Aprovado em 2° lugar no concurso BACEN para o cargo de Analista - Área: Tecnologia da Informação
Engenharias e TI“Não pensei em desistir em nenhum momento. Minha motivação era que a cada dia que passava, melhor estava minha preparação e menos tempo faltava para a prova.”
Confira nossa entrevista com Daniel Quintão de Morais, aprovado em 2° lugar no concurso BACEN para o cargo de Analista – Área: Tecnologia da Informação:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Daniel Quintão de Moraes: Sou natural de Itaperuna (RJ), mas morei em diferentes cidades. Hoje, moro na cidade do Rio de Janeiro. Sou formado em Engenharia de Computação pelo ITA, tenho 25 anos.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Daniel: Há servidores públicos em minha família, e sempre percebi que esses familiares possuem forte satisfação profissional e carinho para com o trabalho. Além da segurança e visibilidade a longo prazo, tenho certeza de que o serviço público traz bem-estar quando nosso trabalho é bem feito, pois sabemos que isso melhorará a vida de muita gente.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Daniel: Sim. Tentava reservar um intervalo de tempo suficientemente grande para estudar para concursos antes das outras atividades, pois sou mais produtivo logo após acordar. Durante um período, estava acordando por volta das 5h40 para estudar entre duas e três horas antes de minhas outras tarefas. Claro que precisava dormir cedo; outras pessoas podem preferir estudar à noite.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Daniel: Ainda não tenho os resultados finais dos concursos que prestei, mas os resultados preliminares têm sido bons: Analista em Ciência de Dados para a CVM (aguardando a correção das discursivas, primeiro lugar de meu cargo nas objetivas), Auditor em Operação e Infraestrutura para a STN (4º lugar do cargo nas objetivas, nota máxima na discursiva), Analista em TI para o BACEN (2º lugar nos resultados preliminares). Agora estou estudando para o BNDES, mas uma aprovação em qualquer um dos concursos já prestados já seria ou será uma ótima notícia.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Daniel: Como iniciei meus estudos pouquíssimo tempo antes da publicação do edital do BACEN e não estava em dedicação integral para o concurso, tive de intensificar minha rotina para ter chances de ser aprovado (sabendo que p último concurso para o BACEN ocorreu em 2013…). Portanto, restringi minha vida social durante a preparação para os concursos, apesar de fazer exercícios físicos toda semana. Além disso, é justo parar um pouco para descansar esporadicamente, quando o rendimento nos estudos estiver abaixo no normal.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Daniel: Sim. Recebi bastante apoio, principalmente da família. A melhor forma de ajudar é deixando o concursando quieto para estudar. Às vezes, não me sentia cansado apesar de, com efeito, estar cansado; nesses casos, é minha família que percebia que eu estava chegando a meu limite e me sugeria que era hora de dormir mais cedo ou descansar um pouco para recomeçar meus estudos a todo vapor.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Daniel: Comecei a estudar ao BACEN em janeiro. Na época, ainda não estava certo de que queria seguir esse caminho, mas os exames estavam previstos para maio (posteriormente adiado devido à catástrofe climática no Rio Grande do Sul) e o edital estava prestes a ser publicado. Portanto, foram cerca de seis meses estudando para o concurso do BACEN, com um pouco mais de um mês de “interrupção” para estudar para a CVM e a STN, que foram remarcadas para antes do concurso do BACEN.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Daniel: Usei principalmente os PDFs do Estratégia Concursos. Os vídeos Hora da Verdade em seu canal YouTube também foram bastante úteis. Os simulados organizados pelos professores também foram essenciais para ressaltar em que disciplinas havia maior margem para melhorar minha pontuação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Daniel: Foi por recomendação de outros concurseiros.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Daniel: Acho que o grande diferencial do Estratégia é o trabalho que os professores têm de filtrar o essencial e colocar em poucos PDFs. Há muito conteúdo na maioria dos editais, e é impossível descobrir, por si mesmo, o que é cobrado dentro de cada um desses tópicos. Também gostei bastante dos Passos Estratégicos, em especial para os concursos da CVM e da STN, pois não comecei a me preparar cedo o suficiente para varrer o edital com o material completo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Daniel: Meu planejamento seguiu uma regra bem simples: cobrir todo o edital. Coloquei, em uma planilha, todas as disciplinas, a quantidade de PDFs em cada um, e um espaço para anotar quantas aulas já fiz. Em seguida, já que eu gostaria de ter ao menos três semanas de revisão no pré-prova, fiz uma continha simples de quantas aulas eu teria de estudar por dia para acabar o edital antes das três semanas de revisão previstas. Pareceu-me um valor viável, e tentei manter essa média de PDFs por dia durante os estudos. Como o tamanho dos PDFs varia muito, é importante manter essa média no nível de uma semana, ainda que mais de um dia tenham sido destinados a uma mesma aula. Quanto à escolha das disciplinas, comecei por aquela em que tinha menor familiaridade (direito administrativo), e alternava com matérias “da minha praia” (as disciplinas de TI).
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Daniel: Fazia resumos (nem sempre eram revisitados, mas o fato de escrever é, na minha opinião, mais importante para a memorização do que reler o que foi escrito). Como disse anteriormente, também fazia os simulados do Estratégia. É essencial após alguns meses de estudo, pois nos permite rever tópicos que foram estudados faz muito tempo e que são, portanto, mais suscetíveis ao esquecimento.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Daniel: A resolução de exercícios é fundamental. Indicam nossos pontos fracos e, salvo engano, o cérebro funciona melhor para armazenar informação quando erramos do que quando acertamos. Acho que fiz mais de 4000 questões (um “número mágico”, já vi em um blog do Estratégia que essa é, aproximadamente, a média de questões no pós-edital, por aprovado), incluindo questões de concursos antigos e simulados.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Daniel: Meu maior ponto fraco era Direito Administrativo. Acho que “superei” atacando essa matéria desde o início e revisitando os PDFs já lidos quando estava próximo da prova. Não diria que “superei” totalmente a disciplina, pois continua sendo desafiadora para mim. Na área de TI, acho que Redes e Segurança é um assunto muito abrangente, portanto havia muito conteúdo que ainda não conhecia, apesar de ser muito empolgante.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Daniel: Achava que no pré-prova eu simplesmente relaxaria. Entretanto, acabei decidindo estudar. Revi pontos em que restavam dúvidas pontuais, ou disciplinas em que eu tinha mais dificuldade.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Daniel: Fiz redação toda semana, com correção (foi por outro curso, mas acabei descobrindo que o Estratégia também tem serviços de correção). Minha maior dica é que não se deve esquecer de estudar sua própria redação, de preferência corrigida por alguém que entende bem do assunto, a fim de identificar os pontos que necessitam de melhoria. Também gosto de ler, o que enriquece o vocabulário e facilita o processo de transformar ideias em frases.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Daniel: Principais ERROS: Perder tempo marcando o PDF (no fim das contas, na hora de revisar, eu usava o Passo Estratégico). Principais ACERTOS: formar uma rotina de estudos, em que eu consigo estudar de forma ininterrupta (em particular, sem muito barulho, nem notificação de telefone) e concentrada; e ter um planejamento para cobrir o edital, com revisão.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Daniel: Não pensei em desistir em nenhum momento. Minha motivação era que a cada dia que passava, melhor estava minha preparação e menos tempo faltava para a prova.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Daniel: Pense bem antes de começar a estudar para concursos, para entender quais são suas motivações e o quão sinceras elas são, de forma que se a desmotivação bater na porta (pois a preparação para concurso é, sim, cansativa), você se lembre do que lhe fez começar a preparação e não deixe a bandeja cair. Além disso, digo o óbvio: estude com garra, e se dedique o bastante para cobrir (com qualidade) o máximo do edital no tempo disponível, mas não tanto a ponto de perder em qualidade.