“[…] Primeiro vença seu “eu”. Não dê ouvidos às vozes da sua mente que te colocam em dúvida de quem você é e de onde você pode chegar. Trace uma meta e lute por ela […]”
Confira nossa entrevista com Gleice Cruz Monteiro Simões, aprovada no XL Exame da OAB:
Conte-nos um pouco sobre você, para que as pessoas que nos assistem possam te conhecer melhor. Qual o seu nome? Qual sua idade? De onde você é? Já concluiu sua graduação?
Gleice Cruz Monteiro Simões: Sou Gleice Monteiro, tenho 45 anos e sou do Rio de Janeiro. Conclusão em março de 2010.
Durante seus estudos para o Exame de Ordem, você trabalhava, fazia faculdade e estudava para o Exame, ou se dedicava inteiramente aos estudos?
Gleice: Sim. Faço gerenciamento da minha imobiliária e trabalho como servidora pública.
Acordava às 3h da manhã, assistia às aulas, lia o material e fazia exercícios. Meu tempo líquido de estudo estava entre 3h e 4h por dia.
Foi a primeira vez que prestou o Exame de Ordem?
Gleice: Sim.
Qual foi sua sensação ao ver que havia sido aprovada?
Gleice: Uma mistura de alegria, choro, satisfação e gratidão.
Os seus colegas de faculdade e amigos que também estavam estudando também conseguiram aprovação? Qual você acha que foi seu diferencial para alcançar a aprovação?
Gleice: Não. Sou formada desde 2010. São 14 anos e agora resolvi me submeter ao exame da OAB.
Como era sua vida social durante a sua preparação? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social para passar o mais rápido possível?
Gleice: Sim. Fiquei “internada” durante todo o processo no meu cantinho de estudo. Parava para trabalhar, comer, atender clientes e voltava para o escritório para estudar.
Quais materiais você usou em sua preparação para o Exame? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
- Usei o código do Estratégia
- Usei as apostilas
- Usei as videoaulas
- Mapas esquematizados
- Usei um caderno específico para treinamento de peças
Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gleice: Por pesquisa no Google na época em que estudava para a Polícia Federal.
Uma das principais dificuldades de todo o candidato é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos?
Gleice: A quantidade de matérias é bastante desafiadora. Confesso que fiquei assustada, pois não me sentia preparada após 10 anos sem estudar especificamente para concursos. Busquei fazer resumo do material dando ênfase para as matérias que mais pontuam.
Como participei da mentoria com a Camila, Diego e Abdala fui bem orientada na forma que deveria conduzir meus estudos e isso foi um diferencial.
Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Gleice: A minha maior dificuldade foi estudar matérias que não sou muito fã (risos). Para superar, dei prioridade para as que tenho mais facilidade e foco em Estatuto.
A reta final é sempre um período estressante. Como você levou seus estudos neste período? Focava mais na releitura, em resumos, em exercícios, etc?
Gleice: Na reta final foi muito exercício. Muita reprodução de peça.
Na semana da prova, nós sempre observamos vários candidatos assumindo uma verdadeira maratona de estudos. Por outro lado, também vemos aqueles preferem desacelerar um pouco, para chegar no dia da prova com a mente mais descansada. O que você aconselha?
Gleice: É uma resposta bastante subjetiva. Eu sou de ficar até o final. Não paro de estudar. Faço as minhas pequenas anotações e vou lendo até o dia da prova para ficar focada, mas a minha mente é inquieta. Participei das maratonas e parei de estudar às 19h do sábado e, no dia seguinte, leio no deslocamento para prova aquilo que acho que pode cair. Ponto muito específico que fica querendo “dar branco”.
Para a segunda fase, optou por criar uma peça de qual área do direito? Qual foi sua estratégia na hora de tomar sua decisão?
Gleice: Inicialmente, fiquei em dúvida entre Direito Civil e Direito Constitucional. Confesso que meu coração estava voltado para Direito Civil por ser mais prático e por eu estar mais habituada no dia a dia por conta da imobiliária, mas resolvi optar por Direito Constitucional, pois acreditava que teria uma quantidade menor de peças e, ao mesmo tempo, poderia aproveitar para estudar de forma aprofundada e aproveitar os estudos para atuar como advogada internacional.
Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Gleice: Não consigo lembrar de erros, consigo lembrar do medo de não conseguir passar, pois tinha colocado metas. Meu maior acerto, foi ouvir as minhas mentoras Camila e Abdala.
O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? E qual foi sua principal motivação?
Gleice: O mais desafiador foi acreditar que era possível passar em menos 4 meses de estudo. Achava que precisaria parar um ano da minha vida para poder focar na prova. A minha principal motivação surgiu em 2023 quando eu decidi que queria ser advogada internacional em 2025.
Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para o Exame da OAB? Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gleice: Minha mensagem é bem simples:
Primeiro vença seu “eu”. Não dê ouvidos as vozes da sua mente que te colocam em dúvida de quem você é e até onde você pode chegar. Trace uma meta e lute por ela. Minha meta foi querer ser advogada internacional em 2025 e preciso passar até fevereiro de 2025. Passei por crises, passei por momentos de desistir, pensei em desacelerar e voltar ao início para a repescagem, mas ao ouvir uma mensagem das mentoras que era possível, eu me ergui, sacudi a poeira e continuei. As dicas dos professores, as vozes positivas são fundamentais para que você conquiste e lembre-se que quem tira 10, 9, 8 ou 6 vai ter o mesmo resultado: a sua carteirinha.
Planejamento estratégico e muita força. Não se esqueçam da espiritualidade. Um beijo.