Aprovado em 3° lugar no concurso ISS Nova Friburgo para o cargo de Fiscal de Tributos
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“Quem está iniciando, precisa aprender a enxergar os estudos para concursos como um trabalho. Não falte, não faça de qualquer jeito, não seja irresponsável […]”
Confira a nossa entrevista com Francisco Henrique Brito dos Santos, aprovado em 3° lugar no concurso ISS Nova Friburgo, para o cargo de Fiscal de Tributos:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Francisco Henrique Brito dos Santos: Sou engenheiro eletricista com mestrado em economia, tenho 34 anos, sou natural de Recife/PE, mas moro na região serrana do estado do Rio de Janeiro.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Francisco: A ideia de ter um bom trabalho que me possibilitasse ter uma boa remuneração com razoável qualidade de vida dentro e fora do ambiente laboral foi a principal motivação.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Francisco: Não. Larguei o doutorado com bolsa de dedicação exclusiva para me dedicar aos estudos para concursos.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Francisco: Fui aprovado no cargo de Fiscal de tributos da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo e, sim, pretendo continuar estudando para concursos da área fiscal.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Francisco: Acredito que seja muito importante equilibrar as obrigações dos estudos para concursos com uma agenda de descontração e de boas experiências ao lado de quem se quer bem. Minha esposa e eu, gostamos bastante de viajar pelas estradas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, experimentando comidas, conhecendo lugares, culturas e colecionando momentos felizes. Somos seres integrais, não apenas estudantes ou profissionais. Acredito que o descanso e os bons momentos são muito importantes para que o ritmo de estudo se sustente no longo prazo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Francisco: Minha esposa sempre me apoiou bastante e isso deixou a caminhada mais leve. Ao largar o doutorado e sair da minha cidade natal, tratei de me afastar de toda e qualquer amizade que me atrapalhasse de alguma forma. Saí de todos os grupos de Whatsapp, deixei de falar com várias pessoas que não me acrescentavam como ser humano e a evolução foi quase que instantânea. Portanto, posso dizer que criei uma espécie de blindagem de cobranças desnecessárias, seja de amigos, parentes, etc.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Francisco: Eu iniciei os estudos em julho de 2022. Nunca fiz um preparo direcionado para uma prova específica. Desde o início, entendi que precisava criar uma base de conhecimento sólida, para só assim me tornar, de fato, um candidato competitivo. Sobre disciplina, acho que tudo passa por um entendimento do que se quer buscar. Vi que meus concorrentes são pessoas extremamente dedicadas e logo de cara percebi que se não me comportasse como os meus pares eu nunca conseguiria sucesso nesse meio.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Francisco: PDF do Estratégia Concursos e sistema de questões, só.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Francisco: Minha esposa é servidora pública federal e sempre utilizou os materiais do Estratégia. Além disso, no meio dos concursos já existe meio que um consenso de que o Estratégia é, de fato, o melhor curso.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Francisco: Inicialmente, eu utilizava o método de ciclo de estudos com cerca de uma hora e meia por disciplina, girando três ou quatro matérias por dia. Fiquei seis meses nesse método e, em seguida, passei a utilizar trilhas de aprendizado pré-fabricadas para a minha demanda, com a ajuda de um orientador. Sempre buscando uma média de 30 horas líquidas semanais. Menos que isso, eu achava bem pouco, por causa da minha disponibilidade de tempo.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Francisco: As minhas revisões são quase todas baseadas nas leituras dos grifos que eu faço na leitura dos PDFs. A única exceção é a matéria de Estatística em que eu anoto alguns “pontos-chave”. Recentemente, eu também adotei o uso dos “flashcards” para ajustes finos.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Francisco: Eu acho que é muito importante, creio ter feito cerca de 11 mil questões no sistema desde que comecei a estudar. Acredito que é um número baixo, mas o estudo que fiz até o momento, priorizou a construção de uma base teórica muito sólida, talvez pelo meu background acadêmico que sempre busca evitar o máximo possível de “decorebas”.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Francisco: Direito Civil e Tecnologia da Informação. Direito civil é um universo à parte, tem uma linguagem própria que precisa de tempo e paciência para absorver. Já em Tecnologia da Informação, a dificuldade maior é o processo de lidar com uma quantidade extremamente agressiva de conteúdo. Eu tenho uma experiência boa com programação, ciência de dados, mas mesmo assim eu tomei um susto grande com o volume de coisas que são exigidas nos certames para os concursos da minha área.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Francisco: Bem tranquilo, não mudei nada.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Francisco: Meu principal erro foi a presunção. Achava que por ser formado em uma boa universidade em um curso difícil e com uma bagagem de mestrado acadêmico nas costas, eu teria uma passagem mais tranquila por essa fase da vida. Hoje, eu entendo que essa coisa toda pode demorar mais do que o esperado e que, independentemente da formação, é preciso ter humildade e reconhecer que é preciso muita luta para conquistar as vitórias desejadas nesse universo dos concursos.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Francisco: Sim. Nos primeiros meses, sem emprego e sem o conhecimento necessário para brigar por vagas, eu me desesperei um pouco. Porém, comecei a entender que tudo tem o seu tempo certo e entendi que só com muita paciência e trabalho duro eu poderia sair daquela situação. A motivação sempre vai ser mudar de vida. Só você pode fazer, as coisas só irão acontecer se você trabalhar. A lei da semeadura não falha.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Francisco: Quem está iniciando precisa aprender a enxergar os estudos para concursos como um trabalho. Não falte, não faça de qualquer jeito, não seja irresponsável! É uma caminhada difícil, complicada, não é feita para pessoas que baseiam suas vidas em soluções imediatistas e desesperadas. Tem um preço a ser pago e apenas aqueles que estiverem dispostos a encarar os estudos com a seriedade que a empreitada exige, sairão vencedores. Tenha fé e trabalhe, que as coisas acontecerão no momento adequado.