Aprovado em 1º lugar para Técnico Procuratorial - Engenharia Civil na PGE-AM
Engenharias e TI“Minha família me dava apoio moral e achava que eu precisava de mais pausas, porém eu queria resultados. No fim o equilíbrio é o mais importante, nem sempre sair, nem sempre ficar e estudar”.
Confira a nossa entrevista com Daniel Adriano Ortiz Soares, aprovado em 1º lugar para Técnico Procuratorial – Engenharia Civil na PGE-AM:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Daniel Adriano Ortiz Soares: Tenho duas graduações, uma pela Estadual do Amazonas em Processamento de Dados e outra pela Federal em Engenharia Civil. Fiz uma pós em Gerenciamento de Projetos. Tenho 34 anos e sou manauara.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Daniel Adriano: Vários fatores confluíram para a virada de chave. Uma vontade antiga estimulada ao ver parentes gratos pela estabilidade; Desilusões na iniciativa privada com demandas insanas como ser fiscal de 5 obras em 3 municípios simultaneamente; Oportunidade de ser demitido sem justa causa e pegar meu FGTS.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Daniel Adriano: Não trabalhei. Até suspendi meu CREA. “Apenas” estudava.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado?
Daniel Adriano: Fora das vagas foram muitos, recentemente fiquei em 2º lugar na EBSERH/ HU-UNIFAP – Eng. Civil.
Dentro das vagas apenas 1: 1º lugar na PGE-AM para Técnico Procuratorial – Engenharia Civil.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Daniel Adriano: Esses 40 meses foram se alterando. Inicialmente como eu achava que iria passar em 3 meses, me isolei total e apenas estudava. Com as primeiras decepções, sem edital e mais uma pandemia, vi que iria demorar.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Daniel Adriano: Casado sem filhos. Minha esposa estava na mesma mesa estudando, estamos juntos nessa jornada. Minha família me dava apoio moral e achava que eu precisava de mais pausas, porém eu queria resultados. No fim o equilíbrio é o mais importante, nem sempre sair, nem sempre ficar e estudar.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Daniel Adriano: Com o foco foi na minha área, posso contar uns 10 meses. Fora os 30 meses estudando para o edital que estivesse aberto/mais próximo. Nos primeiros 3 meses foram seguindo o cronograma como um relógio, mas depois não mantive, fui várias vezes indisciplinado, ainda bem que minha esposa acordava 04:30 e eu acordava assustado 06:00 pra correr atrás.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Daniel Adriano: Quase tudo, menos aula presencial. Gramática Evanildo Bechara, apostilas, livros de questões, livro de mapa mental, foi quando eu comprei a assinatura ilimitada do estratégia, imprimi todas as apostilas para o TJ-AM e tentei ler tudo em 90 dias.
A vantagem do livro é ser a fonte das questões, a desvantagem é ser mais difícil a digestão do conteúdo. Os cursos em PDF são perfeitos para aprender, porém são extensos por serem bem mastigados.
Vídeo aula são boas para filtrar o que o professor acha de mais importante dos PDFs e boas para poder fechar o dia cansativo de estudo ativo.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Daniel Adriano: Por meio de pesquisas por material. Alguns materiais gratuitos muito completos.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Daniel Adriano: Sempre achei difícil entender os termos jurídicos das apostilas de banca, achava que a culpa era minha, que tinha que ler mais pra entender, mas na verdade eram a lei seca sem nenhum comentário.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Daniel Adriano: Fiz vários concursos, mas nunca tinha passado.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Daniel Adriano: Primeiro percebi que não sabia nem português, mas Terror e Figueiredo me tiraram da lama. Com os materiais bem explicados pude entender as matérias de direito. Depois de entender era “só” decorar. Pra isso as questões e resumos ajudavam a consolidar o conhecimento. Fazia uma parte e voltava uma semana depois pra fazer o resto.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Daniel Adriano: Fiz um quadro de horários, como não trabalhava, tinha horários fixos de aula. Começava às 06:00 com 10 horas líquidas lá pelas 20:00. Nos fins de semana realizava as tarefas do lar acumuladas e saídas, principalmente para fazer supermercado.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Daniel Adriano: Devia ter feito, mas não montei um caderno de resumos. Simplesmente na força bruta de ver, rever, triver. Geralmente por vídeo e questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Daniel Adriano: As questões te destroem se seu conhecimento é raso. O examinador sabe como você estudou e vai usar isso contra você do dia final. Fazia questões para medir desempenho/retenção do assunto, nunca me importava a quantidade acumulada, mas quantas acertei nas últimas 20. O difícil é manter 90% em todos os assuntos relevantes até o dia da prova.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Daniel Adriano: Estudando pelo Estratégia para o TCE-AM senti muita dificuldade na matéria AFO, mas tudo melhorou quando mudei pro professor do pudim.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Daniel Adriano: As mesmas 10 horas líquidas mas sem pegar em teoria nova, apenas questões e questões.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Daniel Adriano: A prova discursiva foi meu grande diferencial, fez eu ficar matematicamente aprovado antes da prova de títulos. Porém não inclui um treino específico, foi aplicar a teoria específica e o conhecimento de português. Não treinei nem uma vez em casa.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Daniel Adriano: Erro maior foi achar que passaria com edital aberto. Não focar numa área. Com duas formações ficava difícil escolher. Se você escolhe o que vai estudar pelo cargo do edital aberto e remuneração: provavelmente não vai passar.
Acerto foi entrar com todas as fichas. Poderia ter usado o FGTS para muitas outras coisas, mas não teria a motivação real necessária para cumprir essa que virou a primeira meta: aprovação na área.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Daniel Adriano: Desistir não. Voltar a trabalhar era uma possibilidade no fim do dinheiro, mas sempre estudando. Motivado pelo “all in” dos recursos.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Daniel Adriano: Faça seus resumos, é melhor você ter a certeza que aprendeu 1 do que achar que economizou tempo pra estudar 2 pela metade.
Avance por partes e entenda como Feynman indica.
Domine 5 disciplinas por vez, um dos erros é tentar as 20 de uma vez.
Use sempre as técnicas: pomodoro e revisão espaçada.