Aprovado no concurso da Prefeitura de Duque de Caxias para o cargo de Auditor Fiscal Tributário
Fiscal - Municipal (ISS)“Vá curtindo a evolução, o caminhar e que isso seja seu combustível renovável rumo à aprovação (…). Jamais se afaste completamente das pessoas que você gosta ou das atividades que te façam bem. A disciplina será boa para você, é libertadora ao contrário do que muitos imaginam. Trabalhe suas emoções, o uso com inteligência será fundamental. Acredite! Você só não será servidor público se desistir ou for impedido por algo maior”
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Confira nossa entrevista com Rafael Félix, aprovado no concurso da Prefeitura de Duque de Caxias para o cargo de Auditor Fiscal Tributário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Rafael Félix: Sou formado em Administração de Empresas, pela PUC-RJ, com pós-graduação em Marketing (IBMEC) e Gestão Pública, pelo TCE-RJ. Farei 42 anos no dia 06 de março, sou do Rio de Janeiro e, atualmente, moro em Nova Iguaçu, cidade metropolitana do RJ. Sou casado e tenho 2 filhos lindos! Uma moça que fará 7 anos no final de fevereiro e um menino arteiro de 3 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rafael: Sempre trabalhei em empresas, tanto nas de pequeno/médio porte quanto em multinacionais – ora atuando na área financeira, ora na área comercial – e pouco antes de fazer 30 anos, decidi mudar radicalmente. Percebi que não me sentiria feliz tendo apenas sucesso profissional, queria ser um marido e um pai presente fisicamente e emocionalmente. E o que acontecia é que quando conseguia empregos que me permitiam estar junto da família, a cabeça não parava de pensar em tantas atribuições e responsabilidades que possuía. Parecia que saía do trabalho, mas o trabalho não saía de mim. Então, resolvi estudar para concursos ir em busca de qualidade de vida.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Rafael: Quando comecei os estudos, apenas estudava. E, após entrar em exercício no primeiro cargo público, tive que conciliar. Estudava, em média, 3 horas antes de sair para o trabalho e, quando chegava em casa, estudava mais 3 horas. Aos sábados, fazia simulados ou estudava o quanto aguentava. Aos domingos me permitia sair com a família, ia ao cinema, surfava, enfim… fazia tudo, menos estudar. Confesso que, no início, não me dava esse tempo, mas ao longo da trajetória, percebi que isso era contraproducente.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Rafael: Fui aprovado nos seguintes cargos:
– Analista de Planejamento – 16º lugar – Prefeitura de São Gonçalo Auditor Fiscal de Tributos – 12º lugar – Prefeitura de São João de Meriti;
– Auditor Fiscal Tributário – 41º lugar – Prefeitura de Duque de Caxias;
– Auditor Fiscal de Receitas Municipais – 24º lugar – Prefeitura de São Gonçalo.
Todas as Prefeituras são da área metropolitana do RJ.
Pretendo continuar estudando para concursos fiscais estaduais.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Rafael: Antes de tomar posse no primeiro cargo público, apenas estudava, então tinha uma vida social um pouco mais ativa. À noite, ia à academia e, aos domingos, saía com amigos e com a família.
Depois que comecei a trabalhar tive que conciliar, então, antes da publicação de editais, fazia academia e também tirava um tempo livre aos domingos. Após editais, era foco total e só descansava aos domingos.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Rafael: Sim, sou casado e tenho dois filhos. Tive apoio total da família e isso foi fundamental para as aprovações. Passava muito tempo no quarto estudando ou em biblioteca e eles entendiam e me davam força, pois sabiam o quanto era importante. Quando tive reprovações, também tive apoio, pois me lembravam de todo o sacrifício feito e me diziam que não tinha sido em vão, que um dia a aprovação viria, num lugar, quem sabe, até melhor. E não é que aconteceu! (rsrs).
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Rafael: Para o último concurso, estudei apenas 4 meses. Já tinha uma bagagem grande de outros certames, então, meu foco foi relembrar alguns assuntos, estudar tópicos específicos e afiar o machado em algumas matérias chave. Para manter a disciplina, fazia ciclos PDCA para cada matéria. E deixei de ter uma meta específica e passei a considerar como meta o aperfeiçoamento contínuo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Rafael: Em minha preparação usei de tudo: aula presencial, videoaula, livro, apostila em PDF, sites de questões, simulados on line e presencial, enfim, tudo! Mas o que fez a produtividade aumentar foi o uso de PDF com sistema de questões.
O PDF marcava com uma cor os assuntos importantes e com outra aqueles que considerava essencial e não podia deixar de saber.
As principais vantagens foram as economias de tempo e de dinheiro, pois podia acessar o material em qualquer lugar e não precisava gastar com impressões.
A principal desvantagem é que na videoaula ou presencial o aluno é mais estimulado, o que contribui para a memorização do conteúdo. E, no PDF, perdem-se os estímulos visual e auditivo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rafael: Conheci o Estratégia através “do boca a boca” dos amigos que estudavam. Depois entrei no site, baixei uma aula demonstrativa e percebi a qualidade do material. E nunca mais mudei para outro curso.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Rafael: Sim, usei materiais de outros cursos e me incomodava o trato dado em relação a alguns assuntos, ora muito superficial ora aprofundado em demasia sem qualquer necessidade e me fazendo perder tempo. Me incomodava também a disponibilização de material específico muito próximo à data da prova. Simplesmente, não dava tempo de estudar. Me sentia lesado!
Usei também um site de questões e não gostava muito dos filtros, sentia falta de uma ferramenta que mostrasse a evolução em cada assunto e não somente o percentual de acertos. E também uma sinalização das questões com a ocorrência de erro em mais de uma oportunidade. E por que não a geração de um caderno somente com questões erradas 2/3 vezes? Essas ausências dificultavam a análise de desempenho e, consequentemente, a atualização do ciclo PDCA.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Rafael: Sim, cheguei a fazer ISS-SP e ICMS-RS. Fiquei muito próximo da aprovação e hoje acredito que se tivesse um material mais focado e um site de questões com relatórios mais personalizados, acredito que teria encurtado o caminho da aprovação.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rafael: Senti muita diferença quando o Estratégia passou a disponibilizar o resumo das aulas ao final do PDF. Como isso ajuda! Principalmente nas semanas que antecedem a prova. Claro que é indicado fazermos nossos resumos ou mapas mentais, mas essa ferramenta sempre traz algo que não tínhamos visto ou dado a devida atenção.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Rafael: Sem trabalhar, estudava 30 horas líquidas, conciliando com o trabalho, após a nomeação, fazia 25 horas líquidas. Estudava por ciclos e antes de iniciar os estudos, estipulava quanto tempo (horas líquidas) seria necessário para estudar cada disciplina. Depois comparava com o tempo disponível que teria até a prova e ficava desesperado ao perceber que faltavam centenas de horas. E aí a estratégia é fundamental para saber a distribuição de horas para cada matéria e até mesmo o que seria deixado de lado, levando sempre em conta o custo x benefício de cada assunto.
Lembro de um professor de legislação tributária que não recomendava estudarmos as alíquotas do ICMS-RJ. Ele dizia: “se cair, vocês irão chutar!”. No início, achei meio esquisito. Queira estudar e saber tudo de todas as matérias em um nível pós-doc. Com o passar do tempo, vi que não precisa tanto. Quando sobrava tempo (algo difícil), estudava os itens deixados em stand-by.
No dia a dia ia alternando as matérias, o método de estudo e a forma de estudar. Se fizesse uma hora de leitura em PDF, depois alternava para videoaula ou exercícios (estudo passivo x ativo), bem como se estudasse uma matéria de direito depois trocava para uma de exatas. Quando batia o cansaço, estudava a matéria que mais gostava e quando estava bem e motivado, aquela com maior dificuldade. Mantinha a programação de estudos, apenas modificava, às vezes, a ordem para o processo fluir melhor.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Rafael: No início, fazia resumos. Depois percebi que perdia muito tempo e passei apenas a marcar o PDF ou acrescentar algo no resumo da própria aula. Fiz simulados, o que é bom também para variar um pouco o método de estudos, principalmente, quando já se está um tempo estudando. No geral, costumava fazer revisões personalizadas para cada matéria. Não estipulava um prazo padrão, dependia do que o PDCA me dava de feedback. Assunto importante e com baixo índice de acertos, diminuía o período de revisões até consolidar bem o conteúdo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Rafael: Resolver exercícios é importantíssimo! Bom para revisar a matéria, saber como é cobrado e até para saber o que devemos focar, pois em alguns momentos da preparação, me peguei tentando ficar especialista em um assunto que a banca praticamente não cobrava. Não lembro ao certo quantas questões resolvi, mas, com certeza, foram muitas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Rafael: Tinha dificuldades em Raciocínio Lógico e Estatística. Para superar, estudava todo dia 1 hora depois do almoço. Isso ajudava também a não sentir sono.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Rafael: Na semana da prova, costumava fazer muitos exercícios da banca. Mas com cuidado para não estafar. E, na véspera, costumava pegar bem leve: via uma fórmula ou outra, relembrava uma data ou prazos, nada novo. No dia da prova, procurava fazer uma atividade física leve, como uma caminhada. Quando a prova era de manhã, acordava mais cedo para malhar. E quando não dava, buscava um resumo ou algo bem tranquilo para ler e ir “aquecendo” o cérebro.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Rafael: Os principais erros foram subestimar meu potencial; conversar pouco com quem já era mais experiente sobre as estratégias de estudo; mudar toda hora de material; não realizar tantas questões que podia e focar no material teórico esquecendo que a banca modifica o perfil de cobrança ao longo do tempo.
Quanto aos acertos, acredito que ir sempre em busca do aperfeiçoamento ajudou bastante. Não conseguia ficar bem enquanto não enxergava uma forma de melhorar nos estudos. Isso me motivava e me fazia acreditar que poderia ser aprovado no próximo certame que tentasse. Além de me motivar também com a evolução. Tinha uma planilha em que anotava a quantidade de questões realizadas e o percentual de acertos, por assunto. E quando chegava em índices elevados, sentia que estava no caminho certo.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Rafael: Sim, pensei em desistir. Mas sempre tive uma motivação interna que impedia, que dissesse para mim mesmo que não havia conseguido realizar meu sonho. Claro que vivia meu luto após uma reprovação, mas não deixava passar de uma semana. Logo em seguida, já estava tentando identificar o que estava errando e procurando soluções. Ciclo PDCA, sei que estou sendo repetitivo, contudo, acredito ser a chave para o crescimento não só profissional, mas pessoal também.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rafael: Confie em você. Mapeie suas qualidades e deficiências pessoais. Mapeie suas qualidades e deficiências nas disciplinas. Vá curtindo a evolução, o caminhar e que isso seja seu combustível renovável rumo à aprovação. Tenha sua fé. Valorize sua família. Pratique esportes. Pratique meditação. Sonhe. Deixe o processo de estudos confortável para você. Jamais se afaste completamente das pessoas que você gosta ou das atividades que te façam bem. A disciplina será boa para você, é libertadora ao contrário do que muitos imaginam. Trabalhe suas emoções, o uso com inteligência será fundamental. Acredite! Você só não será servidor público se desistir ou for impedido por algo maior.
“No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.” Fernando Sabino