Aprovado em 2º lugar no concurso DEPEN para o cargo de Agente de Execução Penal
“Com ou sem edital, sempre mantive a rotina de estudos. A disciplina foi minha aliada, sempre fui disciplinado nas minhas escolhas e objetivos, por isso não procrastinava e procurava cumprir o cronograma diário.”
Confira nossa entrevista com Robson Xavier Gondim, aprovado em 2º lugar no concurso DEPEN para o cargo de Agente de Execução Penal:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Robson Xavier Gondim: Antes de tudo quero agradecer a Deus por me permitir chegar onde estou e poder vivenciar tudo isso. No momento estou terminando um tecnólogo em segurança pública, tenho 23 anos e sou de Aquiraz-CE.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Robson: O início dos estudos para concurso se deu por conta da vontade de mudar de vida, ajudar minha família e mudar o cenário no qual eu vivo. A área policial foi o pontapé inicial, é a carreira em que meu coração bate mais forte e isso que quero para mim.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Robson: Durante essa trajetória, já passei por duas experiências: estudar e trabalhar; somente estudar. Porém, a maior parte do tempo, estudei e trabalhei e percebi que o meu tempo era mais bem utilizado e o estudo rendia mais.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Robson: Já fui aprovado em dois concursos: Tribunal de Justiça do Ceará (129° colocação) e Policial Municipal de Eusébio (11°). Este último foi durante a preparação para o DEPEN.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Robson: A sensação de ver meu “código” na lista foi uma coisa bem diferente, pensei que sairia gritando, mas fiquei em silêncio sem acreditar e até agora a minha ficha ainda não caiu. Agora sinto a sensação de dever cumprido e que está valendo a pena tudo o que passei.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Robson: Minha vida social, no começo dos estudos, foi bem radical, não queria sair e isso afetou várias relações de amizade e relacionamentos. Contudo, depois de um tempo, aprendi a conciliar todas as áreas da vida, mantendo o estudo como minha prioridade. Sempre tirava um tempo para relaxar um pouco e sair, isso fazia eu recuperar minhas energias para continuar a semana.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Robson: Atualmente namoro e agradeço a Deus por ter colocado essa mulher em minha vida, só fez somar e multiplicar. Moro com os meus pais. Acredito que até hoje, até esse exato momento, minha mãe, especialmente, não sabe muito bem para que estudo. Ela sempre me apoiou, fazia meu café como ninguém e tinha aquela preocupação de mãe: vai dormir, descansar, está tarde. Tenho as melhores irmãs do mundo, as duas sempre me ajudaram, devo muito a elas. Minha irmã mais nova me ajudava nas tarefas de casa para eu ficar estudando por mais tempo. Minha irmã mais velha é um anjo, se não fosse ela, não teria a assinatura do Estratégia e muitas outras coisas.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Robson: Acredito que seja proveitoso fazer concursos da área e não sair fazendo qualquer prova de outras carreiras. À primeira vista, a experiência pode ser adquirida, mas atualmente o estudo está cada vez mais profissionalizado. No momento, esse é o cargo que pretendo ficar por muito tempo, há muita coisa ainda para acontecer, mas talvez, no futuro, eu busque voos mais altos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Robson: Estudei desde janeiro de 2020 especificamente para essa prova. Sem edital ou com edital suspenso, minha rotina de estudo só mudou por causa das matérias que iriam ser cobradas.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Robson: Com ou sem edital, sempre mantive a rotina de estudos. A disciplina foi minha aliada, sempre fui disciplinado nas minhas escolhas e objetivos, por isso não procrastinava e procurava cumprir o cronograma diário.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Robson: Nessa preparação, usei tudo o que se pode imaginar, mas videoaulas, PDF e questões foram as três ferramentas principais. A vantagem da videoaula é a otimização do tempo, poder acelerar e ganhar tempo no estudo. O ruim pra mim é a passividade e não poder, às vezes, detalhar tópicos como um PDF faz. Depois de um tempo, passei a me dedicar ao PDF e me apaixonei. O estudo ativo fez a diferença na fixação do conteúdo e detalhamento. Um ponto ruim é o direcionamento e orientação ao se comparar com uma videoaula. Poderia dizer que questões só tem pontos positivos, mas uma coisa que pode prejudicar é a limitação de conteúdo, pois sempre as bancas estão inovando e buscando novos entendimentos.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Robson: Conheci o Estratégia pelo Youtube, assistia a todas as lives antes de ter condições de adquirir a assinatura.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
Robson: Procurei bater todo o edital, e o tempo no qual essa prova demorou para ocorrer facilitou. No mínimo, estudava umas 3 matérias por dia, fazia resumos com base nas questões e nos meus erros. A quantidade de questões que resolvi foi um diferencial nessa preparação, mas sempre lia e revisava os grifos da teoria. Meu plano de estudos foi baseado no peso do bloco III e nas minhas dificuldades. Nunca marquei horas líquidas, mas acho que chegava na média de umas 9 a 10 horas normalmente.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Robson: Tinha muita dificuldade em informática. Depois que priorizei a matéria e tirei um bloqueio mental, tudo começou a fazer sentido. Coloquei a matéria mais vezes na semana e comecei a fazer muitas questões dos assuntos pertinentes.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Robson: Na última semana, já estava exausto, muito cansado. Fiz muitas questões na segunda, na terça e na quarta-feira, umas 2.000; revisei quase todo o conteúdo por elas e nos outros dias foquei nos meus resumos, grifos e no Passo Estratégico. A véspera foi um dia de muito estudo, assisti à transmissão do Estratégia e, ao mesmo tempo, estava vendo minhas anotações, foi cansativo. Ainda pela manhã, decidi que iria estudar, pois a prova seria à tarde. Peguei o Bizu Estratégico e olhei tudo, todas as matérias. E muita, mas muita coisa mesmo que vi pela manhã estava na prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Robson: Eu fazia pelo menos duas redações por semana, uma para treino e outra em simulado, no domingo. Para absorver bem os conteúdos para redações, fiz alguns mapas e resumos e, ao elaborar a discursiva, me baseava neles como forma de criar um padrão para cada tema. O importante é treinar, só assim vai melhorando e criando a prática.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Robson: Fiz um ATF há pouco mais de um mês e isso já serviu como treino. Embora os índices tenham sido menores, já me deu um norte no que tenho que melhorar. Estou treinando, dando o meu melhor e com “os pés no chão” para dar prosseguimento nas outras etapas.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Robson: Durante essa preparação errei em querer, às vezes, estudar muitas matérias por dia e não conseguir seguir o cronograma que eu criava. E meus maiores acertos foram fazer muitas questões e ler muito.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Robson: O mais difícil para mim nessa jornada foi o sentimento de solidão, abrir mão de muitas coisas e momentos e pensar que isso não teria fim. Pensei em desistir depois da prova do TJ CE, foi o momento em que pensei em parar com tudo. O que me fez continuar foi pensar que eu nasci com uma missão e que a minha vida e da minha família teria que mudar.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Robson: A minha principal motivação se chama FAMÍLIA, dar orgulho para eles e mudar a nossa vida.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Robson: Para quem estar iniciando, aconselho a se organizar, saber o que quer, porque isso irá adiantar muitas etapas no estudo. Saiba que isso é uma escolha pessoal e que as pessoas não irão entender. Não será fácil e nem será da noite para o dia, é algo que é construído um dia após o outro. Enxergue-se lá na frente, planeje, sonhe, mas busque isso diariamente. Tenha fé e acredite que tudo tem seu tempo e quem planta colhe: a lei da semeadura não falha.