Aprovado em 1° lugar Técnico Legislativo - Administrativo no concurso ALESP
Concursos Públicos“[…] é preciso entender que estudar é um processo contínuo e os resultados e acertos evoluem com o tempo, então, persista […]”
Confira nossa entrevista com Felipe Yuske Chevalier Ivasita, aprovado em 1° lugar no concurso ALESP para o cargo de Técnico Legislativo – Administrativo:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Felipe Yuske Chevalier Ivasita: Tenho 22 anos, estou cursando Administração na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Curitiba. Moro na capital, mas nasci em Carlópolis, uma cidade no interior do Paraná.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Felipe: A decisão aconteceu no início deste ano (2024), mas foi resultado de uma soma de fatores. Em primeiro lugar, desde dezembro do ano passado eu estava sentindo a pressão de estar me aproximando do final da graduação sem ter tomado alguma decisão definitiva sobre minha carreira. Eu só havia estagiado em órgãos públicos, o que se por um lado despertou o meu interesse na área, por outro, não apresentava a possibilidade de ser efetivado após a conclusão do contrato de estágio, logo, eu não possuía nenhuma garantia de estabilidade para além da formatura, o que intensificou ainda mais a pressão que já sentia.
Além disso, já fazia algum tempo que minha mãe me incentivava a estudar para concursos públicos por conta da estabilidade e das oportunidades que a carreira de servidor público poderia me proporcionar.
Por fim, ao longo da minha graduação eu já havia decidido que eu não queria estar no lado “corporativo” da Administração. Todos esses fatores contribuíram para a minha decisão de tentar atuar na esfera pública.
Estratégia: Você trabalhava e estudava?
Felipe: Eu frequentava a universidade no período da manhã, estagiava à tarde e estudava à noite e no meu tempo livre. Conciliar os três foi uma questão. Eu sabia que não conseguiria me dedicar 100% a tudo. Então, como a prova seria na primeira semana de abril, abri mão dos estudos das disciplinas da faculdade e assumi o compromisso de correr atrás do prejuízo para concluir o semestre assim que passasse a prova.
Durante um mês, praticamente “não me dediquei a nada” em relação à faculdade. Tenho muito a agradecer ao meu amigo João por ter me apoiado nos estudos para o concurso, visto que ele assumiu a responsabilidade de desenvolver boa parte dos nossos trabalhos da faculdade, que eram em grupo, além de me manter a par dos conteúdos que perdi. Isso me permitiu dedicar meu tempo quase que de forma integral à preparação para o concurso, sem precisar me preocupar com os deveres da universidade.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Felipe: Essa é a minha primeira aprovação em concurso público. E apesar de ter dado uma pausa na rotina de estudos assim que saiu o resultado da aprovação, logo voltei aos livros, pois pretendo, sim, continuar estudando para concursos futuros em busca de outras oportunidades.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Felipe: Eu definitivamente abri mão de alguns momentos de lazer durante o período de preparação, mas tentei manter um equilíbrio, buscando manter a disciplina nos estudos sem precisar adotar nenhuma postura muito radical.
Abri mão de frequentar a academia durante o período de preparação, pois eu sabia que não conseguiria conciliar com a faculdade, o estágio e os estudos. Saía com amigos uma ou duas vezes por semana, no máximo, passando a ser mais seletivo na escolha dos momentos para relaxar e socializar. Além disso, minha família mora no interior e eu frequentemente os visitava aos feriados. No entanto, durante o período de preparação, optei por ficar em Curitiba para manter o foco nos estudos.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Felipe: Acredito que o apoio deles veio através da compreensão de que eu teria que me ausentar de alguns momentos para me dedicar aos estudos. Dito isso, de forma geral, minha família sempre incentivou a ideia de ser servidor público. Meus amigos também entenderam a minha dedicação e me apoiaram, inclusive fui algumas vezes na casa de um dos meus amigos para estudar aos finais de semana. Foi bom mudar o ambiente de estudos um pouco.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Felipe: A prova foi na primeira semana de abril, e eu tomei conhecimento do edital no final de janeiro, então tive pouco mais de 2 meses para me preparar para a prova. Eu precisei de muito foco para manter a disciplina, pois fazia um tempo que eu não tinha uma rotina de estudos, além disso, busquei sempre relembrar o motivo de eu estar estudando e a recompensa que poderia vir através desse esforço.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Felipe: Eu usei majoritariamente os PDFs (do Estratégia), para mim esse é o maior destaque da plataforma. A principal vantagem (desse material) foi a organização e a profundidade dos conteúdos, pois abrangem item a item o conteúdo do edital, além de contar com uma lista de exercícios ao final de cada tópico, o que auxilia na fixação do conteúdo. Ao meu ver, o material escrito é fundamental para as disciplinas específicas e que exigem a memorização do assunto. Já as videoaulas me ajudam com a resolução e compreensão de exercícios a partir da explicação dos professores, principalmente nas matérias de Língua Portuguesa e Raciocínio Lógico, por exemplo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe: Conheci o Estratégia por conta própria quando decidi, de fato, que iria me dedicar aos estudos para concursos. Comecei a pesquisar plataformas e materiais que pudessem me auxiliar nos estudos e “arrisquei” comprando o pacote do cargo que eu almejava. Valeu a pena.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Felipe: Usei sim outros materiais. Na verdade, “usar” é um termo forte. Cheguei a comprar o material de outra plataforma, mas não gostei do formato. Achei que não desenvolvia bem os temas e a organização dos conteúdos não era eficiente para mim, que estava tendo um primeiro contato com muitos dos assuntos trabalhados. Então, logo procurei uma outra opção e encontrei o Estratégia, que me atendeu pelo fato de além de se aprofundar nos conteúdos, também apresentava uma base inicial para quem estava se introduzido nas matérias.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material?
Felipe: Como disse, não cheguei a usar de fato o outro material, mas sim, prestei outro concurso, mas foi mais na intenção de adquirir a experiência do “dia da prova”, não me preparei e nem estudei para aquele edital. E, consequentemente, não passei.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Felipe: Com toda certeza o material do Estratégia impactou positivamente na minha preparação. Digo isso não só em relação ao nível de aprofundamento dos conteúdos e a qualidade das vídeo aulas, mas também a organização da plataforma como um todo.
Para mim, que tem a leitura com marcações como o método de aprendizagem mais eficaz, algo que me surpreendeu em relação ao Estratégia foram as três modalidades em que são disponibilizados os materiais escritos: o texto completo; a versão simplificada e um terceiro formato com os principais pontos já destacados. Essa variedade dinamiza o processo de aprendizagem e possibilita escolher o melhor método de estudo de uma matéria de acordo com o seu grau de dificuldade naquele assunto.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Felipe: Eu não tinha um plano de estudos propriamente dito. Apenas listei os conteúdos do edital e ia estudando um a um, dando mais atenção àqueles que tinham mais dificuldade ou que eram novos para mim. Estudava em média 4 a 6 horas líquidas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Felipe: Eu tentava fazer com que o meu processo de revisão fosse diário, relendo as partes que eu destaquei do material no dia anterior, mas admito que nem sempre isso acontecia. Também usufrui bastante dos resumos e mapas mentais do próprio Estratégia. Além disso, revisar questões resolvidas é algo que me ajudou muito na fixação do conteúdo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios?
Felipe: A resolução de exercícios sempre foi muito importante para meu processo de aprendizagem. Fiz dezenas de questões dos mais diversos assuntos ao longo da minha preparação, o que me ajudou a fixar o conteúdo e a entender melhor o estilo da prova. Essa é uma dica que eu aderi: fazer questões da banca que você está se preparando.
Eu fazia não apenas as questões do Estratégia, como também simulados, provas antigas e assistia as correções dos professores. Além disso, imagino que cerca de 80% das questões que eu resolvi eram da banca organizadora (FGV) o que me ajudou muito a ficar familiarizado com o estilo da banca.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Felipe: Acredito que informática, pois envolvia muita memorização. Para me ajudar, tentei implementar algumas coisas no meu dia a dia, usando os atalhos dos navegadores, explorando as ferramentas do sistema operacional, entre outros.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Felipe: Na semana que antecedeu a prova, eu passei a revisar os assuntos que eu tinha mais dificuldade, e foquei nisso mesmo, revisão. Eu me limitei a não “tentar aprender” nenhum conteúdo novo e me concentrar em fixar 100% os que eu já havia estudado. Já no dia “pré-prova”, eu dei uma última revisada nos simulados que eu havia feito nas semanas anteriores, tentando ficar cada vez mais familiarizado com o estilo das questões e da prova que seria feita no dia seguinte.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Felipe: Eu, particularmente, não sei se posso falar de “erros” na trajetória, uma vez que o resultado final foi positivo, então, tudo o que fiz acabou valendo a pena. O que posso pontuar como algo negativo foi o fato de não ter começado a me preparar mais cedo e não ter seguido um plano de estudos estruturado desde o início, pois muitas vezes me sentia consumido pela quantidade de conteúdo que ainda precisava ser estudado, o que me deixava bem desmotivado e ansioso em alguns dias.
Um dos principais acertos foi a dedicação intensa nos dois meses que antecederam a prova e o foco nas revisões e resolução de exercícios. Também entendi melhor que tipo de estudante eu sou e o que funciona e não funciona pra mim.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Felipe: Nunca pensei em desistir, ao menos não na preparação para este concurso em específico. Claro que tive alguns altos e baixos ao longo desses dois meses, mas coloquei na minha cabeça que eu tinha que fazer isso e que eu precisava me dedicar. Pensei bastante no quanto essa vaga em específico era importante para mim, pensava bastante no futuro, na busca pela estabilidade, na vontade de ter algo meu, então eu respirava fundo e seguia.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe: Olha, você vai precisar de muita inteligência emocional, foco, disciplina, além de muito estudo. Eu oscilava entre dois extremos: de um lado, o pensamento de “a prova ainda está longe, posso deixar para estudar amanhã”; do outro, a sensação de “não vou conseguir, ainda falta muito conteúdo”. Essa constante alternância entre procrastinação e ansiedade me afetava profundamente. Por isso, encontrar um equilíbrio é essencial. Organize-se e planeje seus estudos desde o início.
Além disso, é preciso entender que estudar é um processo contínuo e os resultados e acertos evoluem com o tempo, então, persista.
Por fim, existem incontáveis métodos de estudos e você vai ter que achar o que funciona pra você. A internet está cheia de pessoas apontando que o método X ou Y vai te levar à aprovação, mas na minha concepção, isso não existe. Cada um tem uma forma de estudar, de absorver o conteúdo e de se organizar. O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra, então não se prenda a um método. O importante é encontrar o seu e manter a consistência nos estudos. Boa sorte!