Aprovado em 10° lugar Oficial de Promotoria no concurso MP PR
Jurídico
“A princípio, pesquise. Pesquise métodos de estudo, materiais, veja para quais áreas quer estudar, enfim, tenha tudo isso bem definido e vá testando metodologias, não fique preso ao básico […]”
Confira nossa entrevista com Gustavo Humberto Marandola de Souza, aprovado em 10° lugar no concurso MP-PR para o cargo de Oficial de Promotoria:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Gustavo Humberto Marandola de Souza: Sou formado em Direito, tenho 28 anos e sou de Londrina, no Paraná.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gustavo: Desde o começo da graduação eu já tinha um certo interesse pelo “mundo” dos concursos e quando estagiei na Justiça Federal, pude observar o dia a dia num órgão público e gostei muito da experiência. Além dessa vivência, as condições de trabalho e remuneração favoráveis foram muito importantes na decisão.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Gustavo: Fui muito privilegiado de poder me dedicar integralmente aos estudos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Gustavo: Esse é o primeiro no qual fui aprovado, embora esteja acompanhando outros resultados, sem ter certeza se darão certo. De imediato não tenho a resposta sobre continuar estudando, acredito que sim.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Gustavo: Nunca fui uma pessoa que saía muito, embora tenha recusado vários convites para poder organizar meus materiais, analisar editais ou estudar propriamente. Em geral, deixava a sexta e o sábado livres para descanso e lazer. Uma regra que tinha era de não sair no meio de semana, pois ficar fora no dia anterior atrapalhava o cronograma estabelecido, que começava logo pela manhã.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Gustavo: Minha família sempre apoiou muito a minha decisão, a ponto de permitirem que eu me dedicasse exclusivamente aos estudos, sem a pressão do mercado de trabalho, algo pelo qual sou extremamente grato. Tenho alguns amigos que também estudam para concursos, então existia uma compreensão da caminhada e suas dificuldades; sempre trocamos experiências e dicas.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Gustavo: Para este concurso em específico não foi muito tempo, algo em torno de 2 ou 3 meses, pois muitas matérias eram aproveitadas de outros editais que fiz ou estava fazendo.
Nunca fui uma pessoa com dificuldade em manter a disciplina, sempre estive concentrado no objetivo de passar, fosse o dia bom ou ruim. Claro que existem medos e dúvidas, mas pular um dia de estudo ou desistir só me afastaria desse propósito, então sempre busquei seguir em frente.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Gustavo: Não gosto muito de videoaulas, então só assistia caso o material escrito não fosse suficiente para sanar minhas dúvidas. Em geral, baixava os PDFs do Estratégia e, aliado a eles, tinha um ou dois livros de doutrina. Além disso, tinha a plataforma de questões, a lei seca e os cartões de estudo que elaborava. Por fim, fazia os simulados, também do Estratégia, e as provas anteriores dos concursos que escolhia e/ou similares.
A desvantagem seria que o material é bem extenso, então fazê-lo por inteiro é bem demorado, mas isso também é, paradoxalmente, uma vantagem, pois existe a certeza de que independentemente do que o avaliador cobrar, há uma ótima chance de estar contemplado no pdf. Gosto muito da didática dos professores do cursinho e usava muito as questões no final do material escrito, com certeza ajudou bastante.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gustavo: Eu não me recordo exatamente, lembro que pesquisei no Google e fui procurando avaliações, vídeos e demais mídias. Vi que a plataforma é referência, assinei para testar e acabei ficando por vários anos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Gustavo: Eu testei muito brevemente um outro curso e decidi migrar para o Estratégia, pois o curso em questão tinha aulas muito breves e fracas, bem como o material escrito era risível.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?
Gustavo: Não, pois, como mencionei, eu usei esse material apenas por um breve período de teste, coisa de 2 ou 3 semanas.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Gustavo: Sempre gostei muito de ler e usava livros para me preparar, o Estratégia foi um diferencial pois ele era mais voltado para concursos e razoavelmente mais enxuto do que um livro, mesmo aqueles voltados para concursos. Também, a variedade de questões incluídas no material foi um ponto muito positivo para despertar esse hábito em mim, de sempre buscar e resolver questões anteriores, analisar o perfil da banca etc.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Gustavo: Eu sinto que fiquei muito tempo estudando de maneira “amadora”, simplesmente escolhia uma matéria, fazia por inteiro e passava para a próxima, sintomas de um recém-graduado que não tinha ideia do que estava fazendo. Ao longo do tempo, fui buscando profissionalizar minha preparação, então estudava entre 3 ou 4 matérias diferentes, inseria várias revisões e por ai vai.
Eu comecei almejando estudar 8 horas líquidas por dia e cheguei próximo disso, mas o rendimento não era bom e percebi que a quantidade por si só não queria dizer muito. Estabilizou em 6 horas líquidas e consegui aumentar bastante o aprendizado, ao mesmo tempo que avançava num ritmo bom.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Gustavo: Novamente, comecei sem saber o que fazia e, então, ficava perdido fazendo resumos: primeiro a mão, depois digitados. Uma vez vi um professor falar que isso era perda de tempo e fiquei indignado, mas, aos poucos, fui percebendo que isso era verdade (pelo menos para mim) e busquei mais informações sobre métodos de estudos.
Encontrei um ritmo no qual eu lia o material, elaborava meus cartões de estudo para revisão, depois fazia questões e seguia para outro tópico da matéria. Os cartões eram revisados diariamente e também sempre voltava para fazer mais questões, então nenhum assunto ficava abandonado.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Gustavo: Não tenho a menor ideia do número de questões que fiz, mas garanto que foram muitas, muitas mesmo. A resolução de questões é simplesmente o aspecto mais importante do estudo para concurso, é indispensável. Por meio da resolução, é possível sentir o que a banca espera, testar se o estudo passivo – leitura ou aula – tem sido bem aproveitado e fixar o conhecimento.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Gustavo: No caso específico do Ministério Público, foi Arquivologia. Eu não tinha desejo algum de aprendê-la, queria teimar de que não devia estar no edital e que não aproveitaria depois. Mas eu tentei afastar esses pensamentos e pensar que seria um diferencial, pois seria provável que outros se encontrariam nessa situação de não dominar esse conteúdo. Usei o material do Estratégia e depois resolvi as questões da banca, percebi que a cobrança não era tão rígida e seria possível aprender do zero, bastava ter um pouco de paciência e não querer brigar com o edital.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Gustavo: Costumo reduzir bastante a carga de estudos na semana que antecede a prova, geralmente estudo até quarta ou quinta-feira e descanso o restante até a prova. No pré-prova eu costumava ficar muito ansioso, então o dia era voltado a tentar lidar com isso da forma mais saudável possível, longe de qualquer material.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Gustavo: Como mencionei, meu erro foi começar a estudar sem muito planejamento, assim, fazia uma matéria por dia e não revisava nada. Isso me fez perder bastante tempo. Além disso, escolher concursos que estavam muito perto, sendo que ainda não tinha uma base boa e, nesse processo, não me preparar para outros que teria uma chance melhor de aprovação.
Depois que comecei a pesquisar sobre estudos, usar materiais e plataformas renomadas, encontrei um ritmo que permitia avançar e também fixar os conteúdos, então os resultados começaram a aparecer nos simulados e, aos poucos, nas provas também. Portanto, o maior acerto foi reconhecer a importância de retomar o que foi estudado com frequência e aplicar isso por meio de questões.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Gustavo: Nunca cogitei seriamente desistir, mas surgiu, vez ou outra, aquela dúvida: “e se não for para mim?”. Tinha claro para mim que estudaria até sentir que exaure as minhas possibilidades e então, fosse o caso, buscaria outra ocupação. Como estava vendo crescimento e aprendizado, tendo resultados cada vez melhores, fiquei motivado – mesmo que cansado do processo – e segui tentando.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gustavo: A princípio, pesquise. Pesquise métodos de estudo, materiais, veja para quais áreas quer estudar, enfim, tenha tudo isso bem definido e vá testando metodologias, não fique preso ao básico.
Falando de básico, não caia no engano de achar que o conforto de assistir uma aula e anotar é suficiente, estudo é puxado e desgastante. Também, não se cobre tanto para avançar nos tópicos, se ficou dúvida ou errou muito, insista até alcançar uma pontuação boa. Às vezes nos pegamos querendo fechar uma matéria e corremos na preparação, o que obrigará o aluno a voltar mais tarde para refazer o trabalho.
Por fim, seja honesto consigo mesmo e sempre avalie o seu desempenho, veja se há crescimento e o que pode ser melhorado. A melhor métrica são as questões, anote os percentuais, erros e retome. Não se acomode, jamais.