Aprovada em 5° lugar no concurso PC MS para o cargo de Agente:
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)
“Se, pra você, não há nada mais importante no mundo do que a aprovação, respeite isso e não admita que ninguém questione. Entregue-se de corpo e alma. Faça do podcast do Estratégia a tua música da academia, substitua a leitura na espreguiçadeira do clube pela apostila em PDF. Ame e mime a prova, porque é a melhor maneira de se amar e se mimar. Nada na vida oferece mais prazer do que o orgulho de si mesmo. É o que eu desejo, de coração, para cada um de vocês.”
Confira nossa entrevista com Roberta Muniz, aprovada em 5° lugar no concurso PC MS para o cargo de Agente:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Roberta Muniz: Eu tenho 30 anos, sou carioca, economista, pós-graduada em Políticas Públicas e estou com o mestrado em Ciências Criminológico-Forenses aguardando a autorização da COVID-19 para ser concluído, rs. (O curso é presencial, na Argentina.)
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Roberta: Na verdade, eu nunca cogitei outro caminho. Eu sou, antes de tudo, uma idealista ufanista, que acredita no Brasil, respeita as nossas instituições, mas sabe que há muito a ser corrigido. A polícia me parecia um passo inevitável na minha trajetória.
Eu fui servidora pública desde a graduação, me formei em 2013 e em 2014 fui pra Amazônia assumir o cargo de Economista, concursada pelo Ministério da Integração. Voltei pro Rio, concursada como Analista de Desenvolvimento, fui Superintendente na Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
Com quase 1 década de formada me dediquei a buscar, de fato, servir o público e atender o que eu identificava como as necessidades mais urgentes da sociedade. Hoje, acho que é indiscutível que o nosso maior gargalo é a segurança pública e o combate à corrupção.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Roberta: Eu sempre trabalhei de dia e fiz questões de madrugada. Estudei a cada segundo, em cada ônibus, metrô, fila, intervalo do treino na academia… e por aí vai.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Roberta: Sinceramente, eu não tenho a conta exata. Eu fiz muitos concursos na área da Economia e de Políticas Públicas, antes de iniciar essa empreitada nas carreiras policiais. Antes de concluir a graduação eu já tinha sido aprovada no Banco do Brasil, como Escriturária (12º nacional), depois, fiz Ministério Público (não lembro ao certo a colocação, entre os 100 primeiros), Ministério da Integração (4º lugar), Banco Central (aprovada na primeira fase, mas obrigada a desistir da segunda), Agência de Fomento do Estado (25º), algumas prefeituras dos Estados de São Paulo (melhor colocação em 2º lugar, tendo perdido o 1º só pelo desempate por idade) e Rio de Janeiro (melhor colocação em 8º lugar)…
Em todos esses, absolutamente sempre, estudando pelos materiais do Estratégia, de cuja Santa Coruja serei uma eterna devota! As minhas aprovações mais recentes, agora na área policial, foram na PCMS e na primeira fase da PCPR (falta o TAF). Também fiz a prova da PF e fui aprovada por pontuação, mas eliminada na redação. Mês que vem, farei PCPB. Depois, pretendo parar por um tempo e, possivelmente, cursar Direito à distância para, mais pra frente, tentar para Delta.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Roberta: Bom, se você olhar minhas redes sociais vai encontrar foto em festa com legenda poética usando o campo semântica da balística e publicação de desabafo emocional com menção expressa ao Código Penal. Acho que essa é a minha melhor ilustração: abdicar do convívio social? Jamais. Desfocar das provas? Menos ainda.
No réveillon, agora, viajamos para Fernando de Noronha, eu e minha parceira coruja! Sete dias de paisagens paradisíacas e um tablet logado 24hs no portal do Estratégia! Check-in, Medicina Legal. Transfer do aeroporto, Criminalística. Cada espera, quantas questões?
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Roberta: Hoje eu estou solteira. Ao longo da minha trajetória de estudos recente passou pela minha vida um infeliz que discordava que a prova fosse a coisa mais importante do mundo… Eu sempre soube que ele estava errado. Não me arrependo. Refaria a escolha mil vezes. E aposto que nenhum candidato aprovado discorda de mim (como dizem por aí, “fica a dica”).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Roberta: Basicamente, 1 mês. O Edital da PCMS pegou todo mundo de surpresa, mas eu já tinha uma boa bagagem da PCPR e da PF. Foi um período bem curto de estudo focado. O que eu prefiro, na verdade. Acredito que a melhor motivação seja sempre o desafio e o prazo curtíssimo foi estímulo a mais.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Roberta: Eu usei todos os recursos disponibilizados pelo Estratégia. Pessoalmente, me identifico mais com materiais escritos e, especialmente, simulados. Videoaulas são importantes pra quem ainda está sendo introduzido a um tema, quem está construindo uma base. Questões são fundamentais para o candidato se apropriar do conhecimento, treinar o “pensar sozinho”, sem o raciocínio conduzido pelo professor.
Essa é uma grande falha que enxergo entre alguns amigos meus que estudam há anos e não são aprovados: eles acompanham as aulas, assistem resoluções de questões em vídeo e entendem, mas desacostumam a tomar a iniciativa. Na hora do certame, ficam exaustos, demoram, não têm tempo de concluir a prova…
Esse “adestramento neurológico” é essencial à aprovação. Você deve ser capaz de bater o olho na questão e saber o seu objetivo; qual tema, de fato, está sendo cobrado. Identificar a alternativa que fala sobre o que é o foco da abordagem, sem desperdiçar tempo ponderando sobre as demais.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Roberta: Ainda no início da graduação, quando era estagiária na FINEP, acompanhei o preparo de dois analistas por quem eu babava de admiração para o concurso do BNDES. Um deles era aluno do Estratégia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material? (Pode citar uma ou mais ferramentas que mais te ajudaram na preparação).
Roberta: Toda a didática do Estratégia é excepcional. A progressão na construção do conhecimento é extremamente bem elaborada, completa e assertiva. Sem cansar o aluno com uma densidade de conteúdo exagerada, sem elucubrações mirabolantes que não são senão vaidade do professor, mas também sem negligenciar qualquer tema, com uma calibragem realmente pertinente de aprofundamento por tópico apresentado.
Particularmente, considero que a ferramenta mais “estratégica” são os gabaritos comentados ao final das apostilas. A seleção das questões e a forma de elucidação destacam muito bem os pontos de atenção que podem te confundir e as diferentes nuances de abordagem por tema.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Roberta: Na verdade, eu não montei. O meu plano sempre é estudar o máximo que posso a cada instante. Como já comentei aqui, fila do banco é aquela coisa maneira e útil que permite responder de duas a três questões! Ponto de ônibus? Penal, que é mais complexo. 5 minutos pro Uber, pode ser Administrativo… Brincadeiras à parte, acho importante ter uma base de planejamento para o estudo da teoria. Questão não, questão é oportunidade.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Roberta: Simulados e notas sobre pontos fundamentais. Eu costumo dizer que o meu “resumo” é a cola da prova que eu não levo. Tem que “caber na borracha”, na parte de dentro do estojo. Mais do que isso, te confunde. Na hora da prova você vai precisar da frase assertiva, do mnemônico, do que é rápido, pragmático e inquestionável.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Roberta: Tantas quantas pude. Resolver exercícios é fundamental.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Roberta: O meu maior gargalo é a informática, que eu detesto. Não sou a melhor pessoa para dar dicas sobre como lidar com isso. Tomando de exemplo a própria PCMS, eu errei 80% do bloco de informática (e estou na 5ª colocação). Na PCPR, errei 60% (e tenho a terceira maior pontuação, ainda sem classificação). A minha opção foi por focar nas disciplinas que eu gosto porque considero inócua a memorização sem aprendizado e, em informática, eu não vinha avançando muito além disso.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Roberta: Psicologicamente, acho que é um pouco pior sim. Há sempre um misto de saturação mental (“Chega! Não aguento estudar mais nada!”) e ansiedade latejando no peito (“Socorro! Não vai dar tempo de ver todo o conteúdo!”), mas, na prática, sigo o mesmo padrão de otimização do tempo e entrega absoluta à prova que já descrevi aqui: sobraram uns minutinhos, aproveito para treinar mais um pouco!
E, durante todo o período de estudo, vou destacando “questões-chave” (abordagens holísticas, que resgatam conceitos múltiplos de uma vez só; peculiares, com temas mais raros, que treinei menos; por aí vai) para serem refeitas nesse período de reta final. Funciona bem pela revisão e funciona bem por eu já ter sido apresentada à resposta, ou seja, ter maior probabilidade de acertar, o que me acalma e fortalece a autoconfiança.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Roberta: Várias vezes durante a entrevista eu brinquei, falei besteira, mas tentei, de uma forma leve e suave, transmitir o que eu considero o meu grande acerto: quando um cargo se torna a minha meta, eu faço da preparação para ele a minha vida. Se eu estou em um mau dia, eu me permito estudar um tema que eu gosto mais; se eu estou carente, eu leio o material ou assisto a aula daquele professor engraçado, que o meu coração reconhece como melhor amigo…
Minhas indiretas de redes sociais têm o campo semântico do conteúdo que eu passei o dia vendo, meu lazer domingo passado foi no Clube de Tiro pra ver, na prática, o referencial teórico da Balística aplicado. Eu procuro curtir o processo por completo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Roberta: Eu perdi o meu pai em 2013, quando eu estava no início da minha carreira e primeira fase de concursos (ainda na área da Economia). Agora, no intercurso PCPR/PCMS morreram outras 2 das 4 pessoas (meu pai incluído) que mais amei. Foi bem difícil (de novo).
Mas essa terceira, incrível pessoa, que segue ao meu lado, é a minha mãe. Minha luz, meu bálsamo, quem eu mais admiro, respeito, me inspiro… Dra. Vania Muniz, servidora pública por mais de 30 anos, que não deixou de trabalhar nenhum diazinho durante a pandemia; que me ensinou que, enquanto eu for capaz de fechar os olhos e sonhar com o cargo, a prova ainda está pulsando dentro de mim e desistir dela seria abdicar uma chance de ser feliz.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Roberta: Se, pra você, não há nada mais importante no mundo do que a aprovação, respeite isso e não admita que ninguém questione. Entregue-se de corpo e alma. Faça do podcast do Estratégia a tua música da academia, substitua a leitura na espreguiçadeira do clube pela apostila em PDF. Ame e mime a prova, porque é a melhor maneira de se amar e se mimar. Nada na vida oferece mais prazer do que o orgulho de si mesmo. É o que eu desejo, de coração, para cada um de vocês.