Aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TJ-SC para o cargo de Engenheiro Eletricista - Secretaria do Tribunal de Justiça
Concursos Públicos“[…] Uma boa abordagem é passar nos concursos menos atrativos, que vão dar aquela base para continuar a caminhada com tranquilidade. Um passo de cada vez […]”
Confira a nossa entrevista com Luiz Henrique Vitorino, aprovado em 1° lugar (CR) no concurso TJ-SC para o cargo de Engenheiro Eletricista – Secretaria do Tribunal de Justiça:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Luiz Henrique Vitorino: Tenho 50 anos e sou natural de Florianópolis/SC, onde resido atualmente.
Sou graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002) e em Ciências Contábeis pela Unisul (2022).
Tenho especialização em Sistemas de Energia pela UFSC (2010) e especialização em Proteção de Sistemas Elétricos, pelo Instituto Militar de Engenharia – IME (formatura marcada para 27/09/2024).
Também tenho MBA em Controladoria, Auditoria e Perícia Contábil pelo IPOG (2023), apesar de não exercer atividade nessa área.
Atualmente, sou servidor público da UFSC, atuando com Engenheiro Eletricista.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Luiz: Eu já prestei vários concursos públicos ao longo da minha vida. Mas, recentemente, em função da privatização da Eletrobras, empresa onde trabalhei por 21 anos, resolvi intensificar os estudos. A decisão de cursar Ciências Contábeis foi nesse sentido, visando concorrer aos cargos da área fiscal e de controle.
Concomitantemente, faço as provas para Engenharia Elétrica que surgem. Mesmo quando a Eletrobras era estatal, prestei concursos para a Petrobras.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Luiz: Eu sempre trabalhei e estudei, mesmo quando fazia faculdade de Engenharia.
Da mesma forma agora, para esse concurso, conciliei os meus estudos com as minhas atividades profissionais.
Consegui organizar o tempo e estudar nos horários de folga, reservando entre 2 e 4 horas por dia, com reforços nos finais de semana. Nesse sentido, a plataforma online facilita bastante.
Atualmente, estou matriculado como aluno especial no curso de Mestrado Profissional em Sistemas de Energia Elétrica do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e consigo conciliar, mesmo sendo presencial e no horário noturno.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Luiz: O primeiro concurso que fui aprovado foi para servidor da UFSC, em 1993, sendo nomeado em 1996 para o cargo de Técnico em Eletrônica.
Depois da minha graduação em Engenharia Elétrica, em 2002, prestei concurso para a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras na região Sul do Brasil, onde fui aprovado e nomeado em setembro/2002.
Em 2003, prestei concurso para Petrobras para o cargo de Engenheiro de Equipamentos Jr – Eletrônica. Fui aprovado e convocado em 2006, mas declinei da convocação.
Posteriormente, em 2010, prestei concurso para a Petrobras, novamente. Fui aprovado para o cargo de Engenheiro de Equipamentos Jr – Elétrica e, novamente, declinei da convocação.
Os motivos que me levaram a não assumir, foram de ordem pessoal, nas duas ocasiões, associados a uma situação de estabilidade em que me encontrava na Eletrosul.
Essa estabilidade foi perdida com a privatização da Eletrobras, em 2022.
Em 2023, prestei concurso para a UFSC no cargo de Engenheiro Eletricista, ficando em 5º e sendo nomeado em outubro/2023.
Finalmente, consegui essa aprovação em 1º lugar no TJ-SC para o cargo de Engenheiro Eletricista.
Pretendo continuar estudando e vou fazer o concurso do TRE/BA para o cargo de Engenheiro Eletricista.
Também pretendo começar a direcionar os meus estudos para área fiscal e de controle, aproveitando a minha graduação em Ciências Contábeis.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Luiz: Pouco mudou na minha vida social. A minha esposa, Daniela é muito compreensiva e parceira. O nosso perfil é de ficar mais em casa. Já os meus filhos, estão crescidos e não exigem muito do meu tempo.
Foi tranquilo conciliar os estudos, a rotina familiar e os momentos de lazer.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Luiz: Como falei, anteriormente, o impacto na minha rotina familiar foi pequeno. Foi muito tranquilo conciliar.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Luiz: Para o TJ-SC foram 3 meses de estudos. Fiz o concurso do TRT-SC, poucos meses antes e fui mal. Não estudei e resolvi levar a sério o TJ-SC.
Para conseguir manter a disciplina, eu reservava de 2 a 4 horas por dia de estudos. O importante era estudar todos os dias e em todo tempo livre disponível. Evitei assistir séries; reduzi a frequência na minha atividade esportiva.
O mais importante foi focar nos estudos. Deixar o celular distante; nada de WhatsApp Web. Eu costumo estudar com música. Recomendo aquelas playlists para estudos, com música instrumental, que não atrapalham a concentração e bloqueiam o ruído em volta, usando fone de ouvido.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Luiz: Eu usei apenas os PDFs para a parte específica e legislação. Para Português, usei os PDFs e a videoaulas da prof. Adriana.
Eu prefiro PDF. Foco na resolução de questões. É mais dinâmico e produtivo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Luiz: Pela internet. Assinei o plano anual e depois migrei para a Assinatura Vitalícia.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Luiz: Eu tenho acesso a outras plataformas. Não vejo problemas com os outros materiais.
No entanto, o Estratégia tem um bom material para as disciplinas de Engenharia.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Luiz: Fiz concursos na área fiscal e usei material do Estratégia e de outras plataformas. Não tive bom desempenho, mas foi em virtude da falta de estudo e não do material em si.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Luiz: Na verdade, acredito que a diferença está na metodologia de estudo de cada pessoa.
Eu gosto muito dos PDFs do Estratégia. Acho que o material é bem organizado e atualizado. As videoaulas são boas. O caderno de questões, com soluções em vídeo, também ajudou bastante.
Enfim, para a minha aprovação, o material específico do Estratégia e as videoaulas de Português foram decisivas, aliados com uma rotina de estudos. Não tem mágica.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Luiz: Primeiro, estabeleci a meta individual de fazer 80% da prova, usando como referência os concursos anteriores.
Eu organizei os estudos de acordo com a sequência do material na plataforma.
Comecei com a parte específica de engenharia, onde gastei uns 2 meses até conseguir cobrir uns 90% do conteúdo. Teve apostila que não consegui estudar, pois defini que ia reservar 1 mês para Português e Legislação.
Português e Legislação estudei no último mês.
Para agilizar, foquei na resolução de questões.
Estudava entre 2 a 4 horas líquidas por dia. Nos finais de semana, conseguia estudar um pouco mais.
Eu marcava o tempo de cada sessão no cronômetro. 50 minutos corridos e 10 minutos de descanso para tomar uma água.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Luiz: Basicamente, eu fazia questões. No caso das específicas, fiz resumos dirigidos para relembrar os conceitos. O foco foi total na resolução de questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Luiz: Eu entendo que é fundamental a resolução de exercícios. Eu estimo que resolvi, pelos menos, umas 1.000 questões. Cada apostila tinha, em média, 50 questões e estudei, pelo menos, umas 20 apostilas. E ainda teve as provas anteriores, com pelo menos 70 questões em cada.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Luiz: Eu sou engenheiro e, com a parte específica, não tive dificuldades. Até pela afinidade com o conteúdo, era mais fácil estudar.
Contudo, nesse concurso, tive que estudar Português. Já fui reprovado em outros concursos, por causa dessa disciplina. Assisti as videoaulas da prof. Adriana e resolvi as questões do PDF. Foi decisivo para a minha aprovação. A prova de Português estava muito complicada e fiz 14 pontos de 24.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Luiz: Na semana anterior à prova, eu estudei todos os dias das 18h às 23h30 e, na véspera, assisti a Revisão do Estratégia. Também, na véspera, resolvi muitas questões e 3 provas anteriores. Estudei até às 22h e depois fui descansar.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Luiz: Difícil pensar em erros e acertos ao longo de qualquer trajetória. Não vejo as coisas desse jeito. O que sempre fiz foi estudar e muito, ao longo de toda a minha vida e ainda continuo estudando, mesmo aos 50 anos.
Tento incentivar os meus filhos a seguirem o mesmo caminho, dentro das características e dos desejos deles.
Quando me perguntam como consegui passar em vários concursos a longo da minha trajetória, sempre respondo duas coisas:
- Só passa, quem faz.
- Fui reprovado muito mais vezes do que fui aprovado.
É isso!!!
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Luiz: Eu já desisti de alguns concursos. Principalmente, aqueles que me inscrevi e não dei a menor importância. O CNU foi um exemplo. A CELESC, outro exemplo. Ambos foram recentes.
No caso do TJ-SC, eu já estava mais tranquilo depois da nomeação na UFSC. Tinha feito o do TRT-SC, sem sucesso. Vi que poderia ir bem com um pouco mais de estudo.
Olhei o desempenho dos classificados nos concursos anteriores e estabeleci como meta individual fazer 80% da prova. Fiquei muito aquém dessa meta, conseguindo 66,25% da prova, mas esse desempenho foi suficiente.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Luiz: Para quem está iniciando os estudos do zero é difícil dar algum conselho. Estudar para concurso é um processo longo e penoso e exige vontade e perseverança.
Mas, à medida que o tempo passa, a pessoa começa a criar uma casca, começa a desempenhar e, com certeza, a hora vai chegar.
Não pode desanimar.
Uma boa abordagem é passar nos concursos menos atrativos, que vão dar aquela base para continuar a caminhada com tranquilidade. Um passo de cada vez.
Além disso, um conselho muito importante que dou para quem pretende ser servidor concursado, é ter consciência na hora de votar.
Depois de 21 anos trabalhando numa estatal, após ser aprovado num concurso público, vi um governo destruir sonhos por meio de uma privatização controversa. Tive que encontrar, nesse momento de adversidade, energia e força para recomeçar. Fui aprovado na UFSC alguns meses depois e agora no TJ-SC. Posso, mesmo sendo 1º lugar, não ser nomeado, mas fiz minha parte. Faça a sua parte também!!!