Aprovado em 1° lugar para o cargo de Analista Administrativo no concurso DNIT
Concursos Públicos“Estudar para concurso não é fácil e não é para todo mundo, mas caso você tenha um sonho de melhorar a sua vida para você e para sua família, é um excelente caminho […]”
Confira nossa entrevista com Matheus Taveira de Brito Araújo, aprovado em 1° lugar no concurso DNIT para o cargo de Analista Administrativo – Administrativa – RN:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Matheus Taveira de Brito Araújo: Sou engenheiro civil, tenho 29 anos e nasci em Natal – RN.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Matheus: Antes de começar a estudar para concursos, eu empreendia na construção civil e tinha sociedade em uma empresa de estética. Porém, com o enfraquecimento do mercado devido à pandemia de COVID-19 e a percepção de que o ritmo de trabalho que eu estava levando não seria saudável para o futuro, decidi mudar drasticamente para ter mais qualidade de vida. A partir disso, comecei a analisar como poderia ter uma remuneração que me permitisse manter um padrão de vida bacana com qualidade de vida. Conversei com familiares e amigos concursados e percebi que era isso que eu queria para minha vida, para ter tranquilidade. Decidi, então, estudar para ser Auditor Fiscal, e pouco tempo depois saiu a notícia da autorização das 900 vagas para AFT, o que me deu uma motivação ainda maior.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Matheus: Nos primeiros três meses, eu trabalhava e estudava; depois, me dediquei exclusivamente aos estudos. Nesse período inicial, trabalhava cerca de cinco horas por dia e estudava, em média, 35 horas por semana. Durante a semana, estudava um pouco menos devido ao trabalho, mas no fim de semana me esforçava ao máximo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Matheus: Este foi o primeiro concurso em que fui aprovado dentro do número de vagas imediatas. Atualmente, estou estudando para o concurso de Auditor Fiscal do Trabalho. Depois, pretendo continuar estudando nessa área fiscal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Matheus: Minha vida social mudou muito. Sempre gostei de me reunir com amigos e família para tomar uma cervejinha e ir à praia, mas depois que comecei a estudar, essas atividades diminuíram bastante. Nunca fiquei neurótico com isso, mas saía apenas aos domingos para almoçar com meus pais ou encontrava amigos em ocasiões especiais, como aniversários. Para desopilar, o que me ajudou bastante foi frequentar a academia. Passei a ir seis vezes por semana, porque isso me dava uma pausa nos estudos e relaxava a mente e o corpo, permitindo que eu estudasse por mais tempo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Matheus: Sim, isso foi fundamental. Minha noiva tem sido de extrema importância, pois abraçou a ideia de uma mudança de vida para algo mais seguro no futuro e me dá muito apoio e força para estudar. Além disso, meus familiares e amigos também me apoiam bastante e acreditam em mim, o que me dá um gás a mais.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Matheus: Comecei a estudar para concursos no dia 01/05/23. Não estudei especificamente para o concurso do DNIT; sempre estive focado no concurso do AFT. No entanto, como o material do Estratégia era muito completo e várias matérias eram semelhantes, decidi fazer o concurso do DNIT como um teste. Para manter a disciplina, organizei meu plano de estudos antes mesmo de começar. Planejei os horários de estudo, estabeleci metas alcançáveis e, ao final de cada dia, reflito sobre o motivo do meu esforço e o que desejo alcançar.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Matheus: Sempre usei muito mais os PDFs, recorrendo às vídeo aulas apenas quando o assunto era complicado. Apesar de os PDFs do Estratégia serem extensos, eles foram um diferencial para eu ter passado no concurso do DNIT. Não estava estudando especificamente para ele, mas, como os PDFs são muito completos, eu estava preparado para encarar esse concurso, pois já tinha revisado todo o edital.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Matheus: Quando decidi estudar para concursos, passei uma semana procurando materiais e guias de estudo. Encontrei apenas boas recomendações sobre o Estratégia e gostei muito da ideia da Trilha Estratégica. Além disso, por sorte, estava ocorrendo uma promoção da assinatura vitalícia, então não tive dúvidas e assinei.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Matheus: A ferramenta que mais fez diferença, sem dúvidas, foi a Trilha Estratégica. Com ela, eu só precisava me preocupar em sentar e começar a estudar. Tudo estava muito bem planejado e organizado. Os ciclos de estudo, os horários para ler PDFs, fazer questões… tudo era definido pela trilha, então eu não precisava “gastar” tempo organizando nada, apenas estudava. Isso poupou muito tempo e ainda me proporcionou uma metodologia que me ajudou a aprender bem os conteúdos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Matheus: Meu planejamento seguia quase inteiramente a Trilha Estratégica. Organizava as horas do dia que iria estudar na semana e fazia as atividades conforme a trilha indicava. Nos três primeiros meses, estudava cerca de 35 horas líquidas semanais e, depois, passei para 42 horas. Quando assumir o cargo, pretendo estudar cerca de 20 horas semanais.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Matheus: Nunca fui de fazer resumos, gastava muito tempo. Sempre fiz mais marcações e anotações nos PDFs e fazia MUITOS simulados. Se tinha um concurso com matérias parecidas eu ia fazer lá só pra simular, se não tinha, fazia algum simulado que o Estratégia disponibilizava no fim de semana.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Matheus: Acho que fazer questões é o aspecto mais importante na preparação. É claro que, se você não estudar o conteúdo, não conseguirá saber a resposta ou entender corretamente a resolução de uma questão. No entanto, fazer muitas questões não só melhora a fixação do conteúdo, como também ensina macetes de resolução que ajudam bastante. Na época do concurso, eu devia ter feito mais de 17 mil questões tranquilamente; até hoje, já resolvi mais de 30 mil.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Matheus: Português sempre foi meu calcanhar de Aquiles desde a época de escola, mas as aulas em vídeo da professora Adriana Figueiredo são excepcionais! Consegui aprender sintaxe em 2 meses, o que não consegui em 5 anos, rs. Além disso, tinha dificuldade em algumas questões mais subjetivas de administração geral. A forma que encontrei para superar isso foi fazendo muitas questões para entender melhor o pensamento da banca e marcar palavras correlatas aos conceitos que pudessem dar uma dica.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Matheus: Como foi um concurso que eu fiz como treino, não mudei em nada na minha rotina. Porém, nos concurso “valendo” eu tento manter uma carga normal ou até menor de estudos para estar descansado no dia da prova. Também, tento me alimentar muito bem na semana para não ter nenhum problema de saúde e já deixo tudo organizado no dia anterior, o que vou levar, onde vou fazer a prova etc.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Matheus: Sempre tive problemas com redação. Fiz um concurso do TRT-SC em que fui excelente nas objetivas, ficando em 18º lugar, mas caí para 200º porque tirei 7,3 na redação. Então, passei a fazer redações semanais e pedi para alguém corrigir e avaliar, mesmo que informalmente, como minha irmã, noiva, amigo, etc. Além disso, fazia questões discursivas de simulados. Eu aconselho fortemente a não deixar essa parte de lado. No concurso do DNIT, passei apenas porque fui muito bem na discursiva, tirando a maior nota e me colocando em primeiro lugar; sem essa nota alta, não teria passado. Portanto, quando você for evoluindo no conteúdo e o índice de acertos estiver aumentando, é hora de começar a dar atenção às questões discursivas, pois se você sabe responder questões discursivas sobre um determinado assunto, isso demonstra que você dominou bem o tema.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Matheus: O erro, com certeza, foi não ter dado atenção às questões discursivas antes; isso poderia ter me feito passar em outros concursos também. Já o acerto foi a constância e a organização. Sempre estudei todos os dias e, quando surgia um problema que não podia ser evitado, tentava me dedicar mais no dia seguinte para compensar e manter o planejamento. Também anotava tudo: horas estudadas, questões resolvidas, índice de acertos em cada matéria para avaliar onde precisava melhorar.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Matheus: Não cheguei a pensar em desistir, mas em MUITOS momentos pensei não ser capaz de alcançar a aprovação num concurso desse nível e que talvez tivesse que me contentar com algo menor. A maior motivação sempre foi pensar que eu estava fazendo isso por um futuro melhor para mim e para minha família e que quando alcançasse, teria uma tranquilidade bem maior para aproveitar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Matheus: Estudar para concursos não é fácil e não é para todo mundo, mas, se você tem o sonho de melhorar a sua vida e a da sua família, é um excelente caminho. No entanto, é preciso se dedicar bastante e colocar a aprovação como prioridade. Não basta estudar; é necessário estudar com o objetivo de ser aprovado e nomeado. E isso só vai acontecer se você estudar de forma consistente e organizada.
Eu considero que fui aprovado em um tempo relativamente rápido. Minha expectativa era ser aprovado em 2 anos de estudo, mas consegui adiantar o ritmo e chegar à linha de chegada antes do previsto. Penso que o mundo dos concursos é uma maratona: só não chega à linha de chegada quem desiste. Contudo, é evidente que quem corre em um ritmo mais rápido alcança o objetivo primeiro.
Também não adianta sair correndo desesperado e acabar tendo uma câimbra e desistindo. Cada um faz no seu tempo, mas é necessário ter dedicação e resiliência.