Aprovado em 5° lugar no concurso TCE-PA para o cargo de Auditor de Controle Externo - Área Fiscalização - Contabilidade
Tribunais de Contas (TCU, TCE, TCM)“[…] Para enfrentar os pensamentos negativos, procurava pensar que aquele desafio era passageiro, que em algum momento iria acabar.”
Confira nossa entrevista com Emanuel Francisco Leite e Silva, aprovado em 5° lugar no concurso TCE-PA para o cargo de Auditor de Controle Externo – Área Fiscalização – Contabilidade:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Emanuel Francisco Leite e Silva: Me chamo Emanuel Francisco Leite e Silva, tenho 36 anos, formado em ciências contábeis pela Universidade Estadual do Piauí. Sou natural de Teresina/Piauí.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Emanuel Francisco: Fui pragmático nessa minha decisão, encontrei no concurso público uma oportunidade de bons salários e qualidade de vida.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Emanuel Francisco: Antes da aprovação no TCE/PA, já era servidor público e cumpria um expediente diário até às 15h. Após o trabalho não retornava para casa, ia direto para a uma sala de estudos e cumpria minha meta diária de 4 horas líquidas.
Aos finais de semana, mantinha minha carga horária, a única diferença é que procurava estudar logo pela manhã e aproveitava tarde/noite para descansar.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Emanuel Francisco: Nessa minha trajetória no mundo dos concursos públicos, entre idas e vindas, fui reprovado em inúmeros concursos e obtive aprovações em alguns, dentre elas, as que considero mais relevantes:
- Ministério Público do Estado do Piauí – concurso de 2012 – Técnico Ministerial – 16ª posição;
- Caixa Econômica Federal – Técnico Bancário – concurso de 2012 – 82ª posição;
- Tribunal de Contas do Estado do Pará – concurso de 2024 – Auditor de Controle Externo – 5ª posição;
- Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão – Analista Contabilidade – concurso de 2024 – 2ª Posição (concurso em andamento);
- Polícia da Polícia Civil do Ceará – Inspetor de Polícia- concurso de 2012 – 346ª posição (prova objetiva/discursiva);
- Polícia Federal – concurso de 2018 – Agente de Polícia Federal – 247ª posição (prova objetiva/discursiva);
- Polícia Civil do Estado do Amazonas – concurso de 2022 – Investigador – 204ª posição (prova objetiva/discursiva).
Provavelmente eu vá continuar, por enquanto, me considero apenas de férias. Ainda estou jovem para aposentar a caneta preta.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Emanuel Francisco: No período de preparação, a verdade é que minha vida social ficava prejudicada, convivência com os amigos e família acontecia basicamente aos sábados à noite. Nos demais dias da semana, a rotina trabalho/estudo/obrigações de casa consumiam todo meu tempo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Emanuel Francisco: Sempre tive o apoio necessário da minha família, minha preparação era minha prioridade durante aquele período e eles compreendiam. Em alguns momentos recebi cobranças, mas procurei entender como saudade, e não como uma falta de apoio.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Emanuel Francisco: Sempre tive como maior erro estudar especificamente para determinados concursos e, depois da prova, parar. Essa prática, inclusive, considero meu maior erro.
Então, para falar sobre a aprovação no TCE/PA, tenho que considerar meu último “ciclo” e consigo me lembrar bem: 23/08/2023, data de publicação edital Câmara dos Deputados.
Dessa vez, resolvi fazer diferente, defini uma área (área de controle) e resolvi que iria fazer a maior quantidade de provas correlacionadas com a área escolhida.
Eu sabia que não tinha chances de passar em um concurso do nível da Câmara dos Deputados começando no “pós edital”, mas ali defini uma meta de médio/longo prazo. Graças a Deus, quando a prova do TCE/PA aconteceu, em 04/08/2024, um ano depois, eu já era um candidato totalmente diferente daquele que iniciou o plano em agosto de 2023.
Durante esse período de um ano, o que eu fiz para manter a disciplina foi focar integralmente nas metas diárias, um dia de cada vez…
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Emanuel Francisco: Meus materiais teóricos foram exclusivamente os pdf´s do Estratégia. Fazia a matrícula no curso direcionado ao concurso e seguia a sequência das aulas. Após a leitura do material, resolvia as questões e acompanhava os comentários do professor.
Sob meu ponto de vista, a principal vantagem era que eu podia focar apenas em estudar, pois o material já tinha tudo: ordem de aprendizado das matérias conforme o edital, conteúdo, questões de concursos anteriores e comentários do professor.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Emanuel Francisco: Quando tomei posse no meu órgão atual, ainda em 2012, percebi que a maioria dos colegas aprovados falavam sobre o Estratégia. Procurei conhecer o material e tive acesso a uma aula 00 de Direito Constitucional. A partir desse contato resolvi adotar a Coruja como fonte principal de estudos para concursos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Emanuel Francisco: Antes do Estratégia me preparava por meio de cursos presenciais na minha cidade. Na maioria das vezes, as turmas eram formadas por pessoas em níveis diferentes de aprendizagem, fato que resultava em aulas superficiais. Isso me incomodava, pois sentia que não era o suficiente para enfrentar as provas.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Emanuel Francisco: Fui aprovado em concursos ainda estudando por aulas presenciais e materiais fornecidos pelos cursinhos na minha cidade, mas, sendo bem honesto, a realidade dos concursos públicos era diferente no ano de 2012.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Emanuel Francisco: Assim que comecei a me preparar com o Estratégia, a principal diferença que percebi foi praticidade do material, já que, de forma completa, tive acesso à teoria, às jurisprudências relevantes sobre os temas, aos recortes da legislação e às questões comentadas pelo professor. O diferencial foi poder focar minha energia apenas em assimilar o conteúdo.
Durante minha preparação, também tive contato com o Passo Estratégico, Trilha Estratégica, Sistema de Questões e as videoaulas, mas me concentrei sobretudo no PDF clássico.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Emanuel Francisco: Consigo dividir meu plano estudo em duas fases. Na primeira fase foquei em absorver a maior quantidade de assuntos novos possíveis, ainda que superficialmente. O objetivo, nesse momento, era adquirir um conhecimento amplo sobre a disciplina. Paralelamente, preparava um pequeno material de revisão.
Na segunda fase, depois que finalizava os cursos, focava apenas na resolução das questões comentadas do final do material.
Em ambas as fases, dividia minha carga horária de 4 horas em quatro sessões de 60 minutos, o que resultava em 4 matérias estudadas por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Emanuel Francisco: No primeiro momento eu utilizava as aulas em PDF para elaborar pequenos resumos, que eram divididos pelas aulas. Depois que finalizava esse material de revisão, focava na resolução das questões comentadas (esse processo era repedido seguidamente).
Meu objetivo, durante as revisões, era aprender a responder todas as questões da banca que estavam no final de cada aula.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Emanuel Francisco: Não consigo responder quantas questões fiz nessa minha trajetória, mas com certeza foram milhares! Ao final da leitura de cada aula, resolvia as questões. No segundo momento (revisão) lia meus resumos (leitura de aproximadamente 20 minutos) e partia diretamente para as questões no final do PDF.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Emanuel Francisco: Minha principal dificuldade foi língua portuguesa. Depois de muito procrastinar, resolvi enfrentar de frente essa deficiência. Para essa matéria, especificamente, utilizei os cursos exclusivos de videoaulas na plataforma do Estratégia. Depois que finalizei os cursos, parti para a resolução das questões nos PDF´s.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Emanuel Francisco: Na semana da prova procurei manter uma rotina mais normal possível, trabalhei e cumpri minha meta regular de estudos. A única diferença foi que foquei em reforçar a revisão das disciplinas de direito e auditoria (parte que considero mais “decoreba”). Para disciplinas como contabilidade, exatas e português, confiei no processo de consolidação do conhecimento de longo prazo.
No dia anterior à prova assisti a revisão de véspera do Estratégia. Por volta das 19h resolvi descansar, pois sabia que não poderia chegar cansado para uma prova longa que duraria o domingo todo. Estava com sentimento de dever cumprido, sem ansiedade ou preocupações, mas tinha consciência da batalha que me aguardava no dia seguinte
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Emanuel Francisco: No concurso do TCE/PA enfrentei 5 questões discursivas sobre variados assuntos, tais como licitações, controle externo, auditoria, contabilidade pública e contabilidade avançada.
Em que pese a altíssima relevância da discursiva para esse certame, não fiz preparação específica. Foquei em assimilar as matérias. Afinal, o conteúdo ainda é a parte principal de uma prova dissertativa expositiva.
Reconheço que talvez essa não seja uma abordagem convencional sobre o tema, sobre isso, o conselho que posso dar é que o candidato leve a discursiva com naturalidade para que não gere uma ansiedade desnecessária na hora da prova.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Emanuel Francisco: Considero como meu maior erro estudar especificamente para determinados concursos e, depois da prova, parar. Essa prática atrasou bastante minha formação de bagagem, tão necessária para aprovação em concursos de alto nível.
Meu acerto foi não negligenciar matérias que eu não gostava durante a preparação. Eu sabia que concentrar estudo em poucas disciplinas não se converteria necessariamente em pontos na hora da prova. Dito e feito! No dia do concurso surgiram acertos de onde eu sinceramente não esperava, isso fez a diferença no resultado final.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Emanuel Francisco: Pensava em desistir todos os dias! Em muitos momentos não conseguia vislumbrar uma perspectiva de sair daquela situação.
Para enfrentar os pensamentos negativos, procurava pensar que aquele desafio era passageiro, que em algum momento iria acabar.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Emanuel Francisco: Ao futuro aprovado, a mensagem principal que gostaria de passar é: “Seja corajoso, seja resiliente! O cargo dos seus sonhos está te esperando!!!”