Aprovado em 6° lugar no concurso do MMA para o cargo de Analista Ambiental
Executivo (Administrativa)“Se necessário, outras oportunidades virão, e um dia a aprovação virá!”
Confira nossa entrevista com João Filipe Iura, aprovado em 6° lugar no concurso do MMA (Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas) para o cargo de Analista Ambiental:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
João Filipe Iura: Sou natural de Mafra-SC e tenho 24 anos. Sou formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
João Filipe: Principalmente no final da graduação, passei a me interessar pela temática ambiental e de sustentabilidade. Como minha graduação não tinha enfoque nessa área, percebi que seria difícil adentrar o meio coorporativo sem muita experiência. Felizmente, dois meses antes da conclusão da minha graduação, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou o concurso. Fiquei alguns meses analisando outras possibilidades, mas depois percebi que o concurso seria uma boa oportunidade para iniciar a carreira na área ambiental e decidi iniciar os estudos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
João Filipe: Iniciei os estudos um mês após a conclusão da graduação. Como tive apoio financeiro de minha família e algumas reservas pessoais, decidi me dedicar exclusivamente ao estudo para o concurso, de forma a aumentar as chances de aprovação.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
João Filipe: O concurso para Analista Ambiental do MMA foi minha primeira tentativa e o principal foco. Fiquei classificado em 6° lugar geral. Enquanto aguardava o resultado, prestei também o concurso para Técnico em Pesquisa e Planejamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cujo resultado ainda não foi divulgado. Continuo estudando, embora com menos afinco, para o cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) do Concurso Nacional Unificado.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
João Filipe: A vida social não mudou tanto durante o estudo. Em alguns fins de semana eu visitava a família ou eles me visitavam. Nesses dias era mais difícil estudar. Procurei também encontrar amigos para manter o contato.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
João Filipe: Sim. Minha família sempre apoiou minha decisão de estudar para o concurso, fornecendo apoio emocional e financeiro. Sou muito grato a eles.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
João Filipe: Estudei por 5 meses (2 meses e meio de pré-edital e outros 2 meses e meio de pós-edital). Para manter a disciplina, elaborei um planejamento com metas de estudo diário e semanal. Também busquei dicas de outros concurseiros sobre disciplina e métodos de estudo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
João Filipe: Nos primeiros dias, utilizei as videoaulas em velocidade 2x. Depois percebi que a leitura das aulas em PDF era mais rápida, detalhada e produtiva, de forma que funcionava melhor para mim, por ser um aprendizado mais ativo. Eu lia o material completo, destacando os pontos principais e elaborando flashcards com a ferramenta Anki para revisão. Quando sobrava tempo, resolvia também as questões contidas no material PDF. Para conteúdos mais específicos, pesquisei na internet artigos ou textos sobre o tema. Utilizei também ferramentas de inteligência artificial para consulta sobre termos ou temas específicos. Para controlar o tempo de estudo, utilizei os aplicativos.
Além disso, para ficar por dentro das notícias do concurso, compartilhar conhecimentos e motivação, entrei num grupo de WhatsApp com foco no MMA.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
João Filipe: Por recomendação da minha irmã e por pesquisas na internet.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
João Filipe: Achei o material do Estratégia bem completo e organizado para o concurso do MMA. Os PDFs são de boa qualidade. Gostei principalmente da iniciativa de alguns professores de destacar a relevância de cada capítulo ou tema para cobrança em provas. Geralmente, os PDFs do Estratégia contêm muitas questões comentadas, o que considero um diferencial em relação a outros materiais. O sistema de questões também é ótimo, embora eu não tenha utilizado tanto quanto gostaria. Considero que foi essencial ter um material completo e de qualidade para conduzir os estudos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
João Filipe: No período pré-edital, utilizei o edital do último concurso (2010) para estudar. Como o edital era antigo, havia muita incerteza se o novo edital viria parecido. Mesmo assim, procurei cobrir todo o edital antigo. Quando o novo edital foi divulgado, verticalizei os tópicos no Excel e identifiquei que já havia estudado 40% do conteúdo. Estabeleci a meta de terminar de estudar todos os tópicos do edital com um mês de antecedência da prova. Assim, sabia exatamente quantas aulas devia estudar por dia e por semana e fazia o acompanhamento pela planilha.
Elaborei um ciclo de estudo com todas as matérias. Estudava 1 hora e passava para a próxima matéria. Assim, era menos maçante e mais produtivo. Além disso, procurei utilizar o método Pomodoro. No início, estudava 25 minutos, com pausas curtas de 5 minutos. Após quatro ciclos de 25 minutos fazia uma pausa longa de 15 minutos. Com o tempo, decidi estudar continuamente por 1 hora e fazer pausas de 10 minutos entre os ciclos.
A quantidade de horas líquidas variava muito, mas em média estudei 6,5 horas por dia, incluindo os fins de semana.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
João Filipe: Elaborei flashcards com ajuda de uma ferramenta durante a leitura dos PDFs. Nos primeiros meses, revisava todos os cards que a ferramenta propunha, o que me tomava cerca de 1 hora. No terceiro mês, percebi que o volume de cards e conteúdo era imenso e que seria inviável revisar. Decidi focar em estudar todos os conteúdos e deixar a revisão para o último mês. Continuei elaborando os flashcards durante a preparação, mas muitos não cheguei a revisar por falta de tempo.
No último mês, para revisar, reli os principais pontos dos assuntos que havia estudado há muito tempo e fiz os exercícios complementares (questões comentadas) dos PDFs. Também resolvi alguns cadernos de questões que o Estratégia disponibiliza para cada tópico.
Como outra forma de revisão, procurei ouvir os podcasts do Estratégia ou resoluções de questões durante os afazeres domésticos.
Fiz todos os 7 simulados que encontrei para o concurso do MMA. Foi importante para revisar e entender os assuntos nos quais tinha mais dificuldade.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
João Filipe: A resolução de exercícios é essencial. É importante entender como a banca cobra cada assunto e as principais pegadinhas. As questões comentadas, que os professores colocam ao longo da explicação, são cruciais nesse sentido. Na planilha do edital verticalizado, reservei, para cada tópico, duas colunas para contabilizar o total de questões resolvidas e a porcentagem de acerto.
Gostaria de ter feito mais questões. Acabei valorizando mais o estudo de todos os tópicos e deixando a resolução de questões mais para o final da preparação. Ao todo, resolvi cerca de 6500 questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
João Filipe: No geral, tinha mais dificuldade com questões que exigiam “decoreba” ou conhecimentos muito específicos, como algumas jurisprudências. Tentei superar resolvendo mais questões e identificando assuntos mais cobrados.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
João Filipe: Na semana pré-prova, fiz revisões, resolvi questões/simulados e estudei um pouco para a prova discursiva. Tentei também assistir a algumas aulas da “Reta Final” do Estratégia. No dia pré-prova, assisti a boa parte da “Revisão de Véspera” do Estratégia e reli algumas anotações sobre a discursiva. Acabei estudando 7 horas no dia pré-prova. Por um lado, foi bom, pois algumas coisas realmente caíram na prova, mas por outro, foi bem cansativo. Cada pessoa deve avaliar com cuidado se prefere revisar ou descansar no dia que antecede a prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
João Filipe: O edital do MMA trouxe várias indicações sobre a prova discursiva, inclusive que o tema seria voltado para atualidades. Inicialmente, estudei um pouco de cada tema indicado pela banca, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, racismo ambiental… Assisti a algumas aulas de atualidades do professor Rodolfo Gracioli, principalmente àquelas voltadas ao MMA. Também estudei como a discursiva é corrigida pelo Cebraspe (apresentar conteúdo/repertório é muito importante; deve-se responder exatamente o que a banca pede em cada tópico; redigir o máximo de linhas possível para reduzir o impacto de possíveis descontos gramaticais; escrever a discursiva com uma boa apresentação/macroestrutura).
Depois adquiri o curso de discursivas com correção analítica do Estratégia. O curso apresentava doze propostas de discursiva e eu tinha direito a três correções comentadas. Imprimi folhas de redação do Cebraspe para treinar. Contabilizava o tempo para redigir o rascunho e a versão definitiva. Nas primeiras, levei muito tempo. Depois consegui reduzir um pouco o tempo. Treinei também discursivas nos simulados, o que foi muito importante para analisar o tempo de prova. Recebi as três correções do Estratégia, e como obtive boas notas e pelos comentários das professoras, sabia que já tinha entendido como redigir uma discursiva no estilo Cebraspe. Dessa forma, para os outros nove temas do curso, decidi apenas pesquisar para aumentar o repertório (buscando dados quantitativos) e fazer um “sketch” do que escreveria na introdução e em cada tópico.
Em suma, recomendo treinar a redação de pelo menos três discursivas com correção (simulando da melhor forma possível o dia da prova) e buscar ampliar o repertório sobre diversos temas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
João Filipe: Principais acertos:
-Começar a estudar com antecedência com base no edital antigo;
-Entender e cobrir todo o edital;
-Fazer muitos simulados. É ótimo para treinar o tempo de prova e os rankings podem servir como motivação.
-Estudar para a discursiva. Graças à nota da discursiva, subi 11 posições na classificação final.
Principais erros:
-Ter abandonado a revisão com flashcards no meio da trajetória. A fixação teria sido maior se tivesse continuado.
-Insegurança de “chutar” na hora da prova. Para provas do Cebraspe estilo “Certo e Errado”, em que um erro anula um acerto, recomendo analisar nos simulados se vale a pena “chutar” as questões que você está em dúvida. Com base nisso, elabore sua estratégia de prova. Na prova oficial, acabei deixando muitas questões em branco devido ao medo de errar e de perder pontos. Caso tivesse marcado todas, conseguiria oito pontos a mais.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
João Filipe: Não. Sem dúvida, houve altos e baixos e momentos de cansaço, mas nunca pensei em desistir. Queria chegar no dia da prova sabendo que fiz o melhor que pude, mesmo que a aprovação não viesse. As principais motivações eram a busca por um trabalho com propósito e pela independência financeira.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
João Filipe: Entenda quais são suas aspirações com o concurso e use isso como motivação. Acredite que você é capaz. Analise qual é o melhor método de estudo para você. Não deixe de ter momentos de descanso, mas busque constância nos estudos, pois talvez esse seja o ponto mais importante. E por fim, saiba que, independente da aprovação, irá aprender muito e expandir sua visão de mundo no processo. Se necessário, outras oportunidades virão, e um dia a aprovação virá!