“Um dos acertos que posso apontar foi sempre manter a calma e ser eu mesmo, principalmente no exame psicológico, que é um dos que mais reprova. Chegar com respostas prontas ou querer demonstrar algo que não é pode custar caro”.

Confira nossa entrevista com Bruno Murcia, aprovado no concurso PM-SP para o cargo de Soldado e na Academia de Polícia Militar do Barro Branco como Aluno Oficial:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Bruno Murcia: Meu nome é Bruno, moro em Marília-SP, tenho 25 anos, sou formado em Mecanização em Agricultura de Precisão.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área Policial?

Bruno: A insatisfação com meu emprego anterior e a busca por estabilidade financeira e profissional me incentivaram a decidir estudar para concursos. Escolhi a área policial, porque foi uma área que sempre admirei, por ser muito honrosa e respeitada. Além disso, em contato com pessoas da área, percebi que era o cargo público que mais me identificava. Estou feliz e realizado com a minha escolha.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Bruno: Trabalhava e estudava. Sempre estudava após o expediente de trabalho, aos fins de semana e feriados.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Bruno: Fui aprovado primeiramente no concurso de Soldado PM e, logo após, no concurso de Aluno Oficial – Academia de Polícia Militar do Barro Branco. No primeiro, tive colocação final nº 50 e, no segundo, nº 65.

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?

Bruno: Uma alegria muito grande ao ver que meu esforço não tinha sido em vão.

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Bruno: Não precisei abdicar do convívio social, mas sempre tive minha rotina de estudos bem determinada, sem deixar de reservar um tempo para família e lazer.

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Bruno: Sou casado, mas ainda não possuo filhos. Sim, minha família me apoiou muito durante todas as etapas e isso foi essencial para mim.

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Bruno: Se a pessoa tem necessidade de ter um emprego pra sustentar sua casa ou ajudar com as finanças da família, eu acredito que ela possa prestar um concurso intermediário, mas tomando cuidado para não se acomodar no cargo que assumir. Por outro lado, se a pessoa tem oportunidade de se dedicar exclusivamente aos estudos, é melhor que tenha um foco e o persiga até alcançar.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?

Bruno: Estudei por três meses de forma intensa e inteiramente focado.

Estratégia: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

Bruno: Não. Estudei assim que o edital foi publicado, pois a publicação ocorreu antes do esperado. Para manter a disciplina eu tentava me manter motivado e, pra isso, me imaginava sempre no momento da aprovação e em como seria bom meu futuro se eu tivesse êxito no meu objetivo.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Bruno: Para meus estudos, utilizei de videoaulas do Estratégia Concursos e fazia meu caderno de anotação para revisar posteriormente. Além disso, realizei alguns simulados com provas anteriores, para verificar minha evolução.

Como eu tenho memória visual, a melhor opção foram as videoaulas, pois são dinâmicas e ilustrativas. Não é meu forte estudar com materiais impressos, pois não consigo focar muito bem na leitura. Os simulados, por outro lado, me ajudaram a medir minha evolução e ver se o estudo estava sendo produtivo, além disso, ajudam a preparar física e psicologicamente para o estilo de prova que a banca exige.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Bruno: Através de pesquisas pela internet e vídeos no YouTube.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? 

Bruno: Primeiramente, foquei nas matérias que tinha mais dificuldade, para tentar aumentar a quantidade de acertos. Sucessivamente, fui estudando as matérias de menor dificuldade. Eu estudava aproximadamente 4 horas por dia. Primeiro assistia às aulas e, depois, relia a matéria para ajudar na memorização.

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Bruno: Minhas matérias de maior dificuldade eram geografia e legislação. Para vencê-las, tentei encará-las sem preconceito e dei prioridade a elas, a fim de superá-las.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Bruno: Estudei na semana anterior à prova, mas no dia anterior procurei descansar para melhor rendimento no concurso.

Estratégia: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

Bruno: A prova discursiva é feita por meio de redação, no mesmo dia da prova objetiva. Meu estudo foi também através das videoaulas do cursinho. Importante praticar em casa também e solicitar correção a algum profissional da área.

Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?

Bruno: Busquei realizar os exercícios com base no edital. Todos os dias eu separava um tempo para fazer alguns exercícios. Me superei bastante no teste de barra fixa, comprei uma “barra de porta” e treinava todos os dias.

Para o exame médico, importante se atentar às exigências do edital, tais como limite de graus no exame de vista, condições bucais, entre outros, para não ter maiores transtornos.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Bruno: Meu maior erro foi ter prestado esse concurso anteriormente sem me preparar. Fui reprovado logo na primeira etapa e percebi que se eu tivesse me dedicado um pouco, teria sido aprovado. Mas tentei utilizar essa má experiência para me motivar para o próximo concurso. Um dos acertos que posso apontar foi sempre manter a calma e ser eu mesmo, principalmente no exame psicológico, que é um dos que mais reprova. Chegar com respostas prontas ou querer demonstrar algo que não é pode custar caro.

Estratégia: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Bruno: O concurso para o Barro Branco é realizado em várias etapas e leva alguns meses até o resultado final. O mais difícil, pra mim, foi aguardar o resultado final. Tive que driblar a ansiedade e buscava comemorar cada passo, me motivando para os seguintes. Nunca pensei em desistir e, com o apoio da minha família, tudo se tornou menos difícil.

Estratégia: Qual foi sua principal motivação?

Bruno: Minha principal motivação foi que, com a aprovação nesse concurso, eu poderia proporcionar um futuro melhor para minha família, além de realizar meu sonho de contribuir com a sociedade em geral.