Jorge Franklin Oliveira Henriques Júnior
“Quanto a concursos públicos, eu sempre tive uma mentalidade limitante, sempre achei que ‘concurso é para gênios, e eu sou só uma pessoa normal’. Hoje sou aprovado em 8º lugar no concurso da Polícia Federal e afirmo em verdade: concurso é para qualquer um, desde que esteja disposto a vencer.”
Confira nossa entrevista com Jorge Franklin Oliveira Henriques Júnior, aprovado em 8º lugar no concurso PF 2021 para o cargo de Agente (1ª fase):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Jorge Franklin Oliveira Henriques Júnior: Meu nome é Jorge Franklin, tenho 26 anos de idade, nascido e criado no Rio de Janeiro, capital. Graduei-me em Direito, na Universidade Estácio de Sá no final de 2017. Além disso, fiz pós graduação em direito público, também pela Estácio.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?
Jorge Franklin: Na realidade, estava completamente por fora da realidade dos concursos públicos. Todavia, ao tomar notícia do possível concurso da Polícia Federal, uma das mais nobres instituições do País, passei a focar na respectiva prova e, graças a Deus, pude obter êxito na primeira etapa do concurso.
Sendo bem sincero, inicialmente nunca tinha me visto na área policial. Porém, conforme fui estudando para a prova e conhecendo mais das atribuições da Polícia Federal e do seu dia a dia, hoje não me vejo em outra profissão ou em outra área. É o meu sonho pertencer a essa Força.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Jorge Franklin: Trabalhava e estudava.
Estudava em média 7 horas em dias úteis e 9 a 12 horas aos finais de semana e feriados.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Jorge Franklin: Este foi o primeiro concurso no qual eu fui aprovado.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
Jorge Franklin: Algo inacreditável, uma satisfação enorme. Foram aproximadamente 7 meses de preparação e tudo isso não teria sido possível sem Deus, que me guiou e me deu muita força durante a trajetória. Porém há ainda diversas etapas a serem vencidas, esta somente foi a primeira.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Jorge Franklin: Eu sempre fui uma pessoa muito ativa, que praticava muitos esportes e saía com amigos. Entretanto, durante a preparação para a prova, meu foco foi 100% a Polícia Federal. Costumo dizer que não estudei para essa prova, e sim vivi essa prova.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Jorge Franklin: Estou noivo. Moro com meus pais. Minha família sempre me incentivou para estudar para concurso público, sempre me orientando a respeito da estabilidade e qualidade de vida, todavia sem me pressionar ou desrespeitar as minhas decisões quanto a minha vida profissional ou a área da prova.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Jorge Franklin: Espero do fundo do meu coração assumir o cargo de Agente da Polícia Federal. Não me vejo em outra profissão ou cargo público, a missão da instituição tem tudo a ver com meus princípios e valores. Seria uma das maiores honras da minha vida lutar contra o tráfico ilícito de entorpecentes e contra o crime organizado.
Entretanto, acho que vale a pena estudar para outras áreas, diferentes daquelas do seu objetivo maior, a depender da situação.
A título de exemplo, há concursos que ocorrem uma ou duas vezes a cada década. Não há, pelo menos na minha realidade, opção de deixar de trabalhar ou ficar sem remuneração por esse tempo. Neste contexto, particularmente estudaria para outra área, porém sem desistir do meu foco principal.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
Jorge Franklin: Sete meses. Porém já iniciei com a “bagagem” de direito.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Jorge Franklin: Sim, durante novembro, dezembro e até meados de janeiros.
O foco e o sonho de pertencer à instituição foram os fatores que me auxiliaram para me manter firme nessa jornada.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Jorge Franklin: Usei e abusei das videoaulas, PDFs e dos simulados. Por meio deles, mais do Sistema de Questões, focando em questões CESPE, criei o meu próprio material escrito.
A principal vantagem do material escrito é a agilidade na revisão. As videoaulas, em que pese exijam mais tempo, são mais confortáveis para o estudo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Jorge Franklin: Conheci o Estratégia através de amigos, que afirmaram se tratar do melhor curso preparatório para concursos. E realmente eles estavam dizendo a verdade, a estrutura, o material e os professores do Estratégia são realmente incríveis.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Jorge Franklin: Eu estudava por volta de três e quatro matérias por dia. Estudei, todos os dias, informática e contabilidade (que representavam 60 questões da prova); as demais matérias eu revezava durante os dias.
Eu fazia os meus próprios resumos. Alinhava o conteúdo das videoaulas, dos PDFs e das questões CESPE em um só material. Apesar de, inicialmente, demorar mais para construir o material, para revisar o conteúdo era muito mais rápido e fácil.
Eu foquei tanto em exercícios como na leitura/aprendizado da teoria.
Eu fiz todos os simulados do Estratégia (em torno de 40), fora outros simulados. No total, foram 78 simulados, mais as questões CESPE no sistema de questões.
Estudava em média 7 horas em dias úteis e 9 a 12 horas aos finais de semana e feriados (horas brutas).
Eu mesmo montei minha própria grade de estudos, priorizando informática e contabilidade, o que, ao final, deu certo, pois somei 52 pontos líquidos de 60 possíveis na prova, no bloco 2 e 3.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Jorge Franklin: Minha maior dificuldade foi em estatística. Como fiz faculdade de direito, estava basicamente desde o ensino médio sem fazer cálculos complexos ou gravar fórmulas matemáticas.
Para superar isso não houve fórmula mágica: tive de assistir muitas videoaulas, fazer muitos exercícios, errar bastante, para alcançar um resultado razoável na prova.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Jorge Franklin: Concurso público, na minha visão, é um mix de fatores. Há, por óbvio, o fator preparação, esforço, mas outros como emocional e “sorte” também podem decidir ficar dentro ou fora das vagas.
Eu sempre tive a linha de raciocínio de que queria fazer a prova com a sensação de dever cumprido, de ter dado o meu máximo, e foi o que eu fiz. Na semana anterior e na véspera da prova estudei ainda mais intensamente para a prova.
Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Jorge Franklin: Eu fiz por volta de 10 redações, bem como estudei temas específicos e decorei dados de algumas operações para, eventualmente, aplica-los na redação. Todavia, a prova discursiva veio com uma “pegada” mais teórica, e na prática acabei usando mais conceitos que aprendi na faculdade.
O mais indicado é treinar bastante a discursiva a fim de que seja possível controlar o tempo da prova, assim como estar por dentro das atualidades e da razão de existir da instituição para a qual se estuda.
Estratégia: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Jorge Franklin: Sempre pratiquei muitas atividades físicas e, ao longo de todo o treinamento, sempre alcancei os índices previstos no edital, porém a minha visão para qualquer etapa é sempre a mesma: “pés no chão”, sem arrogância e sem subestimar as dificuldades que podem ocorrer.
A minha preparação para as demais etapas está tão séria quanto para a prova escrita. Todas as etapas possuem as suas dificuldades e jamais passou pela minha cabeça menosprezar cada uma delas.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Jorge Franklin: Creio que meu maior erro, no começo, foi a questão do planejamento. Estudava, literalmente, o tópico/matéria que decidia no dia. Após o adiamento, decidi me organizar e investi algumas horas para montar um cronograma completo até o dia da prova, 23.05.2021, com todas as matérias e tópicos que seriam estudados/revisados/exercitados.
Meu maior acerto creio que foi ter priorizado com eficiência as duas disciplinas mais importantes da prova, informática e contabilidade, bem como ter superado as minhas dificuldades em exatas, como em RLM e estatística.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Jorge Franklin: Jamais pensei em desistir. Nos momentos em que estava cansado ou desanimado, eu logo colocava algum vídeo ou matéria de alguma operação da Polícia Federal para dar aquela “animada” para continuar nos estudos.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Jorge Franklin: A principal motivação foi/é pertencer à Polícia Federal e exercer suas atribuições. Outros fatores que me incentivavam foram a oportunidade de dar uma vida melhor à minha família, independência financeira e o sentimento de superação, de “batalhar” contra um país de concorrentes e vencer.
Há ainda diversas etapas, mas essa primeira vitória não teria sido possível sem Deus, que me deu a força necessária para persistir até o fim me guiou durante todo o trajeto, e se for da vontade Dele, espero realizar meu sonho ao final do ano: ser Policial Federal.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Jorge Franklin: Quanto a concursos públicos, eu sempre tive uma mentalidade limitante, sempre achei que “concurso é para gênios, e eu sou só uma pessoa normal”. Hoje sou aprovado em 8º lugar no concurso da Polícia Federal e afirmo em verdade: concurso é para qualquer um, desde que esteja disposto a vencer.
Não precisa ser um gênio, não precisa ter uma inteligência diferenciada, basta ter fé e se dedicar ao máximo. Faça o que está ao seu alcance e Deus cuidará do resto.
2º Coríntios, Capítulo 12, versículos 9 e 10:
“Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.
Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco, é que sou forte.”