Aprovado em 5° lugar no concurso SEFAZ SC para o cargo de Analista da Receita Estadual IV
Fiscal - Estadual (ICMS)“Trace um planejamento, seja com as Trilhas Estratégicas, com um coach, ou até mesmo com materiais gratuitos do YouTube. Com o tempo, você vai aprender o que funciona e o que não funciona para você. Não existem fórmulas mágicas, mas um bom plano é essencial na busca pela aprovação.”
Confira nossa entrevista com Gabriel Gava, aprovado em 5° lugar no concurso SEFAZ SC para o cargo de Analista da Receita Estadual IV:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Gabriel Gava: Sou paranaense, tendo sido criado em Capanema e residido durante grande parte da vida em Curitiba. Atualmente vivo em Campo Mourão. Tenho 28 anos e sou engenheiro civil.
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Gabriel: Depois da minha formatura, passei a procurar por um emprego como engenheiro civil. Foram muitos meses pesquisando por vagas e encaminhando currículos. Tive dificuldade até para conseguir entrevistas, e não tive sucesso nas poucas que dei.
Para tentar me inserir no mercado, acabei trabalhando como engenheiro autônomo em alguns poucos projetos. Contudo, a demanda era pequena e o negócio não era sustentável.
Nesses primeiros meses pós–colação, acabei prestando alguns concursos. Na época, minha intenção era deixar o desemprego o mais rápido possível. Porém, não analisava as carreiras ofertadas, estando disposto a fazer o que aparecesse. O foco era apenas ter uma fonte de renda até conseguir me estabilizar.
Durante esse período, fiz as provas para Engenheiro Civil da Prefeitura de Curitiba e para Técnico Judiciário do TRF-4 e do TJ-PR, estudando apenas no pós-edital e conciliando meus esforços com a tentativa de me inserir no mercado da engenharia.
Não tive o resultado imediato que esperava nos certames em que participei. Enquanto isso, a dificuldade de colocação na engenharia persistia. Também observava colegas insatisfeitos com a remuneração, com a progressão na carreira e com a rotina estressante de trabalho na construção civil.
Foi então que passei a enxergar os concursos públicos de uma forma diferente. Percebi que muitos cargos propiciam excelentes carreiras, caso estejamos dispostos a iniciar um projeto de médio prazo. A partir desse momento, desisti de exercer a engenharia e passei a focar nos estudos para concursos.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Gabriel: Inicialmente, pesquisei bastante sobre a remuneração dos cargos do serviço público. Depois de selecionar as carreiras mais atrativas nesse quesito, analisei a quantidade de vagas ofertadas e a frequência com que os concursos eram realizados.
A área fiscal me pareceu ser a melhor opção dentre as que não exigem uma formação específica. Por fim, estudei a rotina e as atribuições dos servidores fiscais e achei bastante interessante, o que sacramentou a decisão.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Gabriel: Após minha decisão de estudar para a área fiscal, passei a me dedicar integralmente aos estudos.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Gabriel: Dentre os 3 concursos que prestei enquanto ainda tentava iniciar minha carreira como engenheiro, em 2019, fiquei no cadastro de reserva em 2 deles. Obtive a 41ª (AC) colocação na prova para engenheiro civil da Prefeitura de Curitiba e a 130ª (AC) colocação na prova para técnico judiciário do TJ-PR. Não tive minha redação corrigida no certame do TRF-4.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Gabriel: Conheci o Estratégia por meio de pesquisas na internet. Busquei pelos cursos que mais aprovavam e me surpreendi com seus resultados, sobretudo na área fiscal.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Sim, usei outro material durante minha breve preparação para tribunais. Não gostava do fato do concorrente focar quase exclusivamente nas videoaulas. Os PDFs eram extremamente enxutos, como se fossem notas para acompanhamento das aulas em vídeo.
Estratégia: O concurseiro já se dedica tanto hoje para ser aprovado e investe bastante! Imagine chegar na prova e ver questões que abordam assuntos que o professor nem abordou nas videoaulas ou no material em PDF. Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Gabriel: Fiz duas provas com o material anterior, tendo uma aprovação no CR como melhor resultado.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Gabriel: Com certeza. O sistema do Estratégia é muito completo. O maior diferencial, na minha opinião, é a qualidade dos PDFs, que são minha forma preferida de estudo. Além disso, o curso oferece boas formas de revisão, como os Bizus, Passos Estratégicos e Mapas Mentais.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Gabriel: Usei praticamente apenas as apostilas em PDF, devido à velocidade que elas proporcionam. Consigo cobrir um conteúdo muito maior do que cobriria se estudasse vendo as videoaulas.
A ferramenta em vídeo é certamente muito útil para os assuntos que fiquem mais nebulosos. Porém, as apostilas são tão bem construídas que dificilmente sinto necessidade de usar o recurso.
Contudo, a abordagem de estudos é muito pessoal. Sempre preferi estudar através da leitura de um bom material a prestar atenção a aulas mais longas. Entretanto, muitos se dão melhor se preparando da forma contrária.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Gabriel: Durante os primeiros meses estudando para fiscos, fiz uso das Trilhas Estratégicas. Elas ajudam muito nesse período inicial, em que o concurseiro sempre está bastante perdido frente a enormidade de matérias e tópicos cobrados.
Assim, comecei abordando o famoso ciclo básico fiscal, composto por 6 matérias estudadas ao mesmo tempo. Conforme avançava, ia inserindo mais matérias no dia a dia, de acordo com o orientado nas Trilhas.
Depois de ter finalizado minha primeira Trilha Estratégica, passei a organizar meus estudos sozinho, já que havia entendido bem meus processos de aprendizado. Atualmente, estudo 14 disciplinas concomitantemente.
Nunca computei minhas horas de estudo, nem brutas, nem líquidas. Costumo estudar enquanto ainda estiver apresentando bom rendimento. Dependendo da disposição diária e dos tópicos estudados, esse número pode variar bastante.
Contudo, fazendo uma estimativa, creio que estudava entre 5 a 6 horas líquidas no pré-edital e 8 a 9 no pós.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Gabriel: Gosto de estudar usando os PDFs Marcações dos Aprovados, que já vêm grifados. Dessa forma, consigo fazer uma primeira leitura de uma forma mais rápida do que se tivesse que grifar por conta própria. Eventualmente grifo algumas coisas que considero importantes e que não estão destacadas, mas geralmente não há necessidade.
Tenho o hábito de revisar a apostila 7 dias após a primeira leitura e 30 dias após a primeira revisão. Nesse processo, leio apenas o que está marcado e faço questões. Costumo voltar a ler os grifos ocasionalmente, quando sinto necessidade de refrescar as coisas. Isso ocorre geralmente a cada 3 ou 4 meses.
Não tenho o hábito de fazer resumos, prefiro memorizar pela leitura do material grifado e da lei seca. Porém, abri uma exceção no estudo da Legislação Tributária Estadual, que trazia uma enorme quantidade de prazos. Além disso, fiz alguns simulados específicos durante os últimos dias antes da prova.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Gabriel: A resolução de questões é crucial para a aprovação, visto que ajudam a fixar o conteúdo lido na teoria. Além disso, expõe a forma de cobrança adotada pelas bancas e revela muitas pegadinhas que já são recorrentes nos certames. Resolvi cerca de 15 mil questões durante minha preparação.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
Gabriel: Tive mais dificuldades no início dos estudos de Contabilidade e Economia. São disciplinas que só são totalmente compreendidas após a obtenção de uma visão geral a respeito, já que todas as aulas são conectadas. Como elas precisam ser divididas em segmentos para serem estudadas, podem parecer bem confusas sem a visão macro.
Nessas situações, temos que seguir o conselho dos professores. Vá em frente e não fique muito preso a algum ponto não compreendido. No futuro, o entendimento virá. Se a dificuldade estiver muito grande, sempre é valido recorrer às videoaulas, onde os professores explicam o conteúdo de uma forma mais lenta e detalhada.
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Gabriel: Namoro e moro com meu pai. Todos à minha volta entenderam minhas necessidades de estudar, o que sem dúvidas facilita muito a jornada. Tive inclusive o apoio financeiro do meu pai, que me permitiu focar 100% no estudo para concursos e foi essencial para uma aprovação mais rápida.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Gabriel: Fui bastante flexível durante o período pré-edital. Buscava manter uma constância, estudando de segunda a sexta, mas algumas vezes acabava me encontrando com amigos durante esses dias. Durante os fins de semana, costumava sair com minha namorada e deixar os estudos um pouco de lado.
Porém, durante o pós-edital adotei uma postura bem mais radical, estudando inclusive aos sábados e domingos e com pouquíssimos momentos de lazer e relaxamento.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Gabriel: Estudei direcionado a área fiscal por exatamente 1 ano e 2 meses no período pré-edital. Após o edital da SEFAZ-SC, tive mais 2 meses para estudar LTE e cobrir eventuais surpresas.
O fato de ter abdicado de exercer minha profissão de formação foi justamente o maior incentivo para me manter disciplinado. A aprovação passou a ser a única forma que eu via de conseguir um bom emprego em um prazo razoável.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Gabriel: Foi como toda minha rotina pós-edital. Acordando muito cedo e indo dormir tarde, estudando todo o tempo enquanto ainda conseguia absorver alguma coisa, inclusive na véspera.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Gabriel: Acredito que meu maior erro tenha sido a ingenuidade comum a todos os concurseiros iniciantes. Confiei o direcionamento dos meus estudos aos boatos comuns nesse meio.
Comecei minha preparação através do curso específico para SEFAZ-PR, que era um concurso dado como praticamente certo em curto prazo quando iniciei meus estudos. Cheguei até mesmo a estudar LTE e algumas disciplinas bem inusuais, como o ECA.
Depois, o certame esfriou, ao mesmo tempo em que o da Receita Federal passou a ser a bola da vez. Novamente, tive o mesmo comportamento. Fiquei um bom tempo estudando aquelas disciplinas que são cobradas apenas na prova da RFB (que não são poucas!). Só deixei de lado o curso pré-edital da Receita Federal após o edital da SEFAZ-SC, quando fiz a troca para o curso específico.
Agora, ao retomar os estudos, pela primeira vez tive contato com o Curso Básico da Área Fiscal e percebo que teria sido a melhor opção desde o início. Gastei muito tempo e esforço com disciplinas que possivelmente não serão cobradas em minha trajetória. Caso sejam, não terei muita vantagem, já que as exclui do meu ciclo de estudos há meses. Minha dica é apenas incluir as particularidades do fisco em questão após a publicação do edital, ou ao menos após a autorização para realização do certame.
Meus maiores acertos foram a disciplina e a resolução constante de exercícios. Creio que o fato de estudar diariamente faz a total diferença no processo, e é muito difícil criar esse hábito no início.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Gabriel: Sim. Em um momento específico da preparação, tive medo de estar investindo todo meu tempo em algo incerto. O fato de estar dependendo financeiramente de meu pai e estar chegando aos 30 anos sem um emprego me incomodava bastante.
Cheguei a parar de estudar por uma semana para enviar currículos a todas as construtoras que encontrei nas maiores cidade do estado. As respostas negativas que recebi me lembraram do porquê estar me dedicando aos estudos e me deram fôlego para continuar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Gabriel: Aconselho a definirem desde o início uma área para focarem seus estudos. Muitas vezes nos sujeitamos a prestar qualquer prova, por urgência, como fiz no início. Isso atrapalha a nossa evolução, já que a cada prova precisamos adicionar disciplinas novas e deixar algumas já estudadas de lado. Focando em uma área, as matérias são praticamente as mesmas, e a cada mês de estudo você estará mais forte.
Também recomendo deixar seu leque de opções o mais aberto possível, caso seja adequado na sua situação. Muitos alunos apostam todas as suas fichas em um único órgão e acabam perdendo excelentes oportunidades em outros lugares.
Trace um planejamento, seja com as Trilhas Estratégicas, com um coach, ou até mesmo com materiais gratuitos do YouTube. Com o tempo, você vai aprender o que funciona e o que não funciona para você. Não existem fórmulas mágicas, mas um bom plano é essencial na busca pela aprovação.
Por fim, siga o que foi planejado com constância e não espere por resultados imediatos. Existem muitos concorrentes estudando há tempos, especialmente para os cargos mais concorridos. Porém, em algum momento é inevitável que a sua hora de ser aprovado também chegue!