Aprovado em 27° lugar no concurso IPEA para o cargo de Gestão e Logística
Concursos Públicos“Estude todo dia, estude o máximo que conseguir, estude por ciclos, revise a matéria, faça exercícios sempre (ou veja a resolução deles) e seja obstinado a ponto de você só pensar e querer isso que dará certo […]”
Confira nossa entrevista com Carlos Henrique Von Muhlen de Sales, aprovado em 27° lugar no concurso IPEA para o cargo de Gestão e Logística:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carlos Henrique Von Muhlen de Sales: Tenho 39 anos, sou de São Paulo e formado em Administração e Ciências Contábeis.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carlos: Desde que eu completei o ensino médio eu vi no concurso público a oportunidade de mudar de vida. Naquela época eu não tinha boas condições financeiras, não tinha um currículo para ser facilmente empregado e não tinha reais condições de fazer uma graduação, mesmo em Universidades Públicas. Nessa idade, se você não foi minimamente orientado, você não tem muita noção de nada na vida. Quando eu conheci o concurso público, eu pensei: “Dá para ganhar um emprego fazendo prova?? É isso que eu vou fazer!”
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carlos: Sim, trabalhava. Tive sempre que conciliar trabalho e estudos. Hoje ocupo o cargo de Analista Judiciário no TRE-SP (muito boa sorte aos colegas que vão tentar o TSE unificado!!). Trabalho das 12h às 19h. Estudava antes e/ou após a jornada de trabalho.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carlos: Já fui aprovado em alguns concursos. Eu tenho orgulho de ter subido a escada, cargo a cargo, até chegar onde estou:
Prefeitura de Diadema, Escriturário, 12º lugar;
Metrô de São Paulo, Agente de Estação, 4º lugar;
Infraero, PTA, 18º lugar
Ministério da Saúde, Agente Administrativo, 7º lugar;
Ministério da Fazenda, Assistente Técnico-Administrativo, 186º lugar;
Agência Nacional de Aviação Civil – Técnico Administrativo, 16º lugar;
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo – Analista Judiciário, 53º lugar
Inspetor Fiscal de Rendas (Guarulhos/SP) 91º lugar (nomeado);
IPEA – Técnico em Planejamento e Pesquisa, Gestão e Logística em 27º lugar;
Câmara de São Paulo – Consultor Técnico Legislativo – Contador. 2º lugar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carlos: Eu sou uma pessoa mais introvertida socialmente, mas aos finais de semana, seja vendo meu filho ou saindo com a namorada, eu aproveitava. Mesmo assim eu estudava um pouco aos finais de semana.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Carlos: Eu moro sozinho então fica muito mais fácil de gerenciar a rotina de estudos, o trabalho, as tarefas e as saídas eventuais. De forma geral não houve oposição por parte de ninguém.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carlos: Eu considero que esse 2º ciclo de estudos (pós TRE-SP) iniciou, de fato, em fevereiro de 2023, quando decidi que estudaria para o ISS-SP, logo tem 1 ano e 5 meses nesse 2º “sprint”. Até ser aprovado para Analista Judiciário eu estudava somente no pós-edital. Quando analisei as disciplinas da área fiscal e de controle cheguei à conclusão de que essa estratégia não funcionaria para esses concursos de altíssimo nível. Foi então que decidi fazer uma preparação mais longa para o concurso do ISS-SP. Estudei todos os dias, antes e depois do trabalho, pelo tempo que eu podia. Algumas “escorregadas” eventuais não puderam me tirar do foco de manter um ritmo constante ao longo da preparação.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carlos: Eu estudo apenas por vídeoaulas, sempre assistindo às aulas de forma acelerada (1,5x a 2x dependendo da dificuldade da matéria) É o melhor método para mim.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carlos: Eu conheço o Estratégia desde a fundação. Adquiri muitos cursos avulsos dando alguns “tiros” em concursos esporádicos até me tornar vitalício antes da pandemia.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Carlos: Os materiais do Estratégia Concursos são muito bons, muito completos. Como disse anteriormente, eu estudo somente por videoaulas. Produtos como Reta Final, Hora da Verdade, Ato Final e Revisões de Vésperas são os que eu mais utilizo atualmente.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carlos: Eu entendo perfeitamente que devemos mensurar, para controlar, para agir corretivamente, mas nunca fui de me preocupar com a quantidade de horas que eu estudava. Como estudava basicamente todo o tempo que tinha disponível, a maioria das vezes, terminava o dia de estudo satisfeito com a sessão. Nunca fui um “burocrata dos concursos” rsrs.
Estudar por Ciclo de estudos é fundamental, mesmo estudando apenas por videoaulas. Meu ciclo tinha, aproximadamente, 6 matérias. Com o tempo fui vencendo muitas delas e adicionando outras disciplinas. Hoje, quando vou encarar um edital, já começo na frente com 65% a 80% do conteúdo estudado. É uma vantagem tremenda estudar antecipadamente aos editais!
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Carlos: No início, quando queria revisar, eu revisava o ponto da matéria inteirinho novamente em vídeoaulas. Investi muito tempo? Sim! Funcionava? Sim. Hoje reviso por mapas mentais. Dá para “varrer” a disciplina inteira, relembrando os principais pontos, em poucos dias.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carlos: Eu acredito que resolver muitas questões realmente ajuda a massificar o conteúdo e facilita a aprovação. Era o que eu fazia? Não! Eu não resolvia questões de forma ativa, seja no PDF ou em algum sistema de questões, mas eu vi a resolução de muitas e muitas (e muitas!) questões em videoaulas. É assim que eu treino! Tem uma aula de resolução de questões em vídeo, estou eu assistindo e aprendendo alternativa por alternativa comentada pelo professor no vídeo. Resolver questões, eu mesmo, só no dia da prova! Eu sei que é polêmico, mas eu só faço assim e funciona para mim.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carlos: Economia é uma matéria que eu tenho muita dificuldade. Acho que nunca superei, mas como sempre estou comprometido em evoluir já estou mais confiante com ela. Estatística eu não superei… Português da FGV também não tá dando para superar, mas melhorei muito.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carlos: O foco foi total em ver resoluções de exercícios por videoaulas e revisar via mapas mentais. Não errar questões fáceis na prova é fundamental para ser aprovado.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carlos: Eu sabia que no concurso do IPEA a prova discursiva seria fundamental para ser aprovado. Então estudei muito bem, por videoaulas, as estruturas fundamentais para se fazer uma boa discursiva. Além disso, dei muito foco ao conteúdo para somar o máximo de pontos possíveis. Fui para a prova discursiva em 52º lugar. Após a prova discursiva eu tinha pulado para 15º lugar devido a ter tirado a 2ª maior nota dessa fase. Depois, a prova de títulos me derrubou para 27º Lugar (muitos Mestres e Doutores no concurso… rsrs)
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carlos: Errei em não usar os mapas mentais para revisar já no início da preparação. Errei também em estudar as matérias que mais gostava. O “80/20” só te leva até a porta da aprovação. Para passar a porta, vai ter que estudar aquilo que menos cai também! Esse foi um acerto: estudar matérias menos importantes após dominar o núcleo essencial. Passei a pontuar questões que a minoria acertava. Valeu a pena!
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carlos: Entre a 1ª e a 2ª fase de estudos eu cheguei a desistir. Olhava editais da área de controle e da área fiscal, aquele monte de disciplinas (mais de 20, às vezes) e falava para mim: “eu não sou capaz de aprender tudo isso”. Eu estava certo, porque você é o seu limite. Naquele momento esse era o meu limite. Um certo dia eu pensei: e se eu estudasse Contabilidade e fosse avançando sem pressão. E se eu iniciasse essa matemática financeira… E foram vários “e se” somados que me tiraram da inércia e colocaram na minha cabeça que talvez fosse possível chegar ao final da “escada dos concursos”. Tive que me superar dia após dia. O nascimento do meu filho foi um “divisor de águas” na minha vida. Se fosse apenas por mim, talvez eu não me sujeitaria a estudar mais. Foi querendo dar melhores condições para ele, que eu me motivei e me mantive focado. Obrigado, meu filho!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carlos: Estude todo dia, estude o máximo que conseguir, estude por ciclos, revise a matéria, faça exercícios sempre (ou veja a resolução deles) e seja obstinado a ponto de você só pensar e querer isso que dará certo! Seja por PDFs ou videoaulas, apenas estude.