Aprovada em 1° lugar no concurso PC PR para o cargo de Investigador em Curitiba
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)
“Aconselho calma e paciência, porque essa caminhada é longa. Além de estudar muito e de sempre procurar entender quais métodos de estudo são melhores para você, recomendo muito que não pense no concorrente e no quantitativo de vagas. A batalha é contra si mesmo, acredite nisso.”
Confira nossa entrevista com Raquel Frumi, aprovada em 1° lugar no concurso PC PR para o cargo de Investigador em Curitiba:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Raquel Frumi: Sou formada em Ciências Sociais, com ênfase em Sociologia. No momento estou cursando outra graduação, Recursos Humanos. Tenho 25 anos e sou de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, mas resido em Curitiba desde 2013.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Raquel: Sempre achei que estudar para concursos fosse um caminho bom para mim, porque consigo focar por muito tempo em uma coisa só e muitas vezes o emprego que a gente busca na iniciativa privada nunca será nosso, por inúmeros fatores. Mas eu nunca tive vontade alguma de estudar especificamente para nenhum cargo/emprego, então eu simplesmente fazia provas sem estudar, para ver no que ia dar (nunca deu em nada).
Eu sabia que em algum momento deveria estudar, ou então desistir. Mas aí algo despertou em mim, algo que sempre existiu e eu tentava ignorar, que era a vontade de servir as pessoas e fazer parte de uma instituição que eu considero primordial para a sociedade, que é a Polícia Civil do Paraná. Nunca quis outra. A partir daí eu estudei de verdade.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Raquel: Já trabalhei e treinei para TAF e, enquanto estudei para esse concurso de Investigador, também fazia faculdade a distância. Trabalhar e treinar é bastante complicado quando a nossa rotina depende de ônibus (eu trabalhava em outra cidade), achei muito difícil buscar resultados no treino naquela época (2019), estava sempre cansada para tentar avançar de limite.
Com relação ao estudo para o cargo de Investigador e a faculdade, por ser a distância acredito que não atrapalhou em nada, mas é preciso reservar bem o tempo a ser dedicado para cada coisa, sendo que para o concurso eu dedicava todo o tempo que sobrava, quase não tive nenhum lazer.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Raquel: Nossa, aprovações já tive algumas, mas classificações nas vagas acredito que somente 3. Já fui aprovada e nomeada para o cargo de Agente Socioeducativo da Prefeitura de Bento Gonçalves, mas não tomei posse. Também passei nas vagas para Escrivão da PC-PR, tendo reprovado no TAF e agora estou na luta para o cargo de Investigador da PC-PR, que passei e aguardo o TAF. Se eu conseguir tomar posse nesse cargo, acredito que não vou continuar estudando, pelo menos no momento. É o cargo que eu sempre sonhei, então acho que não quero outro.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Raquel: Sempre abdiquei do convívio, infelizmente o tempo é muito curto para o edital que é extenso, precisei priorizar o mais importante todas as vezes que decidi me dedicar para concursos.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Raquel: Não sou casada, não tenho filhos e nem namoro. Moro sozinha. Entenderam e sempre me deram suporte para seguir esse caminho.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Raquel: Especificamente para o cargo de Investigador acredito que estudei de 5 a 6 meses. Para mim, o segredo sempre foi ter clareza de que a fase de estudos é temporária, mas o cargo é para sempre. Pensar que, se eu quero isso para a minha vida, preciso me esforçar o tanto que essa conquista merece. Mas talvez não pensar muito e estudar seja uma boa, o tempo acaba passando bem rápido e a gente nem vê.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Raquel: Utilizei videoaulas, livros e a leitura da letra da lei. Para mim, não existe desvantagem nas videoaulas, eu não fico tão cansada e consigo gravar bem o que eu escuto. A partir delas fiz meus resumos bem simples para sempre dar uma olhada. Livros são legais para quem gosta de ler, acabei lendo uma parte de um livro de Direito Penal, mas não acho necessário ler livro para fazer concurso, pelo menos para a área que escolhi. Decidi ler porque queria fazer algo diferente relacionado ao concurso.
A letra da lei é essencial, precisa ser lida e relida, porque as provas geralmente focam nela. E aí entra uma desvantagem para quem não é do direito, às vezes pode ser bem difícil compreender alguma coisa, por isso as videoaulas ajudam bastante também.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Raquel: Por meio de anúncios na Internet.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Raquel: Acabei utilizando o Estratégia para a disciplina de Direito Administrativo, porque achei mais detalhada que a do concorrente na época. Eu não estava muito segura com relação a um ponto específico do edital, então fui buscar esse reforço.
Estratégia: O concurseiro já se dedica tanto hoje para ser aprovado e investe bastante! Imagine chegar na prova e ver questões que abordam assuntos que o professor nem abordou nas videoaulas ou no material em PDF. Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Raquel: Sim, cheguei, tinha estudado com o Estratégia e outro curso, e fui aprovada nas vagas.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Raquel: Acredito que a grande vantagem do Estratégia é o detalhamento que os professores dão nas videoaulas. Os PDFs são muito bons também, mas acabo negligenciando essa ferramenta, apesar de recomendar o uso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Raquel: Eu realmente não fazia muitos planos, só estudava. Estudava uma ou duas matérias por dia, dividindo por assuntos. Via videoaulas e fazia questões. Acredito que umas 8h por dia, às vezes 6h. Mas realmente nunca planejei nada, nunca segui um cronograma. Acho que tem gente que planeja demais e faz de menos.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Raquel: Fiz resumos e simulados, mas gostava mais de revisar por assunto, tentando me recordar ao máximo daquele assunto passado (falando alto mesmo, tentando me explicar a matéria). Quando eu via que travava, voltava nele e estudava tudo de novo. Nunca vi ninguém fazendo isso, mas para mim funcionava. Lógico que isso demanda tempo, por isso ficava bem difícil até parar para comer.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Raquel: No total? Acho que foram mais de 15 mil questões. Objetivamente, é importante porque você consegue enxergar exatamente como está indo e começa a entender o que as bancas realmente querem de você. Mas para mim ainda tinha um efeito de confiança, porque eu via os acertos e me sentia mais segura.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Raquel: Na realidade tive dificuldade em todas. Tudo era muito novo para mim quando eu comecei, exceto Português. Mas tudo foi sanável com o tempo, sem maiores problemas. Acredito que a maior dificuldade que tive foi com a matéria de Raciocínio Lógico, na época que eu estudava para o cargo de Escrivão. Consegui aprender (aprender mesmo, não sabia nada) a parte de tabela verdade faltando um mês para a prova.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Raquel: Eu procurei terminar o que faltava (já me organizei para não faltar muita coisa) e focar em questões. No dia anterior à prova, assisti revisões de véspera no YouTube, do Estratégia e de outro curso. Assisti uma e depois a outra, mas foi um pouco pesado, não sei se recomendo. Na hora senti que se não fizesse isso não ia me sentir segura no dia seguinte, então fiz.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Raquel: Eu tinha realmente estudado para a redação na época em que o concurso tinha sido marcado para fevereiro. Eu simplesmente tentava imaginar um tema relevante para a atualidade (eu sempre gosto de tentar adivinhar o que vai cair na prova, então sempre tinha muitos temas) e produzia uma redação para ele. Tentava fazer isso uma vez por semana. Mas depois que a prova foi remarcada, acabei relaxando com esse sistema e treinei bem poucas redações. Nunca tive dificuldade com escrita, mas aconselho treinar como eu fazia e ler bastante.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Raquel: Minha preparação foi bastante complicada, principalmente devido à pandemia. Eu treino em parques e de máscara. Não foi fácil vencer a dificuldade com a corrida, demorei muito tempo para alcançar o mínimo exigido. Ainda bem que posso contar com meu personal André, que está me ajudando muito. No momento, estou mantendo tudo o que venho trabalhando desde janeiro do ano passado com ele.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Raquel: Na minha opinião, meu principal erro foi ter insistido em trabalhar enquanto me preparava para o TAF. Eu precisava de tempo de descanso e de um personal que me orientasse conforme a minha dificuldade. Era bem difícil acordar às 7h da manhã e voltar para casa às 9h da noite, cansada, e ainda ter que alcançar resultados sempre maiores do que no dia anterior. Acredito que o grande acerto foi não ter desistido depois da primeira reprovação e ter me mantido firme no estudo e no treino apesar de tudo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Raquel: O tempo todo. Mas nunca desisti de verdade, porque não me imagino trabalhando com outra coisa. E se é isso que precisa fazer para alcançar o cargo, precisa ser feito.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Raquel: Aconselho calma e paciência, porque essa caminhada é longa. E parabenizo quem se dispõe a trilhar. Além de estudar muito e de sempre procurar entender quais métodos de estudo são melhores para você, recomendo muito que não pense no concorrente e no quantitativo de vagas. A batalha é contra si mesmo, acredite nisso. Você precisa fazer a sua parte, a nota dos outros não importa, tampouco quantas pessoas farão a prova.
Muita gente fica extremamente ansiosa porque coloca toda a expectativa naquela prova em específico, e está tudo bem, porque eu fiz/faço isso. Mas se você vai por esse caminho, e não pelo caminho de estudar uma base e fazer vários concursos, o seu foco precisa ser na sua preparação e não nos concorrentes. É o único jeito de não ser tão estressante esse processo. No fim, você vai alcançar, tenho certeza.