Aprovada em 11º lugar no concurso de Escrevente do TJ-SP
Concursos Públicos
“Uma grande diferença que notei e que foi muito relevante na minha preparação foi a disponibilização de um grande número de simulados abertos (com correção em vídeo pelo YouTube), o que eu não encontrei em outros lugares. Os simulados me ajudaram a ter noção de como estava o meu desempenho, entender quais matérias eu precisava melhorar e em que fase da preparação eu estava.”
Confira nossa entrevista com Bianca Aguiar da Vitória, aprovada em 11º lugar no concurso de Escrevente do TJ-SP:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Bianca Aguiar da Vitória: Meu nome é Bianca Aguiar da Vitória, tenho 25 anos, nasci e moro em São Paulo/SP. Sou formada em Direito pelo Instituto Damásio de Direito da Faculdade IBMEC SP.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Bianca: Desde a faculdade, eu sempre quis prestar concurso público. A possibilidade de ter um trabalho estável e também poder servir às pessoas e a uma causa maior sempre me fizeram sentir que deveria trilhar esse caminho. Mas, na verdade, o que de fato me fez concentrar nos estudos foi uma má experiência no mercado privado. Decidi que isso não ocorreria novamente e que iria me dedicar definitivamente a passar com uma boa colocação em um concurso público.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Bianca: Não, eu decidi não trabalhar para poder me dedicar integralmente aos estudos. Agradeço muito aos meus pais pelo privilégio de ter tido todo o suporte que precisei durante o período, sei que tive uma sorte que muitos não têm e serei sempre grata a eles.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Bianca: Eu já havia passado em alguns outros concursos, como Advogado da Sabesp (507°), Técnico Legislativo da Prefeitura de São Vicente (17°) e Coordenador Censitário Subárea (SP) do IBGE (39°), mas nunca tinha passado dentro dos números de vagas. No Concurso para Escrevente do TJSP, passei em 11º lugar para a Capital, fazendo 97 pontos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Bianca: No começo dos estudos, com o edital com previsão distante, eu costumava estudar apenas de segunda a sexta-feira, de modo que aproveitava o final de semana com a família. Mas, com o edital na iminência de ser publicado e logo após, eu passei a estudar aos finais de semana e me ausentei de algumas atividades com familiares e amigos, principalmente à medida que a data da prova se aproximava.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Bianca: Não sou casada e não tenho filhos. Minha família me apoiou muitos nos meus estudos e sei que só consegui passar porque tive esse apoio e suporte deles, permitindo que eu estudasse por tempo integral. Serei sempre grata por isso.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Bianca: Eu estudei de forma direcionada ao concurso do TJSP por 15 meses. Acredito que o que me permitiu adquirir uma disciplina foi montar um cronograma de estudos e, depois com o edital já todo estudado, um ciclo de estudos. Com eles, eu tinha ciência de que matéria deveria estudar após terminar outra, mantendo os meus estudos organizados.
Aliado a isso, o cronograma e o ciclo de estudos funcionaram como verdadeiras “metas” e isso me fazia querer cumprir todas as “metas” do dia. Nunca gostei de deixar nada inacabado e, além disso, eu sabia que, se eu não terminasse o dia com todas as “metas” cumpridas, teria que somar o estudo da matéria que faltou às “metas” do próximo dia. Isso poderia tornar-se, nos dias seguintes, uma verdadeira “bola de neve”. Não gostava quando isso acontecia.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Bianca: A base da minha preparação foram as videoaulas. Utilizei algumas aulas em PDF apenas para os conteúdos em que tive mais dificuldade e que sentia necessidade de estudar mais. As anotações das videoaulas, assim como a realização de questões, formaram o meu material de revisão.
Acho que a análise sobre vantagem ou não de um material de estudo é muito pessoal, variando de pessoa para pessoa. Eu sempre gostei das videoaulas, porque sentia que ver e ouvir o professor era mais efetivo para a apreensão do conteúdo do que ler um PDF, principalmente para fazer anotações. No meu ver, a desvantagem das viedoaulas é o maior tempo que é necessário para assisti-las, em comparação à leitura de um PDF.
Como eu usei o PDF apenas para aprofundamento nas matérias de maior dificuldade, a vantagem foi poder ir diretamente ao tópico que eu precisava, mas a desvantagem é não poder ouvir e ver o professor explicando, o que, como dito, para mim, faz diferença na assimilação da matéria.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Bianca: Conheci o Estratégia há alguns anos por meio de uma amiga que se preparava para a OAB, mas só passei a acompanhar os conteúdos a partir da preparação para o concurso do TJSP, assistindo às primeiras aulas disponibilizadas no YouTube para a preparação específica.
Estratégia: Antes de conhecer o Estratégia, você chegou a usar materiais de outros cursos? Se sim, o que mais incomodava quando você estudava por esse concorrente?
Bianca: Sim, mas acredito que não tive nenhum incômodo. Eu usei apenas o material gratuito do Estratégia (simulados e aulas abertas no YouTube), mas pude perceber que a maioria dos professores são extremamente didáticos e buscam abarcar o máximo possível do conteúdo do edital nas aulas. Sou muito grata ao Estratégia e, principalmente, aos professores Adriana Figueiredo, Brunno Lima e Carlos Henrique.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Bianca: Como disse, usei apenas os materiais gratuitos. Mas uma grande diferença que notei e que foi muito relevante na minha preparação foi a disponibilização de um grande número de simulados abertos (com correção em vídeo pelo YouTube), o que eu não encontrei em outros lugares. Os simulados me ajudaram a ter noção de como estava o meu desempenho, entender quais matérias eu precisava melhorar e em que fase da preparação eu estava.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Bianca: Eu comecei estudando por meio de cronograma de estudos, com apenas 2 matérias por dia, estudando, nessa fase, entre 3 e 4 horas líquidas por dia. Quando esgotei todo o conteúdo (cerca de 4 meses antes da publicação do edital), passei a estudar por ciclo de estudos, aumentando a quantidade de matérias por dia, mas diminuindo a quantidade de tempo estudado em cada matéria (em média, fazia sessões de 1 hora por matéria).
Nessa fase em que já tinha concluído o conteúdo do último edital, eu passei a focar o tempo de estudo na leitura da lei seca (para as matérias de Direito), nas revisões e na resoluções de exercícios, além de acompanhar as aulas disponibilizadas gratuitamente no YouTube, chegando a 6 a 8 horas líquidas de estudo por dia.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Bianca: Para as revisões, eu me concentrava na leitura das minhas anotações das aulas e, logo após, resolvia pelo menos 10 questões das matérias revisadas. Tinha uma planilha para organizá-las e fazia revisões após 24 horas do primeiro estudo e a cada 15 e 30 dias. Após 30 dias do primeiro estudo, eu revisava aquele tópico uma vez por mês.
À medida que esgotei o edital, comecei a aumentar a quantidade de questões. Além disso, como afirmado anteriormente, sempre que possível, realizava simulados para conseguir avaliar a minha preparação.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Bianca: A resolução de exercícios foi essencial na minha trajetória. Foi por meio deles que eu consegui avaliar se efetivamente estava conseguindo apreender o conteúdo estudado, além de também ser uma forma de fixar o próprio conteúdo. Buscava sempre aumentar o número de questões resolvidas, marcava as questões de maior dificuldade e sempre voltava para refazê-las quando passava novamente pela matéria. Fiz cerca de 10.000 questões durante a minha preparação.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Bianca: Eu tive mais dificuldade em matemática e informática. Procurava assistir a todas as aulas disponibilizadas dessas matérias e resolver muitas questões. Procurava o PDF sempre que tinha mais dificuldade. Também selecionava as questões que eu errava e as refazia sempre que estudava a matéria.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Bianca: Na semana que antecedeu a prova eu separei todas as anotações que eu precisava revisar na semana por matéria e revisei cerca de duas ou três por dia, sempre resolvendo os exercícios que eu tinha separado como os que eu tive mais dificuldade. Além disso, li todos os artigos da lei que tinham maior histórico de cobrança na prova. Acompanhei também algumas aulas de revisão disponibilizadas no YouTube.
No dia anterior à prova, só estudei na parte da manhã. Fiz uma revisão que ainda estava pendente e assisti algumas partes da Revisão de Véspera do Estratégia. No dia da prova, apenas li as principais teclas de atalho de informática.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Bianca: O meu principal erro foi demorar em priorizar as revisões e a leitura da lei seca. No começo, eu praticamente só assistia às aulas e deixava para fazer as revisões apenas quando sobrava tempo. Só priorizei a leitura da lei seca quando estava terminando de esgotar o conteúdo do edital pela primeira vez. Não entendia a relevância das revisões e da leitura da lei seca. Quando passei a entender e a fazer direitinho, percebi muita diferença na assimilação dos conteúdos.
Acho que acertei em começar a minha preparação com antecedência. Tive 15 meses para estudar e consegui experimentar muitas técnicas e adaptar o que eu percebia funcionar ou não melhor nos meus estudos. Além disso, consegui esgotar o conteúdo do edital muito antes da publicação, o que me permitiu, pelo menos nas matérias de direito, ler todos os artigos cobrados muitas vezes. Acho que outro acerto foi a resolução de muitas questões, como forma de revisão.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Bianca: Nunca pensei em desistir, porque não tinha outra opção a não ser esse concurso. Já tinha deixado o meu trabalho e a minha família estava dando todo o suporte que eu precisava para estudar, não podia decepcioná-los.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Bianca: Primeiro, eu aconselharia a acreditar no poder dos estudos e na capacidade de assimilação do cérebro com base na repetição. O conhecimento e a determinação têm o poder de abrir novas portas e de possibilitar uma mudança de vida. É muito importante persistir.
Muitas vezes, principalmente no começo, não percebemos a nossa progressão nos estudos, mas, à medida que vamos revisando e revisitando o conteúdo, é possível perceber que estamos de fato apreendendo o conteúdo no cérebro.
Também é importante ter ciência que cada um tem um ritmo de estudos diferente do outro, por situações específicas de cada um e, exatamente por isso, não vale a pena ficar comparando o ritmo da sua preparação com a de outros candidatos. Todos são capazes de passar.
Outro conselho: é essencial focar na resolução de questões desde o começo e sempre ir aumentando um pouco a quantidade feita a cada dia.