“Acerto: fiz ciclo de estudos, foquei em leitura e não videoaula, achei o curso certo (Estratégia). Nunca fiz presencial (perde tempo). Tive comprometimento e constância.”
Confira nossa entrevista com Hugo Lisita, aprovado no concurso PC PB em 19° lugar para o cargo de Delegado:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Hugo Lisita: Sou advogado, tenho 39 anos e sou de Goiânia/GO.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Hugo: Eu advoguei por aproximadamente 8 anos na área cível e, não obstante conseguisse captar muitos clientes e ser remunerado razoavelmente, eu não me sentia feliz naquela profissão. Desde criança sonhava em ser delegado, pois acho o cargo interessante, na maioria dos estados bem remunerado, tenho afinidade com o direito penal e sempre tive o sonho de contribuir de alguma maneira com a sociedade de uma maneira mais efetiva. Nesse ponto, acho a segurança pública imprescindível para uma qualidade de vida satisfatória.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Hugo: Não trabalhava, eu parei de advogar e foquei meu tempo integralmente nos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Hugo: Polícia Penal 2019 – GO: 26ª posição para Goiânia.
Delegado ES 2019: estava em 43º convocado para o TAF quando foi anulado.
Delegado PA 2021: 203º – desisti na etapa do psicotécnico porque coincidiu com a PF
Delegado PF 2021: 153º
Agente PCDF 2021: 2.000, convocado para avaliação médica, mas não farei.
Delegado PB 2022: 30º até o momento
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Hugo: Eu focava durante toda a semana, das 7h até as 21h, lógico que com vários intervalos para alimentação, descanso, academia (média de 6/7h líquidas por dia). Nos finais de semana, acordava por volta de 7h e iniciava meus estudos às 8h, seguia no sábado até por volta de 13h, e nos domingos até 12h. Sexta feira sempre saia com minha atual esposa pra algum bar/restaurante. Sábado ficávamos juntos no período da tarde tb. Domingos eu tirava para mim, ficar só e descansar, ver um filme. Final do domingo já me preparava para começar a semana planejada. Hoje, trabalhando, tento acordar às 4:30 da manhã e estudar antes do trabalho, mas nem sempre consigo. Ainda pegando o ritmo. Pleiteando uma alteração no meu horário de trabalho das 10h às 19h que, aí sim, terei tempo pra estudar cerca de 4h líquidas.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Hugo: Me casei recentemente (18/03/22). Sem filhos. Meus pais são meus maiores incentivadores. Me ajudavam financeiramente quando precisava, me deram moradia e até hoje me incentivam a acordar de madrugada pra continuar estudando. Meus irmãos nunca me deixaram desistir e minha esposa me cobrava diariamente se eu estava estudando e rendendo, quanto tirei nos simulados e se estou cuidando do físico.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Hugo: Eu sempre foquei para o cargo de Delegado. Desde o início. Aprovado em 2019 no ES, 2 anos e meio após o início dos estudos, me empolguei, mas tive um balde de água fria com a anulação. Veio a pandemia e nenhum concurso em 2020. 2019 teve apenas o ES, que estava classificado. Segui focado, que sabia da PF, por um ano (mas já tinha a base e havia reprovado em 2018). Foi uma etapa dolorosa e de muita força, mas deu certo (parcialmente, pois não sei se serei convocado).
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Hugo: Os primeiros 2 anos foram só os vídeos e pdfs do estratégia (depois do primeiro ano, abandonei as videoaulas). No terceiro ano muitos livros, aliado aos resumos do estratégia (dos pdfs). Já na reta final, muita jurisprudência e revisões com os materiais do estratégia.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Hugo: Em 2017, quando resolvi estudar, pesquisei na internet “qual o melhor curso online”, ele apareceu em primeiro. Como não conhecia concurseiros, confiei no google.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Hugo: Aulas online são boas pq é possível pausar e voltar, rever. Professores preparados. Aprendi constitucional com o Ricardo Vale. Adorava. Renan em processo, dentre outros. Os pdfs eram muito enxutos (agora são maiores, rs). Aproveitei demais os resumos ao final dos pdfs e os alimentava com informações. Ademais, segui as aulas, como um plano, me ajudou demais.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Hugo: Fazia ciclos semanais passando por todas que precisava estudar. 2 ou 3 matérias por dia. Uma de manhã, outra à tarde e outra à noite. Fds só uma ou duas matérias. Questões todos os dias. Simulados aos fds alternados. Quando estava muito cansado eu fazia exercícios.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Hugo: Resumos do estratégia, simulados diversos como dito acima e questões todos os dias. Eu não fazia ciclo de resumos. Nas vésperas da prova, 2 meses antes eu fazia o ciclo de revisão geral (8 semanas pra ver tudo), e mais 1 semana para os principais tópicos que caem em qualquer concurso de delegado.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Hugo: Fiz cerca de 5 mil questões. São extremamente necessárias. É um estudo mais ativo, onde tem que ser feita uma análise e lembrar o conteúdo, identificar falhas, buracos no conteúdo e criar links com a matéria.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Hugo: Civil, processo civil, previdenciário, empresarial… Não superei. Foquei na lei seca.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Hugo: Sempre na semana da prova eu elejo os principais pontos e os reviso. Exs: Temporária, preventiva, inquérito, crimes contra o patrimônio, homicídio, estado de defesa, de sítio, intervenção federal, controle de constitucionalidade, atos administrativos, poderes administrativos… Jurisprudências têm sido cada vez mais cobradas, não só pela cespe!
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Hugo: É preciso treinar a escrita. Criar um padrão de resposta (no caso policial – representações), que é sempre similar. Memorizar alguns artigos chave. Resolver questões discursivas e casos práticos para não errar a peça. Mas, o padrão é o mais importante. Representações tem sempre o endereçamento, preâmbulo, fatos, fundamentos jurídicos e pedidos. Basta padronizar e lembrar de analisar concursos de pessoas, crimes, excludentes… Os pdfs foram primordiais no início. Depois fiz vários casos práticos. Resolvi inúmeras questões. Nem sempre escrevia, mas simplesmente identificava a peça. Nunca errei nenhuma nos concursos, rs.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Hugo: Começar o treino junto aos estudos é necessário. Reprovei na corrida na polícia penal (primeiro que passei). Até hoje tenho dificuldades (sou pesado: 110 kg, 1.87m). Mas, não dá pra negligenciar. No mínimo 6 meses de treino a depender do físico e, não existe esse tempo entre as etapas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Hugo: Erro: Negligenciei jurisprudência e questões no início.
Acerto: fiz ciclo de estudos, foquei em leitura e não videoaula, achei o curso certo (Estratégia). Nunca fiz presencial (perde tempo). Tive comprometimento e constância.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Hugo: Cheguei sim. Falta de dinheiro e a pandemia (sem concurso), anulação do ES, reprovação no TAF da polícia penal. Foi difícil, mas meus pais e esposa nunca deixaram, sempre acreditaram que eu estava muito próximo. Meus irmãos também, sempre confiaram que eu conseguiria.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Hugo: Constância, ciclo e determinação são as palavras chave. Tem que ser diário o estudo. Planejamento envolve ciclo de estudo, ciclos curtos, semanais, passando por todo o conteúdo porque somos máquinas de esquecer. Determinação pois haverá momentos muito difíceis. O projeto é sempre de médio a longo prazo (a depender da base anterior). Se tiver no início essa mentalidade de que será um prazo, no mínimo médio, a força de aguentar será maior.