Aprovado em 5º lugar no concurso SEFAZ AM para Técnico da Fazenda Estadual
Fiscal - Estadual (ICMS)“Meu conselho é bem simples: defina desde o início a área e a carreira que gostaria de seguir. Monte a base na área que escolheu. Só pare quando alcançar o que almejou. No decorrer da caminhada cuide da parte mental, se comprometa com a aprovação e acredite no processo.”
Confira nossa entrevista com Rudson Alves e Silva aprovado em 5º lugar no concurso SEFAZ AM para Técnico da Fazenda Estadual:
Estratégia Concursos: De onde você é? Qual é sua idade? E sua formação?
Rudson Alves e Silva: Meu nome é Rudson Alves, sou de Manaus, tenho 32 anos e sou formado em Administração de Empresas.
Estratégia: Você chegou a trabalhar na sua profissão? O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Rudson: Não necessariamente. Fui gerente de pessoa jurídica (PJ) em uma grande instituição financeira por um período de aproximadamente 2 anos. Depois resolvi empreender e essa fase terminou no segundo semestre de 2017, quando resolvi iniciar meus estudos para concurso. Quando eu saí da faculdade meu objetivo era encarreirar em uma grande empresa, mas conforme o tempo foi passando, minhas necessidades foram mudando, e percebi que por meio do concurso público eu conseguiria ter uma qualidade de vida melhor. Aliado a isso, poderia também exercer um cargo que fosse relevante para sociedade e ter uma remuneração atrativa.
Estratégia: Como foi a escolha pela área fiscal? O que pesou mais para você quando teve que definir esse foco de estudo?
Rudson: Na verdade, eu até iniciei meu estudo para área fiscal, mas eu era inexperiente e imaturo no mundo dos concursos e na primeira oportunidade comecei a fazer qualquer prova que aparecesse. Eu achava que meu senso de urgência me faria resolver a vida rapidamente. Aprendi da pior maneira que em concursos públicos as coisas não funcionam desse jeito, ainda mais com o nível elevado dos candidatos hoje em dia. Fiquei nesse ciclo pulando de galho em galho durante um ano e meio aproximadamente. Foi quando decidi que focaria na área de controle. Formei a base necessária, e a pandemia até “ajudou” nesse sentido, pois me permitiu ficar competitivo para os certames que voltaram a ocorrer em 2021. O que balizou minha escolha pela área fiscal e posteriormente controle foi a importância da carreira para sociedade em geral e a remuneração.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Rudson: Durante todo esse período eu me dediquei integralmente aos estudos. Não pense que foi fácil “só” estudar nesse período. A pressão de certa forma é grande, pois você se cobra mais, e isso pode atrapalhar a parte psicológica/mental/emocional ao longo do percurso.
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
Rudson: Pra ser bem sincero, anteriormente a 2022 eu não fui aprovado nem em vestibular. Agora, em relação as reprovações, essas são incontáveis.
Minhas aprovações vieram dessa leva de concursos que acontecerem no início de 2022 pós-pandemia. Consegui alcançar o 5º lugar para Administrador da Secretária Municipal de Saúde – Manaus. Aprovei também no cargo de assistente fazendário da SEFAZ, ambos CR. Por fim, fiquei também em 5 lugar para Técnico Fazendário.
A lição mais importante de tudo isso é que você só precisar acertar o alvo uma única vez. Todas as outras derrotas não importam. Só servem para você aprender e evoluir rumo ao objetivo final.
Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
Rudson: Sim, acredito que estudar sem edital na praça foi um dos principais motivos para eu colher os frutos neste momento. Formar a base nas matérias é essencial se você quiser ficar minimamente competitivo para brigar pelas vagas na área fiscal/controle.
Em relação à disciplina, não tem muito o que falar, quando você se compromete com o projeto você tem que ser capaz de superar os desafios diários impostos. Se chovesse ou fizesse sol, todo dia eu acordava e estudava. Você precisa abdicar de certas coisas por um período em prol do seu objetivo. Dificilmente sem disciplina, dedicação, comprometimento e perseverança você fica mais perto da aprovação.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Rudson: Quando eu comecei meus estudos o Estratégia Concursos já era referência em concursos. Então através de pesquisas na internet, vendo quais eram os melhores materiais para cada disciplina percebi que em sua grande maioria eram do Estratégia.
Estratégia: Qual diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Rudson: Existe uma gama de opções nos materiais. PDF simplificado, marcação dos aprovados, mapas mentais, video aulas e afins. Além dessa gama de opções, os PDFs são super completos, te deixando preparado para qualquer certame. Isso te possibilita revisar pela marcação dos aprovados ou mapas, por exemplo, ou seguir pelo PDF simplificado caso haja necessidade de pegar um conteúdo de maneira mais rápida e objetiva. Sem falar nos professores que são referências, como Herbert Almeida, Adriana Figueiredo, Silvio Sande, Fábio Dutra e Eduardo da Rocha.
Estratégia: Recomendaria o Estratégia para um amigo que está começando os estudos?
Rudson: Claro! Com a popularização das assinaturas, que facilitaram absurdamente a vida dos concurseiros, se você não tem uma assinatura do Estratégia você já saiu atrás.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? O que funcionava melhor para você? Videoaulas, PDFs, livros?
Rudson: Cheguei a comprar alguns livros no início, mas o que realmente funcionou para mim para 90% das matérias foram os PDFs. Dificilmente ia para video aulas, somente as utilizava para assuntos bem específicos. O combo ideal que deu certo para mim foi PDF + revisões + questões.
Estratégia: Quantas horas por dia costumava estudar?
Rudson: Em pré-edital estudava em torno de 6 horas líquidas por dia. Depois disso geralmente não conseguia reter mais conteúdo na mesma qualidade. Também evitava passar muito disso justamente para não chegar esgotado no pós-edital. Em pós a história era um pouco diferente, forçava um pouco mais, chegando a 7h/7h30 em média. No entanto, vale ressaltar que a QUALIDADE do estudo é uma métrica muito mais importante que a QUANTIDADE de horas por si só.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso?
Rudson: Taí mais uma vez a importância de se formar a base nas matérias para poder avançar e ficar competitivo. É uma tarefa hercúlea ter que aprender, lembrar, memorizar 10/15/20 matérias, então invariavelmente isso leva tempo. Requer paciência para dominar essa quantidade de disciplinas. Tendo isso em vista, o que mais funcionou para mim foi o ciclo de estudos. Normalmente eu estudava entre 1h30 e 2h cada matéria e ia girando todas as matérias semanalmente. Em média estudava 3/4 matérias por dia. No que tange aos resumos, confesso que no começo eu tentava fazê-los, mas depois optei por complementar os resumos que já existiam no pdf, além disso fazia marcações nos pdf´s com anotações de pontos específicos que precisava reforçar. Por fim, usava muito as questões como forma de revisar também, fechar minhas lacunas de conhecimento e avançar nos estudos. Para mim, percebi uma acentuada melhora quando passei a direcionar a maior parte do tempo a revisão + resolução de centenas de milhares de questões.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina?
Rudson: Sim. Tive dificuldades com as matérias de estatística, economia, TI e contabilidade logo no início, por exemplo. Como faz para superar? Não faz, não superei. É importante saber que algumas dessas matérias são naturalmente mais difíceis de aprender de fato. No entanto, é preciso entender também, que algumas delas vem com o peso baixo em algumas provas, e por isso, não vão ser elas que te tirarão do jogo na maioria das vezes. Então é fazer o feijão com arroz mesmo, aprender o que for possível para garantir alguns pontos. Além disso, pelo fato de levarem mais tempo para serem internalizadas, o ideal é vê-las em pré-edital. Ao longo do tempo, você vai absorvendo aos poucos até internalizar.
Estratégia: Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
Rudson: Eu moro com meus pais e namoro sim. Minha família, e especialmente meus pais, além da minha namorada, sempre me apoiaram desde que decidi encarar esse projeto. Seguraram as pontas nesse período e agora é hora de retribuir um pouco do que fizeram por mim ao longo desses anos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Rudson: No início eu conciliava os estudos com outras atividades, no entanto conforme o tempo foi passando, foi ficando mais latente que precisaria abdicar de algumas, e os estudos deveriam ser a minha principal prioridade. Daí aos poucos, quando percebi, o estudo já ocupava a maior parte da minha agenda e as outras atividades se tornaram totalmente secundárias.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Rudson: Focar é, além de escolher, saber abdicar. Aprendi da pior forma, e hoje mais do que nunca, acredito que você precisa definir sua área de estudo (por exemplo, controle/fiscal/policial) e ficar bom nela, ficar realmente em condições de competir pelas vagas. Fazer provas com foco diferente do seu objetivo maior só vai te atrasar.
Obs.: Aliás, você pode até ir lá fazer a prova, para testar uma nova estratégia ou tempo de prova por exemplo, mas sem gastar energia direcionando tempo para estudar para certames com foco diferente. Inclusive, eu fiz isso e deu certo. Uma semana antes da prova da SEFAZ, eu fiz uma prova para o cargo de administrador da SEMSA, fui testar uma nova estratégia de prova pensando na Sefaz e acabei logrando êxito no certame. Fui aprovado em 5º lugar. Ressaltando que o resultado foi fruto da base prévia que eu já tinha, e que também não despendi tempo para estudar para esta prova especificamente, pois meu foco era Sefaz.
Por fim, o concurso dos sonhos era o da Receita no início da caminhada. Acho que quase todo projeto de estudante a fiscal vislumbra ser auditor da Receita, mas conforme o tempo vai passando e o horizonte vai se abrindo, você enxerga que existem outras carreiras tão atrativas quanto, ou melhores. Então, posso afirmar que alcancei os três pilares que basearam meus estudos de uns tempos para cá, que me permitem aposentar a caneta, que foram: 1 – estar próximo da minha família e das pessoas que amo; 2 – uma carreira legal num órgão importante para a sociedade; 3 – remuneração atrativa.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado?
Rudson: Após o certame da CGU, migrei o foco para SEFAZ e foram 6 semanas exclusivas de muita dedicação. Obviamente, o que me aprovou não foram apenas essas 6 semanas, mas toda a bagagem adquirida nesses quatro anos e meio de caminhada.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?
Rudson: Confesso que foi um misto de emoções. Um misto de alívio e felicidade por finalmente ter alcançado a tão sonhada aprovação. Corri para contar para os meus pais e minha namorada e todos ficaram bastante emocionados, contentes, pois me acompanharam diariamente e sabiam o quanto eu tinha batalhado por aquele resultado. Por outro lado, eu também estava extremamente triste e abatido, pois meu amigo Duca havia falecido no dia anterior, inesperadamente. Por tudo isso foi uma montanha russa de emoções. Ele é um dos que eu gostaria de dedicar essa vitória juntamente com todos que estiveram comigo nesse processo.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova?
Rudson: A última semana é aquela semana naturalmente estressante, nervos à flor da pele, ansiedade a mil, pois tudo o que você fez nas semanas anteriores se resumirão a um dia, a algumas horas de prova. Na última semana eu basicamente foquei nas matérias que valiam mais pontos e que eu tive que aprender no decorrer daquelas 6 semanas, como legislação tributária. Aproveitei também para ver as aulas da HORA DA VERDADE, pois geralmente os professores acertam algumas questões que estarão na prova [o pessoal é vidente], além de fazerem um apanhado de pontos que são mais importantes pra prova.
Em relação a véspera, pra mim, sempre foi de estudar até onde a mente aguentasse. Então nesse certame não foi diferente, pela manhã estudei para prova no domingo, fui fazer a prova de assistente da fazenda a tarde, e a noite emendei o aulão de véspera do Estratégia no YT para algumas matérias específicas.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Rudson: Os maiores erros foram: achar que ia passar de forma rápida [resolver a vida em meses], não focar em uma área específica no começo, pois apesar de escolher a área fiscal eu saí fazendo todas as provas que apareceram aqui em Manaus. Além disso, outro erro foi não ter feito um estudo de base antes de sair fazendo provas a esmo. Por outro lado, os acertos foram o oposto do que mencionei: focar em uma área, fazer a base, ter paciência e cuidar da parte mental. Foi quando o jogo virou e percebi que estava evoluindo. Era questão de tempo até a aprovação.
Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
Rudson: Acho que o mais difícil na caminhada rumo a aprovação é a caminhada rumo a aprovação, explico: na caminhada tudo é incerto, tudo são dúvidas, não existe certeza até que a aprovação de fato chegue. O máximo que você consegue ter são sinais de que ela está próxima, mas ainda assim não é uma certeza. Você se questiona inúmeras vezes se o material é adequado, se os métodos são adequados, se concurso é para você, se você é capaz. São batalhas quase que semanais, e é preciso trabalhar a parte psicológica, pois chega em um momento que não falta mais conhecimento, falta apenas controlar a parte emocional/mental para dar o último passo. Lembro como se fosse hoje, sentia-me preparado para prova do TCE/AM, minha primeira prova depois da pandemia e um ano e meio de estudo na área de controle. Quando corrigi a prova, vi que tinha errado questões simples. Fazendo uma análise, concluí que a parte emocional/mental havia me derrubado naquele certame.
Em relação a desistir, eu confesso que toda prova que fazia e reprovava, pairava pela minha cabeça se eu tinha realmente condições de encarar aquele desafio. Batia uma insegurança. Mas nos dias seguintes eu simplesmente apagava da minha mente esse tipo de pensamento e seguia. E toda vez que eu me questionava se concurso era pra mim, eu chegava à conclusão que de todas as opções que eu tinha, a melhor e mais assertiva seria voltar a estudar para concurso.
Estratégia: Qual foi sua principal motivação?
Rudson: Minha principal motivação foi mudar minha realidade e a das pessoas que estão ao meu redor. Além disso, ter qualidade de vida e exercer uma função que seja gratificante para mim e ao mesmo tempo importante para sociedade.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Rudson: Meu conselho é bem simples: defina desde o início a área e a carreira que gostaria de seguir. Monte a base na área que escolheu. Só pare quando alcançar o que almejou. No decorrer da caminhada cuide da parte mental, se comprometa com a aprovação e acredite no processo. Pague o preço! Se eu consegui chegar lá, você também consegue. Só confia e vai!