Aprovado em 11º lugar no concurso SEFAZ DF para o cargo de Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal
Fiscal - Estadual (ICMS)“Dedique-se com bravura e de forma constante. Foque no processo: a aprovação vem naqueles dias em que ninguém está te vendo; no sabadão que você deixou de curtir ou naquelas férias que tirou para estudar. Procure a melhor versão de você!!”
Confira nossa entrevista com Rodrigo Batalha, aprovado em 11º lugar no concurso SEFAZ DF para o cargo de Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Rodrigo Augusto Batalha Alves: Sou natural do Rio de Janeiro. Tenho 37 anos. Sou formado em Ciências Atuariais e Estatística pela UERJ.
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rodrigo: Não. Sem hipocrisia (risos), a princípio mirei nas condições que o serviço público oferece, depois passei a almejar me realizar profissionalmente também.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Rodrigo: Ainda no Ensino Médio conheci o irmão de um amigo que era Fiscal. A descrição da carreira me encantou na época. O maior peso foi a maneira de conciliar trabalho, família e outras tarefas, ainda mais que voltei aos estudos em uma época de “seca” dos concursos.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Rodrigo: Como mencionei, trabalhava. Assim, estipulava e controlava minha carga horária de estudo rigidamente, mas sem ser utópico nos parâmetros (como colocar 10 horas líquidas de estudo, todos os dias).
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Rodrigo: Comecei cedo, fui aprovado em alguns concursos de acesso a escolas de Ensino Médio, o destaque foi o Colégio Naval. Já adulto, fui aprovado e nomeado na Agência Nacional de Mineração (2° colocado), TRE-SP (26 ° colocado) e TRE-RJ (cargo que atualmente exerço)
Ainda, aguardo nomeação no TCE-PE e no SEFAZ-DF (sendo este o último – 11° colocação).
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Rodrigo: Sim. Estudar só com edital na praça é “suicídio” (risos). Falando sério, utilizava quase que um mantra: “Farei meu melhor hoje!”. Porque se você tentar alcançar, todos os dias, aquele nível de pós-edital, certamente, haverá apenas frustração.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rodrigo: Pelo comentário de alguns candidatos em um concurso que prestei.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Rodrigo: Eu utilizava os famosos PDFs, principalmente. Entretanto, penso que a melhor estratégia (desculpe o trocadilho) é conciliar todas essas ferramentas, de acordo com a matéria, seu peso no concurso e seu conhecimento prévio no assunto.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Rodrigo: Sempre busquei manter um padrão mínimo de “qualidade” de 5 horas líquidas. Obviamente, nem sempre conseguia, mas tentava compensar em outros dias.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Rodrigo: Estudava por ciclo de estudos. Incluindo as matérias aos poucos. Na reta final, todas as matérias ficam no ciclo.
Todas essas perguntas tiveram aplicação em determinado momento da minha preparação.
No início, o estudo da teoria era primordial. À medida que o conhecimento foi se tornando maduro, a proporção entre teoria e questões foi se invertendo, de modo que, em algumas matérias, eu estudava basicamente por questões.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Rodrigo: Sim. Informática, parte de TI. Nessa disciplina, cheguei a utilizar videaulas, as quais sempre evitava porque consomem muito tempo.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Rodrigo: Tenho 3 filhos. Sempre tive o apoio da minha família. Graças a Deus!
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Rodrigo: Retornei aos estudos em uma época de “seca” dos concursos fiscais, com concursos esparsos e com pouquíssimas vagas.
Cheguei a adotar uma postura radical em alguns momentos, mas penso que seja inviável a longo prazo. O psicológico e o físico se deterioram rapidamente. Por isso, adotei a ideia de fixar a constância em vez da intensidade. Dessa forma, fui capaz de manter o convívio com meus filhos e certo grau de relação social.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Rodrigo: Acho que vale a pena, sim!! Obviamente, dentro de um contexto.
Penso ser inviável um estudo para diplomata e para fiscal, simultaneamente. Porém, alternar entre fiscos ou intercalar um cargo da área de controle pode ser uma boa ideia.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Rodrigo: Difícil precisar. Meu primeiro contato com a matéria foi em 2014, mas parei. Sempre me mantive ativo, lendo um pouco, fazendo questões.
Voltei ao estudo de forma perene em 2019, com a ideia de “estudar até passar”.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Rodrigo: Maravilhosa!! Sinceramente, um sonho acordado!
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Rodrigo: Loucura, loucura. Tirei uns dias de férias e, aí sim, estudei 100% do meu tempo útil.
Sou carioca, então tive o deslocamento até Brasília. No hotel, na véspera, fiquei estudando, relendo meus resumos, meus flashcards.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Rodrigo: Treinei muito. Procurei me aprofundar em alguns temas.
Acho que acabei com as folhas de um caderno, só com “discursivas”.
Meu conselho é que se treine bastante, porque às vezes você até sabe o assunto, acertaria uma questão objetiva, mas passar o conhecimento de modo formal e estruturado é, como diria o Bruno Henrique do Flamengo, “OTTO PATAMAR”.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Rodrigo: Erros? Acho que cometi, pelo menos, uma centena (risos).
Entretanto, considero que meu principal erro foi ser muito intenso em alguns momentos, comprometendo o estudo de longo prazo.
Já o acerto, com certeza, foi a resiliência. E acreditar que aconteceria.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Rodrigo: O mais difícil foi a incerteza que ronda todo concurseiro e, principalmente, o fato de abdicar de momentos com meus filhos.
Considero que todos que estudaram por mais de 6 meses ou tiveram uma reprovação já pensaram em desistir ou, com eufemismo, “fazer outra coisa”. Só que desistir não faz parte do meu “way of life”.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Rodrigo: Realizar esse sonho, fazer acontecer. Não há sensação melhor!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rodrigo: Caro amigo(a),
Dedique-se com bravura e de forma constante. Foque no processo: a aprovação vem naqueles dias em que ninguém está te vendo; no sabadão que você deixou de curtir ou naquelas férias que tirou para estudar.
Procure a melhor versão de você!!
Boa sorte!