Aprovada no concurso PCPB para Agente de Investigação
Policial (Agente, Escrivão e Investigador)“Eu consegui tirar 14,78 pontos na redação e ela valia 15 pontos, então é só fazer o básico que funciona: pesquisar sobre os assuntos ligados ao cargo que você vai exercer, escrever várias redações para treinar e cronometrar o tempo (não ultrapassar 1 hora e meia, tanto para escrever como para passar a limpo).”
Confira a nossa entrevista com Fernanda Barbosa Alexandre, aprovada no concurso PCPB para Agente de Investigação:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Fernanda Barbosa Alexandre: Eu sou formada em engenharia civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e tenho 26 anos. Nasci em Triunfo (interior do Pernambuco), mas moro em João Pessoa desde quando comecei a universidade e estou aqui até hoje.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Fernanda: Inicialmente foi a falta de oportunidades de trabalho na minha área de formação. Eu decidi que iria estudar para concursos públicos, mesmo assim não sabia qual área iria querer seguir e fiquei perdida por um tempo. Eu pesquisei bastante até que me identifiquei muito com o trabalho da polícia judiciária (como é o caso da Polícia Federal e das Polícias civis). A área de investigação criminal me desperta muito interesse.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Fernanda: A maior parte do meu tempo era para estudar, mas eu também comecei a dar aulas particulares de Matemática aqui na minha cidade. E posteriormente passei a dar aulas de Raciocínio lógico de forma online (eu usava as redes sociais para divulgar). Não era muito o que eu ganhava, mas me ajudava um pouco. Quando eu passei a dar aulas online ficou bem mais fácil conciliar com os estudos, visto que eu não perdia tempo me deslocando e tinha uma maior flexibilidade em relação aos meus horários.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Fernanda: Eu só realizei 2 concursos até agora: PF 2021 (Agente) e PCPB 2022 (Agente de investigação). Eu fui aprovada dentro das vagas apenas para o cargo de agente de investigação da PCPB, colocação 234. E continuo estudando para o próximo concurso da PF.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Fernanda: Minha vida social é pouca movimentada e não saio com muita frequência. Quando eu saio é para programas mais leves.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Fernanda: Não sou casada e nem tenho filhos. Tenho poucos amigos e familiares próximos, mas a maioria me apoiou nessa caminhada. Quem mais me ajudou foi a minha mãe, ela sempre acreditou que eu iria conseguir. Financeiramente ela também contribuiu bastante.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Fernanda: Eu estava estudando para a PF desde o início de 2020, quando começou a pandemia. Apesar de ter sido reprovada na PF 2021, percebi alguns erros que vinha cometendo na minha preparação e tratei de corrigi-los. Para minha sorte, no ano seguinte saiu o edital da PCPB, quase idêntico ao da PF e no estado em que eu morava, dando para aproveitar muita coisa do que havia estudado. Eu mantive a disciplina porque sabia que não queria outra coisa da minha vida. Às vezes batia um desânimo e acabava dando uma pausa, mas isso não durava muito tempo e eu seguia estudando.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Fernanda: A maior parte foram os PDFs do Estratégia Concursos e eu assistia as videoaulas só quando era um assunto mais complexo que eu não conseguia pegar só lendo. Livro eu só adquiri um de Direito Penal, do Rogério Sanches (editora Juspodivm). Também comprei a assinatura vitalícia do Qconcursos para resolver questões. E um aplicativo que me ajudou bastante nas revisões foi o Anki, ele é gratuito e permite criar flashcards virtuais. Na minha opinião, a principal vantagem do PDF em relação às videoaulas é a velocidade de aprendizagem, por isso ele era a minha prioridade.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Fernanda: Eu pedi indicação de material a alguns colegas concurseiros/concursados e a maioria me indicou o Estratégia, então eu pesquisei melhor sobre a metodologia utilizada nas aulas e gostei principalmente dos PDFs, bem completos e didáticos.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia? (Pode citar uma ou mais ferramentas que mais te ajudaram na preparação)
Fernanda: Para mim o principal diferencial do Estratégia são os PDFs. São muito completos e didáticos, além de ter muitas questões comentadas sobre o assunto estudado. Dessa forma, a gente pode colocar imediatamente em prática o que acabamos de estudar, sem precisar ficar “caçando” as questões, que muitas vezes são difíceis de encontrar no sistema de questões a depender da complexidade do assunto.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Fernanda: Eu montava um ciclo de estudos pequeno (no máximo 4 disciplinas), pois não gostava de estudar várias disciplinas ao mesmo tempo. Eu não cronometrava as horas líquidas de estudo, pois isso me deixava muito ansiosa. Mas eu acredito que estudava no máximo umas 5 horas líquidas por dia. Ao invés de contar horas líquidas de estudo eu preferia traçar metas. Por exemplo: Hoje tenho que estudar x tópicos do PDF e resolver y questões.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Fernanda: Depois que fiz a PF, percebi que meu principal erro era nas revisões ou falta delas. Portanto, na PCPB passei a revisar apenas por questões e flashcards virtuais (com o auxílio do app Anki). Eu também elaborava resumos digitais (no word mesmo), mas os utilizava só para consultar algo que estava em dúvida ou havia esquecido. Fiz alguns simulados também, com o objetivo de administrar melhor o tempo de responder a prova e fazer a redação.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Fernanda: É imprescindível, acho que hoje em dia não existe passar em concurso sem resolver muitas questões. Eu resolvi cerca de 10.000 questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Fernanda: Português. Sinceramente, não acho que eu tenha superado ainda. A minha sorte é que caiu poucas questões de Português na PCPB. Na PCPB eu foquei mais no conteúdo de conhecimentos específicos porque tinha peso 2 e eram bem mais questões que o de conhecimentos gerais, que tinha peso 1. Minha estratégia foi fazer o mínimo nos conhecimentos gerais (para não ser eliminado tinha que acertar pelo menos 50% dessas questões) e acertar o máximo de questões de conhecimentos específicos.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Fernanda: Foi apenas revisando e treinando redação. No dia pré-prova eu também revisei aquelas partes mais decorebas para que no dia da prova tivesse tudo fresquinho na mente.
Estratégia: (Se não houve prova discursiva, pularemos esta pergunta) No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Fernanda: Eu pesquisava bastante sobre os principais assuntos que poderiam ser tema de redação e que estavam ligados ao cargo que iria exercer. Depois eu escrevia uma redação sobre esses temas e pedia para alguém da minha família ou algum amigo ler e dizer o que achou. No início, apesar de ficarem boas minhas redações, eu demorava para escrevê-las, então continuei treinando e aos poucos fui diminuindo esse tempo. Eu aconselho a escrever pelo menos 1 redação por semana e pesquisar antes sobre o tema para saber o que argumentar. Ademais, não basta fazer uma redação perfeita e demorar horas para escrever e passar a limpo, tem que saber administrar o tempo para conseguir terminar a prova objetiva também. Recomendo que o tempo de escrever e passar a limpo não ultrapasse 1 hora e meia. Eu consegui tirar 14,78 pontos na redação e ela valia 15 pontos, então é só fazer o básico que funciona: pesquisar sobre os assuntos ligados ao cargo que você vai exercer, escrever várias redações para treinar e cronometrar o tempo (não ultrapassar 1 hora e meia, tanto para escrever como para passar a limpo).
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Fernanda: Eu sempre gostei de treinar, é minha válvula de escape para lidar com essa rotina de estudos que muitas vezes desgasta bastante você, então para mim está sendo bem tranquilo fazer os testes físicos nos índices que eles pedem. Além disso, na PCPB só estão pedindo corrida no TAF. Eu não corro todos os dias, sempre dou um intervalo de 1 dia entre uma corrida e outra. Além disso, eu não corro só os 2km que eles pedem, eu corro mais para ganhar resistência física e procuro fazer em torno de 5km em no máximo 30 minutos.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Fernanda: Meu principal erro era nas revisões ou falta delas, mas depois de perceber isso tratei de corrigir quando fui me preparar para fazer o meu segundo concurso, o qual tive êxito. Meu principal acerto foi ser muito focada e determinada. Eu não ligava para o que os outros diziam, que não tinha nada a ver com a minha área ou que era muito difícil… eu só queria aquilo e não ia parar até conseguir.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Fernanda: Aconselho que siga o seu coração. Se é isso que você realmente quer, então não pare até conseguir e nem se importe com a opinião negativa dos outros. Se afaste das pessoas que te colocam para baixo e não apoiam os seus objetivos e cerque-se das pessoas que torcem por você e te colocam para cima. Tem uma frase que gosto muito da Santa Teresa d’Ávila: É justo que muito custe o que muito vale.