Aprovado em 3° lugar no concurso Seplag-CE para o cargo de Analista de Gestão Pública - Área de Atuação: Gestão e Desenvolvimento de Pessoas
Concursos Públicos“[…] acredito que uma parte importante da responsabilidade por nossas vidas e aonde chegamos, está nas nossas mãos, no quanto queremos, no quanto estamos dispostos a ir atrás, seja em concurso público ou em qualquer outra coisa na vida.”
Confira a nossa entrevista com Carlos André Feitosa de Oliveira, aprovado em 3° lugar no concurso SEPLAG-CE para o cargo de Analista de Gestão Pública – Área de Atuação: Gestão e Desenvolvimento de Pessoas:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Carlos André Feitosa de Oliveira: Sou Carlos, tenho 36 anos, casado, pai de um filho de 4 anos, natural de Fortaleza. Sou formado em História pela UFC e, atualmente, curso especialização em Gestão Pública.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Carlos: A minha trajetória no mundo dos concursos é antiga, tem mais de dez anos, quando ainda cursava a faculdade e descobri que o Magistério não era bem o que eu queria como profissão. Então, participei de vários certames de nível médio, nos quais obtive algumas aprovações.
A decisão de voltar aos estudos para concursos, em busca de um cargo melhor, preferencialmente, de nível superior, teve como motivos, o desejo de ter uma melhor remuneração e o de desempenhar um trabalho mais interessante.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Carlos: Sim, precisei conciliar trabalho e estudo, além de cuidar do meu filho. A minha estratégia para conciliar, foi intensidade máxima no tempo que sobrava. Usei todo o tempo livre para estudar – intervalos, tempo ocioso, praticamente eliminei distrações – saí de redes sociais, suspendi hobbies e diminuí radicalmente a saída com os amigos, para ter tempo. Também fiz uso estratégico dos dias de férias e aproveitei cada feriado e fim de semana para me concentrar na preparação. Contei também com a ajuda da minha esposa, que fez o melhor, cuidando do nosso filho, para que me sobrasse mais tempo.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Carlos: O primeiro concurso em que tomei posse foi um emprego público, no CAU/CE, em 2014, para Assistente Administrativo, no qual fiquei em 1° lugar. No mesmo ano, assumi um cargo na UFC, como Assistente em Administração, salvo engano na posição 33. Em 2017, assumi o cargo de Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas, no IBGE, 15° lugar, onde estou até hoje.
Neste ano, após retomar os estudos, consegui algumas aprovações, porém, fora das vagas previstas: 5° lugar para Analista de Revisão na Câmara de Fortaleza; 3° lugar para Analista de Planejamento e Inovação – Acervo, no Ipplan Fortaleza; 9° lugar para Analista Administrativo – Área Administrativa, do TRT7.
No momento, estou estudando para o TRE/CE, agora um pouco mais tranquilo, com a aprovação para a SEPLAG.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Carlos: Eu diminuí de maneira radical a minha participação em eventos sociais – aconteceu algumas vezes ao longo do ano, mas como exceção –, precisei me afastar de muita coisa da qual eu costumava participar. Perdi até algumas festas de família.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Carlos: Totalmente. Sem o apoio familiar não teria sido possível. A minha esposa dedicou mais tempo em atividades com meu filho sem mim, especialmente aos finais de semana, de modo a permitir que eu me dedicasse melhor aos estudos.
Quanto aos amigos, alguns deles estavam em sua própria rotina de preparação para concursos – mesmo a distância – e isso facilitou as coisas; para mim é algo que ajuda bastante: manter contato com pessoas com os mesmos objetivos.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Carlos: O ano inteiro, desde janeiro, eu estudei bastante, porém, precisei recalibrar o foco algumas vezes. No começo do ano, estudei apenas para o CNU, mas no meio do caminho, resolvi que valia mais a pena me dedicar a outras oportunidades que surgiram, especialmente após o adiamento da prova. Desde junho, estudo para os tribunais TRT, TRF e TRE, que possuem muitas matérias em comum. Então, o meu plano foi apenas manter a base de disciplinas e adaptar as diferenças com base no edital mais próximo.
Manter a disciplina neste ano foi fácil, porque sempre tinha uma data de prova para focar.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Carlos: Os materiais com os quais eu mais estudei, foram videoaulas e cursos em PDF. Assuntos que já conheço, prefiro estudar escrevendo resumos à mão em fichas, ler a letra da lei seca e assistir a vídeos de resolução de questões. Utilizo esses materiais como base para escrever os meus próprios resumos, o que ajuda na memorização.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Carlos: Pela Internet e por indicação de amigos. Já tinha estudado com o material do Estratégia quando fui aprovado no concurso do IBGE em 2017.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Carlos: Sim, a principal diferença era a especialidade. O material que usei antes, trazia conteúdo genérico, sem foco nos editais para os quais eu estava estudando ou sem foco na banca.
Estratégia: Você chegou a fazer algum concurso enquanto ainda se preparava com esse outro material? Foi aprovado?
Carlos: Sim. Ainda em 2012 e até 2014 eu fiz vários concursos antes de conhecer o Estratégia. Tive muitas reprovações, mas consegui ser aprovado em alguns concursos menores.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Carlos: Sem dúvidas. O material do Estratégia é muito completo, suficiente o bastante para que cada estudante encontre, no mar de conteúdos e ferramentas disponíveis, seu próprio jeito de estudar. Eu utilizei muito mais o básico, aulas em vídeo e cursos em PDF. Tenho amigos que usam e que gostam muito do sistema de questões, Bizus Estratégicos, entre outros, mas para a forma como estudo, fez mais sentido o básico e meus resumos em papel. Agora, os vídeos de Reta Final, Hora da Verdade e Revisão de Véspera, são fundamentais. Ajudam bastante a lembrar algumas coisas e criam um clima emocional importante para a prova. O time de professores do Estratégia é excelente, sinto-me grato demais a muitos deles, que me ajudaram nessa jornada.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Carlos: O meu plano de estudos foi simples, circular. Montei uma tabela por dia da semana. Cada dia uma matéria – ou duas quando tinha o dia inteiro – e, quando acabava, recomeçava o ciclo todo. Já perto da prova, caso houvesse pesos diferentes nas matérias, abria mão de disciplinas básicas para aumentar o foco nas específicas.
Eu nunca fiz controle de horas de estudo – eu realmente não gosto, sinto que o meu ritmo de leitura é lento e gasto tempo escrevendo resumo do que li ou do que assisti, por isso, contar as horas não refletem para mim a qualidade do meu estudo. Mas era o tempo livre quase todo, o que variava muito de dia para dia, de duas horas, num dia muito ocupado, até o dia inteiro, talvez dez horas, nos dias de férias.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Carlos: Relendo as fichas ou caderno em que escrevo resumo e simulados ou questões. Adoro ver vídeos de resoluções de questões, em velocidade rápida.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Carlos: Exercício é essencial, claro. Não faço controle das quantidades, mas fazia bastante, tanto sozinho, apenas olhando gabaritos, quanto acompanhando comentários dos professores no final das apostilas em PDF, ou por vídeos.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Carlos: Tenho dificuldade com a Lei de Responsabilidade Fiscal e, ao longo do ano, para vários certames, tive dificuldade em disciplinas como Informática, Direitos Humanos e legislações específicas. O que fiz foi encarar. Estudar mesmo sem gostar, escrever observações das aulas e ver exercícios comentados, para adquirir uma base. Houve avanços.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Carlos: Só resumo e questões, praticamente. Para provas em que tinha lei específica cobrada na literalidade, também relia a letra da lei seca, com foco nas marcações que tinha feito antes. Mas os exercícios e os vídeos da Reta Final do Estratégia (Hora da Verdade e Aulão) foram essenciais na preparação antes da prova, tanto pelas boas apostas dos professores, que ajudam na memorização, quanto na preparação emocional.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Carlos: Discursiva necessita de treino. É preciso escrever, exercitar a organização das ideias. O hábito de escrever resumos foi uma prática que me ajudou, pelo costume de esquematizar o conhecimento aprendido, mas a experiência de fazer outras provas discursivas ao longo desse ano também ajudaram.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Carlos: O principal erro foi não acreditar em mim mesmo, no início, o que me fez demorar a retomar os estudos. O maior acerto foi finalmente aceitar o desafio, passar a acreditar que era capaz e confiar em Deus o suficiente para fazer a minha parte, aproveitando as oportunidades que estavam diante de mim. Para alguns, esse tipo de discurso sobre motivação é bobagem, mas eu considero que foi muito relevante para mim.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Carlos: Não pensei. Inclusive, eu tinha planos para continuar o projeto no longo prazo, caso não conseguisse passar nesse ano, só que precisaria estudar em um ritmo mais leve. Uma das ideias era cursar outra graduação, EaD, que melhorasse as chances de conseguir algum cargo de nível superior (cursos relacionados a cargos com maior número de vagas nos concursos e que tivesse compatibilidade com o que gosto de fazer e estudar).
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Carlos: Para quem está começando eu diria: “não desista, descubra qual é o melhor jeito de estudar que funciona para você e seja resiliente. Tenha foco no motivo pelo qual estuda. Reprovações fazem parte do processo. A ideia de que concurso é uma fila é clichê, mas é verdade. Agora sem abrir mão de nada, do tempo e das coisas que você gosta de fazer, a aprovação pode ser muito mais demorada”.
Claro que cada um tem a sua própria história, rotina, as mais diversas dificuldades – reconheço que há muita desigualdade de oportunidades e que, para uns é mais difícil que para outros –, mas acredito que uma parte importante da responsabilidade por nossas vidas e aonde chegamos está nas nossas mãos, no quanto queremos, no quanto estamos dispostos a ir atrás, seja em concurso público ou em qualquer outra coisa na vida.