porém este concurso não cobrou esta matéria. Já usei livros, porém, em um outro momento, antes de sair edital, e sempre livros voltados para concursos públicos. Nunca utilizei aulas presenciais, seja pela falta de tempo na minha rotina, seja pela dificuldade de acesso aos centros de aulas presenciais.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Romulo: Faz tanto tempo que nem me recordo, mas acho que foi indicação de uma professora de matemática do ensino médio que também estudava para concurso.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? (Pode citar uma ou mais ferramentas que mais te ajudaram na preparação).
Romulo: Antigamente, era comum as pessoas utilizarem revista de “banca de jornal” para se prepararem para os certames. Porém, elas não eram suficientes para o nível de profundidade cobrado, tampouco para bater a concorrência. Os PDFs abordam todos os tópicos do edital com clareza e profundidade exigida para passar em concursos. Muitas vezes, os cortes têm girado em torno de 85% e, por isso, qualquer questão faz diferença. Outro ponto que merece elogio é as questões comentadas ao final do PDF. Também utilizei os resumos feitos pelos professores e os mapas mentais, pois não tenho costume de fazer resumos próprios, utilizo-me de resumos prontos a fim de ganhar tempo e manter as revisões em dia.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Romulo: Antes de iniciar a minha jornada concurseira, li bastante sobre como me preparar para os concursos públicos. Lembro que, na época de vestibular, não conseguia me adaptar aos antigos quadro-horários, pois sempre havia um imprevisto na rotina que acabava descontrolando todo o quadro. Então, nas minhas buscas, encontrei o famoso manual do concurseiro que ensinava a estudar por ciclos. Foi uma pequena revolução na forma de me organizar. Eu costumo estudar mais de uma disciplina por dia, pois meu cérebro, via de regra, perde o interesse na matéria depois de 1h de estudo.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Romulo: Eu fazia revisões por materiais prontos. Não tenho uma regra clara de revisão, pois depende muito da matéria estudada. Geralmente, faço uma pequena revisão da aula anterior quando vou iniciar a matéria novamente no ciclo. Também, costumo dividir a matéria em 3 a 4 partes, dependendo do tamanho, e quando completo essas partes, faço uma revisão retroativa, seja por meio de questões, lei seca, leitura de resumos ou a combinação desses. Quanto aos simulados, nunca fui um adepto. Prefiro medir meu desempenho pelo sistema de questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Romulo: Resolver exercícios tem que ser um pilar dos seus estudos: são as questões que farão você marcar o “X” no local correto no dia da prova. São elas que te indicam como uma banca cobra determinado assunto. Além de todas essas vantagens, os exercícios te ajudam a fixar o conteúdo estudado na memória de longo prazo, pois seu cérebro entende que aquilo é importante e merece ser armazenado.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Romulo: Acho que a principal dificuldade é português. Se uma banca quiser baixar a nota de corte, é só aumentar o nível das questões dessa disciplina. Eu sempre procurei estudá-la por videoaulas aliadas à resolução de questões para fixar a matéria. Vem dando certo (risos).
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Romulo: Até metade da semana, foi de estudos normais em um pós-edital. Depois da quarta-feira, costumo diminuir o ritmo consideravelmente para não chegar cansado no dia do certame. No dia anterior, não costumo estudar, porém este edital trouxe inúmeras leis específicas, então resolvi revisar as principais leis.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Romulo: Acho que o maior acerto foi utilizar bons materiais aliados a bons métodos de estudos. Por outro lado, poderia ter feito uma preparação mais linear caso tivesse reiniciado os estudos mais cedo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Romulo: Não, pois costumo topar desafios que eu tenha um mínimo de convicção que pode dar certo e com concurso não é diferente. A maior motivação foi poder voltar para perto da minha família.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bom, eu não conheço sua história de vida, sua base de estudos, suas aspirações, seus medos, suas virtudes, mas talvez você possa se identificar um pouco com minha história. Estudei em escola pública durante toda a minha formação, com todos os desafios conhecidos, como a falta de professores, deficiência de conteúdo, entre outros mais. Tive que transpor esse pequeno obstáculo por duas vezes: no vestibular e quando decidi fazer concurso. O que eu quero dizer é que você que não estudou nas melhores escolas, ou nas melhores universidades, também é capaz de lograr êxito nos concursos públicos. A diferença é que, inicialmente, você vai ter que correr atrás desse prejuízo de formação, porém, uma vez superado, a concorrência não tem mais vantagem alguma sobre você.
Em segundo lugar, tenha bons métodos de estudo, bons materiais e seja constante. Concurso não é uma corrida de 200 metros, é uma meia maratona ou uma maratona dependendo do concurso. Seja linear, estude todos os dias, tenha uma rotina. Seu cérebro adora rotina. Em terceiro lugar, acredite em você e no seu projeto. O que adianta você topar um desafio achando que não é capaz?! A probabilidade de você falhar vai ser grande.
Por último e não menos importante: seja resiliente. Talvez você não seja aprovado no primeiro concurso e isso é normal. Todavia, não desista na primeira dificuldade, na primeira reprovação, na primeira vez que você bater na trave. Lembre-se que o estudo é cumulativo e, quando você menos esperar, seu nome estará no Diário Oficial.