Aprovada em 07º lugar no concurso TRE-PE para Técnico Judiciário
Tribunais“No início, nos sentimos fracos. Teve prova em que eu me senti a pessoa mais burra do mundo. Mas o importante é não desistir.”
Confira nossa entrevista com Bruna Carolline Azevedo dos Anjos, aprovada em 07º lugar no concurso TRE-PE para Técnico Judiciário:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Bruna Carolline Azevedo dos Anjos: Sou formada em Ciências Contábeis pela UFRN. Tenho 32 anos. Sou natural de Jardim do Seridó, cidade do interior do RN.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Bruna: Foi a falta de oportunidades no interior. Minha mãe me estimulou a fazer concursos pois era a maneira de conseguir uma boa remuneração, mesmo não tendo capital ou influência.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Bruna: Sim, mas o expediente normal era de 6 horas, então dava para estudar pelo menos 5 horas por dia.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada?
Bruna: Auxiliar Administrativo na Prefeitura de Caicó 2010 (1º);
Agente Administrativo na Prefeitura de Jardim do Seridó 2010 (8º);
Técnico Bancário na Caixa Econômica Federal 2014 (9º);
Analista Bancário no Banco do Nordeste 2014 (1º);
Técnico Judiciário no TRE-PE 2017 (7º);
Técnico Ministerial no MP-RN 2017 (9º); e
Analista Legislativo na AL-RN 2022 (8º).
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Bruna: Sempre fui mais caseira, então não foi difícil ficar vários finais de semana estudando. Eu comemorava quando chegava o sábado para poder estudar umas 8 horas. Só saía quando se tratava de um evento imperdível.
Estratégia: Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira?
Bruna: Sou solteira e sem filhos, sempre morei com minha mãe e ela me apoiou bastante, até o ponto de saber o momento do dia em que eu estava disponível para conversar e tal.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso?
Bruna: Para o TRE-PE, especificamente, eu estudei por 7 meses, mas já possuía uma “bagagem” bem grande do estudo anterior para o INSS. No caso do meu último concurso (AL-RN), estudei por 6 meses, também em ritmo consistente de domingo a domingo, com uma média de 6 horas por dia. A disciplina é alcançada quando você consegue acostumar seu cérebro à rotina diária de estudo.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação?
Bruna: Meu estudo se baseia principalmente na leitura de PDF e de lei seca, com resolução posterior de diversas questões da banca.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bruna: Conheci o Estratégia em 2013, por meio de grupos de concursos do Facebook.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos?
Bruna: Sim, eram cursos mais voltados para concursos de banco, mas depois senti que o material era resumido para concursos de nível mais elevado.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação?
Bruna: O grande diferencial que vejo é a aglutinação no PDF de lei seca e jurisprudência, além dos esquemas e mapas mentais. Também utilizo videoaulas em matérias mais complexas e que exigem compreensão.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos?
Bruna: Faço um ciclo de estudo de modo que eu passe por todas as disciplinas em uma semana. Sempre estudei, no máximo, duas disciplinas por dia, pois gosto de ver o progresso nas matérias. Em dia de semana, estudo cerca de 5 horas por dia. Se eu estiver em pós-edital, estudo de 8 a 10 horas por dia em finais de semana/feriados/férias.
Estratégia: Como fazia suas revisões?
Bruna: Leio PDF no tablet e vou grifando as partes que considero mais importantes, então, quando eu vou revisar, só leio o que grifei. Também grifo e anoto no PDF os detalhes que erro ou que acho difíceis quando faço as questões.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Bruna: Resolver questões é indispensável. É nesse momento que se absorve os detalhes de cada assunto, bem como a forma como a banca o aborda. Antes eu não me detinha em quantidade de questões, só fazia o necessário para internalizar a matéria. Mas, do ano passado para cá, venho utilizando site de questões e já fiz mais de 3 mil.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Bruna: Eu tinha um pouco de dificuldade em alguns assuntos de gramática, como análise sintática. Venci assistindo videoaulas e praticando.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Bruna: Eu sempre procuro utilizar período de férias nos dias que antecedem prova de concurso. Para o do TRE-PE, eu tirei os 30 dias de férias imediatamente antes da prova. Considero a véspera um fator chave de memorização, por isso reviso até o último minuto antes de entrar no local.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Bruna: Principal erro certamente é às vezes, por preguiça, não buscar entender a forma de resolução de uma questão difícil.
Principal acerto é ter em mente que, para internalizar o conteúdo, é preciso ler o material pelo menos 3 vezes e fazer questões da banca.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Bruna: Sim, nos anos de 2011 e 2012, quando já era concursada pela prefeitura da minha cidade, eu fui reprovada em diversos concursos estaduais e federais. A partir de 2013, quando concluí a faculdade, dediquei mais tempo ao estudo para concursos e fui aprendendo o caminho da memorização. Então comecei a ficar no cadastro reserva numa colocação cada vez melhor. Minha motivação sempre foi a melhoria de vida.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bruna: No início, nos sentimos fracos. Teve prova em que eu me senti a pessoa mais burra do mundo. Mas o importante é não desistir. Eu persisti até chegar a um nível de conhecimento que me permitiu “passear” pela prova do TRE-PE. Se eu tivesse desistido lá em 2012, quando acumulei 5 reprovações, até hoje estaria ganhando um salário mínimo na prefeitura.