Aprovado em 22° lugar no concurso INPI para o cargo de Tecnologista em Propriedade Industrial - Área: T1
Concursos Públicos“[…] Meu conselho é simples: permaneça constante. Dê um passo de cada vez, mesmo pequeno. O importante é não parar. Lembre-se: de grão em grão, a galinha enche o papo. Com o tempo e a prática, o objetivo final vai ficando mais próximo, até que, de repente, você o alcança […]”
Confira nossa entrevista com João Gabriel Pestana, aprovado em 22° lugar no concurso INPI para o cargo de Tecnologista em Propriedade Industrial – Área: T1:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
João Gabriel Pestana: Meu nome é João Carreiro, tenho 28 anos e sou natural de Niterói, Rio de Janeiro. Sou formado em Relações Internacionais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também concluí meu mestrado em Estudos Estratégicos. Atualmente, atuo como tecnologista em propriedade industrial no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
João: Embora a estabilidade e os salários oferecidos no setor público sejam atrativos, o que mais pesou na minha decisão foi a impessoalidade do concurso público. Saber que o esforço e o desempenho nos estudos são os únicos critérios para conseguir uma vaga foi determinante. Além disso, meus pais, ambos servidores públicos, sempre me incentivaram a seguir esse caminho.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
João: Graças ao apoio incondicional da minha família, tive o privilégio de me dedicar exclusivamente aos estudos. Embora nunca tenhamos sido ricos – minha mãe é professora de matemática e meu pai, técnico do judiciário –, sempre tive a segurança de não precisar trabalhar para contribuir com o sustento da casa. Reconheço que essa é uma condição privilegiada, especialmente no contexto brasileiro, onde muitas pessoas enfrentam o enorme desafio de equilibrar trabalho e estudos para alcançar seus objetivos.
Durante a graduação e o mestrado, eu dividia meu tempo entre os compromissos acadêmicos e a preparação para concursos públicos. Foi uma rotina extremamente exaustiva, insustentável no longo prazo. Estudava de manhã, de tarde e de noite, e em períodos críticos, como semanas de provas ou entregas de trabalhos, precisava passar as noites em claro para dar conta de tudo. Esse esforço intenso acabou cobrando seu preço: negligenciei aspectos importantes da minha vida, como convívio com a família, amigos e até mesmo minha saúde.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
João: Comecei minha trajetória no mundo dos concursos em 2016, quando ainda estava na graduação. Meu primeiro concurso foi para técnico do Ministério Público, para o qual fui animado, sem estudar e acreditando no famoso “vai que passo”. Foi um choque de realidade. Não soube responder a quase nenhuma pergunta, e saí da prova frustrado, mas com uma lição clara: passar em um concurso público exigiria dedicação séria. A ideia do “vai que” revelou-se um completo engodo.
O concurso do INPI em 2024, no qual fui aprovado em 22º lugar, foi minha primeira e única aprovação até o momento, coroando todos esses anos de estudo.
Minha preparação, no entanto, variou bastante ao longo dos anos, dependendo da dificuldade em equilibrar os estudos acadêmicos com a rotina de concursos. Isso ficou evidente nos resultados: nos concursos em que me preparei menos, como para técnico do Ministério Público, técnico do INSS e analista da Receita Federal, fiquei longe da aprovação. Por outro lado, nos concursos em que me dediquei mais, como o de analista do Instituto Darcy Ribeiro (IDR), de Maricá, cheguei muito perto. Essa trajetória de altos e baixos foi muito importante para o acúmulo progressivo de conhecimento, que culminou na minha aprovação no INPI.
Quanto ao futuro, não descarto estudar para novos concursos. No entanto, pelo menos por ora, meu foco está em aprender meu trabalho e me desenvolver na minha função atual.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
João: Minha vida social durante a preparação para concursos era quase inexistente. Eu saía muito pouco com meus amigos, e só comecei a namorar em 2021, quando já fazia o mestrado. Para minha família, eu me tornei praticamente um ermitão, deixando o quarto só para comer ou para cumprir compromissos básicos. Foi um período muito difícil e solitário, em que priorizei os estudos acima de tudo.
Ainda assim, eu fazia questão de reservar uma pausa maior entre o Natal e o Ano Novo, para descansar e visitar amigos com um pouco mais de tranquilidade. Além disso, eu saía ocasionalmente com a minha família, geralmente uma ou duas vezes por mês. Essas pausas, por menores que fossem, me ajudavam a recarregar as energias e aliviar o peso da rotina de estudos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
João: Com meu primeiro salário no INPI, tomei duas providências importantes: comprei um presente para meus pais, como forma de agradecer pelo apoio inabalável ao longo dos anos, e um anel de noivado para pedir minha maravilhosa namorada em casamento. Hoje, sou um noivo muito feliz e cheio de planos para o futuro.
Minha família sempre me apoiou de perto nessa caminhada, especialmente meus pais, que são servidores públicos e nunca deixaram de me incentivar, e a minha irmã, que trilhou ela mesma uma belíssima jornada rumo à aprovação no curso de Medicina. Já minha noiva percorreu essa caminhada ao meu lado, compartilhando as dificuldades e as vitórias, já que ela mesma é uma concurseira (e hoje também aprovadíssima!). Esse apoio foi fundamental para eu alcançar minha aprovação.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
João: Foram exatamente 106 dias entre o momento em que tomei ciência do concurso do INPI e o dia da prova. Durante esse período, dediquei-me diariamente, com exceção do Natal e do Ano Novo. Nessa altura, já havia concluído o mestrado, o que me permitiu focar exclusivamente no concurso.
Minha motivação vinha de uma decisão firme: eu não queria repetir os fracassos passados. Estudei com mais intensidade e qualidade do que nunca. Além disso, já estava namorando e sonhando em casar, ter minha casa e construir minha família. A clareza sobre esses objetivos me deu um foco sem precedentes. Seria hipocrisia da minha parte dizer que no dia de prova eu me sentia completamente preparado ou que tinha certeza que passaria. Isso não é verdade. Houve momentos, mesmo durante a prova, em que eu realmente achei que não passaria. Mas nessas horas eu lembrava dos meus objetivos e voltava ao foco.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
João: Para o concurso do INPI, utilizei três principais fontes de material: os PDFs e videoaulas do Estratégia, a legislação pura e um livro didático de matemática. Para outros concursos, além desses, também recorri a livros de autores diversos em áreas como direito constitucional, direito administrativo e administração pública.
Quanto às vantagens e desvantagens, acredito que não existe material perfeito. Mesmo o melhor dos materiais pode parecer confuso em alguns momentos, enquanto os mais simples podem trazer explicações surpreendentemente esclarecedoras. O que destaco no material do Estratégia é o foco cirúrgico no que realmente cai nas provas. Quando um professor diz “estude isso porque vai cair”, geralmente cai mesmo, o que é uma grande vantagem para quem busca objetividade.
Por outro lado, esse foco extremo pode deixar lacunas na compreensão de conceitos mais amplos que, embora irrelevantes para a prova, ajudam a contextualizar e entender melhor o conteúdo. Contudo, não considero isso uma desvantagem, mas uma escolha pedagógica da equipe do Estratégia. Por isso, recorri a materiais complementares em alguns momentos, para suprir essas lacunas e consolidar minha preparação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
João: Conheci o Estratégia Concursos como muitos concurseiros: ao começar a pesquisar sobre concursos públicos na internet, o algoritmo do Google e das redes sociais rapidamente passou a me bombardear com conteúdos relacionados, incluindo anúncios de cursos online. Assim, conheci os principais cursos da área. Experimentei o material gratuito que o Estratégia oferecia, como as “aulas zero”, e acabei gostando bastante. Sem demérito aos concorrentes, o material do Estratégia me pareceu – e ainda me parece – completo e suficiente para alcançar a aprovação.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
João: Depois que me tornei aluno do Estratégia, percebi uma diferença importante na minha preparação, principalmente na organização e direcionamento dos estudos. O material é muito focado no que realmente cai nas provas, o que me ajudou a otimizar meu tempo e priorizar os assuntos mais relevantes.
O mais marcante para mim foi a combinação entre os PDFs e as videoaulas. Os PDFs serviram como base para aprofundar o conteúdo, enquanto as videoaulas foram ótimas para reforçar pontos mais complexos ou para revisar assuntos rapidamente. Além disso, os simulados e questões comentadas foram ferramentas fundamentais, pois me permitiram testar meu conhecimento e ajustar o foco nos pontos onde eu estava com mais dificuldade. Outro diferencial que notei foi o suporte oferecido pelos professores, sempre dispostos a esclarecer dúvidas e a orientar, o que trouxe muita confiança ao longo da preparação.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
João: Meu plano de estudos sempre foi adaptado conforme a fase da preparação. No pré-edital, priorizava as disciplinas essenciais – no meu caso, Português, Matemática, Direito Constitucional e Direito Administrativo. Já no pós-edital, com o conteúdo programático definido, incluía todas as disciplinas exigidas e ajustava o tempo de dedicação de acordo com o peso de cada uma na prova. No caso do INPI, por exemplo, Matemática, Raciocínio Lógico e Legislação Específica receberam a maior parte do meu tempo, por pesarem muito na nota final.
Quanto ao número de matérias simultâneas, eu geralmente dividia os dias em blocos de estudo, alternando entre duas a três disciplinas. Essa alternância era importante para manter a mente ativa e evitar a fadiga mental causada por longas horas focadas em um único assunto.
Sobre as horas líquidas de estudo, isso dependia muito da minha rotina. Durante a graduação e o mestrado, conseguia estudar entre 4 a 6 horas líquidas por dia, concentradas nas tardes e noites. Depois de concluir o mestrado, dediquei-me em período integral e alcançava de 7 a 9 horas líquidas, mas isso não era uniforme ao longo do dia.
Descobri que meu melhor rendimento era pela manhã, então acordava às 5h e iniciava os estudos às 6h, aproveitando esse período para conteúdos mais densos. Após o almoço, meu desempenho caía, e eu usava esse horário para tarefas menos exigentes, como fazer resumos ou revisar anotações. À noite, já exausto, eu não conseguia ser tão produtivo. Tentava estudar, mas às vezes me pegava divagando ou questionando as minhas escolhas de vida – um momento em que, no máximo, lia algo de forma leve. Esse autoconhecimento foi essencial para estruturar um plano de estudos que respeitasse meu ritmo e me mantivesse produtivo ao longo do dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
João: Revisão é um tema bem polêmico, principalmente quando se fala em métodos como mapas mentais, que alguns professores defendem a ferro e fogo. Na minha experiência, acredito que a escolha da estratégia ideal depende muito de cada disciplina e da forma como o conteúdo é organizado.
Mapas mentais são excelentes para matérias como Legislação, que apresentam conceitos diversos interligados em torno de temas centrais. Já para disciplinas como Matemática, que demandam um raciocínio mais linear e sequencial, essa estratégia não costuma ser tão eficaz – pelo menos para mim.
Minha estratégia de revisão começava com o que eu chamo de “saneamento” do material original: transformava-o em um resumo inicial mais enxuto e organizado, embora ainda grande demais para fazer revisões. Com base nesse material, elaborava mapas mentais e resumos menores, bem visuais, com cores, símbolos e esquemas, o que facilitava bastante as revisões diárias e rápidas.
Outro ponto fundamental foi a resolução de muitas questões. Elas não só me ajudavam a fixar o conteúdo, como também orientavam a elaboração dos materiais de revisão. Se percebia que um determinado tópico raramente caía em provas, não gastava muito tempo com ele. Por outro lado, se sabia que um assunto era recorrente, dava prioridade a ele, garantindo que recebesse mais atenção nas revisões.
Por fim, os simulados também tiveram um papel importante na minha rotina de revisões, especialmente na reta final. Eles não só ajudavam a testar o que eu já sabia, como também apontavam pontos fracos que precisavam de reforço, permitindo ajustar o foco com mais precisão.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
João: A resolução de exercícios é, sem dúvida, uma das etapas mais importantes na preparação para concursos. Além do que eu já falei na pergunta anterior, é por meio das questões que você testa seus conhecimentos, identifica pontos fracos e se familiariza com o estilo da banca examinadora. Além disso, resolver questões ajuda a fixar o conteúdo e a entender como ele é cobrado na prática.
Embora eu não tenha um número exato, acredito que resolvi milhares de questões ao longo da minha trajetória. Sempre procurei resolver questões de provas anteriores da banca e, quando possível, simulados com questões inéditas. Essa prática não apenas reforçou meu aprendizado, mas também me deu mais confiança na hora de enfrentar a prova, uma vez que eu já tinha vivenciado situações semelhantes durante os estudos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
João: Minha maior dificuldade sempre foi com Legislação. Muitos concursos, incluindo o do INPI, exigem um volume considerável dessa disciplina, e com muita frequência as bancas cobram a letra fria da lei, alterando meras palavras nos enunciados para confundir o candidato. Confesso que não superei essa dificuldade com nenhuma técnica sofisticada, mas sim com pura força bruta: lia, relia e memorizava os dispositivos necessários como se estivesse ensaiando falas para uma peça de teatro. Repetia palavra por palavra e recomeçava do início sempre que cometia um erro. Foi um processo cansativo, mas, com persistência, acabou funcionando.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
João: Esse é outro tema polêmico. Algumas pessoas defendem descansar na semana que antecede a prova, mas eu, que sou extremamente ansioso, jamais conseguiria fazer isso. Estudei até o último segundo. No dia da prova, levei meu material de revisão no táxi e revisei durante o trajeto. Já no local da prova, continuei estudando até o último instante, guardando o material apenas quando entrei na sala.
Sinceramente, acredito que isso varia de pessoa para pessoa. Meu conselho é que cada um encontre a abordagem que melhor se adapta ao seu perfil. No meu caso, estudar até o último momento me dava mais confiança, mas, para outras pessoas, descansar pode ser a estratégia mais eficaz.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
João: Eu acho que cometi dois erros principais ao longo da minha trajetória.
O primeiro foi dedicar muito tempo de estudo a temas pouco relevantes para a prova. Como consequência, eu tinha dificuldade em finalizar o edital a tempo. Foi só quando percebi que estudar para concursos é diferente de estudar para a uma disciplina da faculdade que minha preparação evoluiu. Em concursos, o foco deve estar no que é estatisticamente mais provável de cair. Estudar o que raramente é cobrado não vale o investimento de tempo, mesmo que isso deixe lacunas no entendimento. Lembrem-se: não passa quem sabe mais do assunto, mas quem acerta mais questões.
O segundo erro foi elaborar resumos muito grandes. Resumos extensos inviabilizam revisões frequentes, que são essenciais. Não vejo problema em fazer resumos longos como forma de organizar o pensamento, mas é indispensável transformá-los em materiais pequenos, claros, coloridos e visuais, que realmente permitam revisar de forma eficiente e constante.
Quanto aos acertos, eu destacaria o fortalecimento de um “núcleo essencial” de matérias de concursos. Apesar de não ter passado em nenhum concurso no início, sempre reaproveitei materiais de revisão das disciplinas-base, como Português, Matemática, Direito Constitucional, Direito Administrativo e Administração Pública. Isso reduzia significativamente o esforço necessário para começar a preparação para novos concursos e me ajudava a focar no diferencial de cada edital.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
João: Eu pensei em desistir várias vezes ao longo desses anos de preparação, e acredito que isso seja natural em um processo tão longo e cheio de incertezas como o estudo para concursos públicos. Eu via amigos da mesma idade já trabalhando, ganhando dinheiro, casando, indo morar sozinhos, e me perguntava: “Será que estou no caminho certo? Será que deveria ter escolhido outra coisa?”. Nessas horas, o apoio dos meus pais, da minha irmã e da minha então namorada (hoje, noiva!) foi fundamental. Eles sempre me incentivaram a continuar, dizendo: “Não desista, você está se esforçando, é só uma questão de tempo”. Sinceramente, não sei como teria lidado com essas dúvidas sem eles.
Além disso, minhas motivações mudaram muito ao longo dos anos. Quando tinha 20 anos, meu objetivo era ganhar dinheiro para comprar um computador novo e jogar videogame com os amigos. Agora, aos 28, meus objetivos são outros: casar, comprar uma casa e construir uma família. Essa mudança de perspectiva me deu uma motivação muito mais forte e sólida, que foi essencial para manter minha determinação nos estudos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
João: Estudar para concurso público não é fácil. Na verdade, eu diria até que é bem desagradável. É um processo árduo, solitário e, muitas vezes, angustiante. O esforço exigido evoca os piores sentimentos: insegurança, medo de ficar para trás, a constante sensação de estar perdendo tempo. E, para piorar, as redes sociais amplificam isso. Olhamos ao redor e só vemos pessoas viajando, curtindo a vida, crescendo, enquanto nós estamos presos em um quarto pequeno, num calor infernal, cercados de livros e PDFs. É algo do qual eu, sinceramente, não sinto falta.
“Mas, João, que tipo de mensagem de incentivo é essa?” Espere, agora vem a parte boa: isso que você sente é absolutamente normal. Eu senti, você sente, e todos os seus concorrentes também sentem. Sim, todos. Depois que comecei a trabalhar, conheci outros aprovados e vi que todos compartilharam as mesmas dificuldades e angústias. E é aí que está a beleza: você não está sozinho, não está para trás, não é incapaz. Você só está enfrentando algo difícil, como todo mundo que passa por isso.
Meu conselho é simples: permaneça constante. Dê um passo de cada vez, mesmo pequeno. O importante é não parar. Lembre-se: de grão em grão, a galinha enche o papo. Com o tempo e a prática, o objetivo final vai ficando mais próximo, até que, de repente, você o alcança. E quando isso acontece, acredite, vale a pena.
Depois que comecei a trabalhar, muitos dos problemas que me afligiam antes se resolveram quase automaticamente. Claro, a vida não é perfeita e novos desafios surgiram, mas isso é sinal de que estamos vivos. Só os mortos não têm problemas.
Portanto, minha mensagem final é aquele clichezão: não desista. Se parece difícil, é porque realmente é. O sacrifício que você fará será grande, sem dúvida, mas a recompensa ao final será ainda maior. Siga em frente, confie em si mesmo, e lembre-se: para trás, nem para pegar impulso!