Aprovado em 657° lugar no concurso SEJUSP-MG para o cargo de Policial Penal - Masculino
Policial (Agente Penitenciário)“Estudar, eu acredito, é umas das atividades mais desafiadoras que existe, e também a mais gratificante entre todas, aprender algo relevante e uma explosão de dopamina genuína e saudável.”
Confira nossa entrevista com Bruno Henrique Siqueira – Aprovado em 657° lugar no concurso SEJUSP-MG para o cargo de Policial Penal – Masculino:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-lo. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Bruno Henrique Siqueira: Olá, Eu me chamo Bruno Siqueira, tenho 37 anos e possuo formação acadêmica de bacharelado em Direito. Atualmente, resido em Patos de Minas/MG, mas sou natural de Três Marias, também em Minas Gerais.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Por que a área policial?
Bruno: Bom, é difícil definir uma gênese (risos) das minhas decisões, mas acredito que – a grosso modo – a motivação principal foi o cenário sócio-político no qual o Brasil infelizmente é refém. Dessa forma, assim que ingressei na faculdade já tinha em mente que meu foco e propósito seria os concursos públicos, até porque a advocacia não me cativava e não me via com o “talento” necessária para exercer a profissão. A priori, eu iniciei os meus estudos direcionados aos Tribunais, uma vez que dessa maneira eu aproveitaria bem o conhecimento jurídico adquirido no curso. Todavia a escolha para área policial foi uma oportunidade que surgiu e me apeteceu bastante, sobretudo pelo fato de que minha intenção profissional futura seja o cargo para delegado da Polícia civil, então achei válido anelar o útil ao agradável.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Bruno: Durante a minha preparação, para a prova da PPMG, eu trabalhava em um escritório de advocacia – das 8:00h às 17:30h – contudo meu patrão me concedia o “luxo” de poder estudar nos momentos mais ociosos do expediente isso foi imprescindível pra obter a minha aprovação. Além disso, eu voltava pra casa de bicicleta, então durante o trajeto – que era cerca de 35 min – eu usava este tempo para ouvir vIdeoaulas de matérias que exigiam mais memorização a estudos teóricos e, por fim, completava a rotina quando chegava em casa, onde estudava por cerca de 3 horas
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovado? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Bruno: Bem… além da PPMG eu também obtive um modesto desempenho no concurso do MPMG(2023), embora tenha sido aprovado acabei ficando na lista de cadastro reserva, mas fiquei contente com o resultado, mesmo estando longe de uma remota nomeação, pois isso me mostrou que o estudo é como um ofício, isto é, quanto mais se estuda, mais preparado você se torna naquilo, além do mais isso me motivou a me manter sempre em atividade intelectual, por isso sigo estudando a fim de alcançar meu objetivo maior
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Bruno: Eu sempre fui muito pacato nas minhas interações sociais, portanto eu não sentia muita falta de “vida social”, apesar de ter uma, é claro, porém nada muito agitado. Além disso, os meus amigos estavam todos no mesmo barco, então foi fácil manter uma boa disciplina e motivação nos estudos. E nesse sentido eu sempre me lembrava da máxima de São Thomas de Aquino: “Idem velle, idem nolle: “Ser amigo é amar as mesmas coisas e rejeitar as mesmas coisas. Não seja amigo de quem odeia o que você ama.” E assim, seguindo esse princípio, a preparação não foi tão extenuante embora ainda assim cansativa, mas quando encontramos um “porquê” toleramos quase qualquer “como”
Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseiro? De que forma?
Bruno: Não, eu sou solteiro e sem filhos. Eu sou único de quatro filhos que conseguiu ter um curso superior e meus pais e irmãs (tenho três) se orgulham muito disso e sempre me apoiam e ajudam da maneira como podem, foram e são grandes alicerces nessa jornada. Quanto aos amigos todos me deram apoio, mas sobretudo meu melhor amigo que embora não era concurseiro sempre me ouvia e prestava atenção quando o assunto era prova de concurso hahahaha.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Bruno: Durante a minha preparação ate a prova foram cerca de 5 meses de estudos. E pra manter a disciplina, bom, eu mantinha o senso de realidade em que estava inserido, ou seja, falta de dinheiro e contas pra pagar e a vontade de ter um futuro maias auspicioso que o presente no qual me encontrava.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Bruno: Eu me detive quase que exclusivamente aos PDFs do Estratégia Concursos e pontualmente ouvia (realmente apenas escutava) as videoaulas enquanto pedalava a caminho de casa. Mas eu não encontrei nenhuma desvantagem significativa que mereça menção, estava tudo bem “redondinho” no material.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bruno: Majoritariamente por meio publicidades nas redes sociais
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Bruno: Sim! Principalmente quando ingressei na vida de concursos públicos, pois antes era totalmente cru sobre os estudos, minha primeira experiencia com o Estratégia foi em 2019 quando adquiri um curso preparatório pra o ISS de Uberlândia, foi quando percebi que um bom material faz a diferença.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Bruno: Eu sempre definia duas matérias por semana e mais o português que mantinha fixo pelo peso na prova. Eu acredito que estudava cerca de 5 horas liquidas por dia
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Bruno: Essa parte era a mais complicada no início, mas depois peguei o jeito e aí fluiu melhor. Mas basicamente eu revisava o que estudava no dia anterior (religiosamente) principalmente as matérias de peso 2 .Eu me privei de fazer resumos dada a exiguidade de tempo, por isso me detive aos grifos e questões (como revisão ativa). E sobre os simulados eu fiz apenas dois, usava o tempo dos simulados pra treinar redação.
EEstratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Bruno: Ah, questões são inevitáveis, a resolução delas determina muito o resultado na prova. Acredito que fazia cerca de 150/dia, inclusive algumas disciplinas eu zerei o banco de questão das plataformas especializadas. Mas acredito que foram por volta de 36 mil questões
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Bruno: As matérias mais institucionais, que eram relativas ao Órgão da PPMG, tais como o RENP eu tinha bastante dificuldades, pois além de ser pura literalidade da lei era um texto normativo extremamente extenso e cansativos de estudar, sem falar que não havia muitas questões sobre o assunto. O que fiz pra superar foi me dedicar mais as outras matérias rsrsr
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Bruno: Normal, pois mantive o mesmo ritmo do inicio até o fim
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Bruno: Essa parte eu acredito ter sido o divisor de águas no certame, pois após a correção da redação eu sai da colocação 2.245º para a posição 304º. Eu me preparei junto a uma professora especializada, fazia uma redação por semana (aos domingos) e entregava pra que ela corrigisse, apontando os pontos fracos da minha preparação. Bom, meu conselho é que estudem bem a língua a portuguesa, sobretudo, morfossintaxe, pois é impossível fazer uma boa redação conhecendo pouco de gramática, leitura de bons livros (os clássicos em especial) também municia bem o candidato pra um bom desenvolvimento argumentativo.
Estratégia: Como foi (ou está sendo) sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
Bruno: Foi básica, treinei dentro dos limites exigidos e graças a Deus no final deu tudo certo.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Bruno: Os erros foram devidos à inexperiência, acredito que a ansiedade me prejudicou bastante em encontrar um método que me favorecesse e me fizesse render nos estudos. E os acertos vieram naturalmente do vislumbre dos meus erros, corrigidos de adaptados da melhor maneira
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Bruno: Não!
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bruno: O início de tudo, via de regra, é sempre difícil e desafiador, nos tira de uma zona de conforto e nos coloca de frente a desafios ainda não experimentados. Estudar, eu acredito, é umas das atividades mais desafiadoras que existe, e também a mais gratificante entre todas, aprender algo relevante e uma explosão de dopamina genuína e saudável. Por isso meu conselho é de que… apenas comecem e se mantenham firmes e com gosto pelo processo, não é necessário nenhum talento especial ou inteligência acima da média, basta educar a vontade e persistir, porque pouco a pouco, pela formação de hábitos, nosso comportamento assume uma forma que então se impõe à nossa vontade com força de uma obrigação. Então você se sentirá compelido a executar as suas ações seguindo o mesmo padrão, e assim nasce a disciplina.