“Reparem como o estudo pra concursos os tornam pessoas mais sábias e preparadas, não apenas para a prova, mas também para os desafios da vida. O segredo do sucesso é a constância no objetivo.”

Confira a nossa entrevista com João Pedro Ferreira Gueiros, aprovado no concurso PC SP para o cargo de Escrivão:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?

João Pedro Ferreira Gueiros: Sou formado em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) pela PUC-Rio, tenho 35 anos e sou nascido e criado no Rio de Janeiro.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?

João Pedro: Desde pequeno eu via os filmes de ação policial e me identificava com aquilo, além disso a questão da aptidão física exigida para o cargo é algo com que me identifico muito. Apesar disso, segui os passos dos meus pais em relação à carreira. Em dezembro de 2018, insatisfeito com meu rumo profissional, resolvi largar tudo e começar a estudar pra concursos.

Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?

João Pedro: Resolvi realmente me desligar da empresa em que estava atuando na época para me dedicar exclusivamente aos estudos.

Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?

João Pedro: Após cerca de 03 (três) anos de dedicação aos estudos, alcancei a aprovação nos concursos da PCDF (Agente e Escrivão); nos concursos da PCERJ (Inspetor e Investigador) e, por fim, no concurso da PCSP (Escrivão), tendo ficado entre os primeiros colocados (5^o lugar) na Capital. Pretendo continuar estudando para concursos, quero ser Delegado de Polícia e, por fim, atuar na magistratura.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?

João Pedro: Foi uma época de muita dedicação e de muita entrega, a vida social realmente acabou ficando muito em segundo plano. É sempre muito importante saber quando descansar durante uma preparação para concurso, eu aproveitava esse tempo para curtir um pouco a família, mas meu foco era 100% nos estudos, não tinha festa, final de semana, feriado ou viagens.

Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?

João Pedro: Minha mãe, no começo, ficou bastante preocupada em relação à escolha da área policial (risos), mas quando minha família começou a ver minha dedicação e meu empenho, me apoiaram 100%, inclusive financeiramente, custeando diversas idas a Brasília para realização das etapas do concurso da PCDF. Nada disso teria sido possível sem minha mãe, meu irmão e meus padrinhos. Meus amigos sempre me apoiaram muito também, apesar da distância durante a fase de preparação. Sempre recebia inúmeras mensagens de incentivo.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?

João Pedro: Para o meu último concurso (PCSP) eu estudei por apenas 02 (dois) meses, no pós-edital. O material gratuito disponibilizado pelo Estratégia no YouTube (Preparação Completa PCSP) foi fundamental para minha aprovação, estudei exclusivamente por ele e consegui ficar entre os primeiros colocados na Capital. Em relação à disciplina, sempre consigo manter um “mindset” positivo diante de situações desafiadoras. Eu já vinha de quatro aprovações, então estava confiante etinha maturidade em relação ao conteúdo previsto no edital.

Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?

João Pedro: No início dos estudos eu “atacava” em todas as frentes, meu ciclo de estudos (03 horas por matéria) incluía videoaulas e PDF. Já nos últimos concursos, apostei muito nas videoaulas, recorrendo aos PDFs para treinar com as questões, fixando assim a matéria. O sistema de questões do Estratégia é, também, umas das ferramentas que mais utilizei em minhas preparações recentes. Acredito que a vantagem do PDF seja a robustez do material e a possibilidade de aprofundamento do conteúdo, com espaço para muitas questões comentadas, mapas mentais etc. Já nas videoaulas, há a interação, ainda que indireta, com o professor, de modo que é possível explorar mais a sua didática, ouvindo-o e vendo-o simultaneamente, pausando, revendo, tirando prints etc. Trata-se de estímulos distintos, eu, por exemplo, sou mais “visual” e “auditivo”, logo tenho mais facilidade de absorver o conteúdo dos vídeos; acredito que não seja uma receita de bolo, varia de aluno para aluno.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

João Pedro: O Estratégia Concursos foi indicação de um amigo que já estudava naquela época (2018) e hoje se tornou Delegado de polícia. Naquela época eu não sabia nem o que era concurso público, o Estratégia mudou minha vida.

Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?

João Pedro: Sempre estudei, exclusivamente, pelo material do Estratégia.

Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?

João Pedro: Primeiramente, os professores do Estratégia são excepcionais, eles têm uma didática e um carisma que são imbatíveis. Dessa forma, o conteúdo, tanto das videoaulas quantos dos PDFs, apresenta uma qualidade muito acima do mercado, com as questões mais relevantes de concursos anteriores (devidamente comentadas), mapas mentais etc. O sistema de questões é incrível também, uma das ferramentas que mais utilizo atualmente. Por fim, as programações de revisão do Estratégia são imprescindíveis, sempre acompanho as maratonas, rodadas avançadas e realizo muitos simulados, servem como um termômetro para avaliar seus pontos fortes e fracos.

Estratégia: Como montou seu plano de estudos?

João Pedro: Eu iniciei meus estudos com a PCDF, me lembro que eram 14 matérias a serem estudadas. Dividia meu cronograma de estudos em 03 (três) blocos, de acordo com a importância e incidência das matérias em prova. Eu estudava entre 07 (sete) e 08 (oito) horas líquidas diárias, sendo que cada aula tinha a duração de 03 (três) horas. Os estudos eram sempre contados no cronômetro.

Estratégia: Como fazia suas revisões?

João Pedro: Eu costumo a bater conteúdo (novo) durante a semana (2^a a 6^a feira) e revisar aos finais de semana. Utilizo principalmente a programação que o Estratégia sempre disponibiliza aos finais de semana – maratonas, simulados e muitas questões. Em relação aos resumos, não tenho o costume de utilizar caderno, gosto de fazer prints estratégicos e organizá-los em pastas no computador, é muito mais prático e fácil de acessar. Por fim, sempre estudo com uma folha de papel em branco ao lado, nela eu faço esquemas e mapas mentais que ajudam a fixar a matéria, trabalhando vários estímulos distintos.

Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?

João Pedro: A resolução de muitas questões é a “alma” do negócio, é através delas que você avalia a absorção do conteúdo estudado e tem a oportunidade de conhecer à fundo o estilo da banca examinadora, a fim de vencê-la no dia da prova. Parafraseando o professor Renato da Costa, “mais vale um balde de questões do que um oceano de conhecimento” (risos). Mas é claro que conteúdo é imprescindível, teoria e questões se complementam. Em relação ao número de questões feitas, é simplesmente incontável (risos). Façam muitas questões!

Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?

João Pedro: Português, sem dúvidas. Sempre foi minha maior dificuldade, era o bloco em que perdia mais pontos, até que um belo dia gabaritei a Vunesp na prova da PCSP, nem acreditei! Eu batia muito na teoria (muito importante), mas quando comecei a focar na resolução de questões, o jogo virou. De forma geral foi a disciplina que precisei investir mais tempo para dominar.

Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?

João Pedro: Na semana pré-prova eu sempre gosto de acompanhar a “Hora da Verdade” do Estratégia, é um dos meus conteúdos favoritos. Além disso, gosto de fazer os simulados finais para avaliar a fixação de conteúdo e meus pontos fortes e fracos. Por fim, na véspera, a “Revisão de Véspera” do Estratégia é imperdível. Gosto de começar logo cedo para poder dormir cedo e descansar para o grande dia. No dia da prova não gosto de olhar nenhum tipo de material, gosto de chegar com a cabeça descansada e 100% focado, nessa altura do campeonato o conteúdo já deve estar muito bem organizado em sua cabeça.

Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

João Pedro: Tivemos provas discursivas na PCDF e na PCSP. No caso de questões discursivas propriamente ditas, acredito que o segredo seja, de fato, dominar o conteúdo do edital e conseguir transmiti-lo através da escrita. Em se tratando de redação, gosto de me atualizar em relação aos temas mais quentes, aqueles com maior probabilidade de aparecerem em prova, e treinar em casa muitas vezes, fazer muitas redações. Acredito que o segredo da redação seja, além do domínio do conteúdo, a estruturação da discursiva (introdução, desenvolvimento e conclusão) e a coesão das ideias apresentadas em seu texto.

Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?

João Pedro: Realizei 03 (três) TAFs entre os meses de Julho e Agosto (PCERJ e PCDF), foram os meus primeiros. A adrenalina é incrível, tracei e segui à risca uma rotina de treinamentos e alimentação. Graças a Deus obtive sucesso em todos eles! Costumo dizer que não podemos subestimar nenhuma etapa, me preparo para cada uma delas como se fosse a prova objetiva. Muita gente subestimou, por exemplo, a prova de digitação da PCDF e ficou reprovada. Vou enfrentar três psicotécnicos agora entre os meses de Setembro e Outubro (PCERJ e PCDF).

Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?

João Pedro: Erros e acertos, sem dúvida alguma, fazem parte da trajetória do concurseiro. Os erros sempre trazem lições importantíssimas, errar faz parte. Acredito que o único verdadeiro erro seja não lutar pelos seus sonhos, desistir. Em relação aos acertos, me orgulho de ter feito boas escolhas em relação aos concursos que iria prestar e de ter traçado uma estratégia assertiva que me permitiu alcançar a tão sonhada aprovação.

Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?

João Pedro: Não, nunca pensei em desistir! A prova da PCDF foi adiada inúmeras vezes, se estendendo por um ano e meio por conta da pandemia, foi um período de muitas incertezas. Eu havia largado tudo pra me dedicar aos estudos, e só o concurseiro sabe como é solitária uma preparação em alto nível, mesmo assim não olhei pra trás nenhuma vez sequer, soube manter a cabeça boa, ficar focado e utilizar esse tempo a meu favor. Ao longo da minha trajetória, os estudos foram fazendo cada vez mais sentido, um novo universo se apresentava para mim, e aquele me parecia o caminho mais correto. Não conheço ninguém que não passou, só que desistiu!

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

João Pedro: Pessoal, deu certo para mim e também vai dar certo para vocês. O caminho é longo e árduo, concurso público e imediatismo são duas coisas que não combinam. Insistam, persistam e lutem pelos seus sonhos, o tempo vai passar de qualquer forma; como você quer se ver daqui a cinco ou dez anos? A sensação de ver o seu nome no Diário Oficial é indescritível! A sensação de poder gritar: “Passei!” e abraçar a sua família, não tem preço. No entanto, não pensem apenas no objetivo final, se apaixonem pelo processo e os resultados virão. Reparem como o estudo pra concursos os tornam pessoas mais sábias e preparadas, não apenas para a prova, mas também para os desafios da vida. O segredo do sucesso é a constância no objetivo.