Aprovada em 19º lugar no concurso CGU para Técnico Federal de Finanças e Controle – DF
Controladorias/Gestão (CGU, CGE, STN, EPPGG)“Depois de um tempo, percebi a necessidade de sistematizar e profissionalizar o estudo, então resolvi adquirir uma assinatura do Estratégia e posso dizer que, a partir daí, consegui resultados mais rápidos e efetivos, pois o material disponibilizado já está dividido e organizado conforme o concurso específico para o qual se quer estudar, o que nos economiza tempo na montagem do plano de estudos. Além disso, os PDFs proporcionam um bom fluxo de leitura, ao mesmo tempo em que contemplam praticamente todo o conteúdo necessário para uma boa preparação em um só lugar.”
Confira nossa entrevista com Berta Lorena Damasceno Leite, aprovada em 19º lugar no concurso CGU para Técnico Federal de Finanças e Controle – DF:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam conhecê-la. Qual a sua formação, idade e cidade natal?
Berta Lorena Damasceno Leite: Meu nome é Berta Damasceno, tenho 27 anos e moro em Teresina, Piauí. Sou formada em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?
Berta: Desde que me formei já comecei a estudar para concursos públicos, devido às dificuldades do mercado privado e desejo de obter uma maior estabilidade. Também fui motivada por ver familiares concursados, principalmente meu pai. Inicialmente só estudava para concursos da minha área de formação, mas com o tempo ampliei para outras áreas de modo a ter mais opções.
Estratégia: Você trabalhava e estudava? Se sim, como conciliava?
Berta: Trabalhei por 3 anos como engenheira em uma empresa privada. Durante esse período conciliava as duas atividades, mas, devido à carga horária de trabalho, só conseguia me dedicar aos estudos durante a noite por cerca de 2h líquidas. Acredito que é possível ser aprovado com essa carga horária, inclusive consegui aprovação em outro concurso durante esse período, mas pode demorar mais tempo para se alcançar o resultado desejado, dependendo do nível do concurso que se almeja. Então resolvi aproveitar uma oportunidade que poucos têm, a de sair do trabalho para me dedicar somente aos estudos, pouco tempo antes do edital da CGU ser publicado. Isso foi possível devido ao suporte financeiro familiar e tranquilidade de estar aprovada em outro concurso aguardando somente a nomeação.
Estratégia: Em quais concursos já foi aprovada? Em qual cargo e em que colocação? Pretende continuar estudando?
Berta: Além deste cargo de Técnico Federal de Finanças e Controle da CGU, fui aprovada também no cargo de Assistente Legislativo da Câmara Municipal de Teresina, em 3° lugar, cargo este que exerço atualmente e para o qual fui nomeada uma semana antes do concurso da CGU. Em 2020, fiquei aprovada no concurso EBSERH para o cargo de Engenheiro Civil, mas fora do número de vagas, em 41° lugar na lista nacional. Ainda assim continuo estudando para outros objetivos.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos e família?
Berta: Eu sempre fui muito tranquila na minha vida social, então não foi um grande problema. Durante o período pós-edital, não saía durante a semana, mas aos fins de semana estudava somente nos turnos da manhã e tarde e à noite descansava ou saía com meu namorado ou minha família, mas para programas mais tranquilos e que não atrapalhassem o estudo da manhã seguinte. Não sou à favor de radicalismo, mas temos que abrir mão de certas coisas ou momentos em prol dos nossos objetivos.
Estratégia: Você é casada? Tem filhos? Sua família e amigos entenderam e apoiaram sua caminhada como concurseira? De que forma?
Berta: Não sou casada nem tenho filhos, só namoro. Todos do meu convívio sempre me apoiaram nessa vida de concurseira, principalmente meus pais, que me deram todo apoio e suporte, tanto financeiro quanto emocional, quando decidi sair do emprego para me dedicar a esse objetivo. Meu namorado também é concurseiro, então entende melhor do que ninguém a rotina e disciplina que temos que adotar. Inclusive foi ele que me incentivou a fazer o concurso da CGU, sempre acreditando no meu potencial. Além disso, temos muitos amigos concurseiros com os quais trocamos experiências e aprendizados.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao último concurso? O que fez para manter a disciplina?
Berta: Inicialmente, eu pretendia prestar o concurso da CGU para um dos cargos de auditor, mas o pouco tempo disponível para estudo, devido ao trabalho, dificultou que eu conseguisse uma evolução mais rápida no conteúdo. Quando saí do emprego e pude me dedicar exclusivamente, o edital já estava iminente e percebi que não conseguiria alcançar um desempenho competitivo no cargo inicialmente almejado. Foi então que decidi prestar para Técnico e comecei a preparação focada nesse cargo. Cerca de 2 meses depois saiu o edital e só continuei a preparação que já havia começado, mas de forma mais assertiva com base no edital. Então foram aproximadamente 5 meses de estudo direcionado a esse cargo, aliado à bagagem acumulada em 2 anos de estudo. Acredito que manter a disciplina é questão de hábito, ter um horário e local fixos de estudo, de forma que já esteja tão inserido na rotina que seja automático ir estudar, sem pensar.
Estratégia: Quais materiais e ferramentas você usou em sua preparação? (Aulas presenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens?)
Berta: Nos meus estudos utilizo a tríade PDF + videoaulas + questões, exatamente nessa ordem, exceto para matérias como Português e Raciocínio Lógico, nas quais dispenso os vídeos e invisto mais em questões. Tem gente que não gosta das videoaulas devido ao fator tempo, mas eu as considero essenciais para mim, pois é através delas que reviso e consolido o conteúdo anteriormente lido no PDF. Além disso, com a explicação dos professores nos atentamos para pontos que não consideramos relevantes em uma primeira leitura e sanamos dúvidas de pontos que não entendemos bem ou geraram dúvidas. Apesar de ser um método um pouco demorado, é o que considero mais efetivo para mim, pois contempla a parte teórica, revisão e questões, que considero igualmente importantes para alcançar bons resultados.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Berta: Por meio de amigos que já estudavam para concursos com os materiais do Estratégia. Desde então só venho utilizando esse material e não senti necessidade de experimentar outros, pois me adaptei muito bem.
Estratégia: Depois que você se tornou aluno do Estratégia, você sentiu uma diferença relevante na sua preparação? Que diferencial encontrou nos materiais do Estratégia?
Berta: Quando iniciei meus estudos para concursos não tinha muita noção do quão importante é usar um material de qualidade na preparação. Eu estudava sem muito método e utilizando materiais que encontrava na Internet. Depois de um tempo, percebi a necessidade de sistematizar e profissionalizar o estudo, então resolvi adquirir uma assinatura do Estratégia e posso dizer que, a partir daí, consegui resultados mais rápidos e efetivos, pois o material disponibilizado já está dividido e organizado conforme o concurso específico para o qual se quer estudar, o que nos economiza tempo na montagem do plano de estudos. Além disso, os PDFs proporcionam um bom fluxo de leitura, ao mesmo tempo em que contemplam praticamente todo o conteúdo necessário para uma boa preparação em um só lugar, o que simplifica bastante o estudo.
Estratégia: Como montou seu plano de estudos? (Estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Quantas horas líquidas estudava por dia?)
Berta: Eu costumo estudar várias matérias por dia, pois percebi que ficar muito tempo em uma só não é muito produtivo para mim. Então, para esse concurso, estudava uma matéria por 60 minutos, e a repetia de 2 a 4 vezes por semana, dependendo da dificuldade ou extensão da disciplina. Eram 2 matérias pela manhã, 2 à tarde e 2 à noite, totalizando 6 horas líquidas por dia, pois na época estava estudando em tempo integral. Tentei aumentar essa carga horária, mas percebi que se tornava muito cansativo e contraproducente, prejudicando até o estudo do dia seguinte. Não sentia necessidade de tirar um dia inteiro livre, então estudava também aos fins de semana, mas reduzia para 4 horas líquidas diárias.
Estratégia: Como fazia suas revisões? (Costumava fazer resumos, simulados ou algo mais?)
Berta: No começo da minha trajetória nos concursos fazia resumos de matérias como Direito Administrativo e Constitucional, mas abandonei a ideia e atualmente não faço mais resumos de nenhuma matéria. Minhas revisões se baseiam em reler os grifos feitos no PDF e, principalmente, fazer questões, que considero o modo mais eficaz de revisar. Em situações de pré-edital costumo estudar 3 aulas e voltar revisando tudo, mas no pós-edital intensifico as revisões com questões. Não costumo fazer simulados, pois prefiro não incrementar o plano de estudos com muitas ferramentas. Não que seja ruim, mas quanto mais enxuto for o plano de estudos, mais funciona para mim.
Estratégia: Qual a importância da resolução de exercícios? Lembra quantas questões fez na sua trajetória?
Berta: Os exercícios são fundamentais na preparação, pois com eles vemos quais são os temas realmente cobrados pelas bancas. Já aconteceu de eu não dar importância para algum ponto e fazendo questões percebi que era bastante cobrado. Também fixamos melhor o conteúdo e testamos se entendemos realmente a matéria, além de servir para conhecermos o estilo da banca do concurso que iremos fazer. No período pós-edital acredito que fiz por volta de 3.000 questões.
Estratégia: Quais as disciplinas você tinha mais dificuldade? Como fez para superar?
Berta: A disciplina que sinto mais dificuldade é Administração Financeira e Orçamentária, inclusive adiei um pouco o início do estudo dessa matéria por medo rs. Mas não tem outro jeito de superar a não ser começar e passo a passo vamos formando uma base. Hoje vejo que não é tão ruim quanto imaginei, mas mesmo assim ainda é a matéria que requer mais esforço.
Estratégia: Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova e no dia pré-prova?
Berta: Na semana que antecedeu a prova fui nomeada em outro concurso, então tive que correr para resolver várias coisas relativas à posse antes de viajar, pois fiz a prova em Recife. Mas, independentemente disso, prefiro pegar mais leve na semana anterior à prova, pois acredito que o principal já foi feito anteriormente. Ao longo dos estudos, fui montando cadernos de questões que considerava importantes de cada matéria, já com a intenção de revisá-las na última semana. Não eram cadernos grandes, apenas questões para relembrar pontos relevantes. Então cada dia da semana eu revi os cadernos de 2 matérias, de forma a abranger todas. No dia anterior à prova, fiquei no hotel assistindo à revisão de véspera do Estratégia.
Estratégia: No seu concurso, além da prova objetiva, teve a discursiva. Como foi sua preparação para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
Berta: Para a prova discursiva comecei pesquisando temas que a FGV cobrou em concurso anteriores, para entender o estilo e as preferências da banca. Depois selecionava assuntos relevantes e atuais que se encaixavam no estilo de cobrança. Então elaborava meus próprios temas, pesquisava e selecionava informações que poderia inserir no texto, fazia o rascunho e, por fim, passava a redação a limpo para treinar o tempo e a escrita. Se fosse dar um conselho para elaboração de textos disertativos argumentativos com certeza seria treinar muito para aprimorar a estrutura textual em si, pois essa tipologia tem uma estrutura bem definida e acho que a técnica conta muitos pontos. Outra dica é utilizar elementos coesivos que amarram o texto e demonstram domínio da norma culta.
Estratégia: Quais foram seus principais ERROS e ACERTOS nesta trajetória?
Berta: Acho que meu principal erro foi não trabalhar com metas desde o começo. Normalmente, não monto um cronograma com metas e datas rígidas a cumprir, pois achava que ia me gerar ansiedade e frustração, mas quando faltavam 2 meses para a prova resolvi fazer e acho que foi bem produtivo. Quanto aos acertos, acho que o principal foi manter uma constância de estudos mesmo sem ter edital publicado, de forma que o pós-edital não se torna um martírio, sendo necessário apenas fazer algumas adaptações e intensificar as revisões. Fazer o controle do tempo de estudo é uma ferramenta que me ajuda a manter essa constância.
Estratégia: Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, qual foi sua principal motivação para seguir?
Berta: Nunca pensei em desistir de estudar de forma geral. O que me mantém firme no objetivo é a combinação de motivação e disciplina; nos dias bons, os sonhos nos inspiram e nos motivam, mas nos dias difíceis, é a constância e o hábito que nos guiam. Temos que aprender também a diferenciar a vontade de desistir da necessidade de descanso. Quando esta fala mais alto temos que acolher e respeitar, pois também faz parte do processo.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso? Deixe sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Berta: Quando começamos a estudar e vemos a grande quantidade de conteúdo e o longo caminho a ser percorrido podemos ficar desanimados e pessimistas, mas devemos lembrar que todos, um dia, começaram do zero. É dia após dia que avançamos, seja só com 2h diárias de estudo ou, na melhor das hipóteses, mais tempo. De qualquer modo o processo é o mesmo e temos que confiar no processo. Outra coisa que acredito é que fazer o básico dá certo, não precisamos nos impor mais complicações, métodos e planos de estudos incrementados demais só porque vemos alguém fazendo, mas que não se encaixam para nós. O estudo para concursos não deixa de ser um processo de autoconhecimento e temos que confiar nas nossas escolhas. Em resumo é isso, fazer o básico e confiar no processo!