Aprovada no concurso MPDFT para Promotor
Concursos PúblicosJurídico - Promotor de Justiça“Entre os acertos está o fato de eu ter mantido durante pelo menos 2 anos um estudo contínuo. Nem todos os dias o rendimento é igual, mas acho que o principal é dar tempo ao tempo. Com o tempo o conteúdo vai fixando e o desempenho melhora.”
Confira nossa entrevista com Carolina Moura Cavalcante, aprovada no concurso MPDFT para Promotor:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carolina Moura Cavalcante: Meu nome é Carolina Moura Cavalcante, tenho 27 anos e sou carioca. Sou graduada no Curso de Direito pela Universidade Veiga de Almeida desde 2016, pós-graduada lato sensu na Especialização em Direito Público e Privado pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro desde 2019, e pós-graduada lato sensu em Direito Penal, Direito Processual Penal e Direito Administrativo pela UniAmérica desde 2021.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carolina: É possível citar inúmeros fatores decisivos, mas os principais são a estabilidade financeira, as condições de trabalho e a possibilidade de oferecer uma vida melhor para a minha família.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carolina: Eu me dedicava quase que inteiramente aos estudos e exercia a advocacia eventualmente.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carolina: Fui aprovada no 32º concurso de membro do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios em 36º lugar. Como ainda não houve nomeação e posse, pretendo continuar estudando.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carolina: Nunca tive uma vida social agitada, tenho uma personalidade mais serena. Ainda assim, tive que fazer algumas abdicações para ter mais tempo de estudo. Eu não conseguia comparecer em todas as reuniões familiares e de amigos, por isso escolhia as mais importantes. Nem sempre todos vão entender essas pequenas abdicações, mas hoje em dia vejo que valeu a pena.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Carolina: Tenho uma união estável e não tenho filhos. Meus pais e meu companheiro foram fundamentais para a minha caminhada nos concursos, pois sempre que eu pensava em desistir eles me apoiavam e incentivavam a continuar estudando.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carolina: Logo que conclui a EMERJ prestei alguns concursos para juiz, mas veio a pandemia. Foi um período difícil, pois ficamos mais de um ano sem edital e sem previsão de novos concursos, ainda que com altos e baixos eu me mantive estudando.
Os primeiros editais que surgiram para carreiras jurídicas com possibilidade efetiva de realização de prova foram para Delegado do Paraná e Delegado da Polícia Federal.
Como eu vinha estudando, resolvi focar nesses editais, minha grande aposta era o concurso de Delegado da Polícia Federal. Até comecei a fazer academia para me preparar para o TAF.
Acabei não fazendo a prova de Delegado do Paraná, pois foi adiada no próprio dia da prova. Mais uma decepção da pandemia, tive gastos para ir até Curitiba, me preparei emocionalmente para a prova e a prova foi adiada.
Segui em frente e fiz a prova de Delegado da Polícia Federal. Quando sai da prova eu tinha esperança de ter passado. Porém, fiquei por pouco para alcançar a nota de corte na prova objetiva. Mais uma vez outra porta fechada. Isso me deixou muito triste e desanimada, pensei em desistir de concurso, mas minha família e meu companheiro me falaram para eu tentar mais um pouco, afinal eu tinha chegado tão perto da nota de corte.
Em seguida fiz a prova da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, e fiquei longe da nota de corte. Nesse ponto minhas esperanças já estavam no chão e eu achei que ainda ia demorar muito para eu conseguir passar para uma segunda fase.
Foi aí que fiz a prova do Ministério Público do Distrito Federal e consegui passar para a segunda fase. Essa aprovação inicial me deixou muito feliz e eu coloquei todas as forças que tinha para lutar pela minha aprovação até o final do concurso.
Da conclusão da EMERJ até a minha aprovação no MPDFT foram quase dois anos e meio de estudos contínuos.
Para manter a disciplina eu busquei a meditação e a religiosidade.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carolina: Em primeiro lugar na minha preparação estava a realização de provas antigas e simulados. Depois de fazer a prova ou o simulado eu realizava uma correção minuciosa, o que já era uma forma de estudo e revisão. Também utilizei aulas em PDF. Quando eu estava cansada ou com dificuldade de focar assistia videoaulas. Eu não tinha um cronograma fechado, mas monitorava as matérias que estava estudando para não deixar de lado nenhuma matéria. Ao longo do tempo eu fazia ajustes, por exemplo, focava durante um mês em uma matéria que eu estava fazendo baixa pontuação nas provas ou simulados para tentar aumentar a pontuação nessa matéria.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carolina: Conheci o Estratégia por indicação de amigos.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carolina: Eu não tinha um plano de estudos, simplesmente ia estudando aos poucos as matérias e ficava atenta para não deixar de lado nenhuma matéria.
Normalmente estudava uma matéria por dia.
Nunca contabilizei o número de horas de estudo, mas posso dizer que variava muito, pois havia dias em que eu rendia muito, sentia que tinha estudado uma grande parte da matéria e outros dias em que o estudo não rendia tanto.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Carolina: Costumava fazer muitos simulados e provas e corrigir de forma minuciosa para revisar o conteúdo.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carolina: Na minha opinião, a resolução de exercícios foi o principal para a minha aprovação. Não me recordo quantas questões já fiz, mas garanto que foram muitas.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carolina: As disciplinas que tenho mais dificuldades são: Direito Empresarial, Direito Tributário e Financeiro, Direito Ambiental e Direito Eleitoral. Durante um período foquei mais tempo de estudo nessas disciplinas.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carolina: Na prova de primeira fase, no dia pré-prova, eu sempre ficava assistindo aos aulões de véspera que os cursinhos divulgam de graça no YouTube. Na semana que antecedia o dia da prova eu parava de ler PDF e só assistia às videoaulas de reta final e fazia o máximo de questões possível.
Na prova de segunda fase, no dia pré-prova, eu li alguns resumos que os próprios cursinhos forneceram. Já na semana que antecedeu a prova eu treinei bastante as peças.
Na prova oral, no dia pré-prova, eu fiz um treino e revisei o conteúdo de algumas apostas que eu havia feito com base no estilo da Banca. Na semana que antecedeu a prova eu treinei todos os dias tanto com amigos quanto nos cursos de oratória e revisei minhas apostas para a prova.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carolina: Para a fase discursiva eu treinei muito a realização de peças no tempo estimado pelo edital. No início eu não conseguia resolver toda a prova no tempo previsto, mas com os treinos a escrita foi melhorando e o tempo de prova também.
Aconselho treinar bastante as peças principais e a resolução de questões discursivas.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carolina: Talvez não ter um plano de estudos tenha sido um erro. Além disso, no início dos estudos eu resolvia poucas questões, depois mudei minha estratégia, comecei a treinar mais a realização de provas e meu desempenho foi melhorando.
Acho que entre os acertos está o fato de eu ter mantido durante pelo menos 2 anos um estudo contínuo. Nem todos os dias o rendimento é igual, mas acho que o principal é dar tempo ao tempo. Com o tempo o conteúdo vai fixando e o desempenho melhora.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carolina: Acho que pensar em desistir é um pensamento comum para todos os concurseiros em razão da incerteza da aprovação. Eu já pensei em desistir sim, até mais de uma vez, mas minha família e meu companheiro me incentivaram para continuar estudando. Se eu não tivesse o apoio deles com certeza teria desistido no meio do caminho.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carolina: Nunca desista do seu sonho, pode parecer que está muito longe de ser concretizado, mas às vezes a vida te surpreende e mais perto do que você imagina tudo acontece!