Aprovado em 13° lugar no concurso TRF3 para o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa
Concursos Públicos“Invista em um bom material, estabeleça uma rotina que seja sustentável dentro da sua realidade e continue até o fim em busca dos objetivos que definiu para sua vida. Você não se arrependerá de ter estudado quando o dia da posse chegar […]”
Confira nossa entrevista com Edson Ferreira Lima Junior, aprovado em 13° lugar no concurso TRF3 para o cargo de Técnico Judiciário – Área Administrativa:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Edson Ferreira Lima Junior: Tenho 27 anos, nasci em uma cidade do interior de São Paulo e atualmente moro em Campo Grande-MS. Sou formado em Psicologia, mas decidi focar em concursos da área administrativa.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Edson: A insatisfação com a instabilidade do trabalho como profissional liberal. Apesar das vantagens de poder gerenciar com mais autonomia às dinâmicas do próprio trabalho e dispor de maior flexibilidade de agenda, a indefinição quanto aos rendimentos mês a mês e a dependência de muitos fatores externos variáveis que compõem a remuneração sempre me incomodou. Dentre as alternativas que consegui vislumbrar, trabalhar no serviço público foi a que mais me atraiu pela perspectiva de estabilidade, melhores condições de trabalho e salários atrativos.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Edson: Trabalhei e estudei ao longo de todo o processo. Houve períodos de mais ou menos trabalho e mais ou menos flexibilidade de horários ao longo da preparação. Tentava encaixar os estudos em quase todo tempo livre que dispunha, seja antes ou depois do trabalho e nos intervalos entre os atendimentos. Com o intuito de passar em algum o mais rápido possível, cheguei também a trancar uma pós-graduação que fazia na minha área de formação e a abdicar de algumas atividades.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Edson: Fui aprovado em três concursos: 15º lugar para Analista Judiciário no TRF3 em 2023; 30º colocado no TJMS em 2024 e por último obtive a 12ª colocação para Técnico Judiciário, novamente para o TRF3 em 2024. Nos três casos para a área administrativa. Pretendo continuar estudando pelo menos até tomar posse.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Edson: Eu sou uma pessoa consideravelmente caseira, então não houve uma mudança muito brusca em relação à vida social. Ainda assim, precisei abdicar de determinadas atividades sociais e de lazer nos períodos de maior foco nas aprovações. Saía com menos frequência e deixei de fazer algumas coisas que fazia para tentar ser aprovado em curto ou médio prazo.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Edson: Sim. Meus pais observavam as minhas insatisfações com a vida atual e com a perspectiva de futuro que eu vinha tendo, então me estimularam a me engajar nesse projeto assim que comecei de fato a estudar. Também tive a sorte de ter dois amigos concurseiros, que estudavam há mais tempo do que eu, de modo que pude ter o incentivo deles para começar e seguir estudando.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Edson: Há cerca de 2 meses, mas já vinha estudando para concursos de tribunais há um ano. Para esse concurso estudei um pouco menos do que gostaria e com uma organização menos definida, mas o empenho acumulado ao longo do ano anterior contribuiu para conquistar uma boa colocação. Tentei estudar pelo menos um pouco todos os dias, com foco nas disciplinas que ainda não tinha estudado e revisando bastante na reta final.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Edson: Utilizei os PDFs simplificados do Estratégia, aliado à leitura da lei seca, resolução de questões e flaschards que eu próprio construí. Vídeoaulas eu normalmente só uso para as disciplinas de português e matemática e para tirar dúvidas pontuais sobre algum assunto que tive dificuldade de entender.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Edson: Por recomendação de um amigo que já estava no serviço público e que continuava estudando.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Edson: Senti mais confiança nos estudos. Os materiais do Estratégia, em especial os PDFs, foram de muita utilidade na minha trajetória. Reúnem muitas informações comumente cobradas em prova, dispostas em uma linguagem clara que facilita a compreensão. Além disso, me atraiu ter à disposição um PDF completo e uma versão simplificada. Na maior parte da minha preparação utilizei a versão simplificada, que não deixa a desejar em qualidade e objetividade. A depender do momento em que estamos, em pré ou pós-edital, e do foco que queremos dar em uma disciplina e da familiaridade que temos com um assunto, ter essas duas opções é um diferencial. No mais, os professores são muito bons e revelam bastante domínio nas matérias que ensinam.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Edson: Na maior parte da preparação tive um cronograma flexível, organizando as disciplinas em formato de ciclo semanal. No começo estudava uma disciplina por dia, depois passei a tentar estudar pelo menos duas. A quantidade de tempo destinado diariamente variou bastante, mas tentava manter uma média de pelo menos 4h por dia. No último concurso estudei um pouco menos, mas tentava ao menos não deixar de ter algum contato diário com as matérias do edital.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Edson: Não utilizo resumos e dificilmente releio os materiais escritos em fase de pós-edital. Reviso majoritariamente por questões e flashcards. Fiz poucos simulados, talvez 4 ou 5 ao longo desse ano e meio de estudos. Julgava mais útil quando eu ainda não tinha prestado nenhum concurso e necessitava simular condições semelhantes às de prova, como o tempo limitado e o estresse de resolver muitas questões seguidas sem poder fazer muitas pausas. De todo modo, como resolvo muitas questões, acabo resolvendo várias de uma mesma prova também – o que me ajuda a ter uma noção global da organização que as bancas fazem de determinadas provas.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Edson: Não sei precisamente quantas questões resolvi, mas foram milhares. Considero fundamental. Ao meu ver, é o modo mais ativo e eficiente de aprendizagem. Solidifica a memória e ajuda na consolidação de tudo que foi estudado anteriormente. A teoria é importante, mas, no final das contas, estudamos para responder às questões da prova. Fazer muitas questões, diariamente, facilita a identificar os assuntos mais e menos cobrados, o modo como as bancas os cobram e as muitas variações de cobrança de determinados temas. A chance de se surpreender muito na hora da prova, não tendo ao menos visto algo sobre o assunto, é muito menor se você tem o costume de fazer questões com frequência.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Edson: Para esse concurso, especificamente, tive uma certa dificuldade com Direito Processual Civil, por ser meu primeiro contato direto com a matéria. Julgo que a linguagem do Código de Processo Civil é mais peculiar do que aquela presente na legislação de outros ramos do Direito. Como eu optei por estudar o CPC majoritariamente pela lei seca, foi um processo um tanto truncado com a pouca base que tinha na disciplina. Tive também alguma dificuldade com Direito Tributário, mas felizmente a extensão do conteúdo foi menor. Para tentar superar essas dificuldades, fiz o máximo de questões que pude nessas matérias e assisti algumas videoaulas curtas sobre pontos específicos que ainda não havia entendido muito bem. Não há escapatória: mesmo tendo dificuldades, precisamos tentar aprender para ir bem na prova.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Edson: Na semana que antecedeu a prova foquei em revisar principalmente as matérias que tinha estudado pela primeira vez. Para as que já havia estudado, dispensei menos tempo, fazendo revisões mais curtas. Na véspera da prova, alternei entre acompanhar parte da aula de Revisão de Véspera do Estratégia e resolver algumas questões e flashcards.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Edson: Para esse concurso não me preparei especificamente para a discursiva. Era uma redação. Como tive pouco tempo e precisava estudar algumas matérias novas, e por já ter algum hábito de escrever, confiei no meu repertório prévio e torci para que o tema escolhido pela banca não estivesse distante do meu conhecimento geral. Foi o que aconteceu, felizmente. Consegui desenvolver as ideias sobre o assunto e obtive uma boa pontuação. De todo modo, não recomendo fazer o que eu fiz. Aconselho a dedicarem algum tempo para essa parte das provas porque a nota na discursiva costuma ser decisiva. Quando se tratar de uma redação, conheçam a estrutura básica do tipo de texto pedido para as provas que farão e fiquem a par do máximo de problemas sociais contemporâneos que conseguirem.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Edson: Quanto aos erros, acho que resistir por algum tempo à leitura da legislação direta e a perder muito tempo tentando entender minúcias de muitos assuntos que historicamente são pouco cobrados em prova para os cargos de técnico e analista. Quanto aos acertos, destaco a resolução de muitas questões diariamente, a construção de cadernos por tema para facilitar revisões e o uso mais frequente de revisões por flashcards.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Edson: Não cheguei a pensar em desistir. O que ocorreu, e acho que ocorre para todo mundo, foi sentir desânimo em vários momentos. É uma jornada estressante, pensada para o médio e longo prazo, e todo projeto como esse produz sentimentos difíceis enquanto não alcançamos nossos objetivos. O que eu fazia era aceitar esse sentimento como parte do processo. A motivação para seguir foi sempre relembrar do que me fez começar: ter um trabalho mais satisfatório, receber melhor e ter mais qualidade de vida no futuro.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Edson: Invista em um bom material, estabeleça uma rotina que seja sustentável dentro da sua realidade e continue até o fim em busca dos objetivos que definiu para sua vida. Você não se arrependerá de ter estudado quando o dia da posse chegar. Seu empenho e esforço valerá a pena.