Aprovado em 1º lugar para Analista Judiciário no concurso TRF-3 MS
Tribunais“[…] Sempre que pensar em desistir, volte ao seu lema: lealdade e constância. Lembre-se do porquê você começou e do futuro que deseja construir. No final, tudo valerá a pena.”
Confira nossa entrevista com Felipe Marroni dos Santos, aprovado em 1º lugar no concurso TRF-3 MS para o cargo de Analista Judiciário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Felipe Marroni dos Santos: Olá, pessoal! Meu nome é Felipe Marroni, tenho 33 anos e sou natural da vibrante São Paulo, mais precisamente da zona leste, São Mateus, onde aprendi a valorizar cada oportunidade e a nunca desistir, mesmo nos momentos mais difíceis. Hoje, resido em Campinas, interior de SP, com minha esposa Thaisa e minha filha Alicia.
Minha trajetória acadêmica e profissional é marcada por desafios e mudanças que moldaram minha paixão pelo Direito. Sou bacharel em Direito pela faculdade Unità, com conclusão recente em 2023, e também pós-graduado em Direito Digital e Novas Tecnologias. Além disso, possuo formação na área de Segurança Pública, fruto dos meus anos como policial militar, e Gestão Pública.
Essa mistura de experiência prática e conhecimento acadêmico me fez abraçar um sonho grande: a magistratura. Cada passo que dou é com esse objetivo em mente, mas nunca deixo de valorizar as pequenas conquistas, porque elas são a base para os grandes feitos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Felipe: A decisão de estudar para concursos não foi apenas uma escolha, foi uma necessidade que nasceu do coração e da razão. Tudo começou quando me tornei pai. O nascimento da minha filha, Alicia, foi um divisor de águas na minha vida. Naquele momento, percebi que não era mais só sobre mim; eu precisava construir um futuro sólido para ela, algo que fosse além dos sonhos e se tornasse realidade.
Eu vinha de uma família humilde, com recursos limitados, e as oportunidades no mercado privado não eram justas. Muitas vezes, eu me via perdendo vagas para pessoas com currículos mais robustos, intercâmbios e cursos que estavam além do que minha mãe pode me oferecer na minha formação. Foi aí que enxerguei os concursos públicos como um farol de igualdade. No momento da prova, não importa quem você conhece ou de onde você veio; o que conta é o quanto você está determinado.
Mas confesso que o início não foi fácil. Entre meus 18 e 20 anos, fiz faculdade de Administração, trabalhei como professor de street dance e estagiei na área privada. Era um quebra-cabeça tentar equilibrar tudo, e o pouco que eu ganhava nem pagava as contas. Foi o cansaço das entrevistas de emprego frustradas e a vontade de ser um exemplo para minha filha que me fizeram abraçar os concursos públicos com toda a força.
Desde então, estudar virou uma missão. Não era apenas sobre passar em um concurso, mas sobre mudar a minha história e a da minha família. Cada aprovação foi uma vitória não só minha, mas da Alicia, da minha mãe, da minha família e de todos que acreditaram que o esforço sempre vale a pena. E sabe de uma coisa? Vale mesmo.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Felipe: Sim, eu trabalhava, estudava e ainda precisava conciliar com a rotina de pai e esposo. Minha vida parecia um verdadeiro malabarismo, mas foi nesse caos organizado que encontrei meu propósito e desenvolvi uma disciplina que levo até hoje.
Minha rotina começava cedo. Eu acordava por volta das 4h da manhã, antes que o mundo despertasse, para garantir algumas preciosas horas de estudo antes de começar o expediente. Trabalhava como técnico judiciário durante o dia e, à noite, ainda tinha a faculdade de Direito. Para completar, fazia questão de ser presente na vida da minha filha Alicia e de apoiar minha esposa Thaisa, mesmo que o tempo fosse apertado.
Para que tudo funcionasse, eu criei um plano de estudos que era praticamente um plano de “guerra”. Dividi meus estudos em fases bem estruturadas, priorizando teoria, prática e revisões focadas nos pontos principais do edital e controlava tudo em uma planilha. Eu aproveitava cada intervalo possível para revisar PDFs ou assistir videoaulas.
Abrir mão de algumas coisas foi necessário. Pausava atividades físicas, limitava saídas com amigos e, em alguns momentos, deixava de assistir aulas presenciais da faculdade para focar em PDFs e no conteúdo do concurso. Ainda assim, nunca me permiti reclamar; cada renúncia era vista como um investimento no futuro.
Conciliar tudo isso não foi fácil, mas me ensinou algo precioso: organização, persistência e bons hábitos são chaves para qualquer grande conquista.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Felipe: Já fui aprovado em diversas seleções, cada uma trazendo conquistas e ensinamentos que me ajudaram a crescer não apenas como profissional, mas também como pessoa.
Algumas das aprovações mais marcantes incluem:
- Analista Judiciário – Área Judiciária (TRF-3, São Paulo – FCC – e Mato Grosso do Sul – Vunesp, e TRF-2, Espírito Santo – AOCP): Todas em 2024, figurando entre as primeiras colocações.
- Procurador do Estado de São Paulo: Conquistei a aprovação nas 1ª e 2ª fases em 2024, o que foi um grande marco na minha preparação para concursos de alto nível, e estou me preparando para a Prova Oral com os professores do Estratégia.
- Analista Legislativo (ALESP): Uma aprovação em 2022, mas não fui nomeado.
- Técnico Judiciário (TRF-4 e TRF-3): Ambos em 2019, que inclusive me renderam o primeiro “baile dos primeiros” com o Estratégia! Essas aprovações foram um passo essencial para minha carreira na Justiça Federal, fui nomeado nas duas e até participei de uma entrevista para o Estratégia.
- Oficial da PMESP (Barro Branco): Em 2017, uma conquista que me trouxe grande aprendizado sobre responsabilidade e liderança, mas que decidi não seguir, pois escolhi seguir a carreira no judiciário.
Além disso, minha experiência na Polícia Militar como soldado, no TJ-SP como escrevente e agora no TRF-3 consolidou minha paixão pelo Direito e minha vontade de continuar contribuindo para a sociedade através do serviço público.
Quanto ao futuro, sim, pretendo continuar estudando. Meu grande objetivo é a magistratura, um sonho que começou a tomar forma quando me vi imerso na prática jurídica. Cada passo que dou, seja através de estudos ou no trabalho, me aproxima desse propósito. A aprovação em concursos como Analista Judiciário e Procurador são marcos importantes, mas encaro isso como etapas de uma longa e desafiadora jornada.
Estudar para concursos nunca foi, para mim, apenas sobre conquistar uma vaga. É sobre ser melhor a cada dia, superar meus próprios limites e inspirar aqueles que acreditam que sonhos grandes exigem esforços proporcionais. Então, sim, seguirei estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos?
Felipe: Durante a preparação, minha vida social precisou ser bem limitada. Não foi uma escolha fácil, mas necessária para alcançar meus objetivos. O tempo que eu tinha livre era dedicado principalmente à minha filha, Alicia, e à minha esposa, Thaisa. Sempre que possível, priorizava estar presente para elas.
Sair com amigos, passeios ou eventos sociais ficaram em segundo plano. Não era porque eu não queria, mas porque sabia que cada minuto fazia diferença na reta final. Ainda assim, mantive contato com pessoas próximas, mesmo que por mensagens rápidas, porque apoio emocional é fundamental.
Minha filosofia era clara: o sacrifício era temporário, mas o resultado seria duradouro. E sabe o que é incrível? As pessoas que realmente importam entenderam e me apoiaram, o que tornou tudo mais leve. Não foi fácil, mas hoje vejo que valeu a pena cada escolha feita.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro?
Felipe: Minha família sempre foi meu porto seguro nessa jornada. Hoje, moro com minha esposa, Thaisa, e minha filha, Alicia, aqui em Campinas, e ter as duas ao meu lado foi um dos maiores impulsos para superar cada desafio.
Thaisa sempre esteve comigo, desde a época em que ela morava em Santa Catarina e enfrentávamos a distância. Agora que estamos juntos, o apoio dela ficou ainda mais forte. Ela entende as exigências dos meus estudos e sempre me incentivou, seja ajustando a rotina da casa, seja com palavras de motivação nos momentos mais difíceis.
E a Alicia, mesmo pequena, sempre foi minha maior inspiração. Saber que estou construindo um futuro sólido para ela dá sentido a cada esforço.
Quanto aos amigos, eles foram compreensivos e respeitaram meu momento de foco. Muitos vibraram comigo a cada conquista, mostrando que, mesmo quando a vida exige sacrifícios, o apoio daqueles que importam nunca falta.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Felipe: Eu costumo dizer que estou sempre estudando, mas minha preparação específica para o último concurso começou em julho de 2023, mês do aniversário da minha filha, e a prova estava marcada para outubro. Foram meses de total dedicação, ajustando horários e abrindo mão de momentos importantes para equilibrar trabalho, família e estudos. No entanto, o inesperado aconteceu: a prova foi anulada. Isso estendeu minha jornada até janeiro de 2024, transformando o que seriam três meses intensos em seis meses de um teste de resiliência.
Quando recebi a notícia da anulação, foi como um soco no estômago. Não era apenas uma prova que tinha sido cancelada; era meu esforço, meu tempo, os sacrifícios feitos pela minha família. Lembro-me de pensar: ‘Não posso anular o aniversário da minha filha, os momentos que abdiquei de estar ao lado dela para estudar.’ Esse pensamento me acompanhou, trazendo uma sensação de impotência difícil de descrever.
Ver meu nome nos rankings iniciais, entre os primeiros colocados, havia renovado minha esperança. Eu acreditava que todos aqueles sacrifícios estavam valendo a pena. Por isso, receber a notícia da anulação foi devastador. Concurseiros vivem com um propósito muito claro: mudar suas vidas com base no esforço, na lealdade aos seus sonhos e na constância. Naquele momento, tudo isso foi colocado à prova.
Ainda assim, decidi encarar a situação como um desafio a mais. Reorganizei meus estudos, revisei os conteúdos, e usei toda a frustração para alimentar minha determinação. De julho a janeiro, foram seis meses de disciplina e superação. Aprendi que o mundo dos concursos públicos pode não ser previsível ou justo, mas a diferença está em quem persiste, em quem transforma as quedas em impulso para ir mais longe.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Felipe: Minha preparação foi muito focada em materiais que me proporcionassem flexibilidade e eficiência, já que eu precisava conciliar trabalho, estudos e a vida em família. A base dos meus estudos foram os cursos em PDF e as videoaulas de reta final, que complementavam minha preparação quando estava cansado de ler.
Os PDFs foram meus melhores aliados. Eles são detalhados, bem estruturados e permitem que você estude no seu ritmo. A grande vantagem é que eu podia grifar, fazer anotações e voltar aos trechos importantes com facilidade. No entanto, eles exigem bastante disciplina, já que estudar por texto pode ser cansativo em períodos prolongados.
As videoaulas foram essenciais para revisar conteúdos e pegar as apostas dos professores. É uma forma mais dinâmica de aprender, principalmente quando os professores têm uma didática excelente. Por outro lado, elas demandam mais tempo e não são ideais para revisões rápidas.
Também usei muitos simulados e questões comentadas, que considero indispensáveis. Resolver questões me ajudou a identificar pontos fracos e ajustar meu foco. Além disso, os simulados aumentaram minha confiança para enfrentar a prova e apontaram os erros que precisava corrigir antes da prova.
Se pudesse apontar uma desvantagem geral, seria o volume de material disponível. É fácil se perder tentando abraçar tudo. Por isso, foquei nas ferramentas que mais se adequavam ao meu estilo de aprendizado. O segredo foi sempre manter uma rotina equilibrada e seguir o planejamento com constância.
No fim, o equilíbrio entre PDFs, videoaulas e prática com questões foi o que me preparou para os desafios do concurso.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Felipe: Conheci o Estratégia Concursos em 2017, com a indicação de um amigo que também estudava para concursos. Naquela época, eu buscava materiais que fossem realmente completos e confiáveis, algo que pudesse me ajudar a otimizar meu tempo de estudo, já que conciliava trabalho, família e preparação.
O nome do Estratégia sempre aparecia em grupos de estudo e fóruns de concurseiros, sempre sendo elogiado pela qualidade dos PDFs e videoaulas. Decidi experimentar e, já nos primeiros materiais, fiquei impressionado com a profundidade e organização dos conteúdos. Era exatamente o que eu precisava para ter foco e direcionamento.
O Estratégia se destacou não apenas pelo conteúdo técnico impecável, mas também pela proximidade que os professores criam com os alunos. Parece que eles realmente entendem o desafio diário do concurseiro e sabem como motivar e simplificar os temas mais complexos.
Desde então, o Estratégia se tornou minha principal ferramenta de preparação. Ele me acompanhou em todas as aprovações que alcancei até hoje, e sem dúvida é uma parte importante da minha história como concurseiro.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Felipe: Antes de conhecer o Estratégia Concursos, utilizei materiais de alguns outros cursos disponíveis no mercado. Embora fossem úteis no início, logo percebi que tinham algumas limitações que dificultavam meu progresso.
O que mais me incomodava era a falta de profundidade em algumas matérias e a desatualização dos conteúdos. Muitas vezes, os materiais não acompanhavam as mudanças recentes nas legislações ou nos perfis das bancas, o que me deixava inseguro ao estudar. Além disso, alguns PDFs eram muito resumidos, enquanto as videoaulas demoravam demais para abordar os temas importantes, o que acabava sendo um desperdício de tempo.
Outra questão era a falta de integração. Não havia uma estrutura coesa entre os diferentes formatos de material, como PDFs, questões e simulados. Isso dificultava criar um plano de estudo bem organizado.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Felipe: Sim, cheguei a prestar e ser aprovado em dois concursos enquanto utilizava materiais de outros cursos. Em 2011, fui aprovado no concurso para soldado da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que foi minha porta de entrada para o serviço público. Mais tarde, também consegui a aprovação para guarda municipal de Campinas.
Essas aprovações foram importantes para minha trajetória inicial, mas percebi que precisava de um material mais completo e estratégico para avançar em concursos maiores e mais competitivos. Foi então que conheci o Estratégia Concursos, e ele se tornou um divisor de águas na minha preparação. Com conteúdos mais detalhados e direcionados, alcancei resultados ainda mais significativos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Felipe: Sim, a diferença foi enorme. Depois que me tornei aluno do Estratégia, senti que minha preparação ganhou um foco e uma eficiência que eu ainda não tinha experimentado. Os materiais são organizados de forma estratégica, o que me ajudou a otimizar meu tempo e a estudar com mais confiança.
O que mais me chamou atenção foi a qualidade dos PDFs. Eles são extremamente completos, atualizados e bem estruturados, com teoria detalhada, esquemas e muitas questões comentadas. Essa combinação me permitiu entender profundamente os temas e fixar o conteúdo com prática constante.
Outro grande diferencial foram os simulados e as ferramentas para análise de desempenho. Poder medir minha evolução, identificar pontos fracos e corrigir falhas antes da prova foi essencial para alcançar resultados melhores. Além disso, as videoaulas, com professores didáticos e experientes, complementaram minha preparação nas matérias mais complexas, tornando o estudo mais dinâmico e envolvente.
Com o Estratégia, senti que tinha um plano completo e direcionado, o que fez toda a diferença na minha jornada como concurseiro.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Felipe: Meu plano de estudos foi estruturado com base em uma estratégia clara e organizada, que dividi em quatro fases para garantir eficiência e foco em cada etapa da preparação.
Na 1ª Fase – que chamo de Inteligência e Informação, analisei o edital com cuidado, organizando todo o conteúdo em uma planilha Excel. Usei a parte teórica dos PDFs para construir uma base sólida.
Na 2ª Fase – a Blitzkrieg, intensifiquei a resolução de questões com as questões comentadas dos PDFs. Essa etapa foi crucial para revisar o que já havia estudado, fixar o conteúdo e evitar esquecimentos. Aqui, o foco era atacar os temas com agilidade, resolvendo o máximo de exercícios possível.
Na 3ª Fase – que apelidei de Espartanos, o material base foi o Passo Estratégico, aqui reduzi o escopo do edital, priorizando os temas mais relevantes e cobrados. Resolvi simulados para testar meu desempenho e identificar pontos fracos, ajustando meu foco nos conteúdos que ainda precisavam de reforço.
Na 4ª Fase – a Ação de Choque, foquei na reta final. Fiz uma revisão intensiva dos tópicos mais importantes, resolvi muitas questões e usei dicas estratégicas das videoaulas da “Hora da Verdade” para consolidar o conhecimento e me preparar para a prova.
Estudava cerca de 4 a 5 horas líquidas por dia durante a semana e ampliava nos finais de semana. Cada fase foi cuidadosamente planejada para aproveitar meu tempo ao máximo e corrigir falhas ao longo do caminho.
Essa estratégia me ajudou a manter a constância, especialmente diante de desafios como a anulação da prova. Dividir os estudos em fases bem definidas me deu segurança e clareza para chegar ao nível de preparação necessário.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Felipe: Minhas revisões foram uma parte essencial da minha preparação, e eu busquei métodos práticos que realmente funcionassem para mim. Além disso, usei algumas ferramentas tecnológicas que deram um gás extra nos estudos. Vou explicar como organizei tudo:
Questões e Simulados: Resolver questões foi meu principal jeito de revisar. Sempre priorizei plataformas que mostram estatísticas e análises, porque assim eu conseguia enxergar exatamente onde estava errando e podia ajustar o foco. Os simulados também foram essenciais para treinar o tempo e já ir entrando no clima da prova.
Revisão Planejada: Segui a técnica de revisar com espaçamento, adaptando para o meu plano de estudos, conforme as fases que dividi.
Inteligência Artificial: Essa foi uma ferramenta incrível que usei para organizar meus estudos. Com a IA, criei resumos, tabelas e esquemas muito mais rápidos e visuais. Por exemplo, transformava conteúdos mais longos em resumos objetivos ou fazia comparações em tabelas que deixavam o entendimento mais claro e criava mapas mentais da legislação. Isso acelerava as revisões e me ajudava a focar no que importava.
No fim, misturei o tradicional com o tecnológico. A IA foi uma grande aliada para deixar as revisões mais organizadas, mas os métodos clássicos, como questões e resumos, continuaram sendo a base. Essa combinação me ajudou a revisar com eficiência e chegar bem preparado para o dia da prova.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Felipe: A resolução de exercícios foi, sem dúvida, uma das partes mais importantes da minha preparação. Para mim, é na prática que você realmente aprende. Resolver questões não só ajuda a fixar o conteúdo, mas também a entender como a banca pensa, quais são as pegadinhas mais comuns e os temas mais recorrentes. Além disso, é um ótimo termômetro para medir o que você já domina e o que ainda precisa melhorar.
Quanto à quantidade de questões, acredito que fiz mais de 10 mil ao longo da minha trajetória. Parece muito, mas é essencial para quem está se preparando para concursos. Durante os estudos, eu resolvia questões diariamente, e nos finais de semana fazia baterias mais longas ou simulados completos. Isso me ajudou a ganhar confiança, melhorar minha gestão de tempo e me acostumar ao estilo das provas.
Outro ponto é que eu sempre revisava as questões erradas, o que foi fundamental para consolidar os aprendizados e evitar repetir os mesmos erros. No final, resolver questões foi mais do que um método de estudo; foi o que me deu segurança para enfrentar as provas com mais tranquilidade.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Felipe: Uma das disciplinas que mais me desafiou foi Raciocínio Lógico-Matemático. Sempre tive mais facilidade com matérias teóricas, como Direito, mas quando se tratava de lógica e cálculos, sentia que precisava de um esforço extra. Era frustrante no começo, mas sabia que não podia deixar essa dificuldade me atrapalhar.
Para superar, adotei uma abordagem prática: resolvi o máximo de questões possível. Eu sabia que a única forma de evoluir em lógica era treinar constantemente. Comecei com questões mais básicas para entender os conceitos e, gradualmente, fui aumentando o nível de dificuldade. Além disso, recorri às videoaulas de professores com didática clara, que explicavam os raciocínios passo a passo, como do Brunno Lima ou do Jhoni Zini. Isso fez muita diferença.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Felipe: Na semana que antecedeu a prova, meu foco foi total em revisão e prática. Já não era o momento de aprender coisas novas, então concentrei meus esforços em consolidar o que eu já sabia. Minha rotina foi marcada por:
Revisão intensiva: Usei resumos, mapas mentais e tabelas que eu já tinha preparado ao longo dos estudos. Passei pelas matérias mais importantes, priorizando os temas com maior peso no edital e aqueles que eu ainda sentia alguma insegurança.
Resolução de questões: Resolvi muitas questões, especialmente aquelas que simulavam o estilo da banca. Foi uma forma de reforçar o conteúdo e aumentar minha confiança para a prova.
No dia anterior à prova, é tradição para mim acompanhar a revisão de véspera do Estratégia. Essa revisão é como um ritual que me deixa mais tranquilo, além de ser uma excelente forma de revisar os pontos mais importantes com os professores que já me acompanharam durante toda a preparação. Assisto com atenção, mas sem exageros para não sobrecarregar a mente.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame?
Felipe: A preparação para a prova discursiva foi tão importante quanto para a objetiva, porque sabia que ela poderia fazer toda a diferença na classificação final. Desde o início, encarei a discursiva como uma etapa estratégica e me dediquei bastante para desenvolver a escrita e o conteúdo jurídico necessário. Foquei em três pilares principais:
Estudo de Jurisprudência: Usei resumos e análises temáticas das jurisprudências mais cobradas pela banca, garantindo que meus argumentos estivessem atualizados e sólidos.
Prática Constante: Treinei semanalmente, simulando condições reais da prova. Pegava temas da banca ou similares, escrevia textos completos e revisava os erros. Essa prática ajudou a organizar a estrutura das respostas: introdução clara, desenvolvimento fundamentado e conclusão objetiva.
Uso de Inteligência Artificial: A IA foi uma grande aliada na preparação. Usei ferramentas para estruturar esboços de redações, gerar sugestões de argumentação e até mesmo corrigir erros de coesão e clareza. Isso economizou tempo e otimizou minha prática.
O conselho que dou é: não deixe a discursiva para a última hora. Pratique desde o início da preparação, mesmo que seja difícil no começo. Focar na construção da argumentação, estudar jurisprudência e treinar a organização do texto são passos fundamentais. A prática constante aumenta sua confiança e faz toda a diferença no dia da prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Felipe: Meus erros e acertos foram partes importantes dessa jornada. Quando comecei a estudar para concursos, um dos maiores erros foi a falta de organização. Eu estudava sem um plano claro e, muitas vezes, gastava tempo com materiais que não eram tão relevantes. Também subestimei algumas matérias mais difíceis, como Raciocínio Lógico, e isso acabou atrasando meu progresso.
Por outro lado, meu maior acerto foi perceber esses problemas a tempo e ajustar a rota. Quando comecei a usar um cronograma bem definido e foquei na prática de questões e simulados, tudo mudou. Incorporar a Inteligência Artificial nos estudos foi outro ponto alto. Ela me ajudou a criar resumos, revisar conteúdos e até melhorar minha escrita para a prova discursiva.
Acima de tudo, o maior acerto foi manter a constância. Mesmo nos momentos mais difíceis, nunca perdi de vista o objetivo. Essa combinação de ajustes e resiliência fez toda a diferença.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Felipe: Sim, houve momentos em que pensei em desistir. Um dos mais difíceis foi quando a prova do concurso foi anulada. Foi devastador. Tantos meses de esforço, sacrifícios pessoais e familiares, e de repente parecia que tudo tinha sido em vão. Lembro de me questionar se realmente valia a pena continuar.
Minha principal motivação para seguir foi minha família. Pensar na minha filha, Alicia, e no futuro que eu queria construir para ela e para minha esposa, Thaisa, sempre me deu forças. Além disso, também me agarrei ao propósito maior que me levou a começar essa jornada: mudar minha história com base no esforço e na dedicação.
Saber que o que estava em jogo era muito maior do que um momento de frustração me ajudou a continuar. Usei a dificuldade como combustível para me preparar ainda melhor e seguir firme. No final, percebi que, por mais difícil que seja, desistir nunca será uma opção.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Felipe: Para quem está começando agora, meu conselho é simples: tenha lealdade e constância com o seu sonho. Lealdade significa ser fiel ao seu propósito, mesmo nos dias difíceis, quando as dúvidas aparecem. Constância é seguir em frente, um passo de cada vez, sem perder o ritmo, mesmo que o progresso pareça lento.
A aprovação é um processo que exige paciência e estratégia. Comece organizando seus estudos, defina metas realistas e não subestime a importância de resolver questões. É na prática que você aprende e entende o que realmente importa para a prova.
Também é fundamental cuidar da mente. Equilibre os estudos com momentos de descanso e com a presença de quem você ama. Lembre-se de que o caminho é longo, mas você não precisa percorrê-lo sozinho.
E acima de tudo, acredite em si mesmo. Sempre que pensar em desistir, volte ao seu lema: lealdade e constância. Lembre-se do porquê você começou e do futuro que deseja construir. No final, tudo valerá a pena.