Aprovado em 2° lugar no concurso TJ SP para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário em Osasco
Tribunais“Minha estratégia foi atacar com foco total no que tinha dificuldade. Isso só foi possível com maturidade nos estudos e com o tempo.”
Confira nossa entrevista com Rodrigo Primon, aprovado em 2° lugar no concurso TJ SP para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário em Osasco:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Rodrigo Primon: Olá pessoal, meu nome é Rodrigo Primon, tenho 29 anos, sou formado em direito e sou de São Paulo. Sei que a entrevista é sobre a aprovação no TJSP, porém essa é indissociável à aprovação no concurso da Polícia Federal/21, por isso, em diversos momentos, falarei da preparação para PF e assoarei ao TJSP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rodrigo: Cursando direito e totalmente desiludido e insatisfeito com o trabalho, ambiente e remuneração de escritórios de advocacia (havia passado por uns 4 ou 5 escritórios nas mais diversas áreas do direito), comecei a pensar o que faria da minha vida e do meu futuro. Uma nova graduação não estava em meus planos.
A partir dessa insatisfação, comecei a me interessar pelos concursos, principalmente quando pesquisei o “salário” e que a única barreira que me afastava daquele salário era minha própria dedicação. Concluí que teria que ser MUITO bom em estudar, pois muitas pessoas também almejavam o mesmo objetivo, porém percentualmente pouquíssimas logravam êxito. Definindo o rumo que tomaria, decidi que estudaria para concursos e nada mais, não queria ter um plano B, tanto que nunca fiz prova para OAB.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Rodrigo: Trabalhei e estudei por um breve período, me organizei e saí do emprego para apenas estudar. Se recomendo fazer o mesmo? Sinceramente, não sei. “APENAS” estudar te dá a vantagem de ter o dia todo disponível, porém com o passar do tempo, a pressão acaba sendo maior e a sensação de estar estagnado e da vida estar passando é complicada, o psicológico tem que estar MUITO bom, ou a pessoa acaba desistindo. Trabalhar e estudar têm a desvantagem do cansaço da jornada semanal, das poucas horas disponíveis, porém você não sente sua vida tão estagnada, além de valorizar cada hora livre de estudos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Rodrigo: Fiz aproximadamente 33 concursos. Fui aprovado em aproximadamente 12 e isso foi estratégico. Não se desespere, você não precisará fazer tantas provas para ser aprovado. Das 33 provas, devo ter estudado para, no MÁXIMO, 15 (ou nem isso). Adotei a postura de fazer muitas provas para justamente treinar o dia da prova, o ambiente, a “pressão”. Fiz provas de cargos que não tinha o menor interesse, como procuradorias municipais (não tinha visto nem 1/3 desse edital), advogado, analista legislativo. Tinha um foco definido e não desviava (estudava para TRT e tribunais).
Resultado: sempre que fui fazer um concurso, o fiz como se fosse um domingo qualquer, sem o menor nervosismo. Isso foi fundamental para ter terminado a prova do TJSP no tempo mínimo (se não me engano, 2h e 30 min) e tirar 94/100. Ali era só mais um domingo, como outro qualquer. Não era o dia da minha vida nem nada, mas claro, a nomeação mudaria minha vida, porém preferia não pensar assim e literalmente blindava minha mente.
Na minha concepção, o psicológico compõe metade da nota. Não adianta saber tudo e estar extremamente nervoso, vai dar branco com certeza. Também não adianta estar tranquilo e não saber a matéria. São esforços complementares que somados resultam em aprovação.
Quando falei das quantidades de provas e aprovações, falei em valores aproximados, porque sempre que passa a prova, simplesmente esqueço dela e toco a vida. ATENÇÃO: antes faço uma análise aprofundada dos erros, e depois sigo, sem remoer reprovações ou quase aprovações.
Aprovações:
- Advogado – Metrô SP; (40º)
- Técnico judiciário – TRT20 (não lembro a colocação)
- Analista téc. legislativo–Câmara de Santana de Parnaíba (top30 +ou-)
- Analista téc. Adm – Câmara de Santana de Parnaíba (top30 +ou-)
- Técnico judiciário – TST (caí na redação – 500º)
- Técnico judiciário – TRT21 (200º)
- Técnico judiciário – TRT6 (350º)
- Técnico judiciário – TRT2 (325º)*
- No anterior, se não me engano, foram nomeados quase 1000. Para o meu azar, até então nomearam uns 150 (aprox.) da ampla.
- Analista administrativo Superior em Direito – JURÍDICO – SANASA (11º)
- Auxiliar Judiciário – TJ Pará (não lembro classificação. Top 20 + ou-)
- Agente de Polícia – Polícia Federal (EXCEDENTE 60º +ou-, provável ANP em outubro)
- Escrevente – TJ São Paulo (94/100) 2º colocado Osasco*
*2º, 3º e 4º colocados com a mesma nota, ainda não temos o critério de desempate
Continuarei estudando, porém ainda não decidi se sigo para Delegado da Policia Federal ou Magistratura.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Rodrigo: Tive diversas fases: o momento de muito lazer, do equilíbrio e o do radicalismo.
Sinceramente? Só saí da média e me destaquei quando assumi a postura radical, principalmente estudando pra PF.
No auge da pandemia, fiz uma mudança de cidade, fui para Ubatuba, no litoral de SP, morar sozinho e longe de todos os amigos e familiares, em um pequeno apartamento da família.
Estudei pra PF no pós-edital praticamente do zero, só tinha bagagem de português e alguns direitos (que não eram 8 questões de 120). Foram aproximadamente 6 meses estudando de domingo a domingo, com uma carga horária absurda (durante 6 meses fiz SEMPRE mais de 60 horas líquidas semanais). Peguei diversas matérias, de extrema complexidade, totalmente do zero – Contabilidade, T.I , etc.
Passado o concurso da PF, fiquei um tempo em Ubatuba ainda sem estudar. Fiz as fases seguintes da PF (TAF, exames médicos, psicotécnico).
Quando saiu o edital do TJSP, estava há uns 3 meses sem abrir um PDF. Voltei pra São Paulo e fiz um estudo bem tranquilo no mês de setembro, mas agora com muito mais inteligência e estratégia.
Estudei apenas o que realmente não sabia. Conhecendo o perfil da banca VUNESP para o TJSP, li a lei seca completa uma vez só (bem rápido, sem me preocupar em decorar nada), depois só ataquei o que não sabia ou o que era “decoreba” (Matemática, estatuto, CPC e questões de Informática – a Vunesp tem uma informática bem chata) e decorei o que achava que precisava decorar.
O mês de outubro (e mês da prova) foi realmente vergonhoso rs… Sai TODOS os finais de semana, bebi pra caramba, fui pra farra mesmo kkk (inclusive, quase não fui fazer a prova do TJ, achava que não teria a menor chance) – a prova está aqui, vejam que vergonha de carga horária kkkk (lembram das 60h semanais da PF?) – A prova do TJSP foi dia 31/10.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Rodrigo: Solteiro e sem filhos.
Sim, todos me apoiaram.
A família me deu todo o suporte financeiro para ficar apenas estudando depois que minhas reservas acabaram. Em momento algum fizeram pressão para “agilizar” a aprovação e sempre apoiaram minhas escolhas (apesar do medo natural da mãe quando passei na PF rs).
Os amigos também foram fundamentais. Quando um amigo fazia algum convite e minha resposta era: “Não posso, tenho prova”, eles compreendiam e não insistiam. No começo até insistiam um pouco, mas não foi por maldade, só entende MESMO quem é concurseiro.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Rodrigo: Para o TJSP estudei pouco mais de 1 mês.
Óbvio, trouxe uma gigantesca bagagem, principalmente depois da intensidade dos estudos para PF, além de já ter uma maturidade nos estudos quanto ao que funcionava para mim e como devia atacar as matérias que não dominava.
Foram dois segredos:
1º – Eu realmente cansei de não ter liberdade financeira, não aguentava mais, queria ganhar dinheiro e coloquei na cabeça que não faria mais nada da minha vida até passar. Sei que todos querem isso, mas a “chave” só virou quando coloquei esse projeto acima de qualquer outro, virou a prioridade número 1, 2 e 3 da minha vida. Qualquer atividade que não estivesse diretamente relacionada ao estudo, eu cortava.
2º – Assistir as entrevistas dos aprovados. Me ajudou muito nos momentos de solidão e incertezas. Até por isso fiz questão de dar o meu depoimento, de forma bem detalhada. No ápice do meu estudo para a PF, quando não saia de casa para nada, assistia todas as entrevistas enquanto cozinhava ou durante os afazeres domésticos ou estava ouvindo uma video aula ou ouvindo os depoimentos. Acredita que sonhei que estava no estúdio dando entrevista pra vocês?
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?
Rodrigo: Minha preparação foi 95% PDF. Videoaula era só no que REALMENTE tinha dúvida, como matemática pro TJSP (e contabilidade e TI pra PF).
Além do PDF, li muito a lei seca e fiz muitas questões da banca, todas do PDF e mais de 40 mil do site de questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rodrigo: No início do estudo, assinei um cursinho extremamente caro e voltado para videoaula. Quando concluí o curso, meus cadernos tinham mais de 200 páginas manuscritas por matéria (muito desorganizado, além da minha letra ser horrível). Quando fiz a primeira prova, pra minha surpresa, muitos assuntos que caíram não estavam em meu material “super completo”, nem foram citados pelo professor.
Revoltado com os cursinhos e perdido no estudo, vendo meu material totalmente incompleto e insuficiente para passar em algum concurso, um colega enviou um PDF de uma aula do Estratégia no Facebook. Baixei por curiosidade e adorei o formato, a linguagem simples utilizada e as questões ao final. Percebi que o fato de não ter que anotar tudo o que o professor falava me pouparia MUITO tempo. A partir disso, comprei algumas disciplinas isoladas e fui evoluindo muito bem no estudo. Quando lançaram as assinaturas ilimitadas, assinei e extraí tudo o que pude da plataforma.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Rodrigo: Demorei quase um ano pra concluir o curso anterior, quando fiz a primeira prova, só havia uns 60% da matéria ministrada no curso, ou seja, totalmente incompleto.
Estratégia: O concurseiro já se dedica tanto hoje para ser aprovado e investe bastante! Imagine chegar na prova e ver questões que abordam assuntos que o professor nem abordou nas videoaulas ou no material em PDF. Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Rodrigo: Passei LONGE da aprovação com aquele material, perdi tempo e dinheiro. Quase desisti de estudar.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Rodrigo: Sim, senti uma grande diferença. O PDF do Estratégia é espetacular. Já vi pessoas reclamando que são extensos e etc. Prefiro que seja assim. O que faz o concurseiro sair da casa dos 80% e passar para os 90% + (que é o que te coloca nas vagas) está ali, no detalhe, no ponto mais aprofundado ou esquecido da matéria.
Além do PDF, gostei muito da possibilidade de procurar matérias avulsas de outros professores. Para PF, por exemplo, utilizei videoaula do Rani (que não estava no curso regular) e o PDF do curso regular do professor Renato. Contabilidade a mesma coisa (estudei com o Gilmar Possati, Silvio Sande e Willian Notário). Fazer isso foi excelente, pois pude buscar o professor que tinha a didática que se encaixava melhor com minha forma de estudar. Em matemática, que era meu “calo”, estudei com o Guilherme Neves, Carlos Henrique, Jhonny e Bruno Lima. Isso foi fundamental.
Resultado: Gabaritei matemática e RLM em todas as provas que fiz depois.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Rodrigo: Para o TJSP, montei o plano de estudos com base no que tinha dificuldade e na relevância da matéria. Estudei por ciclos. Estudava 2 a 3 matérias por dia.
Com relação a horas líquidas, no ápice do estudo para PF, que foi o que me fez passar no TJ, no mínimo 8 horas líquidas de domingo a domingo. Para o TJ até umas 2 horas líquidas.
→ Detalhando o ciclo do TJ:
- Estudei matemática e informática todos os dias.
- Critério: pontos fracos + matéria muito relevante.
- Resultado: Matemática, RLM e Informática gabaritadas.
- Critério: pontos fracos + matéria muito relevante.
- Fiz uma prova de português da VUNESP por semana.
- Se errasse alguma questão, anotava o tema e o motivo de ter errado;
- Se achasse necessário, olhava brevemente a teoria.
- Além disso, ouvi os bizus da Prof. Adriana Figueiredo nos momentos mais tranquilos. A Prof entende TUDO das bancas, os bizus foram certeiros!
- Li a lei seca completa dos direitos uma vez.
- deu umas 300 páginas;
- a primeira leitura levou 10 dias.
- Fiz 10 questões de cada matéria.
- Li a lei seca de novo.
- dessa vez, não li o que já dominava;
- caiu P/ 200 páginas mais ou menos;
- levei uns 4 dias pra ler.
- Fiz mais 10 questões de todas as matérias.
- Depois voltei para a lei seca apenas no que REALMENTE não sabia.
- Normas da corregedoria, estatuto do FP e o CPC completo.
- lia a lei seca disso e revisava as outras matérias por questões, além de muitas questões do CPC, Normas e Estatuto.
- Rodei o ciclo até a prova.
- Tirei 94 pts de 100 :)
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Rodrigo: Revisava lendo a lei seca e fazia 10 questões de todas as matérias.
Depois revisava, por questões, o que achava que poderia esquecer, ou o que não dominava.
Fazia todas as questões separadas pelo tópico do edital. Ex: CPC – Tutela provisória (todas as questões disponíveis).
Fiz resumos apenas para matéria de informática (com base nas questões). Para as outras, utilizei os mapas mentais disponibilizados pelo Estratégia (ajudava a revisar matérias extensas de forma bem simples, como Contabilidade-PF, CPC, CPP).
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rodrigo: Resolução de exercícios é fundamental. Estudar e não fazer exercícios é o mesmo que um jogador de futebol estudar a teoria do futebol e não entrar em campo.
O objetivo da prova é acertar mais questões, ponto final. Não é ser mais inteligente. É simplesmente marcar o “x” no lugar certo.
No site de questões fiz mais de 40 mil (desde o início do estudo, não só pro TJSP) e TODAS as questões do PDF do Estratégia.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Rodrigo: Sim.
Matemática, inclusive fiz faculdade de direito para fugir da matemática, sempre fui MUITO ruim, muito mesmo.
Processo Civil – não era uma dificuldade, era falta de estudo. Estava há anos sem estudar e sabia que, além da matéria ser extensa e cheia de detalhes, o examinador tenta confundir com pontos do Processo Penal.
Minha estratégia (e acredito que foi o diferencial) foi atacar com foco total no que tinha dificuldade. Isso só foi possível com maturidade nos estudos e com o tempo.
Minha maior dificuldade era matemática, então minha saída foi estudar matemática TODOS OS DIAS. Resultado: gabaritei matemática e raciocínio lógico na PF e no TJ.
Informática da VUNESP para o TJSP também é um pouco chata, pedem caminhos do Word, fórmulas do Excel (totalmente diferente da forma do CESPE cobrar, por exemplo), então foquei muito nesses detalhes. Diariamente entrava e olhava todas as guias do Word e do Excel. Incorporei no meu uso diário muitos atalhos. Resolvi muitas questões. Gabaritei informática no TJ e tive uma super nota na PF.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rodrigo: Para o TJ, até pensei em intensificar o estudo, mas não rolou. Estava esgotado da jornada da PF, ainda fiz TAF, exames de saúde, muita coisa nesse meio tempo. Então acabei relaxando MESMO, mas não recomendo.
A reta final é importantíssima e sempre gostei de estudar até o dia da prova, na porta mesmo. Sempre me rendeu uns pontinhos aquela leitura final em algo que é “decoreba” (na PF nos 10 minutos antes de entrar para a prova, li 3 pontos decorebas de informática que caíram. Se tivesse errado, perderia 6 pontos e poderia ser desclassificado do concurso – Fiz 81, o corte foi 75).
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rodrigo: No TJSP não teve discursiva. Na PF e em outros certames que fui aprovado sim.
Estudei como uma disciplina normal. Todo domingo, junto com os simulados da PF, fazia uma redação (como se fosse o dia da prova mesmo).
Durante o ciclo semanal de estudos, estudava algum conteúdo com o Professor Rodolfo e Rafael.
Fiz um caderno no Word com alguns dados estatísticos que poderiam ser usados em diversos temas – Ex: Segundo pesquisa recente, mais de 80% da população brasileira tem acesso à internet.
Além disso, resumia com pouquíssimas palavras os conceitos chaves que poderiam aparecer (pensando na área policial): democracia, direitos humanos, meio ambiente, assuntos sobre segurança (feminicídio, sistema prisional, ressocialização, menoridade penal).
O que aconselho:
- NUNCA deixar de lado o estudo da redação.
- A redação para concurso é bem peculiar. Não pense “ah, escrevo bem; fiz Enem e tudo mais”.
- Conhecer MUITO bem a banca.
- A FCC cobra de uma forma, o CEBRASPE cobra de outra completamente diferente.
- Contratar um pacote de correção de redações.
- O professor já aponta seus erros e você trabalha e os supera antes da prova. Melhor errar em casa do que errar no dia do concurso – experiência própria, pois hoje não sou servidor do TST justamente por ter negligenciado a redação.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Rodrigo: Erros:
- Não acreditar totalmente na minha capacidade;
- Deixar que situações externas atrapalhassem o estudo (relacionamentos, por exemplo), porque ele não estava em primeiro plano (até achava que estava).
- Podemos nos enganar, mas não enganamos a banca/prova;
- Ter utilizado e insistido em materiais ruins e incompletos.
Acertos:
- Sem dúvidas utilizar os PDFs do Estratégia;
- Mudar a postura e colocar como ÚNICO objetivo o estudo e a aprovação.
- Retirar qualquer atividade, pessoa ou distração que atrapalhasse no objetivo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rodrigo: Sim, cheguei.
A motivação foi não ter um plano B. Fiz faculdade de direito e nunca prestei OAB justamente por isso, para não ter plano B. Coloquei na minha cabeça: ou é concurso ou é nada.
Além disso, me motivava a vergonha que sentiria em desistir, na frustração que levaria para minha vida. Seria um atestado da minha incapacidade.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rodrigo: Vou falar aqui TUDO que gostaria de ter ouvido no primeiro dia em que sentei para estudar:
1º Procure um coaching.
- No geral, as pessoas têm muito preconceito com o coaching e com toda razão: tem MUITA gente desqualificada no mercado, propagando dificuldades para vender o milagre.
- Aconselho procurar o coaching para poupar o concurseiro de cometer MUITOS erros cometidos pelo iniciante/intermediário. Se o profissional for realmente sério, ele direciona o estudo de uma forma correta, passando toda a experiência adquirida.
- É possível passar sem coaching? COM CERTEZA! Eu nunca contratei um e passei (assim como diversos aprovados), porém errei MUUUUUUITO até descobrir o melhor caminho.
- Acredito que o Estratégia tenha um time sério, nunca fiz para recomendar um nome ao certo, mas todos os profissionais são/foram concursados, o que já dá uma boa credibilidade.
2º Acredite no seu potencial.
- Sim, acredite DE VERDADE, não da boca pra fora. Todos somos capazes, basta pagar o preço e não desistir.
- O fato de ter sido um péssimo aluno no colégio e na faculdade (como fui) não é uma sentença de fracasso para o resto da vida.
3º Os primeiros colocados, no geral, são pessoas totalmente comuns.
- Quando assistia ou lia um depoimento de alguém que passou nas primeiras colocações, colocava essa pessoa em um pedestal, em um patamar inalcançável.
- Hoje, estou aqui e afirmo, com toda certeza: continuo sendo uma pessoa totalmente normal, que brinca, enche a cara, fala besteira, procrastina. O que mudou? Só a postura em relação aos estudos e descobrir a forma “certa” de estudar (a que funciona para o meu perfil – isso é TOTALMENTE individual).
- A principal mudança está na cabeça mesmo, em acreditar e REALMENTE fazer o que tem que ser feito: estudar.
Agradeço o espaço e a oportunidade de contar um pouco da minha trajetória. Apesar de ter sido muito difícil, vejo que TUDO valeu a pena.
A entrevista ficou longa, até peço desculpas.
Espero que tudo que foi dito aqui agregue em algo na preparação do meu querido concurseiro sofrido, eu entendo muito a angústia e o sofrimento que você está sentindo. Não desista, insista, seja teimoso e passe, pois é muito gratificante poder contar uma história de sucesso para os outros, sendo você o ator principal.
Um abraço, bons estudos e contem comigo.