Aprovada em 42° lugar no concurso TJ SP para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário
Tribunais“Ademais, acredito firmemente que o incômodo é o contraponto da acomodação; sentir-se incomodado faz com que queiramos sempre seguir em frente, na busca por algo melhor, que nos faça mais felizes e realizados.”
Confira nossa entrevista com Cláudia Sandes, aprovada em 42° lugar no concurso TJ SP para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Cláudia Sandes: Sou advogada, assistente social, mestre em Direito Corporativo e Especialista em Saúde Coletiva. Tenho 49 anos, sou casada e mãe de 2 filhos. Em virtude da transferência laboral do meu esposo, em 2009 saímos da Bahia; residimos em alguns estados do Brasil e também fora do país. Durante esse tempo, atuei como assistente social e também na área jurídica, com administração contratual para uma multinacional. Fora do país não pude trabalhar; aproveitei o tempo e fiz um mestrado (Direito Corporativo) e adquiri fluência em espanhol. Quando do meu retorno ao Brasil (Bahia) em 2018, fui convidada para trabalhar como assessora jurídica de um dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, onde permaneci até 2020, quando teve início a pandemia.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Cláudia: Com a perda do cargo no TCE/BA, tentei exaustivamente minha recolocação, sem sucesso; a pandemia, o mercado de trabalho soteropolitano escasso e a idade contribuíram para tal. E, foi justamente a frustração causada por esse processo que me fez compreender que o caminho seria o concurso público.
Estratégia: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
Cláudia: Eu tinha pressa; além disso, não consegui trabalho e desisti de procurar. Assim, só me dediquei aos estudos, além de cuidar da casa (dispensamos a diarista para evitar gastos em meio à pandemia).
Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende seguir estudando ou “aposentou”?
Cláudia: O último concurso que fiz foi para assistente social do TJSP. Na época, eu residia na Colômbia. Houve um problema com a passagem aérea e fiquei impossibilitada de fazer a prova de títulos. Caso o fizesse, ficaria em 5º lugar e teria entrado. Mas, hoje entendo que não era para ser naquele momento, não era a história que eu teria que viver…mas, confesso que foi muito doloroso.
Quanto aos meus planos futuros, além do concurso para escrevente, fiz o de assistente social do TJSP e farei o de assistente social do TJDFT. Aguardarei os resultados para definir o que será melhor para a construção do meu projeto-fim, ou seja, a magistratura do TJSP. Isso, se tudo ocorrer da forma como desejo; caso contrário, redefinirei meus planos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Cláudia: Sem vida social (o que terminou sendo ajudado pelo isolamento social da pandemia).
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?
Cláudia: Sou casada, tenho dois filhos adultos. O apoio deles foi fundamental para mim. Recomeçar na minha idade é difícil. Optar por sair da minha base familiar por compreender que as oportunidades estavam fora foi uma decisão conjunta.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovada? Qual foi o segredo de manter a disciplina durante todo o período?
Cláudia: Eu comecei a estudar para o TJSP quando iniciaram os rumores que haveria o concurso para escrevente. Antes, estava um pouco perdida, estudando para analista do TJBA. Eu sempre tive um “olhar” direcionado à área de tribunais, sobretudo TJSP. Quanto à disciplina, considero que quando uma pessoa possui o binômio necessidade e vontade, é capaz de coisas inimagináveis. Somente a necessidade faz você agir mecanicamente, sem paixão; somente com vontade, você não consegue pensar estrategicamente, com foco no alcance. De posse dos dois, sim, tudo é possível…
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?
Cláudia: Sobretudo os materiais em PDF (não dispunha de muito tempo para videoaulas) e questões/simulados. Certamente fiz mais de 30.000 questões.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Cláudia: Sempre soube da qualidade do Estratégia por várias pessoas conhecidas; pessoas essas que alcançaram êxito na aprovação com a ajuda de vocês.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Cláudia: Alguns materiais que tive acesso não me agradaram; faltava organização, sobravam promessas do “Éden”. (risos).
Estratégia: O concurseiro já se dedica tanto hoje para ser aprovado e investe bastante! Imagine chegar na prova e ver questões que abordam assuntos que o professor nem abordou nas videoaulas ou no material em PDF. Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Cláudia: Não.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou em nosso material?
Cláudia: Sim. Materiais bem elaborados, dispostos de forma organizada e de fácil compreensão. Materiais em diferentes formatos, adequados à realidade/características de cada um (a exemplo dos materiais em PDF simplificados, outros marcados por aprovados, etc.).
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?
Cláudia: Fiz um cronograma semanal, com duas disciplinas por turno, alternando entre teoria/revisão e questões. No ápice da preparação pós-edital, creio que estudava de 8 a 10 horas por dia.
Estratégia: Como fazia revisões? Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?
Cláudia: Utilizava questões/simulados e lei seca.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Cláudia: Respondido anteriormente, os exercícios são de fundamental importância, é o que fixa o que foi estudado. Creio que tenha feito mais de 30.000 questões e muitos simulados.
Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma disciplina? Como você fez para superar estas dificuldades?
Cláudia: Informática. Resolvendo questões.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Cláudia: Confesso que foi muito estressante; não dormia direito pela ansiedade. Nesse período, é de fundamental importância tentar manter o controle emocional. É importante não tentar absorver conteúdos inéditos; é uma fase de revisões e resolução de questões. Foi o que fiz. Às vésperas da prova assisti às revisões do Estratégia, preparei minha viagem (sou de Salvador) e lia lei seca.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação, quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS.
Cláudia: O meu maior erro foi não ter, no início, definido qual seria meu foco (já havia falado que quando saí do TCE fiquei meio perdida). Poderia ter me concentrado e focado mais na direção certa. Quanto aos acertos, confesso que a disciplina, organização e foco total me ajudaram sobremaneira.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Cláudia: Não, em momento algum passou pela cabeça desistir, sabia que, para mim, era um caminho sem volta.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Cláudia: Primeiro de tudo, importa saber que NADA nem NINGUÉM pode nos limitar ou definir. Situações ou pessoas não podem ter o poder de traçar nossa “rota de viagem”. A perseverança, o foco, as metas, os propósitos, as ações, tudo depende de nós mesmos, baseados, repito, no binômio necessidade/vontade. Ademais, acredito firmemente que o incômodo é o contraponto da acomodação; sentir-se incomodado faz com que queiramos sempre seguir em frente, na busca por algo melhor, que nos faça mais felizes e realizados. Assim, aos que estão começando, a hora é essa! Faça uma autoanálise, descubra onde quer chegar, monte seus planos e projetos, ponha-os em prática. Defina estratégias, dedique-se, foque e não desvie da sua rota. Saiba uma coisa: você chegará lá…