Aprovado em 2° lugar no concurso PGM Santos para o cargo de Procurador
Jurídico - Procuradorias“Hoje percebo que a melhor opção era ter escolhido um material específico para Procuradorias desde o início. O Estratégia é uma ótima opção. A partir dele montaria o meu material, já que os materiais deste curso são bem completos”
Confira nossa entrevista com Roberto Vasconcelos, aprovado em 2° lugar no concurso PGM Santos para o cargo de Procurador:
Estratégia Concursos: Qual sua idade? De onde você é? Em que ano se formou?
Roberto Vasconcelos: 35 anos. São Paulo capital, mas atualmente resido em Fortaleza no Estado do Ceará. Dezembro de 2014.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Roberto: A partir dos 14 anos de idade, meados dos anos 2000 via propaganda de cursos preparatórios em Bancas de Jornal e em postes para carreiras militares e vi que tinha uma prova para conseguir ingressar.
Então comecei a verificar quais eram as matérias. Reprovei praticamente em todos, ainda estava engatinhando nas provas. Reprovei para Fuzileiro Naval e Sargento das Armas, até que fui aprovado entre 18 e 19 anos para Soldado PM Temporário da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Estratégia: Por que Procuradoria?
Roberto: Atualmente sou Delegado de Polícia Civil no estado do Ceará desde setembro de 2016. Depois de um pouco menos de um ano e meio no estado, eu e minha esposa percebemos que não estávamos vendo nossos familiares com a frequência que pensamos que conseguiríamos ver.
Este fato foi nos trazendo angústias e dificuldades em outras áreas, por isso decidi voltar aos estudos.
Fui verificar quais concursos no estado de São Paulo que estavam mais próximos, inicialmente a ideia seria Delegado, Juiz ou Promotor.
Identifiquei que um bom cargo que estava com certame autorizado e próximo de acontecer era PGE-SP, foi neste momento que verifiquei as atribuições do cargo de Procurador e achei interessante.
Durante a minha faculdade eu não escutava muito sobre o cargo de Procurador, era mais para cargo de Delegado, Promotor e Juiz.
Por circunstâncias pessoais acabei não fazendo o concurso da PGE-SP, mas continuei estudando para Procuradorias no Estado de São Paulo ou ainda alguma que poderia facilitar, financeiramente falando, a aproximação com o Estado de São Paulo.
Estratégia: O que te atraiu nessa carreira?
Roberto: Eu achei interessante o fato de as Remunerações de muitas Procuradorias se igualarem ou “perderem” em muito pouco para os cargos de Promotor e Juiz e ainda algumas Procuradorias terem a oportunidade de advogar na iniciativa privada, regra esta que também vale para algumas Procuradorias Municipais.
Outro fato importante é que nas Procuradorias Municipais eu podia escolher a cidade que ao final trabalharia, pois quando se presta um concurso Federal ou Estadual, normalmente não há mais vagas para as melhores cidades.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava?
Roberto: Depois que passei no primeiro cargo eu sempre tive que conciliar o estudo para os outros cargos e o exercício da profissão. Criei um cronograma de estudos e abri mão de vários horários de lazer e situações que me traziam prazer para poder ter mais tempo. Geralmente temos alguma situação ou prazer onde é possível cortá-lo para ter mais tempo de estudo, mas não temos coragem de fazer isto.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Roberto: Soldado PM Temporário do Estado de SP. Exerci entre 2005 e 2007.
Agente Penitenciário do Estado de SP. Exerci entre 2008 e 2015.
Delegado de Polícia Civil do Estado do Ceará. Exerço desde setembro de 2016.
O último é o cargo de Procurador do Município de Santos, fiquei em segundo lugar.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?
Roberto: Missão cumprida. Lágrimas e fui avisar minha esposa que tinha dado certo.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Roberto: Tenho uma esposa, uma enteada de 23 anos e um filho de seis anos. Eu dividia um horário para eu ficar com eles e outro para os estudos, este horário eu cumpria fielmente. Vida social com amigos eu não tinha.
Redes sociais usava somente para seguir pessoas ligadas a concursos e ao cargo que eu estava almejando.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Roberto: Tenho uma esposa chamada Giselle, uma enteada Sara e o meu filho chamado Átila. Moro com eles.
Gostaria de dizer para Giselle que eu a amo por cuidar de tudo em casa enquanto eu estudava. Também agradecer a Sara que sempre esteve ali nos ajudando na criação do Átila, sem a ajuda dela a missão teria sido mais tortuosa.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Roberto: Esta questão vai depender das circunstâncias pessoais de cada um. Se a pessoa sente que precisa passar logo em decorrência de situações financeiras, não dá para ficar esperando.
Transitou em julgado meu estudos para concursos pois meus objetivos foram alcançados, mas nunca se sabe se não haverá uma ação rescisória para mudar a história.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Roberto: Neste último de Procurador foram entre 3 anos e meio a 4 anos.
Para Procurador do Município de Santos foram um ano e 10 meses por causa da pandemia.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Roberto: Sim, estudei sem edital.
Uma estratégia que eu utilizava era ficar vendo notícias de concursos que eu tinha interesse e que tinham boatos de sair a qualquer momento, assim eu ficava com medo de sair o concurso e não estar preparado e com isso conseguia manter um bom ritmo.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?
Roberto: Usei livros, cursos em PDF e videoaulas. Eu gosto muito de videoaulas, mas como tinha “pressa”, utilizei mais a leitura. Muitas questões. Desde que recomecei a estudar para Procurador respondi mais de cinquenta mil questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos? Qual o diferencial que encontrou em nosso material? Recomendaria para um amigo que está começando os estudos?
Roberto: O Estratégia é referência, conheço há muitos anos.
O Estratégia tem um curso voltado para Procuradorias com professores que em sua maioria são Procuradores que já alcançaram o objetivo de passar no concurso. Esta questão traz um fator psicológico favorável no estudante, pois este sabe que está aprendendo com quem entende do assunto.
A assinatura de Procuradorias achei bem interessante, tem um preço acessível e o estudante tem um norte para estudar, ótima ferramenta, principalmente no início para quem não sabe como iniciar. Eu assinei este curso. Há um leque bem alto de cursos para concursos de Procuradorias.
Acredito que se eu tivesse tido acesso há mais tempo a este material, teria tido ainda melhores resultados.
Um exemplo foi que no início dos Estudos eu li o livro, excelente livro por sinal, Fazenda Pública em Juízo do Professor Leonardo Carneiro da Cunha. Depois que assinei o curso anual de Procuradorias, assisti todas as videoaulas do curso do Professor Igor Maciel Aspectos de Direito Processual Aplicados à Fazenda Pública e pensei, devia ter assistido este curso desde o início no lugar de ler o livro. O livro é excelente, mas tem uma vertente mais doutrinária, enquanto o Curso do Professor Igor Maciel é mais voltado para concursos e consegue dar uma direcionada para mentalidade de concursos de Procuradorias.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todos que estudam para concurso público é a quantidade de assuntos para memorizar. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Roberto: Nos dias em que eu não estava no trabalho, estudava entre 8 horas e 10 horas.
Primeiro saí estudando todas as matérias, um tópico de cada matéria. Montei um cronograma para estudar as matérias que eu acreditava que tinha mais dificuldade. Neste cronograma eu incluía a leitura da lei.
Paralelo eu também tinha um cronograma de responder questões por matéria, mas desvinculado do cronograma de matérias, para não criar uma falsa ilusão de acertar muito por causa do estudo recente.
Conforme eu ia errando as questões ou até mesmo acertando eu guardava algumas que eu achava que tinha que ver de novo. Guardava as questões junto do material teórico e da lei seca.
Quando eu chegava no primeiro cronograma naquele tópico que coincidia com as questões guardadas, antes eu respondia estas, pois quando eu ia reler o material e a lei seca sabia onde tinha que tomar mais cuidado.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Roberto: Eu preferi não mudar minha rotina de estudos. Eu inseri no meu cronograma as leis locais.
Na véspera da prova também reli as leis locais nos pontos que eu tinha deixado marcado e reli minhas anotações para discursiva.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Roberto: Ter acesso a questões anteriores. Antes de ver a resposta, tentar responder e visualizar de forma realista como foi seu desempenho. A partir disso o estudante treinará, além de ter uma visão dos temas que “costumam” ser exigidos em segunda fase. A leitura da jurisprudência é muito importante. Depois de um tempo de estudo comecei a conseguir identificar na jurisprudência temas que poderiam ser objeto de questionamento na fase escrita e montei um material com estas jurisprudências para reler na véspera de prova.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Roberto: Acredito que um erro no Estudo para Procuradoria decorreu do fato de já ser servidor e como tinha uma boa “bagagem” de concurso acabei não procurando um material específico, acabei montando um meu, o que exigiu muito tempo. Hoje percebo que a melhor opção era ter escolhido um material específico para Procuradorias desde o início. O Estratégia é uma ótima opção. A partir dele montaria o meu material, já que os materiais deste curso são bem completos.
Os acertos foram responder muitas questões, jurisprudência e também treinar muitas questões escritas.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Roberto: Pandemia desembarcou um pouco antes da realização das provas. As provas ficaram suspensas durante um ano e dez meses. Situação inédita para mim estudar durante tanto tempo com um edital e ainda ter que lidar com o trabalho policial.
Meu filho como o de muitos parou de ir para escola, querendo mais atenção. Difícil ter que deixar o filho quando ele pede para ficar um pouco mais.
Desistir, acredito que não, mas sim pensar se valia a pena.
O problema é que para saber se valeu a pena eu não podia desistir.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Roberto: Voltar para o Estado de origem. Com a pandemia se acentuou mais ainda este desejo em decorrência do risco de perder um familiar e estar longe.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Roberto: Disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina, disciplina. Com isto vocês venceram os “mais inteligentes”.