“[…] Gosto bastante da analogia do Professor Herbert Almeida, onde ele diz que concurso é uma maratona, uns correm mais rápido e outros mais devagar, mas se persistir, vai terminar. […]”

Confira nossa entrevista com Roland Gonçalves, aprovado em 1º lugar no concurso TRF-5 para o cargo de Técnico Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade Tecnologia da Informação – SJAL/Alagoas:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua idade, formação e cidade natal? 

Roland Gonçalves: Tenho 32 anos, sou de Maceió (AL), formado em ciência da computação pela Universidade Federal de Alagoas.

Estratégia: Conte o início da sua trajetória, o que te levou a iniciar os estudos para concursos?

Roland: Pelo fato de na minha cidade, as oportunidades de TI serem poucas, sempre vi os concursos como uma excelente alternativa, uma vez que os servidores com quem conversava sempre falavam da qualidade de vida que era ser servidor, atrelado aos ótimos salários.

Estratégia: Como você conheceu o Estratégia Concursos e porque tomou a decisão de se tornar nosso aluno?

Roland: Eu conheci o Estratégia por meio das aulas abertas do YouTube, como as Revisões de Véspera, mas só adquiri depois do incentivo de minha esposa, incentivando a ter mais consistência nos estudos com um material que eu já conhecia.

Estratégia: Como era sua rotina e plano de estudos?

Roland: Estudava o tempo que tinha disponível, minha preferência é pela manhã, antes de ir trabalhar sempre aproveitava para revisar, fazer questões. Ao voltar do trabalho que seguia o edital observando onde minhas taxas de acerto estavam ruins.

Não fiz cálculo de horas líquidas, mas cheguei a fazer 5 mil questões no pós edital, um prazo de 2 meses.

Estratégia: Você trabalhava e estudava?

Roland: Meu trabalho anterior era de 6 horas diárias, então era relativamente tranquilo conseguir conciliar, a abdicação maior era em relação a saídas com amigos e família, que foram reduzidas nesse período. 

Estratégia: Quais ferramentas do Estratégia você mais utilizou em sua preparação e quais eram os diferenciais de cada?

Roland: Sempre gostei das videosaulas, mas ultimamente passei pro PDF e tenho percebido que a retenção do conteúdo, pra mim, é maior. O Passo Estratégico e os Bizus foram fundamentais em minhas revisões juntamente com as questões do PDF da aulas. Fazia todas as questões do PDF, pois elas sempre cobrem vários pontos do assunto

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?

Roland: Estudei focado desde que saiu a notícia do concurso, depois foquei na banca, fiz até outro concurso da mesma banca que ocorreu antes pra conseguir ter um parâmetro de como era a cobrança. Consegui me sair bem, o que me deixou confiante para a prova do TRF5.

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

Roland: Minha maior dificuldade estava nas disciplinas de estatística, sempre tive dificuldade de aplicar o raciocinio correto na questão e acabava me perdendo e perdendo tempo. A cobrança na prova foi bem superficial, o que facilitou bastante, já que treinando com as questões de outras bancas a cobrança era bem mais pesada. Pra superar, usei o estudo por força bruta mesmo, fazendo várias questões pra melhorar a taxa de acerto e me familiarizar mais com as questões 

Estratégia: Qual sua estratégia de reta final?

Roland: Minha reta final é focada em questões e tentar observar no edital algum tópico que ainda não conheço. Aprendi em uma das aulas do Thiago Cavalcanti a pegar o edital e sair verificando, ponto a ponto, todos os tópicos, o que sabia bem, o eu sabia mediano e  que não tinha noção de nada. Então, sempre tentava pegar um desses tópicos e ler sobre, muitas vezes são tópicos que nunca foram cobrados, mas era bom saber pelo menos o básico.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? De que forma sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada?

Roland: Sou casado e minha esposa estava grávida em toda a trajetória da prova. Desde o pré edital até o dia da prova e em todo o percurso, ela sempre me apoiou e compreendia perfeitamente porque também é concurseira e a descoberta da vinda de meu filho, me deu ainda mais motivação e ele ainda ajudou, nasceu uma semana depois da prova.

Estratégia: Qual a sensação de ter sido convidado para o Baile dos Primeiros do Estratégia Concursos? 

Roland: A sensação foi realmente indescritível, ao sair o resultado do concurso, pelo fato de ser regionalizado, não esperava ser convocado, mas fiquei na expectativa tanto da nomeação quanto do convite. O convite veio antes da nomeação, que saiu logo em seguida, foi realmente a comemoração de uma longa jornada.

Estratégia: Durante sua preparação, ouviu falar sobre o Baile dos Primeiros? Imaginou que um dia estaria nesta confraternização?

Roland: Sim, ouvi falar no baile, mas nunca me imaginei, sempre ficava na média das questões, nunca entre os primeiros, mas a persistência de estar fazendo um pouco a cada de dia sempre me deixou na esperança de conseguir uma das primeiras vagas, visto que as vagas sempre são escassas e a única forma é conseguir as primeiras colocações.

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

Roland: Meu erro inicial foi não investir nas questões, fazer questões de qualquer jeito, apenas em quantidade.  Passei a observar as questões de vários aspectos, as alternativas, o erro de cada uma, os comentários da questão, as questões que estavam relacionadas, que tópicos do assunto elas cobravam, a incidência de um assunto em questões. Observar isso, me fez aumentar bastante minha taxa de acerto.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? O que você diria para a sua versão de 5 anos atrás?

Roland: Pensei em desistir e aproveitar a onda do boom das startups devido a pandemia e o aumento do home office, mas optei por não assumir nenhum emprego e continuar estudando, esperando as oportunidades que viriam. Diria que tudo valeu a pena, cada noite mal dormida, cada dia que acordava mais cedo pra estudar, mesmo depois de algumas reprovações traumáticas, perdi dois concursos na fase das discursivas mesmo estando bem colocado nas objetivas. Acho que essa resiliência em enxergar que estava mais perto de conseguir do que de desistir que foi o ponto chave. Meus amigos concurseiros ajudaram bastante nessa etapa, incentivando e me apontando que o caminho estava mais perto, era só não parar.

Estratégia: Por fim, deixe sua mensagem para todos aqueles que estão começando e almejam chegar aonde você chegou!

Roland: Persistência e sempre enxergar que está mais próximo do que distante. Gosto bastante da analogia do Professor Herbert Almeida, onde ele diz que concurso é uma maratona, uns correm mais rápido e outros mais devagar, mas se persistir, vai terminar. Eu corri devagar, estudo para concursos desde 2016, com algumas pausas e voltando a estudar efetivamente desde 2021 para conseguir essa aprovação em 2024, então toda essa maratona, pra mim, valeu a pena